Ebook 3o Setor e Conselho de Governança
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EBOOK
2023
1
INTRODUÇÃO
Atuam nesse terceiro setor basicamente pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos que desenvolvem atividades paralelas ao Estado e, frisa-se, não pertencem à
estrutura da Administração Púbica. A figura baixo ajuda a elucidar o entendimento:
Segundo Bortoleto são pessoas jurídicas do setor privado, sem finalidade lucrativa, que
desenvolvem serviços sociais e, normalmente, se relacionam com a Administração Pública, por
convênio, para atuarem junto a universidades públicas e hospitais públicos.
Interessante ainda dizer que são instituídas por servidores públicos e, inclusive, a atividade
que desempenham é por estes realizadas na própria sede da entidade público. Não realizam
serviço público, mas executam a mesma atividade desempenhada pela Administração Pública.
Nos termos do que prevê a Lei 8666/93, em seu artigo 24, XIII, algumas dessas instituições
poderão ser contratadas com dispensa de licitação, consoante segue:
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da
pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos;
O conteúdo dessas definições de OS, OSCIP e E.A fora elaborado com base em na doutrina de
Leandro Bortoleto, em seu Livro Direito Administrativo - 2. ed. Salvador: Juspodvim.
Em termos de operação, todas essas entidades do terceiro setor devem seguir princípios de
transparência, prestação de contas e governança adequada. Além disso, podem buscar
recursos por meio de doações, convênios, parcerias, eventos beneficentes e captação de
recursos junto à iniciativa privada e ao governo, desde que cumpram os requisitos legais e
regulatórios aplicáveis. Cada tipo de entidade tem sua própria estrutura de governança, mas
todas compartilham o compromisso de atuar em prol do bem-estar da sociedade sem visar o
lucro.
O Estatuto Social é o mais importante documento, que deve refletir efetivamente os objetivos
da OSC, sua forma e área de atuação, estrutura de funcionamento, regras de governança,
sucessão, limites de responsabilidade patrimonial dos administradores, o modo de
constituição do seu patrimônio, forma de prestação de contas, natureza jurídica,
enquadramento tributário e se está sujeita ao controle externo de órgãos públicos.
Os conselhos fiscal, consultivo e deliberativo são órgãos de governança em organizações do
terceiro setor no Brasil, como ONGs (Organizações Não Governamentais) e OSCs (Organizações
da Sociedade Civil). Cada um desempenha funções específicas e tem atribuições estatutárias
distintas.
A decisão de unificar ou manter separados os conselhos deliberativo, consultivo e fiscal em
entidades do terceiro setor, como ONGs (Organizações Não Governamentais) ou OSCs
(Organizações da Sociedade Civil), no Brasil, é uma escolha que depende das necessidades e
circunstâncias específicas de cada organização. Não existe uma resposta única ou uma
abordagem universalmente correta, pois as organizações podem variar significativamente em
tamanho, escopo, missão e objetivos.
A). Associações:
Uma Associação é definida por um grupo de pessoas, sem fins lucrativos, unidas em um
objetivo comum relacionada a alguma causa socioambiental. Juridicamente, a exigência para
o funcionamento de uma associação é a elaboração de um Estatuto Social registrado
formalmente em um Cartório de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas.
Além dos termos utilizados para designar os tipos de organização e/ou seus títulos jurídicos,
algumas outras classificações são comumente utilizadas em referência a entidades do terceiro
setor. O quadro abaixo resume sua definição:
- Definição: As associações são organizações sem fins lucrativos formadas por um grupo de
pessoas que se unem em torno de um objetivo comum, como promover a cultura, a
educação, o esporte, a assistência social, entre outros.
- Legislação: As associações são regidas principalmente pelo Código Civil Brasileiro, nos
artigos 53 a 61. Elas precisam ter um estatuto social que descreva seus objetivos, regras de
funcionamento e estrutura de governança.
B) Fundações:
Por sua vez, as Fundações são patrimônios constituídos para beneficiar uma causa. De acordo
com o Código Civil, artigo 62, é necessário que o criador da Fundação, antes da sua instituição,
especifique formalmente o destino do patrimônio. Elas podem ser criadas por empresas,
indivíduos ou pelo poder público. O registro oficial é realizado também pelo Ministério
Público.
As Fundações, como é o caso das associações, devem também dar frutos destinados ao
desenvolvimento de causas socioambientais de interesse público e possuir, obrigatoriamente,
um Estatuto Social. O quadro abaixo resume sua definição:
- Definição: As fundações são organizações sem fins lucrativos criadas por meio de um
patrimônio destinado a cumprir uma finalidade específica, como promoção da educação,
cultura, saúde, assistência social, entre outras.
