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Inicial - Carlos Alberto e Lethicia

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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA – MG

REQUERIMENTO PARA AS INTIMAÇÕES:


R e q u e r i m e n t o p a r a q u e a s i n t i m a ç õ e s s e j a m r e a l i z a d a s e x c l u s i v a me n t e e m n o me d e
CLEITON DIEGO SANTANA BONETTI

C A R L O S A L B E R T O V I E I R A F I L H O , brasileiro, solteiro, autônomo, RG n. MG11774020 SSP


MG, CPF/MF sob n. 081.883.936-81, sem endereço eletrônico, residente e domiciliado
sito à Rua Enfermeira, nº 1135, Jardim das Palmeiras, CEP: 38412-298, Uberlândia – MG;
e L E T H I C I A R O D R I G U E S D E S O U Z A , brasileira, solteira, autônoma, RG n. MG-11.322.967,
CPF/MF sob n. 042.304.526-16, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada sito à
Rua Enfermeira, nº 1135, Jardim das Palmeiras, CEP: 38412-298, Uberlândia – MG, por
intermédio de seu advogado subscrito (procuração anexa), com fulcro no artigo 381 e
seguintes do CPC, propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C TUTELA DE URGÊN-

CIA.

em face de F E R N A N D O R U Z I S O A R E S , brasileiro, casado, RG n. 18175853 SESP MG,


CPF/MF sob n. 136.551.826-43, sem endereço eletrônico, residente e domiciliado sito a
Alameda 01, n° 40, Condomínio Parque Ubatuba, bloco 9, AP 401, Bairro Aclimação, CEP:
38406-388, Uberlândia – MG, telefone (34)98886-1998; L A I Z A A B A D I A C O S T A C U N H A ,
brasileira, nascida em 06/07/1988, CPF/MF sob n. 089.508.116-42, sem endereço eletrô-
nico, residente e domiciliado sito a Rua Alaor Carlos Garcia, n° 390, Jardim Brasília, CEP:
38401-883, Uberlândia – MG.

Cleiton Diego Santana Bonetti | Advogado Fone - (4 4) 9 9 8 8 8 – 1 7 4 9


OAB/PR 81.355 – OAB/MG 218.674 – OAB/MS 27.942-A Email - diegobonettiadv@gmail.com

R. VER. BASÍLIO SAUTCHUCK, Nº901, SALA 02, ED. DIAMANTE DE GOULD, MARINGÁ – PR, CEP 87013-190.
1
— síntese dos fatos —
1.1 S O B R E A D IN Â MI C A D O A CI D E N T E D E T R ÂN S IT O

O acidente de trânsito sobre o qual versa os persente feito ocorreu no dia 22 de abril de
2024, por volta das 14 horas, no Município de Uberlândia – MG.

Na ocasião, os Autores trafegavam com a motocicleta Mottu/Sport pela Avenida Ara-


guari, pela faixa da esquerda, e a parte Ré conduzia seu Chevrolet/Onix pela mesma via,
na faixa da direita.

O acidente se deu quando a parte Ré foi realizar uma manobra de mudança de faixa
sem a devida sinalização (seta) e cruzou a frente do Autor que seguia o fluxo da via,
causando o acidente de trânsito em questão.

Para melhor compreensão, vejamos a descrição da ocorrência que consta no Boletim de


Acidente de Trânsito em anexo:

Insta salientar, que em sua manobra a parte Ré deixou de se acautelar se vinha algum
veículo seguindo o fluxo da via na faixa da esquerda por falta de atenção e ocasionou
por sua culpa exclusiva o acidente em questão, logo o réu abriu mão dos cuidados in-
dispensáveis à segurança no trânsito, senão vejamos a causa presumida do acidente:
A parte Ré vinha na faixa da direita, quando iniciou a manobra e deixou de se acautelar
se vinha algum veículo na faixa da esquerda por falta de atenção e ocasionou por sua
culpa exclusiva o acidente em questão, logo o réu abriu mão dos cuidados indispensáveis
à segurança no trânsito.

O Código de Trânsito Brasileiro estabelece que o condutor que queira executar uma ma-
nobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários
da via que o seguem.

