Inicial - Carlos Alberto e Lethicia
Inicial - Carlos Alberto e Lethicia
Inicial - Carlos Alberto e Lethicia
CIA.
R. VER. BASÍLIO SAUTCHUCK, Nº901, SALA 02, ED. DIAMANTE DE GOULD, MARINGÁ – PR, CEP 87013-190.
1
— síntese dos fatos —
1.1 S O B R E A D IN Â MI C A D O A CI D E N T E D E T R ÂN S IT O
O acidente de trânsito sobre o qual versa os persente feito ocorreu no dia 22 de abril de
2024, por volta das 14 horas, no Município de Uberlândia – MG.
O acidente se deu quando a parte Ré foi realizar uma manobra de mudança de faixa
sem a devida sinalização (seta) e cruzou a frente do Autor que seguia o fluxo da via,
causando o acidente de trânsito em questão.
Insta salientar, que em sua manobra a parte Ré deixou de se acautelar se vinha algum
veículo seguindo o fluxo da via na faixa da esquerda por falta de atenção e ocasionou
por sua culpa exclusiva o acidente em questão, logo o réu abriu mão dos cuidados in-
dispensáveis à segurança no trânsito, senão vejamos a causa presumida do acidente:
A parte Ré vinha na faixa da direita, quando iniciou a manobra e deixou de se acautelar
se vinha algum veículo na faixa da esquerda por falta de atenção e ocasionou por sua
culpa exclusiva o acidente em questão, logo o réu abriu mão dos cuidados indispensáveis
à segurança no trânsito.
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece que o condutor que queira executar uma ma-
nobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários
da via que o seguem.
Ponto de impacto
Sentido seguido
pelo Autor
Veja, Excelência, que a parte Ré, por falta de atenção, iniciou a manobra de transposição
de faixa, da faixa da direita para a faixa da esquerda, sem sinalizar e sem observar a
aproximação do Autor pelo retrovisor, que vinha seguindo o fluxo da via.
Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o Réu deveria
ter indicado seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz
indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.
Vale ressaltar que de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veículos de maior
porte são responsáveis sobre os de menor morte, devendo ter mais atenção ao realizar
tal manobra.
A testemunha que presenciou o acidente, Sr. Wilian Venceslau Gomes, confirmou que o
Réu mudou de faixa de forma repentina sem sinalizar e causou o acidente em questão.
2
— MÉRITO —
Considerando o local do referido acidente, em Uberlândia – MG, nos termos do art. 53,
V do CPC, este Juízo detém competência para julgamento dos fatos aqui narrados.
2.2 – D A RE S P O N S A B I L ID A D E C IV IL E D A RE S PO N S AB IL ID A D E C IV IL S U B J E T IV A
D A P ART E R É
Assim, restando evidente a existência de todos estes elementos no presente caso, suces-
sivamente à aplicação da responsabilidade objetiva, e na eventualidade deste R. Juízo
não entender de modo favorável à sua incidência, o que evidentemente não se espera,
deve ser aplicada a responsabilidade civil subjetiva na apreciação e no julgamento dos
presentes fatos.
2.3 - D A C U L PA V E R IF ICA D A N A CO N D U T A D A RÉ
É inequívoco o dever de indenizar que recai sobre a parte ré, a partir de sua conduta
culposa, caracterizada pela imprudência, eis que:
A rt. 2 9. O t râ n si to d e v eí c ulo s n a s vi a s t er r es t re s a b er ta s à
ci rc u la ç ão o b ed e c er á às s e gu in t es nor m a s:
m an o br a p ar a ul tr ap a s sá - lo;
b) qu em o pr e c ed e n a m e sm a fa ix a d e tr ân s ito n ão ha j a
ind i c ado o pro pó si to d e ul tr ap as s ar um t er c e iro;
XI - to do co nd ut or ao ef e tu ar a ul tr ap a s sa g e m d ev er á:
a) in di c ar com an t ec e dê n ci a a m a nob ra pr e te nd id a, a ci o-
na ndo a l uz i nd ic a dor a de d ir e ç ão do ve í cu lo ou por m e io
de g e sto co nv e nc io na l de br a ço;
b) a fa s ta r - s e do us uá ri o ou us u ár ios ao s qu a i s ul tr ap a s sa ,
de t al f o rm a q u e d ei x e liv re um a d is t ân ci a la t er al d e s e gu -
ra nç a ;
§ 1 º As no rmas de ul trap as s a ge m p re vi s ta s nas al í n eas
§ 2º R e sp e it a da s a s no rm a s d e c ir cu l aç ão e c ond ut a e s ta -
be l e cid a s n e st e ar tig o, em ord em de c re s c en t e, os veí c ul os
de m a i or p o r te s erã o s e mp r e res p o ns á ve i s p el a s e g u-
de ve rá ce r ti fi c ar - s e d e q ue p o d e ex ec ut á - l a s e m p e ri go
p a ra os de mai s us uá ri os da vi a q u e o s e g ue m , pr e c ed em
o u v ão c ruz ar com e l e , con s id er an do s ua po si ç ão, s u a di -
re ç ão e su a ve lo ci d ad e .
ci a , p or m ei o da l uz i n di ca do ra d e di r eçã o d e s e u veí -
cul o, o u fa ze n do g es t o co nv e nci o nal d e b r aç o.
à e squ e rd a e r e tor no s.