- Legislação: As fundações são regulamentadas pelo Código Civil Brasileiro, nos artigos 62 a
69, e pela Lei das Fundações (Lei nº 6.015/73). Elas possuem um estatuto social que
estabelece suas regras de funcionamento e governança.
- Operação: As fundações operam com base no patrimônio deixado por seu instituidor
(criador) ou por meio de doações e recursos financeiros. A gestão do patrimônio deve ser
realizada de forma a garantir a perpetuidade da fundação e o cumprimento de seus
objetivos.
C) Organizações Religiosas:
Na legislação do terceiro setor brasileira, uma organização religiosa é uma entidade que está
vinculada a uma instituição religiosa ou religião e tem como finalidade principal a promoção
da fé e da prática religiosa. Essas organizações desempenham um papel fundamental na
sociedade ao proporcionar um espaço para a realização de rituais religiosos, oferecer
assistência espiritual e social aos fiéis e realizar atividades religiosas e caritativas.
A Constituição Federal de 1988, no artigo 150, inciso VI, alínea "b", estabelece que é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre "templos de
qualquer culto". Isso significa que as organizações religiosas, como igrejas, templos e
associações religiosas, têm imunidade tributária, ou seja, são isentas de diversos impostos,
como o Imposto de Renda e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU),
desde que atendam aos requisitos legais.
A legislação brasileira não define de forma detalhada o que constitui uma organização
religiosa, pois respeita a liberdade religiosa e a autonomia das instituições religiosas em definir
suas estruturas e atividades. No entanto, as organizações religiosas devem cumprir algumas
obrigações legais e regulatórias, como registrar seus estatutos e atender às regras contábeis e
fiscais aplicáveis.
É importante observar que, além das atividades religiosas, muitas organizações religiosas
também se envolvem em ações de caridade, assistência social e educação, contribuindo para
o bem-estar da comunidade em geral. A legislação permite que essas atividades sejam
realizadas desde que estejam em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis.
Assim, organização religiosa na legislação do terceiro setor brasileira é uma entidade
vinculada a uma instituição religiosa ou religião que tem como objetivo principal a promoção
da fé e da prática religiosa. Essas organizações gozam de imunidade tributária, mas devem
cumprir obrigações legais e regulatórias, especialmente em relação ao registro de estatutos e
à conformidade contábil e fiscal. O quadro abaixo resume sua definição:
- Operação: As organizações religiosas podem receber doações e contribuições dos fiéis para
financiar suas atividades. Elas também podem atuar em projetos sociais e de caridade,
desde que não tenham fins lucrativos como objetivo principal.
Mas os institutos? O termo Instituto não é uma classificação oficial, mas uma nomenclatura
genérica. A palavra não consta na legislação brasileira e, portanto, não possui um
enquadramento jurídico. O termo pode ser utilizado livremente como nome fantasia em
qualquer organização do terceiro setor.
Na legislação do terceiro setor brasileiro, um "instituto" geralmente se refere a uma
organização sem fins lucrativos que tem como principal finalidade promover atividades de
cunho social, cultural, educacional, científico, esportivo, ambiental ou de assistência. Um
instituto pode ser considerado uma espécie de associação ou fundação, dependendo de sua
estrutura e finalidades específicas.
A definição e regulamentação dos institutos no Brasil podem variar, uma vez que essas
organizações são, em grande parte, reguladas pelo Código Civil Brasileiro, que estabelece
princípios gerais para entidades sem fins lucrativos. Portanto, um instituto pode ser
formalizado como uma associação ou uma fundação, com base na estrutura e objetivos que
seus fundadores definirem. Aqui estão algumas características comuns de institutos no
contexto do terceiro setor brasileiro:
1. Finalidades Específicas: Institutos são criados com objetivos específicos
relacionados à promoção de atividades sociais, culturais, educacionais, científicas,
esportivas, ambientais ou de assistência. Essas finalidades devem ser claramente
definidas em seu estatuto.
2. Sem Fins Lucrativos: Assim como outras organizações do terceiro setor, os institutos
não têm como objetivo principal a obtenção de lucro. Os recursos arrecadados
devem ser direcionados para o cumprimento de suas finalidades estatutárias.
3. Estrutura de Governança: Institutos devem possuir uma estrutura de governança
que inclui órgãos de gestão, como assembleia geral ou conselho deliberativo,
diretoria e conselho fiscal. A composição e funcionamento desses órgãos são
geralmente definidos em seus estatutos.
