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INSTITUTO DE CIÊNCIA DE SAÚDE TENHA ESPERSNCÇA ( INCISTE)

Curso: Técnico De Medicina Geral

Cadeira: Saúde Sexual E Reprodutiva I

Tema: NFERTILIDADE FEMININA

1⁰ Ano
Turma: 29

XVII˚ Grupo

DISCENTES:
❖ Ana Maria Nº03
❖ Deveria Francisco Armando José Nº55

Docente: DrAsek Blandine

Beira novembro 2024


INSTITUTO DE CIÊNCIA DE SAÚDE TENHA ESPERSNCÇA ( INCISTE)

Curso: Técnico De Medicina Geral

Cadeira: Saúde Sexual E Reprodutiva I

Tema: NFERTILIDADE FEMININA

1⁰ Ano
Turma: 29

XVII˚ Grupo

Trabalho de pesquisa a ser entregue no Instituto


de Ciências e Saúde Tenha Esperança
(INCISTE ), na cadeira de Saúde Sexual
Reprodutiva I para fins avaliativo sob a orientação
do docente:

Dr: DrAsek Blandine

Beira novembro de 2024

1
Índice
Introdução ……………………………………………………………….………………………03
Objetivo geral ……………………………………………………………………………………04
Objetivos específicos ………………..…………………………………………………………..04
INFERTILIDADE FEMININA….………………………………………………………………05
Epidemiologia……………………………………………………………………………………05
Fisiopatologia e Etiologia………..………………………………………………………………05
Classificações………………………………….…………………………………………………06
Manejo da Infertilidade………………….………….……………………………………………06
Tratamento…………………………….…………………………………………………………06
Prevenção…………………….……………..……………………………………………………07
Hemorragia Vaginal Anormal……………………………………………………………………07
Etiologia………………………….………………………………………………………………07
Classificação …………………………………………………………………………………….08
Manifestações Clínicas………..…………………………………………………………………09
Complicações……………………………………………………………………………………09
Diagnóstico………………………………………………………………………………………10
Anamnese…………………….………………………………………………………………….10
O exame físico………………….………………………………………………………………..11
Meios auxiliares de diagnóstico…………………………………………………………………11
Tratamento………………………………………………………………………………………11
Conclusão ……………………….………………………………………………………………12
Bibliografia ……………..………………………………………………………………………13

Introdução

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A infertilidade feminina é um desafio que afeta muitas mulheres e pode ser definida como a
incapacidade de engravidar após um ano de relações sexuais desprotegidas. Diversos fatores
contribuem para essa condição, incluindo questões hormonais, anatômicas, e problemas de
ovulação. Além disso, a infertilidade pode ser influenciada por condições de saúde como a
síndrome dos ovários policísticos (SOP), endometriose e problemas uterinos.

A hemorragia vaginal anormal, por sua vez, refere-se a qualquer sangramento que ocorra fora do
ciclo menstrual regular, incluindo sangramentos excessivos, muito leves, ou intermenstruais.
Essa condição pode ser um sinal de vários problemas de saúde, que vão desde desequilíbrios
hormonais até condições mais sérias, como fibromas uterinos ou câncer. A relação entre
hemorragia vaginal anormal e infertilidade é complexa, pois problemas que causam
sangramentos anormais podem também afetar a fertilidade, tornando essencial a avaliação
médica para diagnosticar e tratar adequadamente ambas as questões.

Objetivos geral
● Definir infertilidade

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Objetivos específicos
● Descrever a incidência da infertilidade em Moçambique;
● Descrever a avaliação de infertilidade feminina e conduta ao nível do TMG;

INFERTILIDADE FEMININA

Definição

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A infertilidade é a incapacidade de um casal de conceber após um ano de relações sexuais
regulares e sem protecção (sem usar nenhum método anticonceptivo).

Epidemiologia
em Moçambique a falta de dados nacionais confiáveis sobre infertilidade em Moçambique
dificulta uma análise precisa da sua prevalência. No entanto, fatores socioeconômicos como
pobreza, baixo acesso a cuidados de saúde, nutrição inadequada e taxas de infecções
sexualmente transmissíveis (ISTs) provavelmente contribuem para taxas significativamente altas
de infertilidade no país, comparáveis a outras nações com perfis demográficos e
socioeconômicos semelhantes na África Subsaariana.