Ante o exposto, sem prejuízo dos fatos e fundamentos expostos nos itens anteriores
desta exordial, bem assim das provas que serão produzidas até o final da instrução do
feito, não nos resta dúvida que a ré, por imprudência, infringiu as mais elementares nor-
mas de trânsito, tendo sido a sua ação culposa a causa exclusiva do evento danoso.
2.6 – D O S D A N O S M O RA IS – M É T O D O B I F Á S I CO AD O T AD O PE L A JU RIS P RU D Ê N -
CIA P ÁT R IA
A indenização por dano moral está prevista no art. 5°, X, da Constituição Federal, que
assim dispõe: "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pes-
soas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação".
Um meio de definir o montante das indenizações por danos morais que vem sendo ado-
tado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) é o método bifásico. Nesse modelo, um valor
básico para a reparação é analisado considerando o interesse jurídico lesado e um grupo
de precedentes. Depois, verificam-se as circunstâncias do caso para fixar em definitivo a
indenização.
Nessa linha, no que toca ao quantum deve-se levar em conta a gravidade das lesões e
sequelas sofridas pelos Autores, o caráter punitivo da medida, a condição social e
econômica da ré, bem como a repercussão do dano, além do necessário efeito pedagó-
gico da indenização.
CP C /201 5 (r el a tiv os a de c is õe s pu bl i ca da s a pa rt ir d e 1 8
de J u st i ç a adm it e, em c ar át er ex c ep c ion a l, a al t er a çã o do
qu an tum a rbi tr ad o a t í tu lo d e d ano m or al , ca so s e m o st r e
for ma q ue o ac ór dã o re co rr i do d ev e s e r ma n ti do. 4.
Desta forma, requer à Vossa Excelência para que condene a parte Ré ao pagamento de
indenização por danos morais, no valor de R$ 50.000,00 para cada, totalizando R$
100.000,00 (cem mil reais), ou outro valor que melhor entenda Vossa Excelência,
não apenas para reparar o extremo sofrimento e os inúmeros danos e sequelas cau-
sados aos Autores, mas também para frisar o caráter inibitório desta, a fim de que
fato semelhante não ocorra novamente.
3
DA TUTELA DE URGÊNCIA ART. 300, CAPUT CPC
No caso dos autos, se torna necessária a concessão de tutela provisória de urgência, com
caráter antecipatório, a fim de que ocorra a anotação da presente ação no prontuário do
veículo de propriedade da parte demandada junto ao Detran, impossibilitando sua
venda, transferência e alienação a terceiros de boa-fé, sob pena de colocar em risco o
resultado útil do processo.
Importante ressaltar que, nada impede que a qualquer momento do processo Vossa Ex-
celência, se assim entender, venha a alterar o entendimento quanto à tutela provisória,
nos termos do artigo 296 do Código Civil, não havendo o que se falar em irreversibilidade
dos efeitos da decisão que conceder a tutela de urgência, conforme alerta o §3º do artigo
300 do CPC.
Salienta-se que, em não sendo efetuada a anotação no prontuário dos veículos para
evitar, o proprietário poderá alienar os bens, frustrando a pretensão ressarcitória do de-
mandante.
A gr avo d e in s tr um en to – A ç ão i nd en iz ató ri a – A c id e nt e d e
tr ân si to – C um pr im en t o d e s e nt e nç a – P e di d o d e bl oqu e io
de r e st ri ç ão vi a si st em a R en aj ud p ar a c ir c ul a ç ão e li c en c i-
am en to d o b em – I nd ef e rim e nto – Re s tr iç ã o ao li c en c ia -
m e nto e à c ir c ul a çã o d o ve í cu lo – D e s c abim e nto – M e did a
e xtr em a - Pos s i b i l i d a de tã o s ó da i ns e rçã o de b l o q uei o
p a ra fi ns de t rans fe r ên ci a s ob r e os veí c ul os da ex ec u-
dim en to d e c ir cu l aç ão e d e l i c en ci am e nto é m ed id a ex -
tr em a. A gr avo de sp rov ido . (T J - SP - A I:
20756 0668 2021 8260 00 0 SP 20 7560 6 -6 8.2 0 21.8 .26 .000 0,
A GR A V O DE I NST RUM E NT O – A ÇÃ O DE I N DE NI ZA ÇÃ O P OR
F INA N CE IRO S E B L OQ UE IO D E T RA N SF E RÊ N CI A DE V EÍ -
DO S A UT O R ES E O RI S CO D E DA NO I RREP A RÁ V EL O U D E
DIF Í CI L R EP A RA ÇÃ O – DE C ISÃ O M A NT I DA – R EC UR SO DE S-
P R O V I DO . (T J - SP - AI: 2 2356 662 0201 88260 000 SP
4
— DAS PROVAS —
Para fins de provar o alegado nesta inicial, REQUER-SE a apreciação de todas as provas
em direito admitidas, as quais serão objeto de especificação no momento processual
adequado, (depoimento pessoal da parte ré, perícia médica, testemunha), requerendo-
se também, desde já, a juntada de documentos novos.
5
— DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS —
Por todos os fundamentos declinados e por mais o que possa suprir Vossa Excelência,
pede a Parte Autora:
2. NO MÉRITO:
2.1. DECLARAR que a parte Ré condutora agiu com culpa ao conduzir o veículo sem
atenção, devendo ser responsabilizado pelos danos por ele gerados;
3. REQUERIMENTOS:
3.2. A citação da parte ré por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do Novo
Código de Processo Civil;
6
DO VALOR DA CAUSA
Termos em que
Pede e espera deferimento
Maringá – PR, data da assinatura eletrônica.