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Ministerio
~a Agricultura
e do Abastecimento

Recotnenda90es Tecnicas

FONTES DE ALIMENTOS
PARA CAPRINOS

Em~a
Meio-Norte
Presidente
Fernando Henrique Cardoso

Ministro
Marcus Vinicius Pratini de Moraes

Diretor-Presidente
Alberto Duque Portugal

Diretores-Executivos
Elza Angela Battaggia Brito da Cunha
Dante Daniel Giacomelli Scolari
Jose Roberto Rodrigues Peres

Chefe-Geral
Maria Pinheiro Fernandes Correa

Chefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento


Hoston Tomas Santos do Nascimento

Chefe-Adjunto de Comunicac;ao e Neg6cio


Candido Athayde Sobrinho

Chefe Adjunto Administrativo


Joao Erivaldo Saraiva Serpa
Gon9alo Moreira Ramos
Antonio Aecio de Carvalho Bezerra
Jose Alves da Silva Camara

Empresa Srasi/eira de Pesquisa Agropecuaria


Centro de Pesquisa Agropecuaria do Meio-Norte
Ministerio da Agricu/tura e do Abastecimento

Teresina, PI.
1999
Exemplares desta publica~ao podem ser solicitados a:
Embrapa-Meio-Norte
Av. Duque de Caxias, 5650
Telefone: (86) 225-1141
Fax: (86) 225-1142. E-mail:publ @cpamn.embrapa.br.
Caixa Postal 0 I
CEP 64006-220 Teresina, PI
Tiragem: 500 exempJares
Comite de PublicaJ;Oes:
VaJdomiro Aurelio Barbosa de Souza - Presidente
Eliana Candeira Valois - Secretaria
Jose de Arimateia Duarte de Freitas
Rosa Maria Cardoso Mota de Alcantara
Jose AJcimar Leal
Francisco de Brito Melo
Tratamento Editorial:
Lfgia Maria Rolim Bandeira
Diagrama~ao Eletronica:
Erlandio Santos de Resende

RAMOS, G.M.; BEZERRA, A.A. de c.; CAMARA, J.A. S. Fontes de


alimentos para caprinos. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 1999. 16
p. (Embrapa Meio-Norte. Recomenda~6es Tecnicas, 4).

Termos para indexa~ao: Caprinos; Alimenta~ao; Pastagem nativa;


Leguminosa arbustiva; Leucena; Guandu; Rama de mandioca; Mineraliz~ao;
Mistura multipla; Goat; Feeding; Native pasture; Legumes; Pigeon peas;
Cassava; Mineralization.
COD: 636.390855
© Embrapa 1999
SUMARIO

IN1RODu<;::Ao 5
FORRAGEIRAS NATIV AS - arvores e arbustos 5
MELHORAMENfO DAS PASTAGENS NATIV AS 7
• REBAIXAMENTO 7
• RALEAMENTO ..............•.•...........................•.....•.•............................. 7

• FEUAo GUANDU 8
• LEUCENA ........................................................................................• 9

FABRlCA<;::Ao DE FENO DE FEIJAO GUANDU,


LEUCENA E RAMA DE MANDIOCA 10
• FEN A <;:Aa 10
• FENO 10
MINERALIZA<;::Ao 13

MISTURA M0L TIPLA 15


GonlYaloMoreira Ramos)
Antonio Aecio de Carvalho Bezerra2
Jose Alves da Silva Camara3

INTRODU<;AO

Os caprinos SaGcapazes de sobreviver em condi<;6es de alimen-


ta<;aoescassa e de baixa qualidade, mas dessa forma eles nao produzem
satisfatoriamente.
E preciso que os caprinos tenham alimento de boa qualidade e
nas quantidades necessarias durante todo 0 ano.

Na escolha de uma propriedade para cria<;aodecaprinos deve-se


dar preferencia aquela cuja vegeta<;ao nativa seja do tipo caatinga ou
mata, onde existam forrageiras como unha-de-gato ou sabia, moror6
ou pata de vaca, jurema branca, jurema preta, camaratuba, pau-ferro,
entre outras. Essas plantas nativas SaGboas fontes de alimentos para os
capnnos.
De modo geral, no perfodo das chuvas os caprinostem preferen-
cia pelas folhas e brota<;6esjovens que estao ao seu alcance. No perfo-
do seco, os animais consomem as folhas e os frutos cafdos no chao.

lEng. Agr., M.Sc., Embrapa Meio-Norte, Cx. Postal, 01, 64006-220, Teresina-PI.
2Eng. Agr., M.Sc., Bolsista do CNPqIFAPEPI.
JEng. Agr., Tecnico de Nfvel Superior, Embrapa Meio-Norte.
Vegetafiio nativa composta basica-
mente de sabili, mororo ejurema branca,
propria para a criafiio de caprin os

ATEN<;AO: As chapadas cujo estrato herbaceo e formado, basica-


mente, pelo capim agreste, nao SaDadequadas para cria~ao de caprinos.

Vegetarao de chapada constituida de arvores esparsas e


gramineas com predominancia do capim agreste.
As pastagens nativas podem ser melhoradas atraves do rebaixa-
mento ou raleamento da vegeta~ao.

E a broca ou ro~agem manual das especies forrageiras nativas. 0


rebaixamento aumenta a produ~ao de forragem, melhora a sua qualida-
de e aumenta 0 tempo de produ~ao de massa verde. 0 corte deve ser
feito na epoca seca, a uma altura de 30 cm do solo.

E a elimina~ao das plantas que nao servem como alimento para


os caprinos, como 0 marmeleiro, 0 velame, a malva branca e a
vassourinha. 0 raleamento e feito com 0 objetivo de diminuir 0
sombreamento e a competi~ao com as plantas apropriadas para ali-
menta~ao dos caprinos. Para eliminar essas especies nativas indeseja-
veis, 0 criador devera corta-Ias na epoca chuvosa, no infcio da flora~ao
das plantas.
E necessario lembrar que, no perfodo chuvoso, a pastagem nati-
va e, quase sempre, suficiente para a alimenta~ao dos caprin os, porem,
na epoca seca, e necessaria a suplementa~ao, principalmente dos
reprodutores, cabras recem-paridas e prenhas.

Todos os anos grandes quantidades de palhas, cascas, graos,


sabugos, etc., resultantes da colheita e beneficiamento, saGperdidas
na maioria das propriedades. Esses restos de culturas podem ser apro-
veitados para a alimentavao dos caprinos, podendo ser usados em pastejo
direto, no campo, ou armazenados, para fornecimento aos animais na
epoca critica.

Sao as folhas, os ramos e os subprodutos resultantes da farinha,


como cascas, crueiras e extremidades das raizes. Esses materiais po-
dem ser secos ao sol e fornecidos aos caprinos logo em seguida, ou
ensacados e armazenados para utilizavao na epoca da faha de alimen-
tos.
o fornecimento de cascas, crueiras, extremidades de raizes e
ramos, na forma fresca, deve ser evitado ja que a mandioca brava, quan-
do verde, tern uma substancia venenosa (acido cianidrico) que pode
provocar intoxicavao e ate a morte dos animais.

E uma planta que cresce ate tres metros de altura, produz ramos e
vagens de grande valor nutritivo na alimentavao animal.
A parte aerea do feijao guandu pode ser fornecida aos caprinos
de varias formas: transformada em fenD;verde, picada em forrageira; e
seca, moida e transformada em farelo.
o primeiro corte das plantas de guandu pode ser realizado aos 90
dias ap6s 0 plantio. Os cortes seguintes podem ser feitos a cada oito
semanas, no periodo das chuvas ou da seca, quando a cultura for
irrigada.O corte deve ser feito cerca de 80 em da altura do solo.

A leucena e
uma planta peren€,
rica em proteinas
e muito apreciada
pelos caprinos.
A parte aerea da leucena pode ser fornecida aos caprinos sob a
forma de feno ou triturada verde para ser consumida no cocho. Pode
ser usada, tambem, em pastejo como banco de protefnas. Neste caso,
e necessario que 0 criador tenha muito cuidado com 0 manejo, pois,
os caprinos podem comer a casca das plantas provocando a sua morte.

IMPORTANTE: A leucena possui uma substancia venenosa que


pode intoxicar os caprinos, quando utilizada em dieta exclusiva.
Seu fornecimento nao deve ultrapassar metade da ra~ao diaria dos
animais. Por exemplo, se uma cabra come quatro quilos de forragem,
a quantidade de leucena nao podera ultrapassar dois quilos. E,
quando for usada em pastejo, os animais so devem permanecer na
area por 2 ou 3 horas diarias

• FABRICA<;AO DE FENO DE FEIJAO GUANDU,


LEUCENA E RAMA DE MANDIOCA

E a maneira de como preparar 0 feno.

E urn produto que 0 cnador pode fazer na fazenda, utilizando


feijao guandu, leucena, rama de mandioca, capim ou outros vegetais.
Serve para a suplementa~ao alimentar dos animais, principalmente
no perfodo seco.
Rama de mandioca: escolhe-se 1/3 superior da parte aerea, ou seja,
divide-se a rama em tres partes e seleciona-se a parte superior, a qual
contem as folhas.

Corte do guandu para produfiio de fen 0, observando altura de


cerea de 80 em do solo

2. Triturar 0 material em uma forrageira de Himinas. A tritura<;ao


serve para diminuir a diferen<;a do tempo para fena<;aoentre folhas
e ramos.
3. Fenar 0 material. A fene9ao pode ser feita em piso cimentado ou
terreiro de chao batido. 0 material deve ser revirado, diariamente,
duas vezes pela manha e duas a tarde. Dois dias de exposi9ao ao
sol sao suficientes para completar a fena9ao.
4. Annazenar 0 feno em local seco e ventilado para ser usado quando
houver necessidade.

• MINERALIZACAO

Consiste em oferecer sal mineral, de boa qualidade, diariamente


aos animais. Deve ser fomecido a vontade.
o rebanho mineralizado tern mais saude e produz mais.
Se a mineraliza~ao nao for bem feita, 0 numero de nascimentos
sera menor, 0 crescimento dos animais sera mais lento e as doen~as
aparecerao com maior facilidade.
o sal mineral deve ser composto de uma mistura que tenha sal
comum, uma fonte de f6sforo e calcio (farinha de ossos ou fosfato
bicalcico) e micronutrientes, nas seguintes propor~6es:

• 50% de sal comum;


• 49% de farinha de ossos ou fosfato bicalcico;
• 1% de micronutrientes.

Se 0 criador quiser preparar 100 kg de sal mineral, deve usar


os seguintes ingredientes:
• 50,0 kg de sal comum;
• 49,0 kg de farinha de ossos ou fosfato bicalcico;
• 1,0 kg de micronutrientes.
Se 0 criador quiser preparar 50 kg de sal mineral, deve usar os
seguintes ingredientes:

• 25,0 kg de sal comum;


• 24,5 kg de farinha de ossos ou fosfato bicaIcico;
• 500 g de micronutrientes.

o sal mineral devera ser colocado em cocho coberto, de prefe-


rencia, distante das aguadas.
E uma mistura de alimentos e minerais que serve para suplemen-
tar 0 rebanho.
Para fazer 100 kg dessa mistura sao necessarios os seguintes in-
gredientes:

• 27,0 kg de milho passado na forrageira;


• 16,0 kg de farinha de ossos ou fosfato bicalcico;
• 10,0 kg de ureia pecuaria;
• 15,0 kg de farelo de algodao ou de soja;
• 30,0 kg de sal grosse iodado;
• 1,3 kg de flor de enxofre;
• 600 g de sulfato de zinco;
• 80 g de sulfato de cobre;
• 20 g de sulfato de cobalto.

Quando 0 cnador usar a mistura multipla nao e preciso usar sal


mineral.
A suplementa~ao com mistura multi pia aumenta 0 consumo de
forragem mesmo quando se tratar de material fibroso e de baixo
valor nutritivo, como os restos de culturas.
A mistura multi pia pode ser fornecida aos caprinos durante
todo 0 ano, tendo, porem, maior importancia no perfodo seco.
o fornecimento de mistura multipla exige disponibilidade de
forragem e agua a vontade.
Os caprinos precisam de agua limpa e de boa qualidade durante
todo 0 tempo.
Se a aguada for a~ude ou lagoa, 0 criador devera protege-la,
evitando que os animais entrem e contaminem a agua.
Os tanques de cimento devem ser lavados pelo menos duas vezes
por semana.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecwiria
Centro de Pesquisa Agropecwiria do Meio-Norte
Ministario da Agricultura e do Abastecimento
Av. Duque de Caxias, 5650. Caixa Postal 01,
CEP 64006-220 Teresina, PI.
Fone:(86)225-1141 Fax (86) 225-1142

MINISTERIO DA
AGRICULTURA E DO GOVERNO
ABASTECIMENTO FEDERAL

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