Coord e Equilib

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Avaliação fisioterapêutica

aplicada às disfunções
neurológicas
Prof. Dra. Elamara Vieira
Fisioterapia na Neurologia
 O fisioterapeuta atua no tratamento das
sequelas decorrentes de lesões no sistema
nervoso central e periférico ou nas junções
neuromusculares.
 Patologias de origem congênita ou adquirida,
em adultos e crianças.
 Atua na parte motora e sensitiva.
 Tem como principal objetivo manter a
independência do indivíduo.
Coordenação motora
 É a habilidade de executar movimentos de forma suave, precisa e controlada.
 Envolve a interação entre sistema neurológico, musculoesqueletico e sensorial.

 As finalidades de se realizar um exame da coordenação motora são determinar o


seguinte:
 Características da atividade muscular durante o movimento voluntário
 Capacidade dos músculos ou grupos musculares de trabalhar em conjunto para
executar uma tarefa ou atividade funcional
 O nível de habilidade e eficiência do movimento
 A capacidade de iniciar, controlar e encerrar o movimento
 A sincronização, o sequenciamento e a precisão dos padrões de movimento
 Os efeitos das intervenções terapêuticas e farmacológicas na função motora ao longo
do tempo
Coordenação motora

 Um movimento coordenado:
 É capaz de variar a velocidade
 É capaz de variar a direção e distância
 Possui harmonia sinergicas entre agonistas e antagonistas
 Tem fácil reversão do movimento
 Tem estabilidade na fixação proximal
Coordenação motora - Tipos

Coordenação motora Incoordenação ou


Coordenação motora fina deficiência de
geral ou grossa coordenação
É a capacidade de usar
É a capacidade de usar de forma eficiente e É caracterizada por
de forma mais eficiente precisa os pequenos movimentos
os músculos, resultando músculos, produzindo desajeitados, estranhos e
em uma ação global mais assim movimentos irregulares.
eficiente e econômica. delicados e específicos. Quando a incoordenação
Ex: Andar, Pular, rastejar, Usado no manuseio dos é de causa cerebelar ou
ficar de pé, correr etc. objetos. Ex: empilhar, sensorial, é denominada
recortar, costurar, etc. ATAXIA.
Características das deficiências na coordenação -
Cerebelo

 A ataxia cerebelar é um termo


geral e abrangente usado para
descrever a perda na
coordenação muscular como
resultado de uma doença
cerebelar.
 A ataxia pode afetar a marcha,
a postura e os padrões de
movimento e está ligada à
dificuldade em iniciar o
movimento, bem como a erros
na velocidade, ritmo e
sincronização das respostas.
Características das deficiências na coordenação –
Gânglios de base
Rastreamento

 Se forem identificados achados anormais durante o rastreamento, há uma


clara indicação de que são necessários testes mais detalhados.

 ADM
 Força
 Sensibilidade
Categorias

 Os testes de motricidade grossa incluem a postura corporal, o equilíbrio e movimentos de


membros envolvendo grandes grupos musculares. Exemplos de atividades de motricidade grossa
incluem rastejar, ajoelhar, ficar em pé, deambular e correr.

 Os testes de motricidade fina abordam movimentos voltados à utilização de pequenos grupos


musculares envolvendo a manipulação hábil e controlada de objetos. Exemplos de atividades
motoras finas incluem as tarefas de destreza dos dedos, como abotoar uma camisa, digitar ou
escrever à mão.

 Subdivisões
 sem uso do equilíbrio - abordam componentes de movimentos dos membros
 com uso do equilíbrio - consideram a capacidade de manter o corpo em equilíbrio com a gravidade
tanto de modo estático (i. e., quando está parado) quanto dinâmico (i. e., enquanto se move).
Capacidade de movimento

 O exame da coordenação sem uso do equilíbrio se concentra na capacidade de movimento em várias áreas
principais:
 Movimento alternado ou recíproco, que é a capacidade de inverter o movimento entre grupos musculares
opostos
 Composição do movimento, ou sinergia, que envolve o controle do movimento realizado pelos grupos musculares
agindo em conjunto
 Precisão do movimento, que é a capacidade de avaliar ou julgar a distância e a velocidade do movimento
voluntário
 Fixação ou estabilização do membro, que aborda a capacidade de manter a posição de um membro ou segmento
de membro individual
 A progressão da dificuldade dos testes de coordenação (aumento no desafio para o paciente) normalmente
utiliza a seguinte sequência:
 (1) tarefas unilaterais;
 (2) tarefas simétricas bilaterais;
 (3) tarefas assimétricas bilaterais; e
 (4) tarefas com múltiplos membros (estas constituem o mais alto nível de dificuldade). A dificuldade também é aumentada
adicionando progressivamente desafios crescentes ao equilíbrio (i. e., movimentos realizados na posição sentada progredidos
para a posição em pé).
Testes
Testes
Testes
Testes
Testes para deficiências específicas
Testes para deficiências específicas
Testes para deficiências específicas
Como avaliar?

