Reuso Da Agua de Chuva

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

DIEGO DAMIANI CITADIN

ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DO APROVEITAMENTO DE


ÁGUA DA CHUVA NA ESCOLA MUNICIPAL PARQUE AVENIDA DE
PRAIA GRANDE

CRICIÚMA, JUNHO DE 2010


DIEGO DAMIANI CITADIN

ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DO APROVEITAMENTO DE


ÁGUA DA CHUVA NA ESCOLA MUNICIPAL PARQUE AVENIDA DE
PRAIA GRANDE

Trabalho de conclusão de curso, apresentado


para obtenção do grau de Engenheiro Civil, no
curso de Engenharia Civil, da Universidade do
Extremo Sul Catarinense, UNESC.

Orientador: Professor Doutor Álvaro José Back

CRICIÚMA, JUNHO DE 2010


DIEGO DAMIANI CITADIN

ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DO APROVEITAMENTO DE


ÁGUA DA CHUVA NA ESCOLA MUNICIPAL PARQUE AVENIDA DE
PRAIA GRANDE

Trabalho de conclusão de curso, apresentado


para obtenção do grau de Engenheiro Civil, no
curso de Engenharia Civil, da Universidade do
Extremo Sul Catarinense, UNESC.

CRICIÚMA, JUNHO DE 2010

BANCA EXAMINADORA

Prof. Álvaro José Back – Doutor – (UNESC) – Orientador

Prof. Alexandre Vargas – Especialista – (UNESC)- Banca

Prof. Nestor Back – Especialista – (UNESC) - Banca


4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Iris e Tereza, à minhas


irmãs, Elizângela e Eliana, ao meu filho Douglas e à minha
esposa Daiana, pela confiança e incentivo nos momentos
difíceis. Ao professor Álvaro pela orientação e incentivo,
iluminando o meu caminho.
5

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar à Deus por ter me guiado nos momentos


mais difíceis;
À todos os professores que de alguma forma contribuíram para
a realização deste trabalho, em especial ao professor Dr.
Álvaro Back, pela orientação neste trabalho;
A minha esposa e ao meu filho, pelo carinho e compreensão;
Aos amigos conquistados na universidade, principalmente aos
que contribuíram para realização deste trabalho, e estiveram ao
meu lado desde o início;
6

EPÍGRAFE

“Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que


poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar”.

(William Shakespeare
7

RESUMO

O presente trabalho apresenta um estudo para o aproveitamento das


águas pluviais da Escola Reunida Municipal Parque Avenida do município de Praia
Grande. Sendo que a água captada deverá ser utilizada para descargas de
sanitários, para limpezas de pisos e outros serviços que não necessite de água
tratada. Para realização deste estudo, primeiramente realizou-se uma pesquisa
bibliográfica sobre os vários métodos já utilizados em algumas regiões sobre o
aproveitamento de água pluvial. Feito esta pesquisa foi então realizado o
embasamento necessário para os cálculos do dimensionamento do sistema. No
dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais pode-se quantificar a
área molhada de contribuição e conseqüentemente calcular sua vazão para o
dimensionamento das tubulações pluviais. Para o dimensionamento do reservatório
de água pluvial foi utilizado o maior período de dias secos registrado na estação
pluviométrica de Praia Grande e o maior consumo mensal de água da escola.
Também realizou-se neste trabalho o estudo de viabilidade econômica deste sistema
para esta escola.
Palavras-chave: Aproveitamento de água da chuva.
8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Representação esquemática do ciclo hidrológico ............................. 16


Figura 2 - Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva .................................. 19
Figura 3 – Indicações para cálculo de área de contribuição ............................... 25
Figura 4 – Calha de seção retangular para cálculo do raio hidráulico ............... 28
Figura 5 – Ábacos para a determinação de diâmetros de condutores verticais 30
Figura 6 - Bomba de sucção e recalque ................................................................ 35
Figura 7 - Filtro de partículas sólidas e detalhe das telas ................................... 36
Figura 8 - Desviador das águas das primeiras chuvas com válvula de desvio
horizontal ........................................................................................................... 37
Figura 9 - Desviador das águas das primeiras chuvas com válvula de desvio
vertical ................................................................................................................ 37
Figura 10 – Desenho esquemático das dimensões da calha .............................. 42
Figura 11 - Relação intencidade-duração-frequência de chuva .......................... 49
Figura 12 - Desenho esquemático das dimensões da cobertura ........................ 51
Figura 13 - Desenho esquemático das dimensões da calha ............................... 54
Figura 14 - Cisterna enterrável de polietileno ....................................................... 57
Figura 15 - Gráfico do percentual de contribuição de cada material no custo
final do sistema ................................................................................................. 59
Figura 16 - Gráfico de contribuição dos materiais excluindo a cisterna ............ 59
9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1– Coeficientes de deflúvio ........................................................................ 26