Para melhor compreensão do ocorrido, vejamos às imagens do local retiradas do Google


Maps a seguir colacionada:

Ponto de impacto

Sentido seguido pela Ré, fazendo


manobra de transposição de faixa

Sentido seguido
pelo Autor
Veja, Excelência, que a parte Ré, por falta de atenção, iniciou a manobra de transposição
de faixa, da faixa da direita para a faixa da esquerda, sem sinalizar e sem observar a
aproximação do Autor pelo retrovisor, que vinha seguindo o fluxo da via.

Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o Réu deveria
ter indicado seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz
indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.

Vale ressaltar que de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veículos de maior
porte são responsáveis sobre os de menor morte, devendo ter mais atenção ao realizar
tal manobra.

A testemunha que presenciou o acidente, Sr. Wilian Venceslau Gomes, confirmou que o
Réu mudou de faixa de forma repentina sem sinalizar e causou o acidente em questão.

A culpa da parte Ré no acidente sub judice é inegável, conforme demonstra a dinâmica


do acidente que consta no Boletim de Ocorrência anexo.

2
— MÉRITO —

2.1 – Da competência deste juízo

Considerando o local do referido acidente, em Uberlândia – MG, nos termos do art. 53,
V do CPC, este Juízo detém competência para julgamento dos fatos aqui narrados.

2.2 – D A RE S P O N S A B I L ID A D E C IV IL E D A RE S PO N S AB IL ID A D E C IV IL S U B J E T IV A
D A P ART E R É

O fundamento jurídico para a propositura desta ação encontra-se previsto na Constitui-


ção Federal, a qual assim prevê em seu artigo 5º inc. XXXV.

A atuação do homem em sociedade pressupõe a obediência a regras jurídicas, nas quais


estão dispostas as consequências atinentes às condutas adotadas. Na medida em que
um dano é causado a terceiro, o ordenamento jurídico disponibiliza os meios para que
a parte prejudicada busque o ressarcimento pela lesão sofrida.

Esse dever surge da necessidade de se devolver à vítima as mesmas condições em que


se encontrava antes, buscando, dessa forma, restabelecer o status quo ante, de modo a
minimizar o resultado do dano causado sobre a vítima.
A responsabilidade subjetiva está ligada à ideia de culpa, seu principal pressuposto. O
Código Civil, em seus artigos 186 e 927, prescreve a responsabilização subjetiva como
regra geral.

Também denominada de Teoria da Culpa, a teoria da responsabilidade civil subjetiva


coloca a culpa como fundamento da responsabilidade civil, de forma que se não houver
culpa não haverá responsabilidade. Assim, para que o dano seja indenizável, deve-se
comprovar a culpa do agente.

Assim, restando evidente a existência de todos estes elementos no presente caso, suces-
sivamente à aplicação da responsabilidade objetiva, e na eventualidade deste R. Juízo
não entender de modo favorável à sua incidência, o que evidentemente não se espera,
deve ser aplicada a responsabilidade civil subjetiva na apreciação e no julgamento dos
presentes fatos.

2.3 - D A C U L PA V E R IF ICA D A N A CO N D U T A D A RÉ

Atentando-se à documentação acostada a esta exordial, verifica-se que a parte ré agiu


com inegável imprudência, sem se atentar sequer minimamente ao dever de cautela
atribuído ao motorista na condução de veículo automotor, infringindo as mais elemen-
tares normas de trânsito.

É inequívoco o dever de indenizar que recai sobre a parte ré, a partir de sua conduta
culposa, caracterizada pela imprudência, eis que:

a. Conduzia seu veículo com falta de atenção;

b. Deixou de respeitar a preferencial do veículo que vinha pela faixa da es-


querda;

c. Deixou de sinalizar sua manobra;

d. Não observou o retrovisor antes de iniciar a manobra;

e. Deixou de agir de forma cautelosa, não observou a aproximação do veículo das


vítimas, conduzindo seu veículo de forma desatenta e irresponsável, abrindo mão
dos cuidados indispensáveis à segurança no trânsito.

