Princípio Da Entropia

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ÍNDICE

Introdução...................................................................................pág 2

Entropia.......................................................................................pág 3

Entropia no Sistema...................................................................pág 4

Características da entropia.......................................................pág 4

Moléculas....................................................................................pág 5

Exemplos de entropia.................................................................pág 5

Entropia e máquinas térmicas...................................................pág 6

Entalpia e entropia......................................................................pág 6

Exercícios....................................................................................pág 7

Conclusão...................................................................................pág 8

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INTRODUÇÃO

O conceito de entropia se desenvolveu em resposta à observação de que uma certa


quantidade de energia funcional liberada das reações de combustão é sempre
perdida por dissipação ou atrito e, portanto, não é transformada em trabalho útil. Os
primeiros motores movidos a calor, como o de Thomas Savery (1698), o motor
Newcomen (1712) e o triciclo a vapor Cugnot (1769), eram ineficientes, convertendo
menos de dois por cento da energia de entrada em saída de trabalho útil; uma
grande quantidade de energia útil foi dissipada ou perdida. Nos dois séculos
seguintes, os físicos investigaram esse quebra-cabeça da energia perdida; o
resultado foi o conceito de entropia.

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Entropia é uma grandeza física capaz de medir a multiplicidade de estados e a
quantidade de energia indisponível em um sistema físico termicamente isolado.

É uma importante grandeza física utilizada na Mecânica Estatística e na


Termodinâmica para medir o grau de desordem de um sistema. Dizemos que,
quanto maior for a variação de entropia de um sistema, maior será sua desordem,
ou seja, menos energia estará disponível para ser utilizada.

O conceito de Entropia começou a ser desenvolvido pelo engenheiro e


pesquisador francês Nicolas Sadi Carnot. Em suas pesquisas sobre transformação da
energia mecânica em térmica, e vice-versa, ele constatou que seria impossível que
existisse uma máquina térmica com eficiência total.

A Primeira Lei da Termodinâmica determina, basicamente, que "a energia se


conserva". Isso quer dizer que nos processos físicos a energia não se perde, ela se
converte de um tipo em outro.

Por exemplo, uma máquina utiliza energia para realizar trabalho e nesse processo
a máquina aquece. Ou seja, a energia mecânica está sendo degradada em energia
térmica. A energia térmica não se transforma novamente em energia mecânica (se
isso acontecesse a máquina nunca deixaria de funcionar), portanto, o processo é
irreversível.

Mais tarde, o Lord Kelvin complementou as pesquisas de Carnot sobre a


irreversibilidade dos processos termodinâmicos, dando origem às bases da Segunda
Lei da Termodinâmica.

O conceito de entropia foi introduzido por Rudolf Clausius (1822- 1888), na segunda
metade do século XlX, no ano 1865 a fim de conciliar a teoria de Carnot sobre o
funcionamento das máquinas térmicas com as propostas de Joule sobre a
equivalência entre calor e energia mecânica.

Clausius desenvolveu a fórmula matemática para a variação da entropia (ΔS) que é


utilizada atualmente.

Representada por:

∆S=Q/T

ΔS: variação da entropia (J/K)

Q: calor transferido (J)

T: temperatura (K)

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Entropia no sistema

Se o cálculo resultar em:

 Quando a entropia é maior que zero, (∆S > 0) o sistema recebe calor,
aumenta sua agitação molecular e sua entropia aumenta e temos o indício de
uma reação espontânea.
 Quando a entropia é menor que zero(∆S< 0) o sistema perde calor, diminui a
agitação de suas moléculas e a entropia diminui.
 Quando a entropia é igual a zero (∆S= 0) o sistema não troca calor. Portanto,
a sua entropia permanece constante.

A entropia é medida em kelvin (K), e sua fórmula é dada pela razão entre a
quantidade de calor transferida durante um processo isotérmico pela temperatura
em que esse processo ocorreu.

Processo isotérmico (ΔQ < 0): são os processos pelos quais a temperatura do sistema
permanece constante.

Podemos verificar, então, que, em processos isotérmicos, quando o sistema recebe


calor (ΔQ > 0), a entropia aumenta; e quando o sistema perde calor, a entropia
diminui. Se o sistema não realiza troca de energia (ΔQ > 0), a entropia permanece
constante.

Analisando a fórmula acima, é possível perceber que, durante um processo


isotérmico (ΔQ < 0), quando um sistema perde calor, sua entropia diminui. Quando
um sistema recebe calor (ΔQ > 0), sua entropia aumenta. Por fim, quando um
sistema não realiza trocas de calor (ΔQ = 0), sua entropia permanece constante.

Características da Entropia

A entropia possui algumas características peculiares como:

 É relacionada à espontaneidade de uma reação;


 Quanto maior a entropia, menor a organização do sistema;
 Quanto maior a entropia, mais aleatória será a conformação do sistema;
 Quanto maior a entropia, maior o número de estados físicos possíveis para o
sistema;

No estado sólido, as moléculas apresentam menor entropia:


O estudo termoquímico aborda, além da chamada entalpia, a variável entropia, que
é a medida da desordem das moléculas presentes em um sistema químico. Como se
trata de uma medida, essa desordem pode ser calculada pela variação da entropia
do sistema.