Tabela 2 - Coeficiente de rugosidade de Manning ............................................... 27
Tabela 3 – Capacidade de calhas semicirculares, com lâmina d água igual a ½
diâmetro interno, n=0,011. ................................................................................ 28
Tabela 4 - Capacidade de condutores horizontais de seção circular (vazão em
l/min) ................................................................................................................... 31
Tabela 5 – Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local ..................... 32
Tabela 6 - Estimativa de consumo diário de água ................................................ 33
Tabela 7 - Estimativas de Consumo ...................................................................... 33
Tabela 8 - Média (Yn) e desvio padrão (Sn) da variável reduzida para diferentes
valores do tamanho da amostra (N) ................................................................ 39
Tabela 9 - Relações entre chuvas de diferentes durações. ................................. 40
Tabela 10 – Número máximo de dias consecutivos sem chuvas no ano em
ordem decrescente. .......................................................................................... 45
Tabela 11 - Chuvas diárias com diferentes períodos de retorno ........................ 46
Tabela 12 - Altura de chuva (mm) estimada com base nas relações entre ........ 47
Tabela 13 - Intensidade da chuva observada em (mm/hora) ............................... 47
Tabela 14 - Intensidade da chuva calculada em (mm/hora)................................. 48
Tabela 15 - Consumo anual de água da escola E.R.M. Parque Avenida ............ 50
Tabela 16 – Dimensionamento dos condutores verticais .................................... 55
Tabela 17 - Dimensionamento dos condutores horizontais ................................ 55
Tabela 18 - Custo do sistema de capação e armazenamento ............................. 58
10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 Tema ................................................................................................................... 12
1.2 Delimitação do Tema ........................................................................................ 12
1.3 Problema de Pesquisa ...................................................................................... 13
1.4 Objetivos ............................................................................................................ 13
1.4.1 Objetivo geral ................................................................................................. 13
1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 13
1.5 Justificativa........................................................................................................ 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 15
2.1 Hidrologia........................................................................................................... 15
2.1.1 Ciclo Hidrológico ............................................................................................ 15
2.2 Caracteres das Águas de Abastecimento ....................................................... 17
2.3 Aproveitamento de Água Pluvial ..................................................................... 17
2.3.1 Concepção do Sistema de Aproveitamento de Água da Chuva ................ 18
2.3.2 Componentes do Sistema de Capitação e Aproveitamento de Água Pluvial
.................................................................................................................................. 20
2.3 Qualidade da Água Pluvial ............................................................................... 21
2.4 Coleta e Esgotamento das Águas Pluviais ..................................................... 23
2.4.1 Dados Meteorológicos ................................................................................... 24
2.4.2 Quantificação das Áreas de Contribuição ................................................... 24
2.4.3 Vazão de Projeto ............................................................................................ 26
2.4.4 Dimensionamento das Calhas ...................................................................... 27
2.4.5 Condutores Verticais ..................................................................................... 28
2.4.6 Condutores Horizontais ................................................................................. 31
2.4.7 Reservatório para Armazenamento de Água Pluvial................................... 32
2.4.8 Bombas ........................................................................................................... 35
2.4.9 Filtro Grosseiro .............................................................................................. 35
2.4.10 Separador de Primeiras Águas ................................................................... 36
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 37
3.1 Levantamento de Dados Climatológicos ........................................................ 38
3.2 Estudo Estatístico ............................................................................................. 39
11