Fisiopatologia e Etiologia
A infertilidade resulta de uma disfunção em qualquer um dos fatores essenciais para a
concepção: ovulação, transporte de gametas, fertilização e implantação. As causas podem ser
femininas, masculinas ou de ambos os parceiros.
O pico de fertilidade numa mulher é aos 20 anos.
Em mulheres com menos de 30 anos e que têm relações sexuais regulares a probabilidade de
ficar grávida é de aproximadamente 30% em cada mês.

Os mecanismos fisiopatológicos da infertilidade feminina incluem:


● Incapacidade de produzir óvulos (factores ovulatórios);
● Incapacidade dos óvulos de se movimentarem dos ovários para as trompas e destas para
o útero;
● Incapacidade do óvulo fertilizado para se implantar na parede do útero;
● Incapacidade do embrião para sobreviver, depois de implantado no útero.

Macanismo fisiopatologico da infertilidade masculinas: oligospermia, azoospermia, disfunção


erétil.

Ambos os parceiros: fatores imunológicos, fatores desconhecidos

Várias causas podem estar envolvidas nesses mecanismos, a saber:


Infecciosas
● Doença inflamatória pélvica (DIP);
● Tuberculose genital;

Doenças dos órgãos genitais


● Ovário e trompas: ovário policístico, tumores, malformações, etc;
● Útero e do colo uterino: miomas, pólipos, malformações, endometriose;
● Pós-cirurgia ginecológica ou abdominal: criação de aderências

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Distúrbios nutricionais
● Obesidade;
● Malnutrição;
● Anorexia nervosa;
● Doenças auto-imune;
● Exercício físico em excesso;
● Exposição à medicamentos tóxicos;
● Abuso de álcool;
● Deficiência de hormonas;

Classificações: As classificações da infertilidade geralmente se baseiam na duração da


infertilidade primária e secundária;
Infertilidade primária: refere-se a um casal que não teve filhos após um ano de relações
sexuais sem protecção.

Infertilidade secundária: refere-se a um casal que já teve um, ou mais, filhos e que não
consegue conceber mais.

Manejo da Infertilidade:
Caso um casal não consiga ter filhos é necessário avaliar a mulher e ao homem para se ter um
quadro completo da situação, poder formular hipóteses diagnósticas e proporcionar a conduta.

O clínico deve avaliar o casal incluindo:


● Anamnese
● Exame físico completo: incluindo o aparelho reprodutivo
● Testes de laboratório

O manejo dos casos de infertilidade é da competência do médico especialista, pelo que perante
suspeita ou queixa de infertilidade o TMG deve referir o caso para nível de atenção superior.
Antes de referir o caso, algumas medidas podem ser tomadas ao nível do TMG, são as seguintes:

Tratamento
● Educação e aconselhamento ao casal sobre a periodicidade das relações sexuais: é
aconselhável ter relações sexuais à cada 3 dias durante a semana em que a mulher está a
ovular, ou seja, 2 semanas antes do início do ciclo menstrual (da menstruação);

● Fornecer suporte psicológico ou encaminhar para grupos de apoio, para evitar ou tratar a
depressão e ansiedade relacionada à incapacidade de ter filhos..

Prevenção:

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● A prevenção da infertilidade foca na prevenção de ISTs (uso de preservativos, testagem e
tratamento),
● promoção da saúde reprodutiva feminina (incluindo cuidados pré-natais adequados),
● nutrição adequada,
● vacinação contra doenças infecciosas e acesso a cuidados de saúde reprodutiva de
qualidade.
● Educação sexual abrangente também é fundamental.

Hemorragia Vaginal Anormal


Depois da menarca, toda mulher espera um sangramento vaginal cíclico definido como
menstruação.
Qualquer alteração nas características do ciclo menstrual desperta a atenção da mulher. Estas
alterações podem ser um aumento ou redução do fluxo menstrual, sangramentos fora dos ciclos
menstruais, ou ainda uma ausência completa da menstruação.

Definição
Hemorragia vaginal anormal é o sangramento proveniente do útero, fora dos padrões normais da
menstruação. Pode consistir na alteração do fluxo, do tempo ou da periodicidade da menstruação.
Os padrões dos ciclos menstruais variam muito de mulher para mulher, devendo o clínico,
investigar como eram os ciclos antes da paciente ter notado alguma alteração.

Os tipos de manifestação do sangramento vaginal anormal mais comum são, das


● menorragia: Quando há excessiva perda de sangue durante o fluxo menstrual. A mulher
refere que troca de pensos com maior frequência

Metrorragia: Quando há sangramento fora do ciclo menstrual normal. A mulher refere que já
teve a sua menstruação e que voltou a ter antes do período habitual

Amenorreia: Ausência de menstruações por um período de tempo maior que 3 ciclos prévios

Classificação
Quanto a sua etiologia, a hemorragia vaginal anormal é classificada em:

● Hemorragia uterina orgânica: aquela que está associada a factores orgânicos uterinos
(tumores, pólipos, infecções).

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● Hemorragia uterina disfuncional: quando não há causa específica identificada, e está
associado a alterações hormonais.

Etiologia
As principais causas de sangramento vaginal anormal são:

Hemorragia uterina disfuncional (HUD): é o sangramento anormal devido a alterações


hormonais com um nível de estrogénio e progesterona que não são balanceados. É a causa
mais comum de sangramento anormal sem uma doença específica como causa.

Esta condição, é frequente em adolescentes nos 2 primeiros anos após o início dos ciclos
reprodutivos e o sangramento é geralmente irregular.

O diagnóstico é um diagnóstico de exclusão, ou seja, é necessário excluir todas as causas


orgânicas de sangramento (trauma, tumores e outras doenças) antes de se concluir que
trata-se de HUD.

Hemorragia uterina orgânica


● A gravidez: a gravidez ectópica, que é a implantação do óvulo fecundado fora do útero,
ou abortos podem causar hemorragia uterina anormal.
Mesmo numa gravidez normal, algumas mulheres podem reportar sangramento ligeiro
no 1º mês, o que corresponde a implantação do ovo. Este fenómeno é normal, e
frequentemente é confundido pela mulher como sendo um ciclo menstrual normal, mas
que veio com pouca intensidade.

● O climatério: as mudanças no nível das hormonas que acontece durante o climatério


(período antes e depois da menopausa) podem determinar um sangramento disfuncional.
A atrofia das paredes vaginais que acontece durante a menopausa pode causar
sangramento durante e após uma relação sexual.

Doenças dos órgãos reprodutivos como:

● Pólipos na mucosa do útero ou vagina


● Cancro da vagina, do colo do útero e do ovário
● Doença pélvica inflamatória
● Fibroma uterino
● Endometriose (consultar aula19)
● Quistos do ovário
● Inflamação da cervix e do endométrio

● Medicamentos: anticoagulantes, anticonceptivos a base exclusiva de progesterona.

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● Doenças genéticas do sangue: como a hemofilia

● Trauma: por exemplo em caso de implante do dispositivo intra-uterino, um


sangramento leve é normal, mas se é excessivo e prolongado é importante uma avaliação;
outra possível causa de trauma pode ser durante a relação sexual.

Hemorragia uterina de causa não ginecológica


● Distúrbios hormonais (hipotiroidismo, hipertiroidismo, D.Mellitus);
● Doença hepática;
● Discrasias sanguíneas.

Manifestações Clínicas
● Alteração do período habitual de sangramento menstrual, ou sangramento entre 2
períodos normais;
● Alteração do volume de sangramento (excessivo ou reduzido);
● Sangramento por períodos prolongados (mais do normal ou mais de 7 dias);A duração do
ciclo menstrual pode ser menos que 28 dias ou mais que 35 dias;
● Sinais e sintomas associados à anemia podem estar presentes (ver disciplina de
hematologia); Sinais e sintomas associados à patologia de base.

Complicações:
● Infertilidade por falta de ovulação em caso os ciclos anovulatórios;
● Anemia severa por sangramento prolongado e volumoso.

Diagnóstico
A abordagem de uma paciente com sangramento vaginal anormal inclui:
● Anamnese
● Exame físico
● Testes de laboratório

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O manejo dos casos de hemorragia uterina disfuncional é feito à níveis superiores do TMG,
contudo, é importante que antes de referir estas doentes, o TMG faça uma anamnese e exame
físico completos, por forma a:

● Confirmar o sangramento uterino e excluir outras causas como sangramento anorrectal ou


uretral;
● Identificar a provável causa e grau de extensão da lesão (se aplicável);
● Avaliar a presença de eventuais complicações e estabilizar a paciente, antes de referir.

Anamnese
A recolha de uma anamnese, além das informações padrão da anamnese de um paciente adulto,
deve ser enfocada nos antecedentes ginecológicos, obstétricos e da vida sexual, e incluem as
seguintes áreas:
● Data da última menstruação para exclusão de gravidez
● Idade da menarca: que permite situar a paciente em uma das diversas fases da vida da
mulher, quais sejam puberdade, maturidade, climatério e senilidade.
● Queixa principal e história da doença actual: sintomas associados
● Características do seu ciclo menstrual
● Planeamento familiar: métodos de contracepção em uso ou usados no passado
● Doenças de transmissão sexual pregressas e actuais: HIV, Sífilis, HSV e outras;
● Doenças crónicas: diabetes, coagulopatias e outras doenças hormonais-metabólicas;
● Medicamentos incluindo os tradicionais;
● Doenças ginecológicas anteriores, explorações e tratamentos feitos;
● Informações da história obstétrica:
o Número de gestações (G) e complicações
o Número de abortos (A): tipo, idade, complicações
o Número de partos (P): tipo, idade, complicações
o Nados mortos, idade gestacional e prováveis causas
o Nados vivos, peso
o Prematuridade
o Puerpérios: evolução, problemas
o Lactação: evolução, problemas, intervalo intergestacional

● Revisão de sistemas
● O exame físico
Deve incluir o exame abdominal e ginecológico e deve enfocar em:
● Inspecção dos genitais externos, uretra e região anal;
● Especuloscopia: inspecção do colo do útero para procurar malformações, sinais de
infecção como secreções e/ou feridas, eventuais corpos estranhos (tampão ou outros
objectos)

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● Exame bimanual: avaliar a forma do útero e vagina e pesquisar eventuais massas
Durante o exame físico o clínico pode colectar uma amostra de fluido vaginal para o
exame microscópico e bacteriológico (cultura) em caso de suspeita de infecção

Meios auxiliares de diagnóstico


Ao nível do TMG, alguns exames podem ser feitos na primeira avaliação da doente (antes de
referir):
Hemograma: para avaliar se o sangramento provocou anemia significante, ou se há sinais
de infecção. Também permite avaliar a presença de trombocitopenia;
Teste de gravidez: dosagem da HCG na urina ou sangue;
Exame microbiológico do corrimento vaginal

Tratamento
O tratamento varia dependendo da causa subjacente e pode incluir terapia hormonal, cirurgia
(para remoção de pólipos, miomas, etc.), tratamento de infecções e, em casos de câncer,
quimioterapia ou radioterapia.

A nível do TMG, o principal objectivo é tratar possíveis complicações como anemia, dor pélvica
associada ao quadro, entre outras.
Após a estabilização, estas pacientes devem ser referidas para níveis de atenção superior onde
beneficiaram de estudos mais avançados.
O objectivo do tratamento é de controlar/parar o sangramento e curar/corrigir a sua causa, se
possível.

Conclusão
Em conclusão, a infertilidade feminina e a hemorragia vaginal anormal são condições
interligadas que podem impactar significativamente a saúde reprodutiva das mulheres. A
infertilidade pode resultar de uma série de fatores, muitos dos quais também podem estar
associados a distúrbios que causam hemorragias anormais. É fundamental que as mulheres que
enfrentam essas questões busquem orientação médica para obter um diagnóstico preciso e opções
de tratamento adequadas. A detecção precoce e a intervenção adequada podem não apenas

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melhorar as chances de concepção, mas também garantir uma melhor qualidade de vida e bem-
estar geral. O cuidado holístico e a abordagem multidisciplinar são essenciais para abordar essas
condições e promover a saúde reprodutiva feminina.

Bibliografia
Porter R. Manual do Merck (Merck manual). 3º Edição. Merck; 2009.
Porto CC, Porto AL. Semiologia médica. 6ª Edição. Guanabara Koogan; 2009.
Decherney. A, Nathan L, Obstetrícia e Ginecologia Diagnóstico e Tratamento, 9a
edição, McGraw Hill,

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