Reuso Da Agua de Chuva
Reuso Da Agua de Chuva
Reuso Da Agua de Chuva
BANCA EXAMINADORA
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
(William Shakespeare
7
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 Tema ................................................................................................................... 12
1.2 Delimitação do Tema ........................................................................................ 12
1.3 Problema de Pesquisa ...................................................................................... 13
1.4 Objetivos ............................................................................................................ 13
1.4.1 Objetivo geral ................................................................................................. 13
1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 13
1.5 Justificativa........................................................................................................ 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 15
2.1 Hidrologia........................................................................................................... 15
2.1.1 Ciclo Hidrológico ............................................................................................ 15
2.2 Caracteres das Águas de Abastecimento ....................................................... 17
2.3 Aproveitamento de Água Pluvial ..................................................................... 17
2.3.1 Concepção do Sistema de Aproveitamento de Água da Chuva ................ 18
2.3.2 Componentes do Sistema de Capitação e Aproveitamento de Água Pluvial
.................................................................................................................................. 20
2.3 Qualidade da Água Pluvial ............................................................................... 21
2.4 Coleta e Esgotamento das Águas Pluviais ..................................................... 23
2.4.1 Dados Meteorológicos ................................................................................... 24
2.4.2 Quantificação das Áreas de Contribuição ................................................... 24
2.4.3 Vazão de Projeto ............................................................................................ 26
2.4.4 Dimensionamento das Calhas ...................................................................... 27
2.4.5 Condutores Verticais ..................................................................................... 28
2.4.6 Condutores Horizontais ................................................................................. 31
2.4.7 Reservatório para Armazenamento de Água Pluvial................................... 32
2.4.8 Bombas ........................................................................................................... 35
2.4.9 Filtro Grosseiro .............................................................................................. 35
2.4.10 Separador de Primeiras Águas ................................................................... 36
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 37
3.1 Levantamento de Dados Climatológicos ........................................................ 38
3.2 Estudo Estatístico ............................................................................................. 39
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 Tema
1.4 Objetivos
1.5 Justificativa
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Hidrologia
“A maior parte da água que cai sobre a terra, encontra o seu caminho
para o mar. Uma pequena parte evapora durante a queda, outra evapora da
superfície da terra e outra é transpirada pelas plantas.” (WILKEN,1978,p.1). A água
que vai para o mar e para as redes pluviais, parte escoa superficialmente logo após
a precipitação, outra se infiltra no terreno. A parte que evapora vai para as nuvens, e
depois é precipitada. “Existe um ciclo completo de evaporação, condensação,
16
ela estiver na capacidade de campo, a água passa para uma zona mais baixa (zona
de saturação ou zona de escoamento subterrâneo). A água deixa a zona da água
subterrânea pela ação da capilaridade dentro da zona da raiz, ou pela infiltração nas
correntes. Poços são perfurados na zona de água subterrânea para a extração da
água aí retida.
Entretanto, em qualquer tempo ou local em que a água circula na
superfície terrestre, seja nos continentes ou oceanos, há evaporação para a
atmosfera, fenômeno que fecha o ciclo hidrológico ora descrito.
A água pode ser classificada em três categorias: água potável, água não
potável, (água da chuva, por exemplo) e água poluída (esgoto). O uso da água da
chuva para banheiros e piscinas públicas é limitado por leis e regulamentos da
saúde pública, pois ela deve ser potável para tais finalidades. A água da chuva deve
ser purificada e a sua qualidade deve atender os padrões estabelecidos por lei para
ser considerada potável. Porém, são necessários muitos equipamentos para que
ocorra essa transformação. Quanto maior o volume de água, mais equipamentos
são necessários. Mesmo com empréstimos públicos disponíveis, pois alguns
governos como os da Alemanha e Japão, encorajam o aproveitamento da água da
chuva, os tipos de projetos e quantias de empréstimos são limitados. Então o
aproveitamento da água da chuva destina-se principalmente para descargas, para
regar plantas e para lavar automóveis, pois essas atividades exigem água de menor
qualidade. (RAINDROPS, 2002)
A qualidade da água requerida varia conforme o uso. Quanto mais nobres
os usos, maiores as necessidades. RAINDROPS (2002) separa em quatro grupos
distintos o uso da água e especifica a necessidade de tratamento para a mesma, no
caso de ser utilizada a chuva de zonas não muito industrializadas como manancial.
(continua)
22
Quadro 1 (continuação)
USO REQUERIDO PELA ÁGUA TRATAMENTO NECESSÁRIO
Fontes e lagoas, descargas de Tratamento higiênico, porque o corpo humano
banheiros, lavação de roupas, lavação de pode entrar em contato com a água;
caros;
Piscina/banho, consumo humano e no Desinfecção, porque a água é consumida
preparo de alimentos; direta ou indiretamente;
Fonte: GROUP RAINDROPS (2002)
[Eq.1]
Sendo:
Q = Vazão de dimensionamento, em l/min;
C= coeficiente de deflúvio;
I = intensidade pluviométrica, em mm/h;
Ac = área de contribuição, em m² .