3.3 Definição de Local e Demanda Necessária ..................................................... 41


3.4 Vazão de Projeto ............................................................................................... 41
3.5 Dimensionamento das Calhas ......................................................................... 41
3.5.1 Determinação do Raio Hidráulico ................................................................. 42
3.5.2 Determinação da Área da Seção Molhada da Calha ................................... 42
3.5.3 Vazão da Calha ............................................................................................... 42
3.6 Dimensionamento dos Condutores Verticais ................................................. 43
3.7 Dimensionamento dos Condutores Horizontais ............................................ 43
3.8 Avaliação da Área de Captação ....................................................................... 44
3.9 Dimensionamento do Reservatório para Água Pluvial .................................. 44
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 45
4.1 Levantamento de Dados Climatológicos ........................................................ 45
4.2 Estudo Estatístico ............................................................................................. 46
4.3 Consumo Diário ................................................................................................. 49
4.4 Área de Captação .............................................................................................. 50
4.4.1Cálculo da Área de Cobertura da Edificação Escolar .................................. 51
4.4.2 Cálculo da Área de Cobertura do Ginásio de Esportes .............................. 51
4.4.3 Área Total de Cobertura................................................................................. 52
4.5 Vazão de Projeto ............................................................................................... 52
4.6 Dimensionamento das Calhas ......................................................................... 52
4.6.1 Determinação do Raio Hidráulico ................................................................. 53
4.6.2 Determinação da Área da Seção Molhada da Calha ................................... 53
4.6.3 Vazão da Calha ............................................................................................... 54
4.7 Dimensionamento dos Condutores Verticais ................................................. 54
4.8 Dimensionamento dos Condutores Horizontais ............................................ 55
4.9 Avaliação da Área de Captação ....................................................................... 55
4.10 Dimensionamento do Reservatório para Água Pluvial ................................ 56
4.11 Quantificação e Orçamento dos Materiais do Sistema ................................ 57
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 61
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 62
ANEXOS ................................................................................................................... 65
12

1 INTRODUÇÃO

No Brasil grande parte da água potável é utilizada para fins impróprios,


gerando um grande prejuízo financeiro e ambiental. Para contornar esta situação
devem ser desenvolvidas alternativas que permitam diminuir os impactos
econômicos e ambientais. Uma destas alternativas é o sistema de aproveitamento
de água da chuva.
Levando em consideração a grande área da cobertura da Escola Reunida
Municipal Parque Avenida de Praia Grande, podemos estudar a possibilidade de
aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis.
Perante isto o estudo analisará a possibilidade de redução no consumo
de água potável através do aproveitamento da água pluvial.
Diante deste quadro, será apresentado um referencial teórico que servirá
de embasamento para a realização dos cálculos necessários para o estudo em
questão.

1.1 Tema

Aproveitamento de água pluvial.

1.2 Delimitação do Tema

Estudo para aproveitamento de água pluvial: na Escola Reunida Municipal


Parque Avenida de Praia Grande
13

1.3 Problema de Pesquisa

Com o crescente aumento da população com o passar dos anos, está


crescendo também o consumo de água potável o que está acarretando na
diminuição das reservas naturais.
Muitas pessoas utilizam água potável de maneira irracional, usam esta
água para lavar carros, calçadas entre outros fins, onde poderiam estar utilizando
água não tratada, mas sem contaminação. Não tem consciência de que este tipo de
água está correndo a passos largos rumo à escassez.
Embasado neste contexto e com o estudo aplicado na Escola R. M.
Parque Avenida, pretende-se realizar a avaliação para o aproveitamento da água
pluvial e sua viabilidade econômica nos serviços onde não precise essencialmente
de água potável. Tendo desta forma a finalidade de diminuir o consumo de água
potável e também o impacto ambiental na escola.
Assim se verificará a seguinte questão:
- A vazão de água pluvial será suficiente para atender a demanda de serviços da
escola? E será viável economicamente?

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo geral

Elaborar um estudo para redução do consumo de água potável e sua


viabilidade econômica, aproveitando água da chuva em diversos serviços da Escola
Reunida Municipal Parque Avenida, de Praia Grande.

1.4.2 Objetivos Específicos

Quantificar as áreas de cobertura da Escola R. M. Parque Avenida;


14

Buscar os índices pluviométricos para o dimensionamento do sistema


de coleta e armazenamento de água da chuva para o município de Praia Grande,
SC.
Levantar a demanda da água e quantificar os usos não potáveis
Dimensionar a estrutura de captação e armazenamento da água da
chuva
Orçar o sistema de captação e armazenamento
Fazer a analise econômica do sistema de captação e armazenamento
de água da chuva

1.5 Justificativa

Com a falta de água se tornando um problema a cada ano mais


acentuado, cresce a quantidade de estudos para resolver este problema.
Em cidades como São Paulo e Porto Alegre, há legislação em vigor
tornando obrigatória a coleta de água pluvial em edificações que tenha área do
terreno superior à 500m², com o objetivo de evitar inundações. Esta lei aplicada em
outras cidades possibilitaria o armazenamento para aproveitamento, mesmo que
essas não possuam, ainda, problemas com cheias.
Com o estudo a ser realizado na Escola Reunida Municipal Parque
Avenida, pode-se obter uma redução no consumo de água potável, utilizando a água
pluvial para limpeza de salas e calçadas, descargas de sanitários e irrigação de
horta.
15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Hidrologia

Hidrologia é a ciência que trata do comportamento, das propriedades, e


distribuição da água na natureza.
Conforme Garces, (1982,p.1), “é ciência básica para todos os campos da
engenharia hidráulica”.
O estudo da hidrologia pode ser dividido em três ramos, os quais, tratam
de água nas suas diferentes formas de ocorrência: acima, sobre e abaixo da
superfície da terra.
Segundo Garces, (1982,p.1).
 Água atmosférica: “em sua com a atmosfera a hidrologia estuda as
chuvas e outras formas de precipitações, suas causas, origem,
ocorrência, magnitude, distribuição e variação”.
 Água superficial: “deflúvio de cursos d água, lagos e reservatórios,
origem e comportamento das águas superficiais”.
 Água subsuperficial: “comumente chamada, subterrânea, considera a
origem, natureza e ocorrência da água subsuperficial, a infiltração da
água no solo, sua passagem ou percolação através do solo e sua
saída do solo”.

2.1.1 Ciclo Hidrológico

“A maior parte da água que cai sobre a terra, encontra o seu caminho
para o mar. Uma pequena parte evapora durante a queda, outra evapora da
superfície da terra e outra é transpirada pelas plantas.” (WILKEN,1978,p.1). A água
que vai para o mar e para as redes pluviais, parte escoa superficialmente logo após
a precipitação, outra se infiltra no terreno. A parte que evapora vai para as nuvens, e
depois é precipitada. “Existe um ciclo completo de evaporação, condensação,
16

precipitação e escoamento, que constitui o que se denomina ciclo hidrológico”.


(WILKEN,1978,p.1).
O ciclo hidrológico é um sistema fechado, toda a água que precipita
retorna para o ciclo, conforme ilustra a figura 1.

Figura 1 – Representação esquemática do ciclo hidrológico


Fonte: http://www.seapal.gob.mx/imagenes/ciclohidro.gif

Tucci (2002) descreve o ciclo hidrológico a partir da umidade contida na


atmosfera retorna para a superfície terrestre em forma de orvalho, chuva, granizo ou
até neve. Uma parte desta precipitação será interceptada pelas árvores, arbustos,
plantas e também em construções. Essa água interceptada não chega a atingir o
solo, assim chamada de perca por interceptação. Excedendo a capacidade de
armazenar água na superfície dos vegetais, ou por ação dos ventos, a água
interceptada pode ser precipitada para o solo. A água que chega até o solo pode
formar vários caminhos no solo que é um meio poroso. Se a intensidade de chuva
supera a porção de infiltração e evaporação formar-se um charco.
Segundo Tucci (2002), os charcos enchem e transbordam, a água
começa a se mover através da superfície e é chamada de chuva excedente.
Entretanto, o escoamento superficial não pode ocorrer até que se forme uma lâmina
d’água que cubra a trajetória do movimento. Uma parte do escoamento pode infiltrar
no solo ou evaporar retornando à atmosfera antes de alcançar os rios. A água que
infiltra no solo entra primeiro na zona do solo que contém as raízes das plantas.
Essa água pode voltar para a atmosfera através da evaporação, a partir da
superfície do solo ou transpiração das plantas (evapotranspiração). Essa parte
superior do solo pode reter uma quantidade limitada de água, essa quantidade é
conhecida como capacidade de campo. Se mais água for adicionada à zona quando
17

ela estiver na capacidade de campo, a água passa para uma zona mais baixa (zona
de saturação ou zona de escoamento subterrâneo). A água deixa a zona da água
subterrânea pela ação da capilaridade dentro da zona da raiz, ou pela infiltração nas
correntes. Poços são perfurados na zona de água subterrânea para a extração da
água aí retida.
Entretanto, em qualquer tempo ou local em que a água circula na
superfície terrestre, seja nos continentes ou oceanos, há evaporação para a
atmosfera, fenômeno que fecha o ciclo hidrológico ora descrito.

2.2 Caracteres das Águas de Abastecimento

Na superfície terrestre quimicamente não existe água pura. A expressão


água pura é usada como sinônimo de água potável, para dizer que uma água tem
qualidade satisfatória para uso doméstico.
Conforme Garces, (1982,p.153). “uma água é contaminada quando ela
hospeda organismos potencialmente patogênicos ou contem substâncias tóxicas
que a tornam perigosa, e, portanto, imprópria para o consumo humano ou para uso
doméstico”.
A água é considerada poluída quando ela contém substância de tal
caractere e em tais quantidades que a sua qualidade é alterada de modo a
prejudicar a sua utilização ou torná-la ofensiva aos sentidos de vista, paladar ou
olfato.

2.3 Aproveitamento de Água Pluvial

Mais do que uma tendência isolada, a utilização da água da chuva vem


sendo considerada como uma fonte alternativa de água, para fins potáveis ou não
potáveis, dependendo da necessidade e da qualidade desta. Pode-se inserir o
aproveitamento da água da chuva no sistema de gestão integrada de águas
urbanas. A utilização da água da chuva, por depender de condições locais e visando
18

seu aproveitamento no próprio local de captação, se insere no conceito de sistemas


de saneamento descentralizado, nos quais sua gestão é compartilhada com o
usuário. (GONÇALVES,2006)
Instalações individuais da coleta da água da chuva são comuns em
regiões brasileiras não servidas por redes públicas de água. No polígono das secas,
por exemplo, muitos açudes foram construídos. Existe um sistema coletivo, que
funciona desde 1943, na ilha de Fernando de Noronha, construído pelos
americanos. (NETO, 1991)
Pessoas que moram em lugares sem o suprimento de água potável,
fontes e poços, coletam e purificam a água da chuva até mesmo para beber.
(RAINDROPS, 2002)
A base e os propósitos do aproveitamento da água da chuva variam em
diferentes regiões. Por exemplo, na Alemanha, o aproveitamento da água da chuva
é promovido para conservar a água subterrânea usada para o abastecimento da
cidade. (RAINDROPS, 2002)
A aplicação de sistemas de aproveitamento de águas pluviais deve
passar por uma avaliação econômico-financeira. Pois muitas vezes sistemas de
aproveitamento levam a períodos de retorno financeiros muito longos, devido às
muitas despesas com energia.
O sistema de aproveitamento da água pluvial é composto por dois
subsistemas: o sistema de captação e o sistema de distribuição.

2.3.1 Concepção do Sistema de Aproveitamento de Água da Chuva

De acordo com Abumanssur (2007), a funcionalidade de um sistema de


coleta e aproveitamento de água pluvial consiste de maneira geral, na captação da
água da chuva que cai sobre os telhados ou lajes da edificação.
A água é conduzida até o local de armazenamento através de calhas,
condutores horizontais e verticais, passando por equipamentos de filtragem e
descarte de impurezas.
Em alguns sistemas é utilizado dispositivo desviador das primeiras águas
de chuva. Após passar pelo filtro, a água é armazenada geralmente em reservatório
19

enterrado (cisterna), ou superficial (caixas d.água de fibra de vidro ou plástica


resistente), e bombeada a um segundo reservatório (elevado), do qual as tubulações
específicas de água pluvial irão distribuí-la para o consumo não potável, como é
mostrado na figura 2.

Figura 2 - Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva


Fonte: BELLA CALHA citado por Marinoski (2007)

A Norma 15527/2007 menciona que a concepção do projeto do sistema


de coleta de água de chuva deve atender a ABNT NBR 5626 e a ABNT NBR 10844.
Dentro do estudo deve constar o alcance do projeto, a população que
utiliza a água de chuva e a determinação da demanda a ser definida pelo projetista
do sistema. Incluem-se na concepção os estudos das séries históricas e sintéticas
das precipitações da região onde será feito o projeto de aproveitamento de água de
chuva.
Assim dentro da concepção do sistema de coleta de água de chuva deve
ser levada em conta a viabilidade técnica e econômica de cada situação, onde a
área de captação das coberturas e pisos deve ser compatível com a demanda
assumida.
20

Ainda de acordo com a mesma Norma o volume de água de chuva


aproveitável depende do coeficiente de escoamento superficial da cobertura bem
como da eficiência do sistema de descarte do escoamento inicial.

2.3.2 Componentes do Sistema de Capitação e Aproveitamento de Água Pluvial

Conforme descrito por Gonçalves, (2006,p.93). “A utilização dos sistemas


de aproveitamento de água da chuva, além de proporcionar a conservação do
recurso, possibilita a redução do escoamento superficial diminuindo a carga nos
sistemas de coleta pluviais que, consequentemente, diminui o risco de inundações.
Para isso, é necessário que estes sistemas sejam bem elaborados e executados de
forma pratica e simples para que o seu funcionamento ocorra de forma eficiente”.
Para realizar a coleta da água pluvial são necessários calhas, condutores,
dispositivo para descarga da água de lavagem do telhado e a cisterna para o seu
armazenamento.
A metodologia para projeto de sistemas de coleta, tratamento e uso de
água pluvial envolve as seguintes etapas:
Determinação da precipitação média local (mm/mês),
Determinação da área de coleta,
Determinação do coeficiente de escoamento,
Projeto dos sistemas complementares (grades, filtros, tubulações, etc),
Projeto do reservatório de descarte,
Escolha do sistema de tratamento necessário,
Projeto da cisterna,
Caracterização da qualidade da água pluvial,
Identificação do uso da água (demanda e qualidade). (GONÇALVES,
2006)
Segundo Gonçalves, (2006,p.94). “Independente do sistema de
aproveitamento ser pequeno ou grande, ele é composto por:
Área de captação/telhado;
Tubulações para condução da água;
21