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A desordem de um sistema pode ser mais bem entendida quando a relacionamos
com os estados físicos:
Sólido: Estado no qual as moléculas apresentam menor grau de liberdade de
movimento e, consequentemente, maior proximidade. Por isso, elas estão mais
organizadas e com uma menor desordem.
Líquido: Estado no qual as moléculas apresentam grau de liberdade de movimento
intermediário e, consequentemente, menor proximidade. Por isso, elas estão menos
organizadas e com uma maior desordem quando comparadas com as moléculas no
estado sólido.
Gasoso: Estado no qual as moléculas apresentam ausência de agregação e, por isso,
um elevado grau de liberdade de movimento. Por essa razão, elas apresentam uma
elevada desordem.
Calcular a desordem de um sistema pelo cálculo da variação da entropia é algo
matematicamente simples, basta utilizar a seguinte fórmula:
ΔS = Sp - Sr
ΔS = variação da entropia de um sistema;
Sp = entropia dos produtos;
Sr = entropia dos reagentes;
Observação: Sempre que utilizarmos a fórmula do ΔS para realizar o cálculo da
variação da entropia, utilizaremos como unidade de medida cal/K.mol ou cal.mol-
1.K-1
O cálculo da variação da entropia e também o da variação da entalpia de um sistema
é utilizado para identificar se um processo químico é ou não espontâneo. Assim,
quanto maior o valor da variação da entropia e menor o valor da variação da
entalpia (reação exotérmica), maior será a probabilidade de o processo químico ser
espontâneo.

Exemplos de entropia

Cubos de gelo derretendo: antes de um cubo de gelo derreter, sua entropia era
menor, assim como seu grau de desordem. Quando estava no estado sólido, as
distâncias intermoleculares eram bem-definidas, bem como os ângulos entre essas
moléculas. Durante a fusão do gelo, ocorre um grande aumento na multiplicidade de
distâncias e ângulos entre as moléculas, o que caracteriza o estado líquido.

Matéria e, portanto, um número muito maior de estados que a Lua, que é fria e
sólida. Por isso, a entropia do Sol é muito maior que a entropia da Lua, cujas
moléculas são muito mais ordenadas que aquelas que compõem o Sol.

Copo de vidro caindo: antes de cair e quebrar-se, o copo de vidro tinha um número
menor de estados. Depois de quebrar, passou a ser formado por milhares de
pequenos estilhaços, aumentando sua entropia, dessa forma, o copo tornou-se
menos útil.

Universo: de acordo com a 2ª lei da Termodinâmica, a entropia total de um sistema


sempre aumenta. Pensando no Universo como um sistema termicamente isolado,
sua entropia está sempre aumentando, por isso, um dia ele acabará, pelo menos da
forma como é conhecido.

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Entropia e máquinas térmicas

Por meio da fórmula de entropia, podemos calcular a quantidade de energia


transformada em calor em processos reversíveis que ocorram no equilíbrio térmico.
A determinação dessa quantidade de energia é fundamental para entendermos o
rendimento das máquinas térmicas: quanto maior for a quantidade de calor
dissipado, menor será o rendimento de uma máquina térmica.

Mesmo no funcionamento de motores muito eficientes, que operam segundo


processos termodinâmicos cíclicos, a variação de entropia deve ser positiva, pois
parte da energia que é fornecida ao motor é dissipada em forma de calor.

Se fosse possível construirmos uma máquina ideal, com 100% de rendimento, a


variação de entropia durante um ciclo completo dessa máquina seria negativa, o que
violaria as leis da Termodinâmica.

Entalpia e entropia

Entalpia e entropia são grandezas distintas. Enquanto a entropia mede o grau de


aleatoriedade de um sistema, a entalpia mede a quantidade de energia de um
sistema. A variação da entalpia, por sua vez, indica se o sistema recebe ou perde
calor para suas vizinhanças.

Uma variação de entalpia positiva (ΔH > 0) indica que o sistema recebeu calor,
enquanto uma variação de entalpia negativa (ΔH < 0) indica que ocorreu perda de
calor. O conceito de entalpia é amplamente utilizado, por exemplo, para determinar
reações químicas endotérmicas e exotérmicas.

Entropia e Biologia

O funcionamento do nosso organismo depende do trabalho realizado


constantemente por cada uma de nossas células. Com o passar do tempo, porém, a
entropia desse complexo sistema tende a aumentar, com isso, surgem as primeiras
falhas nos processos de replicação celular.

Essas falhas tendem a causar a morte das células e a perda da capacidade


regenerativa. É por esse motivo que envelhecemos e morremos.

Exercícios relacionados a entropia e temperatura

1-Calcule a variação da entropia de um sistema, cuja quantidade de calor é igual a


100 J e possui uma temperatura de 20°C.

Dados Fómulas

Q= 100 J ∆S=Q/T

T= 20°C= 273 K ∆S= 100J/293 K

∆S=? ∆S= 0.341 J/K

Temperatura °C para Kelvin:

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TK= °C+273

TK= 20°C+273

TK= 293 Kelvin.

R: A variação da entropia (∆S) é igual a 0.341 J/K

2-Determine a temperatura de um corpo situado no sistema, que possui uma


variação de 160 J/K e possui quantidade de calor equivalente a 20 J num instante de
2 s.

Dados Fórmula Conversão

∆S= 160 J T=Q/∆S ∆S=Q/T

Q= 20 J T=20J/160 J Q=∆S×T

t= 2 s T=0.125 °C T=Q/∆S

T=?

R: A temperatura do corpo situado no sistema é equivalente a 0.125 °C

CONCLUSÃO

Por tratar-se de um conceito um pouco complexo e abstrato, muitas pessoas


entendem a entropia de forma equivocada, usando-a em contextos completamente
inadequados, não relacionados diretamente com os aspectos físicos dessa grandeza.
Dessa forma é importante dizer que a entropia está relacionada à espontaneidade
de algum processo físico ou químico. Sempre que um processo desse tipo acontecer
espontaneamente, a entropia do sistema aumentará, isto é, o sistema ficará menos
organizado ou mais aleatório.

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