Sobre o tema, vejamos o que estabelece o Código de Trânsito Brasileiro:

A rt. 2 9. O t râ n si to d e v eí c ulo s n a s vi a s t er r es t re s a b er ta s à

ci rc u la ç ão o b ed e c er á às s e gu in t es nor m a s:

X - T o do con du tor d ev er á, an t es d e ef e tu ar u m a u ltr ap a s -


sa g em , c er t if ic ar - s e d e qu e:
a) n e nh um con du tor q ue v en h a at rá s h aj a co m e ç ado um a

m an o br a p ar a ul tr ap a s sá - lo;

b) qu em o pr e c ed e n a m e sm a fa ix a d e tr ân s ito n ão ha j a
ind i c ado o pro pó si to d e ul tr ap as s ar um t er c e iro;
XI - to do co nd ut or ao ef e tu ar a ul tr ap a s sa g e m d ev er á:

a) in di c ar com an t ec e dê n ci a a m a nob ra pr e te nd id a, a ci o-
na ndo a l uz i nd ic a dor a de d ir e ç ão do ve í cu lo ou por m e io
de g e sto co nv e nc io na l de br a ço;
b) a fa s ta r - s e do us uá ri o ou us u ár ios ao s qu a i s ul tr ap a s sa ,

de t al f o rm a q u e d ei x e liv re um a d is t ân ci a la t er al d e s e gu -
ra nç a ;
§ 1 º As no rmas de ul trap as s a ge m p re vi s ta s nas al í n eas

a e b d o i nci s o X e a e b d o i nci s o XI ap l i ca m - s e à tra ns -

p os i çã o de fai xas , qu e po d e s er r e a liz ad a t a nto p e l a f ai xa

da e sq u erd a com o p e l a d a dir e it a .

§ 2º R e sp e it a da s a s no rm a s d e c ir cu l aç ão e c ond ut a e s ta -
be l e cid a s n e st e ar tig o, em ord em de c re s c en t e, os veí c ul os

de m a i or p o r te s erã o s e mp r e res p o ns á ve i s p el a s e g u-

ra n ça d os me n ores , o s m o tor iz ado s p elo s n ão m oto riz a -


do s e , j un to s, p el a in c olum id ad e do s p e de s t re s.

Ar t. 3 4. O co n d u tor q ue q uei ra ex ec u tar um a ma nob ra

de ve rá ce r ti fi c ar - s e d e q ue p o d e ex ec ut á - l a s e m p e ri go
p a ra os de mai s us uá ri os da vi a q u e o s e g ue m , pr e c ed em
o u v ão c ruz ar com e l e , con s id er an do s ua po si ç ão, s u a di -

re ç ão e su a ve lo ci d ad e .

Ar t. 35. An tes de i ni ci ar q ual q u er ma nob ra q ue i mp l i -

q ue u m d es l oc am e nt o l at er al , o co n d u tor d eve rá i n di car


s eu p r op ós i to de fo r ma cl a ra e co m a d evi da a nt ec e dê n-

ci a , p or m ei o da l uz i n di ca do ra d e di r eçã o d e s e u veí -
cul o, o u fa ze n do g es t o co nv e nci o nal d e b r aç o.

P ar ág ra fo ún i co. E nt e nd e - s e por d e sl oc am e nto l a te ra l a


tr an spo s iç ão d e f ai xa s, m ovi m e n tos d e c onv e r sã o à dir e it a ,

à e squ e rd a e r e tor no s.
Ante o exposto, sem prejuízo dos fatos e fundamentos expostos nos itens anteriores
desta exordial, bem assim das provas que serão produzidas até o final da instrução do
feito, não nos resta dúvida que a ré, por imprudência, infringiu as mais elementares nor-
mas de trânsito, tendo sido a sua ação culposa a causa exclusiva do evento danoso.

2.3.1 - D A R E S PO N S A B IL ID AD E CIV IL S O L ID Á RI A D O RÉU

A responsabilidade da Ré L A I Z A A B A D I A C O S TA C U N H A baseia-se no fato de ser pro-


prietário do veículo conduzido pelo Réu F E R N A N D O R U Z I S O A R E S .

O fato de ser proprietário do veículo causador, responde solidariamente, com o condutor


que agiu culposamente na infração, nos moldes do § 1º do art. 257, do Código de Trân-
sito Brasileiro.

2.6 – D O S D A N O S M O RA IS – M É T O D O B I F Á S I CO AD O T AD O PE L A JU RIS P RU D Ê N -
CIA P ÁT R IA

A indenização por dano moral está prevista no art. 5°, X, da Constituição Federal, que
assim dispõe: "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pes-
soas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação".