[Eq.2]
Sendo:
Q = Vazão de projeto, em l/min;
S = área da seção molhada da calha, em m² ;
n = coeficiente de rugosidade Manning conforme tabela2;
Rh = raio hidráulico, em m;
I = declividade da calha, em m/m.
K = 60.000
[Eq.3]
28
[Eq.4]
Sendo,
Cd = consumo diário, em l/dia;
P = população;
q = consumo “per capita”, em l/dia.
Tabela 7 (continuação)
Prédio Unidades Consumo de Consumo na
água (L/dia) descarga (L/dia)
Residência padrão baixo Pessoa 100 40
Hotel Pessoa 100 30
Alojamento provisório Pessoa 80 30
2. Ocupantes Temporários
Fábricas em Geral Pessoa 70 30
Escritórios Pessoa 50 30
Edifico Publico/Comercial Pessoa 50 20
Escolas e locais de Grande
permanência Pessoa 50 30
Restaurantes e similares Pessoa 25 10
Cinemas teatros e Locais
de Curta Permanência Lugar 2 2
Sanitários Públicos Bacia 480 450
Fonte: ABNT-NBR 13969/1997 citada por Peters (2006)
Mais importante que isso, tem-se sempre a idéia de que quanto maior for
o reservatório, maior será a porcentagem de chuva precipitada que poderemos
aproveitar. Isto nem sempre acontece. A partir dos 70% de aproveitamento, mesmo
se aumentarmos a capacidade do reservatório em 50%, o coeficiente de
aproveitamento sobe apenas de 5% a 10%, normalmente não justificando o
investimento (RAINDROPS, 2002).
35
2.4.8 Bombas
Um filtro pode ser colocado antes que a água possa chegar à cisterna,
esse pode ser uma tela ou até mesmo filtros industrializados para reter galhos,
folhas, e outras impurezas grosseiras, (figura 7).
36
Figura 8 - Desviador das águas das primeiras chuvas com válvula de desvio horizontal
Fonte: SAFERAIN (2008)
Figura 9 - Desviador das águas das primeiras chuvas com válvula de desvio vertical
Fonte: SAFERAIN (2008)
3 METODOLOGIA
S
XT x (Y Yn ) [Eq.5]
Sn
Onde:
x = média dos valores observados na série de máximas anuais;
S = desvio padrão dos valores observados na série de máximas anuais;
Yn, Sn = média e o desvio padrão da variável reduzida y, tabelados em função
do número de valores da série de dados (Tabela 8).
Y = variável reduzida dada por
1
y ln ln 1 [Eq.6]
T
Tabela 8 - Média (Yn) e desvio padrão (Sn) da variável reduzida para diferentes
valores do tamanho da amostra (N)
N Yn Sn N Yn Sn N Yn Sn
10 0,4952 0,9496 40 0,5436 1,1413 70 0,5548 1,1854
11 0,4996 0,9676 41 0,5442 1,1436 71 0,555 1,1863
12 0,5035 0,9833 42 0,5448 1,1458 72 0,5552 1,1872
13 0,507 0,9971 43 0,5453 1,1479 73 0,5555 1,1881
14 0,51 1,0095 44 0,5458 1,1499 74 0,5557 1,189
15 0,5128 1,0206 45 0,5463 1,1518 75 0,5559 1,1898
16 0,5154 1,0306 46 0,5468 1,1537 76 0,5561 1,1907
17 0,5177 1,0397 47 0,5472 1,1555 77 0,5563 1,1915
18 0,5198 1,0481 48 0,5477 1,1573 78 0,5565 1,1923
19 0,5217 1,0557 49 0,5481 1,159 79 0,5567 1,1931
20 0,5236 1,0628 50 0,5485 1,1607 80 0,5569 1,1938
21 0,5252 1,0694 51 0,5489 1,1623 81 0,5571 1,1946
22 0,5268 1,0755 52 0,5493 1,1638 82 0,5573 1,1953
(continua)
40
Tabela 8 (continuação)
N Yn Sn N Yn Sn N Yn Sn
23 0,5282 1,0812 53 0,5497 1,1653 83 0,5574 1,196
24 0,5296 1,0865 54 0,5501 1,1668 84 0,5576 1,1967
25 0,5309 1,0914 55 0,5504 1,1682 85 0,5578 1,1974
26 0,5321 1,0961 56 0,5508 1,1695 86 0,558 1,1981
27 0,5332 1,1005 57 0,5511 1,1709 87 0,5581 1,1988
28 0,5343 1,1047 58 0,5515 1,1722 88 0,5583 1,1995
29 0,5353 1,1086 59 0,5518 1,1734 89 0,5584 1,2001
30 0,5362 1,1124 60 0,5521 1,1747 90 0,5586 1,2007
31 0,5371 1,1159 61 0,5524 1,1759 91 0,5588 1,2014
32 0,538 1,1193 62 0,5527 1,177 92 0,5589 1,202
33 0,5388 1,1225 63 0,553 1,1782 93 0,5591 1,2026
34 0,5396 1,1256 64 0,5532 1,1793 94 0,5592 1,2032
35 0,5403 1,1285 65 0,5535 1,1803 95 0,5593 1,2037
36 0,5411 1,1313 66 0,5538 1,1814 96 0,5595 1,2043
37 0,5417 1,1339 67 0,554 1,1824 97 0,5596 1,2049
38 0,5424 1,1365 68 0,5543 1,1834 98 0,5598 1,2054
39 0,543 1,139 69 0,5545 1,1844 99 0,5599 1,206
100 0,56 1,2065
Fonte: Back (2002)
1 h/24 h 0,42
6 h/24 h 0,72
8 h/24 h 0,78
10 h/24 h 0,82
12 h/24 h 0,85
[Eq.7]
[Eq.8]
[Eq.2]
43
Onde:
[Eq.9]
Onde:
[Eq.10]
Onde:
V = Volume de água necessário (m³ )
D = Demanda (m³ /dia)
U = Período de dias secos (dias)
Devido à perda já descontada no calculo da área mínima, considerando
que apenas 70% das águas pluviais são armazenadas no reservatório, não há
necessidade de acrescentar 10% para eventuais perdas.
