Trabalho Renascentismo

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Trabalho Renascentismo

CONTEÚDO
Apresentação em Word e PowerPoint
1. Explicar o que foi o Renascimento, quando, onde e porque surgiu;
2. Pequena biografia do autor escolhido;
3. Obra escolhida:
a) ficha técnica;
b) leitura formal;
c) significado(s).
4. Seguir o guião de análise da obra de arte - arquitetura
Nas Fontes/ Recursos é obrigatório colocar as indicações completas [indicações no
Guião como fazer e apresentar um trabalho escrito] e ordená-las alfabeticamente.
O Renascimento
Renascimento foi um período marcante na história da humanidade que ocorreu entre
os séculos XIV e XVI. Foi um movimento cultural, artístico, intelectual e científico que
trouxe uma nova visão de mundo, revolucionando diversas áreas do conhecimento.
Durante esse período, houve um resgate e uma valorização das antigas culturas
clássicas grega e romana, além de uma busca por inovação e renovação em várias
esferas da sociedade.

Uma das características centrais do Renascimento foi a ênfase na valorização do ser


humano. Os pensadores renascentistas acreditavam no potencial do indivíduo e no
poder da razão. Esse pensamento contrastava com a mentalidade predominante na
Idade Média, em que a religião e a autoridade da Igreja desempenhavam papéis
dominantes na vida cotidiana das pessoas.

O Renascimento foi uma época de grande expansão do conhecimento. Com a


redescoberta de textos antigos, especialmente os da Grécia e Roma antigas, os
estudiosos renascentistas tiveram acesso a ideias e pensamentos que há muito tempo
estavam esquecidos. O humanismo, uma corrente intelectual central desse período,
enfatizava a importância do estudo das humanidades, como a literatura, a filosofia e a
arte, para o desenvolvimento integral do ser humano.

Na arte, o Renascimento marcou uma mudança significativa. Artistas como Leonardo


da Vinci, Michelangelo e Rafael produziram obras-primas que expressavam a
habilidade técnica e a busca pela perfeição estética. A representação realista do corpo
humano, a perspetiva em pinturas e esculturas e a utilização da luz e da sombra foram
algumas das inovações artísticas introduzidas nesse período.

Além da arte, a ciência também experimentou grandes avanços durante o


Renascimento. Com o estímulo à observação e à experimentação, cientistas como
Galileu Galilei e Nicolau Copérnico questionaram as visões geocêntricas do universo e
propuseram novas teorias que revolucionaram a astronomia e a física. O Renascimento
marcou o início de uma era de descobertas e avanços científicos que influenciaram
profundamente o pensamento moderno.

Outro aspeto importante do Renascimento foi o papel das cortes e dos mecenas. As
cortes reais e nobres, como a de Florença e de Milão, e os mecenas, indivíduos ricos e
poderosos que patrocinavam artistas e estudiosos, proporcionaram um ambiente
propício ao desenvolvimento cultural e intelectual. O apoio financeiro desses patronos
permitiu que muitos artistas e pensadores se dedicassem à sua arte e estudos de
forma mais livre e independente.

Em resumo, o Renascimento foi um período de renovação e transformação nas áreas


da arte, ciência, literatura e pensamento. Foi uma época em que o ser humano se
tornou o centro de interesse, valorizando suas capacidades e buscando o
conhecimento e a expressão de forma mais livre e criativa. Seus legados perduram até
os dias de hoje, influenciando a nossa visão de mundo e moldando o desenvolvimento
das sociedades ocidentais.

Miguel Ângelo
Miguel Ângelo, cujo nome completo era Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni,
foi um dos mais importantes artistas renascentistas da Itália. Nasceu em 1475, em
Caprese, e faleceu em 1564, em Roma. Ele foi escultor, pintor e arquiteto, deixando um
legado artístico de grande relevância.

Miguel Ângelo é conhecido por suas obras-primas icônicas, que representam a


genialidade e a habilidade técnica do artista. Entre as suas esculturas mais famosas
estão "David", uma representação impressionante do herói bíblico, e o "Pietà", uma
escultura de Maria segurando o corpo de Jesus após a crucificação.

Como pintor, Miguel Ângelo deixou sua marca na Capela Sistina, no Vaticano. Ele foi
contratado pelo Papa Júlio II para pintar o teto da capela, onde criou um dos conjuntos
de frescos mais notáveis da história da arte. A composição inclui a famosa cena da
"Criação de Adão", na qual os dedos de Deus e de Adão quase se tocam,
representando a criação da humanidade.

Além de suas habilidades como escultor e pintor, Miguel Ângelo também deixou um
legado na arquitetura. Entre suas principais contribuições está a Basílica de São Pedro,
no Vaticano, da qual ele foi o principal arquiteto durante a maior parte de sua
construção.

A genialidade de Miguel Ângelo se reflete em sua capacidade de representar a forma


humana com um realismo e uma expressividade surpreendentes. Suas esculturas e
pinturas são caracterizadas pela força emocional, pelos detalhes minuciosos e pela
perfeição técnica.

Além de seu talento artístico, Miguel Ângelo também era conhecido por sua
personalidade intensa e sua dedicação incansável à sua arte. Sua obra exerceu uma
influência duradoura na arte ocidental e continua a ser admirada e estudada até os
dias de hoje.

Miguel Ângelo foi um verdadeiro génio do Renascimento, cujo trabalho revolucionou a


arte da escultura, pintura e arquitetura. A sua contribuição para a história da arte é
inegável, e seu legado continua a inspirar e encantar gerações de artistas e amantes da
arte ao redor do mundo.
Basílica de São Pedro
Ficha técnica
Nome oficial: Basílica de São Pedro
Status/Função: Igreja
Localização: Piazza San Pietro, 00120 Città del Vaticano, Cidade do Vaticano
Fundação: 1626
Área: 220 metros (comprimento), 150 metros (largura), 136,6 metros (altura)
Estilo arquitetónico: Renascentista e Barroco
Principais arquitetos: Miguel Ângelo, Donato Bramante, Maderno, Raphael,
Michelangelo, Gian Lorenzo Bernini

A Basílica de São Pedro é uma basílica no Estado do Vaticano e é a maior das igrejas do
cristianismo, sendo também um dos locais cristãos mais visitados. Com uma área de
23.000 metros quadrados, acolhe mais de 60 mil fiéis (mais de cem vezes a população
do Vaticano). É o edifício de maior destaque interior no Vaticano, tendo a sua cúpula
como uma característica dominante no horizonte de Roma, adornada com 140 estátuas
de santos, mártires e anjos. Localizada na Praça de São Pedro, a sua construção contou
com contribuições de alguns dos maiores artistas da história, como Miguel Ângelo,
Bramante, Rafael e Bernini.

Abaixo do altar da basílica encontra-se sepultado São Pedro, um dos doze apóstolos de
Jesus e o primeiro Papa, sendo assim o primeiro na linha sucessória papal. Por essa
razão, muitos Papas, desde os primeiros, têm sido sepultados neste local. A construção
do atual edifício, que substituiu o anterior, teve início em 18 de abril de 1506 e foi
concluída em 18 de novembro de 1626, sendo imediatamente consagrada pelo Papa
Urbano VIII.

A basílica é um local famoso de peregrinação devido às suas funções litúrgicas e


associações históricas. Como obra arquitetónica, é considerada o maior edifício do seu
período artístico. A Basílica de São Pedro é uma das quatro maiores basílicas de Roma
e, ao contrário da crença popular, não é uma catedral, uma vez que não é a sede de um
bispo.

Embora não seja a sede oficial do Papado (que se encontra na Basílica de São João de
Latrão), é certamente a principal igreja que conta com a participação do Papa, pois a
maioria das cerimónias papais ocorre na Basílica de São Pedro devido ao seu tamanho,
proximidade com a residência papal e localização privilegiada no Vaticano.

A impressionante cúpula da Basílica de São Pedro é a obra máxima do arquiteto Miguel


Ângelo. A direção das obras, iniciada por Donato Bramante e continuada, entre outros,
por Antonio da Sangallo e Rafael, foi entregue a Miguel Ângelo pelo Papa Júlio II, em
1546. Seguindo o esquema de Bramante, Miguel Ângelo projetou um templo com
planta em cruz grega, coroado por uma cúpula espaçosa e monumental, apoiada em
triângulos curvilíneos com 42 metros de diâmetro.
Contextualização histórico-arquitetónica
Os edifícios renascentistas expressam fundamentos e visões do mundo através da
utilização do repertório antropomórfico clássico, como capitéis coríntios, pilares jónicos
e arquivoltas concêntricas. Há um forte enfoque na centralização espacial e no uso
interno de relações geométricas para construir e articular os elementos do ambiente.

A simetria e o geometrismo traduzem um dos objetivos fundamentais do


Renascimento: enfatizar o homem e o mundo humano, tornando o espaço menos
espiritualizado e mais intelectualizado. Um novo conceito de beleza na arquitetura
renascentista sugere um ideal de ordem geométrica, com valores antropocêntricos,
concretizados no espaço e no tratamento plástico da matéria. O homem renascentista
imagina o universo em termos de números e constrói o edifício com base numa lógica
geométrica.

Para tornar visível a ordem cósmica, a arquitetura deve ser encarada como uma
matemática, cujas leis acabam por definir um espaço homogéneo. Uma vez que a
arquitetura deve refletir um cosmos matematicamente ordenado, o estudo da
perspetiva, uma forma geométrica de o homem reproduzir e construir o espaço, e o
estudo das proporções, relacionadas desde a antiguidade com o corpo humano,
tornam-se as chaves de toda a composição para o novo artista.

A beleza do Renascimento coincide com uma racionalidade matemática, inspirada


numa nova maneira científica de ver o universo, que substitui a racionalidade
metafísico-religiosa presente no gótico.

Outra ferramenta importante das construções renascentistas é o uso da simetria. Esta


não é apenas resultado da ênfase dada ao ponto central da perspetiva do projeto, o
que sempre promove um eixo de composição simétrico único, mas também é um
princípio regulador importante que ordena de forma homogénea as partes dos
edifícios.

O círculo, a forma geométrica que melhor expressa a perfeição, define a organização


espacial ideal nas igrejas renascentistas, enfatizando sempre o centro em torno do qual
se configura. Por isso, a cúpula, uma imensa calota esférica que coroa a igreja vista do
exterior, talvez seja o instrumento mais significativo pelo qual a presença de Deus se
manifesta no mundo.

Essa analogia entre o círculo e Deus remonta à antiguidade, mas é no Renascimento


que ela se torna mais expressiva, uma vez que o círculo também reflete a ordem
geométrica do cosmos criado por Deus. Na Basílica de São Pedro, projetada por
Bramante, a centralidade espacial renascentista é claramente evidenciada através da
planta em cruz grega, da biaxialidade e da rigorosa geometria que unifica o espaço e
ordena o tratamento plástico. As quatro torres colocadas nos cantos enfatizam a
cúpula central localizada no coração espacial formado pela interseção dos braços da
planta.
No Renascimento, foram feitas grandes conquistas no que diz respeito à estrutura e às
técnicas construtivas das cúpulas, sendo uma das mais importantes a cúpula octogonal
da Catedral de Florença, de Brunelleschi, que não utilizou andaimes apoiados no solo
ou concreto na construção.

Análise Formal
 MATERIAIS UTILIZADOS
 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS EMPREGUES
 MORFOLOGIA DOS ESPAÇOS: PLANTA, VOLUMES, PAREDES, COLUNAS PILARES,
ARCOS, ABÓBADAS E CÚPULAS
 ELEMENTOS DECORATIVOS: O QUÊ, COMO, ONDE, FUNÇÃO, EFEITO
 COMPOSIÇÃO: PROPORÇÃO, SIMETRIA, ORDENAÇÃO RÍTMICA

Análise de Função
 UTILIDADE: PALÁCIO, IGREJA, HOSPITAL, ESCOLA ...
 MODALIDADE: PÚBLICA, PRIVADA, RELIGIOSA, MILITAR ...
 FUNCIONALIDADE TÉCNICA: PROBLEMAS TÉCNICOS E SOLUÇÕES ADOTADAS,
ADAPTAÇÃO DA FORMA E DA ESTRUTURA À FUNÇÃO

Análise de Significado
 CAPACIDADE DE EXPRESSÃO E SIGNIFICAÇÃO DAS FORMAS:
CONTEXTUALIZAÇÃO NO PERÍODO HISTÓRICO - PENSAMENTO E GOSTO
WEBGRAFIA

 https://www.st-peters-basilica-tickets.com/pt/st-peters-basilica-architecture/ -
consultado em 2023/05/26

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