4. Registro Legal: Para ser reconhecido como um instituto, a organização deve ser
devidamente registrada junto aos órgãos competentes, como cartórios de registro
de pessoas jurídicas e Receita Federal. O registro legal é necessário para que a
organização adquira personalidade jurídica e possa atuar oficialmente.
Ou seja, um instituto, na legislação do terceiro setor brasileiro, é uma organização sem fins
lucrativos com finalidades específicas que podem abranger diversas áreas de atuação social e
cultural.
Sua estrutura e funcionamento são regulamentados pelo Código Civil Brasileiro e outras
legislações aplicáveis, e seu registro legal é fundamental para que a organização possa operar
oficialmente e cumprir suas missões e objetivos estatutários.
Vale destacar que a organização deve estabelecer mecanismos para monitorar o desempenho
do conselho unificado e fazer avaliações regulares para garantir sua eficácia.
A decisão de unificar ou manter separados os conselhos deliberativo, consultivo e fiscal em
entidades do terceiro setor, como ONGs (Organizações Não Governamentais) ou OSCs
(Organizações da Sociedade Civil), no Brasil, é uma escolha que depende das necessidades e
circunstâncias específicas de cada organização. Não existe uma resposta única ou uma
abordagem universalmente correta, pois as organizações podem variar significativamente em
tamanho, escopo, missão e objetivos.
Aqui estão algumas considerações sobre a importância de unificar esses conselhos ou mantê-
los separados:
A decisão de unificar ou manter os conselhos separados deve ser baseada nas necessidades e
objetivos específicos da organização, considerando fatores como tamanho, recursos,
complexidade operacional e conformidade regulatória. É aconselhável consultar um
especialista jurídico ou de governança que possa oferecer orientação adequada com base nas
circunstâncias da sua entidade do terceiro setor. A unificação do conselho de governança
envolve a combinação das funções dos conselhos deliberativo, consultivo e fiscal em um único
órgão.
Esta unificação sob a ótica da Coordenação, Alinhamento, Responsabilidade Integrada e
Agilidade Decisória promove uma maior coordenação e alinhamento entre as funções de
governança. Isso ajuda a garantir que a organização siga uma visão estratégica unificada,
evitando conflitos de interesse entre os conselhos. Além disto, um único conselho será
responsável por supervisionar todos os aspectos da organização, garantindo uma abordagem
integrada à governança e à prestação de contas. A tomada de decisões pode ser mais ágil, uma
vez que não é necessário buscar a aprovação de conselhos separados para diferentes aspectos
da gestão.
Ademais, no que tange Economia de Recursos, Simplificação e Eficiência, a unificação reduz a
complexidade da estrutura de governança. Em vez de gerenciar múltiplos conselhos com
diferentes papéis, a organização pode focar seus recursos e esforços em um único conselho. A
gestão de um único conselho reduz custos operacionais, como despesas com reuniões
separadas e estruturas administrativas duplicadas.
A unificação do conselho de governança em entidades do terceiro setor no Brasil pode
oferecer inúmeras vantagens, incluindo simplificação, eficiência, coordenação, economia de
recursos e agilidade decisória.
No entanto, é importante destacar que essa decisão deve ser baseada nas necessidades
específicas de cada organização, levando em consideração sua missão, tamanho e recursos
disponíveis. Independentemente da escolha, uma governança sólida continua sendo
fundamental para o sucesso e a transparência das organizações do terceiro setor, permitindo
que elas continuem a fazer a diferença em suas comunidades e na sociedade como um todo.
A unificação do conselho de governança é uma estratégia que busca fortalecer o "G" de
Governança em ESG. Essa abordagem envolve a fusão das funções dos conselhos deliberativo,
consultivo e fiscal em um único órgão de governança. Aqui estão algumas razões a considerar
essa mudança:
Percebe-se então, que embora seja pouco sabido ou explorado, que as ISO20400, ISO26000,
ISO37301 e a ABNT Pr2030 ESG desempenham um papel importante na gestão do terceiro
setor, ajudando as organizações a adotarem práticas mais sustentáveis, éticas e responsáveis.
Ao seguir essas diretrizes e normas, as organizações do terceiro setor podem aumentar sua
eficácia, transparência e impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.
1. ISO 20400 - Compras Sustentáveis: A ISO 20400 promove práticas de compras sustentáveis.
Ao adotar essa norma, uma organização do terceiro setor pode:
- Demonstrar seu compromisso com práticas de compras responsáveis, alinhando-se aos
princípios de responsabilidade social e sustentabilidade.
- Cumprir com requisitos legais relacionados a compras públicas, o que é um critério
importante para o reconhecimento de utilidade pública.