4 RESULTADOS
Dias Dias
consecutivos sem consecutivos sem
Ano chuva Ano chuva
1988 25 1994 15
2008 23 1998 15
1978 22 2004 15
1980 21 2006 15
1981 21 1977 14
1995 20 1990 15
1996 19 1989 13
1985 18 2002 13
1986 18 1987 12
1992 18 1993 12
1982 17 2009 12
1984 17 2000 11
2003 17 2001 10
1983 16 2007 10
1991 16 1997 9
2005 16 1999 9
1979 15 2010 9
Fonte: EPAGRI – Urussanga/SC
46
S
XT x (Y Yn )
Sn
1
y ln ln 1
T
Onde:
Média= 106,94
N= 32
Yn= 0,538
Sn= 1,1193
T y XT
2 0,3665 101,96
5 1,4999 134,88
10 2,2504 156,67
15 2,6738 168,96
20 2,9702 177,57
25 3,1985 184,20
50 3,9019 204,63
100 4,6001 224,91
Fonte: Próprio autor
47
Para obtenção da altura de chuva estimada com base nas relações entre
durações demonstrados na tabela12 foi utilizado os parâmetros estabelecido para
todo o Brasil pela Cetesb (1986) descritos na tabela9.
Tabela 12 - Altura de chuva (mm) estimada com base nas relações entre
durações
T 2 5 10 15 20 25 50 100
y 0,3665 1,4999 2,2504 2,6738 2,9702 3,1985 3,9019 4,6001
1dia 101,96 134,88 156,67 168,96 177,57 184,20 204,63 224,91
24h 116,24 153,76 178,60 192,62 202,43 209,99 233,28 256,39
2h 61,07 80,79 93,84 101,21 106,37 110,34 122,57 134,72
1,5 h 55,77 73,78 85,70 92,42 97,13 100,76 111,93 123,02
1h 48,82 64,58 75,01 80,90 85,02 88,20 97,98 107,68
45min 43,33 57,32 66,58 71,81 75,47 78,29 86,97 95,58
30min 36,13 47,79 55,51 59,87 62,92 65,27 72,50 79,69
25min 32,87 35,36 41,08 44,30 46,56 48,30 53,65 58,97
20min 29,26 38,71 44,96 48,49 50,96 52,86 58,73 64,55
15min 25,29 33,45 38,86 41,91 44,04 45,69 50,75 55,78
10min 19,51 25,81 29,98 32,33 33,97 35,24 39,15 43,03
5min 12,28 16,25 18,87 20,35 21,39 22,19 24,65 27,09
Fonte: Próprio autor
[Eq.11]
Em que:
i = intensidade da chuva (mm/h)
T = período de retorno (2 a 100 anos)
t = duração da chuva (5 a 120 min)
220,0
200,0
180,0
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
duração (min)
Como a fórmula que foi utilizada neste caso, considera apenas coberturas
com uma água, e as coberturas que foram utilizadas para capitação de água são
formadas por duas águas, então para facilitar os cálculos foi calculada a área de
uma das águas da cobertura e multiplicado por dois, obtendo desta forma a área
total de captação de cada cobertura.
Na
Como a vazão de projeto é menor que a vazão suportada pela calha, não
há perigo de extravasamento. A seção da calha será a mesma para todos os planos
de telhado.
valores das peças que compõem o sistema, chegando-se assim ao custo total do
sistema demonstrado na tabela18.
Para elaboração deste estudo considerou-se que a mão-de-obra utilizada
será a da equipe de obras da prefeitura, por isso não foi utilizada nos cálculos.
100
90
CISTERNA
80 TUBO DE PVC 75mm
CONTRIBUIÇÃO NO CUSTO FINAL (%)
20 BOIA ELÉTRICA
CALHA DE ALUMÍNIO
10 FIO 2,5mm
0
MATERIAIS
2,5
CURVA PVC 75mm
2
TUBO PVC 25mm
1,5 CURVA PVC 25mm
1 BOMBA D`ÁGUA 3/4
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS