Aula 02

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Estudo do clima e do local

Antes de traçar o primeiro rabisco do projeto, deve-se ter como


premissa um estudo do clima e do local.

Este estudo fornece informações básicas à montagem do


programa de necessidades.

Um bom projeto de arquitetura deve responder


simultaneamente à eciência energética e às necessidades de
conforto do usuário em função das informações obtidas da
análise climática e formuladas no programa de necessidades.

AULA 02- Clima, microclima e variáveis climáticas


TEMPO X CLIMA

É a variação diária das É a condição média do


condições atmosféricas. tempo em uma dada
região baseada em
medições em longos
períodos do tempo (30
anos ou mais)

Fonte eletrônica : Brasil Escola- Diferença entre tempo e clima


https://brasilescola.uol.com.br/geograa/diferenca-entre-tempo
clima.htm#:~:text=Clima%20%C3%A9%20uma%20condi%C3%A7%C3%A3o%20duradoura,per%C3%ADodo%20de%20aproximadamente%2030
%20anos.
Acesso em 18 de fevereiro de 2022

AULA 02- Clima, microclima e variáveis climáticas


Variáveis que afetam de forma mais direta no conforto térmico:

A oscilação diária e anual da temperatura e umidade relativa;

A quantidade de radiação solar incidente,

O grau de nebulosidade do céu,

O sentido dos ventos e índices pluviométricos.

Velocidade do ar

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Radiação

Antes de traçar o primeiro rabisco do projeto, deve-se ter como


premissa um estudo do clima e do local.

Este estudo fornece informações básicas à montagem do


programa de necessidades.

Um bom projeto de arquitetura deve responder


simultaneamente à eciência energética e às necessidades de
conforto do usuário em função das informações obtidas da
análise climática e formuladas no programa de necessidades.
Radiação
Para Frota e Schiffer 2001:

Radiação: mecanismo de troca de calor entre dois corpos —


que guardam entre si uma distância qualquer — através de
sua capacidade de emitir e de absorver energia térmica.

As trocas por radiação acontecem entre o Sol e a


construção, entre a abóbada celeste e a construção, entre o
corpo e as paredes, entre as faces internas da edicação.

Radiação solar

Inuência nos ganhos térmico em uma edicação.

Fonte de luz mais intensa

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Radiação Solar

A radiação solar

fonte de calor fonte de luz

A Terra percorre a sua trajetória elíptica em um plano


inclinado de 23° 27' em relação ao plano do equador.

É este ângulo que dene a posição dos trópicos e isto faz


com que os dois hemisférios terrestes recebam quantidades
distintas de radiação solar ao longo do ano.

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translação da terra

Solstícios de inverno
e de verão (a) e (c)

Equinócios de
outono e primavera
Fonte PROCEL 2011.
(b) e (d)

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01 Equinócio - os dois hemisférios estão a mesma distância do sol.

02 Solstício - o sol incidi de forma diferente nos hemisférios

Solstício de verão- dia Solstício de inverno-


mais longo que a noite mais longa que o
noite; dia;

21-22 de dezembro 20-21 de junho


hemisfério sul hemisfério sul

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Lamberts et al. 2014
Nebulosidade

A quantidade de radiação solar que atinge o solo depende


também da porcentagem de recobrimento e da espessura das
nuvens no céu.

A nebulosidade,se for sucientemente espessa e ocupar a


maior parte do céu, pode formar uma barreira que impede a
penetração de parte signicativa da radiação solar direta.

Do mesmo modo, pode dicultar a dissipação na atmosfera do


calor desprendido do solo à noite.

Lamberts et al. 2014


Lamberts et al. 2014
Lamberts et al. 2014
Amplitude térmica

A diferença entre valores


(máximo e mínimo) chama-
se amplitude térmica.

Importante
Para uma mesma
temperatura, a sensação de
conforto térmico pode ser
diferente em função de
variáveis como o vento e a
umidade do local.
Lamberts et al. 2014
Quando a velocidade do ar
é alta, a inuência dos
fatores locais na temperatura
do ar é bem menor
Lamberts et al. 2014
Lamberts et al. 2014
O movimento do ar
também sofre inuência
da rugosidade da
superfície.

Em geral a velocidade
dos ventos aumentam
com a altitude.

Devido aos obstáculos encontrados


na cidade (como edifícios, por
exemplo), a velocidade média do
vento é mais baixa que em locais Lamberts et al. 2014
abertos (campo).
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Há mais turbulência e direcionamento mais variável no vento da
cidade que em campo aberto.

É importante lembrar que o desenho urbano pode canalizar o


uxo de ar de maneira a evitar o vento indesejável e aproveitar o
desejável. Alguns obstáculos podem ser implantados na escala
microclimática para obstruir a passagem do vento.

No desenho paisagístico também se pode pensar na vegetação


como proteção dos ventos fortes ou como condutoras das brisas
de verão para a arquitetura.
Lamberts et al. 2014
Zoneamento Bioclimático Brasileiro
Mapa -Derivado da
classicação de koppen
(divisão do clima brasileiro)

TROPICAL
EQUATORIAL
SEMI- ÁRIDO
SUBTROPICAL
TROPICAL ATLÂNTICO
TROPICAL DE ALTITUDE
Fonte PROCEL 2011.

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NBR 15220-3

Visa a adequação climática de habitações


unifamiliares de interesse social, com até
três pavimentos.

Estabelece o zoneamento bioclimático


brasileiro subdividindo o Brasil em oito Zonas
Bioclimáticas.

Não tem caráter normativo, apenas


orientativo.
Estas zonas tem relação com as
características climáticas das
diversas áreas do território, que não
O território brasileiro tem seu
obedecem ao mapeamento
clima mapeado, dividido em
político ou divisão em estados ou
regiões econômicas.

A partir destes estudos e do seu


respectivo mapa, pode se obter o
clima de cada cidade, e relacioná-
Zonas lo através de tabelas que indicam
as estratégias e diretrizes construtivas
bioclimáticas. bioclimáticas recomendadas para
cada local, onde será projetada e
construída uma edicação.
http://www.mme.gov.br/projeteee/glossario/zoneamento-
bioclimatico-brasileiro/
A divisão do território brasileiro em oito zonas foi resultante da
análise de dados climáticos obtidos entre 1931 a 1990.

Esses dados foram classicados por meio da Carta Bioclimática de


Givoni adaptada ao Brasil.

http://www.mme.gov.br/projeteee/glossario/zoneamento-bioclimatico-brasileiro/
O mapa do zoneamento bioclimático brasileiro
compreende 8 diferentes zonas:
CRITÉRIOS

Tamanho das aberturas


Proteção das Aberturas
Vedações Externas
Estratégias passivas

TAMANHO DAS ABERTURAS


PEQUENAS 10% < A. piso< 15%

MÉDIAS 15% < A. piso< 25%


GRANDES área piso>40%
LAMBERTS, Roberto.
Aberturas para ventilação e
sombreamento das aberturas

ZONA 1 ABERTURAS

TABELA 1
PARA MÉDIAS
VENTILAÇÃO

SOMBREAMENTO PERMITIR SOL


DAS ABERTURAS DURANTE O PERÍODO FRIO

Tipos de vedações externas

TABELA 2
VEDAÇÕES Parede: Leve
EXTERNAR Cobertura: Leve isolada

Estratégias de condicionamento térmico passivo

TABELA 3
B) Aquecimento solar
Estratégias de Inverno da edicação
condicioname C) Vedações
nto térmico internas pesadas
passivo (inércia térmica)
Aberturas para ventilação e
sombreamento das aberturas

ZONA 2 ABERTURAS

TABELA 4
PARA MÉDIAS
VENTILAÇÃO

SOMBREAMENTO PERMITIR SOL


DAS ABERTURAS DURANTE O PERÍODO FRIO

Tipos de vedações externas

TABELA 5
VEDAÇÕES Parede: Leve
EXTERNAR Cobertura: Leve isolada

Estratégias de condicionamento térmico passivo


B) Aquecimento solar
Estratégias de Inverno da edicação
condicioname

TABELA 6
C) Vedações
nto térmico internas pesadas
passivo (inércia térmica)
J) Ventilação
Verão cruzada
Aberturas para ventilação e
sombreamento das aberturas

ZONA 3 ABERTURAS Sombreamento

TABELA 7
PARA
VENTILAÇÃO das aberturas

SOMBREAMENTO PERMITIR SOL


DAS ABERTURAS durante o inverno

Tipos de vedações externas

TABELA 8
VEDAÇÕES Parede: Leve
EXTERNAR Cobertura: Leve isolada

Estratégias de condicionamento térmico passivo


B) Aquecimento solar
Estratégias de Inverno da edicação
condicioname

TABELA 9
C) Vedações
nto térmico internas pesadas
passivo (inércia térmica)
J) Ventilação
Verão cruzada
Aberturas para ventilação e
sombreamento das aberturas

ZONA 4 ABERTURAS Sombreamento

TABELA 10
PARA
VENTILAÇÃO das aberturas

SOMBREAMENTO PERMITIR SOL


DAS ABERTURAS durante o inverno

Tipos de vedações externas

TABELA 11
VEDAÇÕES Parede: Pesada
EXTERNAR Cobertura: Leve isolada

Estratégias de condicionamento térmico passivo


B) Aquecimento solar
Estratégias de Inverno da edicação

TABELA 12
condicioname C) Vedações
nto térmico internas pesadas
passivo (inércia térmica)
H) Resfriamento
evaporativo e Massa
Verão térmica para resfriamento
J) Ventilação seletiva (nos
períodos quentes em que
a temperatura interna
seja superior à externa)
Referências:

FROTA, A. B. Manual do Conforto Térmico. Barueri: Studio Nobel,


2013.

GUIA PROCEL EDIFICA - Desempenho Térmico e Eciência


Energéções - Rio de Janeiro,
agosto,2011. Diversos autores Ed. Eletrobras.
LAMBERTS, Roberto. DUTRA, Luciano. PEREIRA O. R, Fernando.
Eciência Energética na Arquitetura. Editora ELETROBRAS/
PROCEL. 3ª Edição. 2014.
Obrigada!

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