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Cultura de Feijão vulgar

Origem, diversidade e importância do feijão vulgar

O feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa originária da América. Contudo, várias
hipóteses foram estabelecidas para explicar o seu centro primário destacando apenas três centros
primários de diversidade genética, tendo como: o mesoamericano (México e Guatemala), sul dos Andes
(desde Peru até o nordeste de Argentina) e norte dos Andes (desde Colômbia a Venezuela). Além dos
centros primários, varias espécies do género Phaseolus também podem ser encontrado em outros
centros secundários como Europa, África e Asia (Diniz, 2006).

Segundo Haile (2011), o feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) é uma das mais importantes culturas de
leguminosas no mundo, pela sua importante fonte de calorias, proteínas, fibras alimentares, vitaminas e
minerais para milhões de pessoas em países desenvolvidos e em desenvolvimento do mundo, através do
seu consumo em grãos, vagens e folhas, complementando os cereais e outros alimentos ricos em
carboidratos no fornecimento de nutrição perfeita de pessoas de todas as idades.

Em Moçambique, o feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura alimentar básica e de grande
importância socioeconómica, por contribuir significativamente com proteínas e minerais para a dietas
de muitas famílias, e constituir uma fonte importante de renda para pequenos produtores,
comerciantes e exportadores (DEE, 2016).

Segundo dados da FAO, Moçambique ocupa a décima oitava posição no Rank do Top 20 produtores
mundias de feijão vulgar, com uma produção média anual estimada em 275 000 toneladas (FAOSTAT,
2016), numa área total de 750 000.00 ha, onde é produzida maioritariamente por pequenos produtores
(sector familiar), em uma área equivalente a 86.28% em pequenas explorações, seguido de 11.02% as
grandes explorações. Ocupando apenas 3.05% da área total cultivadas em culturas alimentares básicas
(DEE, 2016).

Dados encontrados no relatório do TIA (2003-2012), indicam que a província de Niassa é a maior
produtora dessa leguminosa tendo alcançado cerca de 132 003.59 toneladas acumulados,
correspondente a 40.72% da produção nacional. A província da Zambézia é a terceira maior produtora
dessa leguminosa com produção média anual superior a 5 mil toneladas anual, depois da província de
Tete e Niassa.
Tabela:Níveis de Produção do Feijão vulgar em Moçambique (2003-2012).

Província

Quantidades Produzidas/Província/ANO (Toneladas)

2003

2005

2006

2007

2008

2012

Niassa

17 848.58

16 255.25

19 857.08

16 339.08

22 644.52

31 024.32

C. Delgado

90.15

49.83

0.42

131.66

42.32

152.74

Nampula

79.58
756.45

1 302.60

3 748.64

820.94

859.43

Zambézia

9 956.73

7 237.04

9 508.92

14 528.86

6 668.53

6 057.71

Tete

9 320.07

9 765.34

11 508.06

12 440.62

15 867.84

10 842.25

Manica

2 274.95

4 503.20

3 802.85

3 443.67

3 977.42
3 457.38

Sofala

304.44

1 291.72

638.71

717.04

602.96

1 304.39

Inhambane

17.63

57.82

29.66

191.22

10.42

40.58

Gaza

924.04

10 121.50

2 644.06

2 841.47

1 604.55

1 295.94

Maputo

172.36

276.74
334.78

132.75

420.64

1 336.52

Total-Ano (toneladas)

40 988.52

50 314.90

49 627.14

54 515.00

52 660.16

56 371.27

Fonte: TIA (2003-2012).

Condições edafo-climáticas

Temperatura

Diniz (2006), afirma que, para que o feijoeiro possa atingir seu rendimento potencial, torna-se
necessário que a temperatura do ar apresente valores mínimos, óptimo e máximo como sendo 12ºC,
21ºC e 29ºC, respectivamente. Baixas temperaturas podem ocasionar o atraso ou redução de plantas
germinadas e emergência das plântulas, na fase reprodutiva, as baixas temperaturas são responsáveis
pelos aborto floral e falhas nos órgãos reprodutores masculino e feminino Aguiar (2013).

As temperaturas altas, são as que mais tem efeito prejudicial climático, segundo Aguiar (2013), ela
afecta o florescimento e a frutificação no feijoeiro, diminuindo a percentagem de vingamento das
plantas, e quando associado a baixa humidade e ventos fortes ganham maior impacto no pegamento e
retenção de vagens.

Humidade

A disponibilidade de água é com certeza um dos mais importantes factores no cultivo de espécies
vegetais. Na cultura de feijão a humidade é imprescindível para que ela tenha um bom desenvolvimento
em suas fases fenológicas. Baixas humidades podem reduzir severamente a produção de feijão vulgar. O
défice hídrico tem impacto negativo na produtividade, ao reduzir a percentagem de vingamento,
produção de vagens “chochas” na fase enchimento de vagem, e na redução de número de sementes por
vagem (Diniz, 2006).

Solo

O feijão vulgar pode adaptar-se a diferentes tipos de solos desde solos arenosos, francos até mesmo
argilosos, sugerindo que estes sejam férteis, com bom teor de matéria orgânica, de boa drenagem e
com um pH em torno de 5.0 a 6.5 (Aguiar, 2013). Pois a salinidade do solo é o factor que influencia
directamente na produção do feijoeiro, devido a sensibilidade que essa leguminosa apresenta à altas
concentrações de sódio e elevada condutividade eléctrica (Vieira et al., 2006) citado por (Pereira et al.,
2014).

Referencias bibliograficas

AGUIAR, Aline Gomes. 2013. Modulo: AGRICULTURA I: Cultura de Feijão. Pernambuco, Brasil : Instituto
de Formação de Pernambuco, 2013.

DEE. 2016. Descrição dos produtos transaccionáveis na bolsa de mercadorias de Moçambique. Maputo :
BMM, 2016.

DINIZ, Belísia Lúcia Moreira T. 2006. Cultura de feijão vulgar. Santa Catarina : UFSC, 2006.

FAOSTAT. 2013. Produção e consumo de Feijão vulgar no mundo. 2013.

FAOSTAT. 2016. Statistics Division 2016. 2016.

HAILE, Mekonen. 2011. Performance and farmers’ evaluation of released common bean (Phaseolus
vulgaris L.) Varieties in Dawro zone, South Western Ethiopia. Haramaya : Haramaya University, 2011.
PEREIRA, Vinícius Gabriel Caneppele, et al. 2014. Exigências Agro-climáticas para a Cultura do Feijão
(Phaseolus vulgaris L.). 1. Paraná : Revista Brasileira de Energias Renováveis, 2014. p. 11.

TIA. 2003-2012. Trabalho de Inquérito Agrícola: Níveis de produção de feijão vulgar em Moçambique. s.l.
: Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, 2003-2012.

VIEIRA, C., JÚNIOR, T. J. P. e BORÉM, A. 2006. Feijão. 2. Viçosa : UFV - Universidade Federal de Viçosa,
2006. p. 600.

and Healthcare, 2014. Vol. iv. ISSN 2224-3208.

Publicado 27th November 2016 por Anonymous

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