A vítima de acidente de trânsito, ao experimentar violação da integridade física ou cor-


poral da qual resulte sequela, em regra transpõe o caráter material da marca da agressão
para o âmbito mental, valorativo e psicológico.

A própria redução ou eliminação da capacidade laboral acarreta elevados reflexos na


vítima pela perda da confiança na recuperação, pela incapacidade parcial ou total para
algumas tarefas do dia a dia da vida, pela avaliação real que se perdeu algumas caracte-
rísticas e algumas potencialidades de sua vida laboral e pessoal.

Um meio de definir o montante das indenizações por danos morais que vem sendo ado-
tado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) é o método bifásico. Nesse modelo, um valor
básico para a reparação é analisado considerando o interesse jurídico lesado e um grupo
de precedentes. Depois, verificam-se as circunstâncias do caso para fixar em definitivo a
indenização.

Nessa linha, no que toca ao quantum deve-se levar em conta a gravidade das lesões e
sequelas sofridas pelos Autores, o caráter punitivo da medida, a condição social e
econômica da ré, bem como a repercussão do dano, além do necessário efeito pedagó-
gico da indenização.

P R O C ES S UA L CIV IL E A DM IN IST RA T IV O . DA NOS M O RA I S.


IN DE N I ZA ÇÃ O. REV IS Ã O. R EE XA M E DE M A T ÉRIA F Á T I CO
P R O B A T Ó RI A . I M P OS SI B IL ID A D E. 1 . O P l en ár i o do ST J d e-

ci di u q ue " ao s r e cu rs os i nt e rpo sto s com f u nd am en to no

CP C /201 5 (r el a tiv os a de c is õe s pu bl i ca da s a pa rt ir d e 1 8

de m ar ço d e 201 6) s er ão ex ig ido s o s r eq ui s it os d e adm i s-


si bi li da d e r e cur s al na f orm a do no vo CP C" ( E nun c i ado A d-

m in is tr a tivo n. 3 ). 2. A jur i spr ud ên c i a do S up er ior T r ib un al

de J u st i ç a adm it e, em c ar át er ex c ep c ion a l, a al t er a çã o do
qu an tum a rbi tr ad o a t í tu lo d e d ano m or al , ca so s e m o st r e

irr is ó ri o o u e xor bi t an t e, em c l ar a afro nt a ao s pri n cíp io s d a

raz o ab il id ad e e d a pro por cio n al id ad e. 3 . N a es p éci e, a n te

a s p ec ul i a ri da des do cas o, o val o r fi xa do no ac ór dão

i mp u g na d o não d es t o a do r azoá vel ( R$ 40. 000, 00 - qu a-

re nt a mi l reai s ), p or s eq u el as p e rma n en t es nos m em-

b ros s up e ri o res d eco r re nt es d e aci d e nt e de t râ ns i t o, de

for ma q ue o ac ór dã o re co rr i do d ev e s e r ma n ti do. 4.

A gr avo in t ern o d e sp rovi do. ( S T J, A gI n t no A RE sp

11867 63 / CE, R el . M in i st ro GUR GE L D E F A R I A , P R IM E IRA

T UR M A , ju lg ado em 2 1/06/ 2018 , DJ e 07 /0 8 /20 18, d e st a -


c am o s).

Desta forma, requer à Vossa Excelência para que condene a parte Ré ao pagamento de
indenização por danos morais, no valor de R$ 50.000,00 para cada, totalizando R$
100.000,00 (cem mil reais), ou outro valor que melhor entenda Vossa Excelência,
não apenas para reparar o extremo sofrimento e os inúmeros danos e sequelas cau-
sados aos Autores, mas também para frisar o caráter inibitório desta, a fim de que
fato semelhante não ocorra novamente.
3
DA TUTELA DE URGÊNCIA ART. 300, CAPUT CPC

3.1 – D A T U T E L A D E U RGÊ N CI A PA RA AN O T A ÇÃO D A RE F E RI D A AÇ Ã O N O


PRO N T U Á RIO D O V E ÍC U L O C AU S AD O R D O A C ID E N T E D E P RO P RIE D A D E D A
PA RT E D E M AN D AD A .