- Melhorar a transparência nas compras, o que pode ser considerado um indicador de boa
governança.
2. ISO 26000 - Responsabilidade Social: A ISO 26000 fornece diretrizes sobre responsabilidade
social. Utilizando essa norma, uma organização do terceiro setor pode:
- Reforçar seu compromisso com a responsabilidade social, o que é uma característica
valorizada no processo de reconhecimento de utilidade pública.
- Desenvolver práticas de trabalho justas, respeitando direitos humanos e questões sociais, o
que é relevante para sua imagem e credibilidade.
- Engajar-se com a comunidade e partes interessadas, o que é importante para a construção
de relacionamentos sólidos, um critério para o reconhecimento.
3. ISO 37301 - Sistema de Gestão de Compliance: A ISO 37301 trata de sistemas de gestão de
compliance. Adotando essa norma, uma organização do terceiro setor pode:
- Garantir o cumprimento de leis e regulamentos, o que é fundamental para obter
reconhecimento de utilidade pública.
- Reforçar sua transparência e responsabilidade, demonstrando um compromisso eficaz com
a conformidade legal e ética.
4. ABNT Pr2030 ESG: A ABNT Pr2030 ESG trata das diretrizes para relatórios de
sustentabilidade. Ao adotar essa norma, uma organização do terceiro setor pode:
- Fornece informações transparentes sobre suas práticas de sustentabilidade,
responsabilidade social e governança, que são critérios para o reconhecimento.
- Reforçar sua credibilidade ao demonstrar um compromisso formal com a divulgação de
informações relevantes para as partes interessadas.
- Alinhar-se com as expectativas dos órgãos reguladores e financiadores que valorizam
relatórios ESG como parte do processo de reconhecimento.
A utilização do terceiro setor varia de país para país devido a uma série de fatores que podem
incluir histórico-cultural, desenvolvimento econômico, tamanho do Estado, confiança na
sociedade civil e outros aspectos. É importante ressaltar que a classificação de um país como
"primeiro mundo" é uma simplificação, mas podemos explorar algumas razões pelas quais o
terceiro setor pode ser mais proeminente em países desenvolvidos em comparação com o
Brasil ou outros países em desenvolvimento:
1. Desenvolvimento Econômico: Países de primeiro mundo tendem a ter economias mais
avançadas e maior renda per capita. Isso frequentemente se traduz em recursos financeiros
disponíveis para doações e investimentos em organizações do terceiro setor.
2. Cultura de Doação: Em alguns países desenvolvidos, existe uma cultura de doação mais
arraigada, com uma longa tradição de filantropia. Isso pode resultar em doações significativas
para organizações sem fins lucrativos.
3. Educação e Sensibilização: A população de países de primeiro mundo muitas vezes é mais
educada e sensibilizada para questões sociais e ambientais, o que pode levar a um maior
envolvimento cívico e apoio a organizações do terceiro setor.
4. Sistema de Bem-Estar Social: Em alguns países desenvolvidos, o Estado fornece um extenso
sistema de bem-estar social que atende às necessidades básicas da população. Isso pode
liberar recursos financeiros e humanos para organizações do terceiro setor concentrarem-se
em questões mais específicas.
5. Ambiente Regulatório Favorável: Alguns países de primeiro mundo possuem
regulamentações que facilitam a criação e operação de organizações do terceiro setor, além
de oferecerem incentivos fiscais para doações.
6. Conscientização sobre Responsabilidade Social: Empresas em países desenvolvidos muitas
vezes adotam práticas de responsabilidade social corporativa (RSC) e colaboram com
organizações do terceiro setor como parte de suas estratégias de negócios.
7. Confiança nas Instituições: Em países onde as instituições governamentais e não
governamentais são consideradas confiáveis e eficazes, as pessoas podem estar mais dispostas
a apoiar organizações do terceiro setor.
8. Incentivos Governamentais: Alguns governos oferecem incentivos financeiros ou fiscais para
estimular o investimento em organizações do terceiro setor.
9. Crescimento da Sociedade Civil: Países desenvolvidos podem ter uma sociedade civil mais
forte, com uma variedade de grupos e organizações ativas em várias causas.
É importante lembrar que a situação do terceiro setor varia consideravelmente dentro de
países e que o Brasil, apesar dos desafios, tem uma cena do terceiro setor vibrante e crescente.
O desenvolvimento do terceiro setor pode ser promovido através de políticas públicas,
conscientização e educação cívica, promoção de boas práticas de governança e transparência,
e envolvimento de empresas e indivíduos comprometidos com a melhoria social e ambiental.