 Os movimentos são diretos, precisos e facilmente revertidos?


 Os movimentos ocorrem em um período de tempo razoável ou normal?
 O aumento na velocidade de desempenho afeta a qualidade da atividade motora?
 Pode-se fazer ajustes motores contínuos e apropriados se a velocidade e a direção forem
alteradas?
 Uma posição ou postura específica do corpo ou membro pode ser mantida sem
inclinações, oscilações ou movimentos divergentes?
 O local dos movimentos em membros superiores e inferiores é preciso?
 A oclusão da visão altera a qualidade da atividade motora?
 Há um maior envolvimento proximal ou distalmente?
 Há um maior envolvimento de um lado do corpo em relação ao outro?
 Os pacientes fadigam rapidamente?
 Há uma consistência na resposta motora ao longo do tempo?
Legenda para a classificação

 4 Normal: capaz de manter o equilíbrio estável, sem apoio da mão (estático)


 Aceita o desafio máximo e pode deslocar o peso facilmente dentro da amplitude de movimento
completa em todas as direções (dinâmico)
 3 Bom: capaz de manter o equilíbrio sem apoio da mão, oscilação postural limitada (estático)
 Aceita um desafio moderado; capaz de manter o equilíbrio enquanto pega objetos do chão
(dinâmico)
 2 Razoável: capaz de manter o equilíbrio com apoio da mão; pode exigir assistência ocasional
mínima (estática)
 Aceita um desafio mínimo; capaz de manter o equilíbrio enquanto vira a cabeça/o tronco
(dinâmico)
 1 Ruim: requer apoio da mão e uma ajuda moderada a máxima para manter a posição
(estático)
 Incapaz de aceitar qualquer desafio ou se movimentar sem perder o equilíbrio (dinâmico)
 0 Ausente: incapaz de manter o equilíbrio
Equilíbrio

 O equilíbrio é a condição em que todas as forças que atuam sobre o corpo


estão equilibradas, de modo que o centro de massa (CDM) está dentro dos
limites de estabilidade, os limites da base de apoio (BDA).

 O equilíbrio emerge de uma interação complexa entre:


 (1) sistemas sensitivos/perceptivos responsáveis pela detecção da posição do corpo
e de movimento
 (2) sistemas motores responsáveis pela organização e execução de sinergias
motoras
 (3) processos do SNC de nível superior responsáveis pela integração e por planos de
ação.
 Portanto, um exame do equilíbrio deve incidir sobre cada uma dessas três
áreas.
Equilíbrio
 Equilíbrio
 Estático
 Dinâmico

 Desequilíbrios
 Origem externa
 Origem interna
 Mistos
Desequilíbrios
 De origem externa
 paciente sobre o disco proprioceptivo ou na prancha ortostática grande, o
terapeuta provoca desequilíbrios em várias direções

 De origem interna
 teste de Romberg
 bipedestação e marcha in tandem
 ajustes nas trocas posturais: ajoelhado - semi-ajoelhado – bipedestação

 Mistos
 tarefa com desequilíbrios gerados internamente e externamente
 tarefas concorrentes (cognitiva e motora)
Estratégias para corrigir perturbações no
equilíbrio
 Em pé, a estratégia do tornozelo envolve deslocar o centro de massa (CDM) para a frente e
para trás, movendo o corpo (pernas e tronco) como um pêndulo relativamente fixo sobre as
articulações do tornozelo.

 A estratégia do quadril envolve mudanças no CDM flexionando e estendendo os quadris. Ela


tem um padrão proximal de ativação muscular antes da ativação distal.

 As estratégias de mudança no apoio são definidas como os movimentos de membros


inferiores ou superiores para estabelecer um novo contato com a superfície de apoio.

 A estratégia de dar passos realinha a BDA sob o CDM usando passos rápidos ou saltos
unipodais na direção da força de deslocamento, como ao dar passos para a frente ou para
trás.
Classificação

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