No caso dos autos, se torna necessária a concessão de tutela provisória de urgência, com
caráter antecipatório, a fim de que ocorra a anotação da presente ação no prontuário do
veículo de propriedade da parte demandada junto ao Detran, impossibilitando sua
venda, transferência e alienação a terceiros de boa-fé, sob pena de colocar em risco o
resultado útil do processo.

Importante ressaltar que, nada impede que a qualquer momento do processo Vossa Ex-
celência, se assim entender, venha a alterar o entendimento quanto à tutela provisória,
nos termos do artigo 296 do Código Civil, não havendo o que se falar em irreversibilidade
dos efeitos da decisão que conceder a tutela de urgência, conforme alerta o §3º do artigo
300 do CPC.

Salienta-se que, em não sendo efetuada a anotação no prontuário dos veículos para
evitar, o proprietário poderá alienar os bens, frustrando a pretensão ressarcitória do de-
mandante.

É latente o entendimento dos Tribunais Superiores, quanto ao pleito suscitado, determi-


nando o bloqueio do veículo causador do acidente em medida cautelar, somente para
evitar eventual lapidação de patrimônio. Frisando que o respectivo bloqueio se li-
mita apenas à possíveis transferências, não havendo qualquer limitação quanto à
circulação do mesmo, tampouco acarretando qualquer prejuízo ao proprietário. Senão
vejamos os entendimentos abaixo.

A gr avo d e in s tr um en to – A ç ão i nd en iz ató ri a – A c id e nt e d e

tr ân si to – C um pr im en t o d e s e nt e nç a – P e di d o d e bl oqu e io

de r e st ri ç ão vi a si st em a R en aj ud p ar a c ir c ul a ç ão e li c en c i-

am en to d o b em – I nd ef e rim e nto – Re s tr iç ã o ao li c en c ia -
m e nto e à c ir c ul a çã o d o ve í cu lo – D e s c abim e nto – M e did a
e xtr em a - Pos s i b i l i d a de tã o s ó da i ns e rçã o de b l o q uei o

p a ra fi ns de t rans fe r ên ci a s ob r e os veí c ul os da ex ec u-

ta da , t a l co mo j á re a l i zad o p el o J uí z o d e ori ge m – De-

ci s ã o ma nti d a. N o ca s o ora s ob exa me, nã o vej o r azão


s ufi ci e nt e p ara al te ra r a r. de ci s ão a gra va d a qu e d e te r-

mi n ou a p e nas o b l o q uei o d e t ra ns f er ên ci a do veí c ul o,


com o me di da d e ca u tel a, p ara e vi t ar a di l ap i da ção d o

p a tri mô ni o d a dev e d ora , t en do - s e em con t a q ue o im p e -

dim en to d e c ir cu l aç ão e d e l i c en ci am e nto é m ed id a ex -
tr em a. A gr avo de sp rov ido . (T J - SP - A I:
20756 0668 2021 8260 00 0 SP 20 7560 6 -6 8.2 0 21.8 .26 .000 0,

R e la to r : Li no M a c ha do , Da t a d e J ulg am e nt o: 12 /05 /2 021 ,


30ª Câ m a ra de Di r e ito P ri va do, D a ta de P ub li c a ção :
12/ 05 /202 1) . ( Gr ifo no ss o)

A GR A V O DE I NST RUM E NT O – A ÇÃ O DE I N DE NI ZA ÇÃ O P OR

DA NO S M A T ERI A I S E M ORA I S D E CORR ENT E S D E A C I DE NT E


DE T R Â N SIT O – T UT E L A DE UR GÊ N CIA – IN S URG ÊN C IA E M
F A C E DA D EC I SÃ O Q U E DEF ERI U O B LOQ UE I O D E A T IV O S

F INA N CE IRO S E B L OQ UE IO D E T RA N SF E RÊ N CI A DE V EÍ -

C ULO - P R E SE N ÇA DE V ERO SS IM I LHA N ÇA DA S A L EGA ÇÕ ES

DO S A UT O R ES E O RI S CO D E DA NO I RREP A RÁ V EL O U D E

DIF Í CI L R EP A RA ÇÃ O – DE C ISÃ O M A NT I DA – R EC UR SO DE S-
P R O V I DO . (T J - SP - AI: 2 2356 662 0201 88260 000 SP

22356 66 - 20. 2018 .8. 26. 0000, R el at or: C e s ar Lu iz d e A l-


m e id a, D at a d e J ul ga m e nto : 05 / 02 /201 9, 2 8ª C âm ar a d e
Di r ei to P r iv ado , Da t a d e P ubl i c aç ão : 06 /0 2/ 20 19) .

Portanto, requer a parte demandante, em sede de TUTELA DE URGÊNCIA, a anotação da


presente ação no prontuário dos veículos de propriedade da parte demandada:

MARCA/MODELO: CHEV/ONIX JOY;


PLACA: QXR-9E81;
RENAVAM: 1224807704;
CHASSI: 9BGKL48U0LB196985;
LOCAL DE REGISTRO: Uberlândia – MG.

Prova de que a parte Ré é proprietária do veículo causador do acidente sub judice:


Importante ressaltar, que tal averbação não acarreta prejuízo algum, pois a referida
medida não impede o uso, gozo e fruição ou exercício de quaisquer dos direitos da pro-
priedade, não impedindo nem futura alienação, já que é meramente comunicativa.

A referida averbação trata-se apenas de anotação de restrição de transferência em bem


móvel, não restrição de circulação

4
— DAS PROVAS —

Para fins de provar o alegado nesta inicial, REQUER-SE a apreciação de todas as provas
em direito admitidas, as quais serão objeto de especificação no momento processual
adequado, (depoimento pessoal da parte ré, perícia médica, testemunha), requerendo-
se também, desde já, a juntada de documentos novos.

5
— DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS —

Por todos os fundamentos declinados e por mais o que possa suprir Vossa Excelência,
pede a Parte Autora:

1. EM TUTELA PROVISÓRIA FUNDADA EM URGÊNCIA:

1.1. Determinar a CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA, nos termos do art. 300 e


seguintes do CPC para conceder a ordem de tutela para anotação de restri-
ção de transferência em bem móvel, afim de evitar a transferência ou alienação
do mesmo, frustrando a pretensão ressarcitória do demandante.

2. NO MÉRITO:

2.1. DECLARAR que a parte Ré condutora agiu com culpa ao conduzir o veículo sem
atenção, devendo ser responsabilizado pelos danos por ele gerados;

2.2. DECLARAR que as lesões sofridas pelos Autores em detrimento do acidente os


incapacitaram para prática de tarefas diárias e laborais;

2.3. DECLARAR que a Ré L A I Z A A B A D I A C O S T A C U N H A responde solidariamente


com o condutor que agiu culposamente na infração, nos moldes do § 1º do art.
257, do Código de Trânsito Brasileiro;

2.4. DETERMINAR que a ré responda de forma objetiva e solidária para indenizar os


Autores pelos danos sofridos em razão do acidente em questão nos termos dos
arts. 186 e 927 do CC, com o fito de:
2.4.1.CONDENAR a pagar aos Autores indenização por danos morais no valor de
R$ 50.000,00 para cada, totalizando R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou outro
valor que melhor entenda Vossa Excelência;

2.4.2.CONDENAR a arcarem integralmente com as custas processuais e os hono-


rários sucumbenciais no importe de 20% (vinte por cento).

2.4.3.DECLARAR que todos as condenações devem sofrer incidência de juros re-


muneratórios/compostos capitalizados e correção monetária, juros de
mora, conforme previsão da Súmula 562, do STF e dos artigos 395, 398 e
406, todos do Código Civil.

3. REQUERIMENTOS:

3.1. A dispensa da designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art.


319, VII, CPC, ou então, caso seja determinada que ocorra que forma virtual.

3.2. A citação da parte ré por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do Novo
Código de Processo Civil;

3.3. A concessão do benefício da gratuidade judiciária, conforme Declarações de Po-


breza e demais documentos em anexo, comprovando sua hipossuficiência finan-
ceira.

6
DO VALOR DA CAUSA

Atribui-se à causa, exclusivamente para fins de alçada, em observância ao teor do art.


292, §2º, do CPC, o valor genérico e provisório de R$ 100.000,00 (cem mil reais),
correspondente ao pedido de indenização por danos morais.

Termos em que
Pede e espera deferimento
Maringá – PR, data da assinatura eletrônica.

Cleiton Diego Santana Bonetti | Advogado


OAB PR 81.355 – OAB MG 218.674
OAB MS 27.942-A

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