Por outro lado, a falta de credibilidade do terceiro setor no Brasil, assim como em outros
lugares, pode ser resultado de vários fatores complexos e interligados. É importante
reconhecer que o terceiro setor é diversificado, incluindo organizações com diferentes
tamanhos, áreas de atuação e níveis de governança.
A seguir, estão algumas das razões que podem contribuir para a falta de credibilidade do
terceiro setor no Brasil:
1. Escândalos de Corrupção: Em alguns casos, organizações do terceiro setor no Brasil foram
envolvidas em escândalos de corrupção que minaram a confiança pública. Isso pode abalar a
credibilidade de toda a área.
2. Falta de Transparência: A falta de transparência nas operações, na prestação de contas e na
alocação de recursos pode levar à desconfiança. Muitas vezes, as organizações não divulgam
informações suficientes sobre como utilizam os recursos financeiros.
3. Má Gestão: Algumas organizações podem enfrentar problemas de má gestão, incluindo
ineficiência, falta de prestação de contas adequada e governança fraca. Isso pode prejudicar a
credibilidade.
4. Falta de Avaliação de Impacto: A ausência de avaliações de impacto sólido e evidências
concretas sobre os resultados das atividades do terceiro setor pode levar à percepção de que
as organizações não estão alcançando seus objetivos.
5. Setor Não Regulado: O terceiro setor, em grande parte, não é tão regulamentado quanto o
setor público e o setor privado. Isso pode resultar em uma variedade de organizações, algumas
das quais podem operar sem a devida supervisão ou prestação de contas.
6. Desinformação e Estereótipos: A desinformação e estereótipos sobre organizações do
terceiro setor podem levar ao ceticismo do público em relação às suas atividades e motivações.
7. Política Partidária: Em um ambiente político polarizado, organizações do terceiro setor pode
ser vistas como alinhadas a interesses políticos, o que pode minar a confiança em sua
imparcialidade.
8. Crescimento Desordenado: O crescimento desordenado do terceiro setor sem uma
estrutura regulatória clara pode resultar em uma grande variação na qualidade e na eficácia
das organizações.
9. Falta de Padronização: A falta de padrões e melhores práticas uniformes em áreas como
governança, transparência e responsabilidade pode dificultar a comparação e a avaliação das
organizações.
Para combater a falta de credibilidade do terceiro setor no Brasil, é fundamental que as
organizações adotem medidas para melhorar sua governança, aumentar a transparência,
prestar contas de forma eficaz e demonstrar impacto positivo. Além disso, é importante que o
governo, a mídia e as partes interessadas trabalhem juntos para criar um ambiente regulatório
mais claro e promover a conscientização sobre a importância e a diversidade do terceiro setor.
Quando as organizações do terceiro setor agem de maneira ética, transparente e responsável,
elas têm mais chances de reconstruir e manter a confiança do público. Aumentar a
credibilidade das entidades do terceiro setor é essencial para atrair mais apoiadores, seja em
forma de doações, voluntariado ou parcerias. Aqui estão algumas estratégias para fortalecer a
credibilidade e conquistar mais apoiadores:
2. Governança Eficaz:
- Estabeleça uma estrutura de governança sólida com conselhos de administração
responsáveis e profissionais.
- Siga práticas de governança corporativa e cumpra todas as obrigações legais e
regulamentares.
3. Avaliação de Impacto:
- Meça e demonstre o impacto tangível de suas atividades. Mostre como as doações e o apoio
dos voluntários fazem a diferença.
- Utilize avaliações de impacto independentes, quando possível, para validar seus resultados.
4. Colaboração e Parcerias:
- Colabore com outras organizações do terceiro setor, empresas e entidades governamentais
para aumentar a eficácia de seus projetos e programas.
- Parcerias bem-sucedidas podem melhorar sua reputação e expandir seu alcance.
5. Compliance Legal:
9. Desenvolvimento Profissional:
- Invista na formação e desenvolvimento profissional da sua equipe para melhorar a eficácia e
a eficiência da sua organização.
- Demonstre expertise na sua área de atuação.
A construção de credibilidade é um processo contínuo que leva tempo, mas, à medida que
sua organização demonstra consistência, transparência e impacto, você estará mais bem
posicionado para atrair e reter apoiadores engajados. A confiança é um ativo valioso que
pode resultar em apoio duradouro e crescente para sua causa.
O marketing social desempenha um papel crucial nas entidades do terceiro setor, permitindo
que elas comuniquem suas missões, atraíam apoiadores, arrecadem fundos e promovam suas
causas de maneira eficaz.
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