Telas ou filtros para remoção de materiais grosseiros, como folhas e


galhos;
Reservatório de armazenamento/cisterna.
Dependendo do uso que será dado à água coletada, pode-se ainda incluir
como componentes de um sistema, o tratamento da água (filtração e desinfecção).

2.3 Qualidade da Água Pluvial

A água pode ser classificada em três categorias: água potável, água não
potável, (água da chuva, por exemplo) e água poluída (esgoto). O uso da água da
chuva para banheiros e piscinas públicas é limitado por leis e regulamentos da
saúde pública, pois ela deve ser potável para tais finalidades. A água da chuva deve
ser purificada e a sua qualidade deve atender os padrões estabelecidos por lei para
ser considerada potável. Porém, são necessários muitos equipamentos para que
ocorra essa transformação. Quanto maior o volume de água, mais equipamentos
são necessários. Mesmo com empréstimos públicos disponíveis, pois alguns
governos como os da Alemanha e Japão, encorajam o aproveitamento da água da
chuva, os tipos de projetos e quantias de empréstimos são limitados. Então o
aproveitamento da água da chuva destina-se principalmente para descargas, para
regar plantas e para lavar automóveis, pois essas atividades exigem água de menor
qualidade. (RAINDROPS, 2002)
A qualidade da água requerida varia conforme o uso. Quanto mais nobres
os usos, maiores as necessidades. RAINDROPS (2002) separa em quatro grupos
distintos o uso da água e especifica a necessidade de tratamento para a mesma, no
caso de ser utilizada a chuva de zonas não muito industrializadas como manancial.

Quadro 1 – Diferentes qualidades de água para diferentes aplicações


USO REQUERIDO PELA ÁGUA TRATAMENTO NECESSÁRIO
Irrigação de jardins; Nenhum tratamento;
Prevenção de incêndio e Cuidados para manter o equipamento de
condicionamento de ar; estocagem e distribuição de uso;

(continua)
22

Quadro 1 (continuação)
USO REQUERIDO PELA ÁGUA TRATAMENTO NECESSÁRIO
Fontes e lagoas, descargas de Tratamento higiênico, porque o corpo humano
banheiros, lavação de roupas, lavação de pode entrar em contato com a água;
caros;
Piscina/banho, consumo humano e no Desinfecção, porque a água é consumida
preparo de alimentos; direta ou indiretamente;
Fonte: GROUP RAINDROPS (2002)

A qualidade da água da chuva é determinada pelo local de coleta. E o


nível de qualidade exigido está relacionado com a finalidade de uso. Dessa maneira,
o local de coleta deve ser limitado pela finalidade de uso, ou atingir o nível de
qualidade utilizando certos sistemas de tratamentos, como, por exemplo, a filtração.
(RAINDROPS, 2002)
Pode-se obter água da chuva com uma qualidade relativamente alta se
ela for coletada em locais onde pessoas e animais não consigam se aproximar, e
removendo o lixo e a poeira existentes. (RAINDROPS, 2002)
No quadro abaixo, a água da chuva foi classificada em quatro qualidades
diferentes: A, B, C e D.

Quadro 2 – Variação da qualidade da água da chuva devido ao sistema de


coleta
Grau de Limpeza Regiões de Coleta da água da chuva Usos da água da chuva
A Telhados (lugares não freqüentados por Lavar banheiros, regar
pessoas nem por animais) plantas, a água filtrada é
potável.
B Telhados (lugares freqüentados por pessoas Lavar banheiros, regar
e animais) plantas, não pode ser usada
para beber.
C Pisos e estacionamentos (necessita de tratamento)
D Estradas, vias férreas elevadas (necessita de tratamento)
Fonte: GROUP RAINDROPS (2002)

A água da chuva que cai no início se chama “chuva inicial”, e é bastante


suja. Então, se a chuva inicial for eliminada e o restante da chuva for coletado pelo
processo de sedimentação, sua qualidade se aproxima da água encanada. Se ela
for fervida, pode se tornar potável. Porém, partículas pretas de fuligem de carros e
fábricas, terra e areia acumulam-se no tanque de sedimentação durante um ano. Os
23

resultados dos exames de água variam com o tempo de armazenamento, clima e


localização. A chuva ácida também é preocupante. (RAINDROPS, 2002)
Portanto, devemos trabalhar não só para criar sistemas efetivos de
purificação, mas também para mudarmos nossos estilos de vida, a fim de não
poluirmos o ar ainda mais. (RAINDROPS, 2002)

2.4 Coleta e Esgotamento das Águas Pluviais

Conforme descrito nos planos diretores de algumas cidades, a água


pluvial deve ser coletada e canalizada para que a mesma não tenha caimento livre
dos telhados com mais de um pavimento. Pois os respingos das goteiras podem
causar serias patologias nas construções.
Segundo Creder (1991, p.100), “toda água pluvial deve ser escoada a fim
de conduzi-la através de tubulações a um caminho curto e de menor tempo. Elabora-
se um projeto de esgotamento das águas pluviais, sendo coletadas através de
tubulações, passando pela caixa de areia e por fim aos coletores públicos”.
Este projeto deve seguir a regulamentação da norma NBR 10844/1989
conforme itens descritos abaixo:
a) Recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos
dispositivos legais;
b) Ser estanques;
c) Permitir a limpeza e a desobstrução de qualquer ponto no interior da
instalação;
d) Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que
estão submetidas;
e) Quando passivas de choques mecânicos, ser constituídas de materiais
resistentes a estes choques;
f) Nos componentes expostos, utilizar materiais resistentes as
intempéries;
g) Nos componentes em contato com outros materiais de construção,
utilizar materiais compatíveis;
h) Não provocar ruídos excessivos;
24

i) Resistir às pressões a que podem estar sujeitas;


j) Ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.

As tubulações de água pluvial devem ser independentes das tubulações


de esgotos sanitários, não devemos aproveitar tubos de ventilação para conduzir a
água pluvial.

2.4.1 Dados Meteorológicos

A intensidade pluviométrica é o fator meteorológico que interfere no


cálculo da vazão, tal intensidade é determinada através do período de retorno e
duração da precipitação que por sua vez são obtidos através da coleta de dados
locais.
Conforme descrito na Norma NBR10844/1989 o período de retorno deve
obedecer os seguintes critérios:
T= 1 ano; para obras externas onde um eventual alargamento pode
ser tolerado.
T= 5 anos; para coberturas e telhados.
T= 25 anos; onde um empoçamento seja inaceitável.
Ainda encontra-se na Norma NBR10844/1989 que para obras de vulto
corrente e de área de telhado de até 100 m 2 pode-se adotar a medida de chuva
padrão de 150mm/h de intensidade e duração de 5 minutos.
E para locais onde os índices pluviométricos são extraordinariamente
elevados para chuvas de curta duração, tem-se adotado 170mm/h, e onde a
segurança é necessária, adota-se 216mm/h.

2.4.2 Quantificação das Áreas de Contribuição

Área de contribuição é toda área que esteja diretamente sendo atingida


pela água da chuva, como telhados, calçadas, lajes, paredes entre outros.
25

Para a correta quantificação das áreas de cobertura, deve ser


considerado nos cálculos além da área plana horizontal, também os incrementos
devidos a inclinação da cobertura e as paredes que contribuem para interceptar a
água da chuva que também deve ser drenada pela cobertura. (BORGES, 1992)

Figura 3 – Indicações para cálculo de área de contribuição


Fonte: NBR 10844, (1989, p. 5)
26

As coberturas horizontais de lajes devem evitar empoçamentos e ter uma


declividade mínima de 0,5 % para garantir o escoamento até os pontos de drenagem
previstos. A drenagem deve ser feita por mais de uma saída, exceto nos casos em
que não houver risco de obstrução. (CREDER, 1991)

2.4.3 Vazão de Projeto

Deve ser calculada através da equação abaixo:

[Eq.1]

Sendo:
Q = Vazão de dimensionamento, em l/min;
C= coeficiente de deflúvio;
I = intensidade pluviométrica, em mm/h;
Ac = área de contribuição, em m² .

A parcela da chuva que se infiltra, fica retida ou evapora, deve ser


descontada. Esta parcela é determinada através do coeficiente “C” (coeficiente de
deflúvio) que varia de acordo com as características da superfície, conforme tabela
1.

Tabela 1– Coeficientes de deflúvio


Característica da superfície Coeficiente de deflúvio - C
Telhados 0,75 à 1,00
Pavimentação asfáltica 0,70 à 0,95
Pavimentação com paralelepípedo 0,70 à 0,85
Pavimentação em concreto 0,80 à 0,95
Gramados – terrenos arenosos 0,05 à 0,20
Gramados – terrenos argilosos 0,13 à 0,35
Fonte: Baptista, (2003, p. 408)
27

2.4.4 Dimensionamento das Calhas

Deve ser calculada através da equação de Manning descrita abaixo:

[Eq.2]

Sendo:
Q = Vazão de projeto, em l/min;
S = área da seção molhada da calha, em m² ;
n = coeficiente de rugosidade Manning conforme tabela2;
Rh = raio hidráulico, em m;
I = declividade da calha, em m/m.
K = 60.000

Tabela 2 - Coeficiente de rugosidade de Manning


Material Coeficiente de rugosidade (n)
Plástico, fibrocimento, aço, metais não ferrosos 0,011
Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida 0,012
Cerâmica, concreto não alisado 0,013
Alvenaria de tijolos não revestida 0,015
Fonte: NBR 10844, (1989, p. 6)

O calculo do raio hidráulico é obtido dividindo-se a área molhada pelo


perímetro molhado, através da equação abaixo:

[Eq.3]
28

Figura 4 – Calha de seção retangular para cálculo do raio hidráulico


Fonte: Borges, (1992, p. 383)

A lâmina de água é a altura máxima de escoamento dentro da calha e n é


o coeficiente de atrito de Manning.

Tabela 3 – Capacidade de calhas semicirculares, com lâmina d água igual a ½


diâmetro interno, n=0,011.
Declividades
Diâmetro interno (mm) Vazões (l/min)
0,50% 1% 2%
100 130 183 256
125 236 333 466
150 384 541 757
200 829 1167 1634
Fonte: NBR 10844, (1989, p. 6)

2.4.5 Condutores Verticais

Sempre que possível, devem ser projetados em uma só prumada. Nos


desvios, devem-se usar curvas de 90º de raio longo ou curvas de 45º; devem ser
29

previstas peças de inspeção. O diâmetro interno mínimo dos tubos verticais é de 70


mm. (CREDER, 1991)

2.4.5.1Dimensionamento dos condutores verticais

Q = vazão do projeto, em litros/min


H = altura da lâmina d´água da calha, em mm
L = comprimento do condutor vertical, em m

Utilizam-se os gráficos da Norma NBR 10844/89, para se obter o diâmetro


interno do condutor vertical.
30

Figura 5 – Ábacos para a determinação de diâmetros de condutores verticais


Fonte: NBR 10844, (1989, p. 8)
31

2.4.6 Condutores Horizontais

Para o dimensionamento dos condutores horizontais utiliza-se uma tabela


da Norma NBR 10844/89, fornecendo o diâmetro interno dos condutores, que foram
calculados através da equação de Manning-Strickler.
De acordo com a NBR 10844/89 os condutores horizontais devem ser
projetados, sempre que possível, com declividade uniforme, com valor mínimo de
0,5%, utilizando a tabela 4.

2.4.6.1Dimensionamento dos Condutores Horizontais

Tabela 4 - Capacidade de condutores horizontais de seção circular (vazão em


l/min)
Diâmetro n= 0,011 n= 0,012 n=0,013
interno 0,50% 1% 2% 4% 0,50% 1% 2% 4% 0,50% 1% 2% 4%
(mm)
50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76
75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226
100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486
125 370 521 735 1040 339 478 674 956 313 441 622 882
150 602 847 1190 1690 552 777 1100 1550 509 717 1010 1430
200 1300 1820 2570 3650 1190 1670 2360 3350 1100 1540 2180 3040
250 2350 3310 4660 6620 2150 3030 4280 6070 1990 2800 3950 5600
300 3820 5380 7590 10800 3500 4930 6960 9870 3230 4550 6420 9110
Fonte: NBR 10844, (1989, p. 9)
32

2.4.7 Reservatório para Armazenamento de Água Pluvial

2.4.7.1 Consumo Diário

Para residências estima-se a população em duas pessoas por dormitório


ou uma pessoa por dormitório de serviço. Para outras considerações utiliza-se a
tabela 5.

O consumo é calculado através da equação abaixo:

[Eq.4]

Sendo,
Cd = consumo diário, em l/dia;
P = população;
q = consumo “per capita”, em l/dia.

Tabela 5 – Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local


Local Taxa de ocupação
Bancos Uma pessoa por 5,00m2 de área
Escritórios Uma pessoa por 6,00m2 de área
Pavimentos térreos Uma pessoa por 2,50m2 de área
Lojas-pavimentos superiores Uma pessoa por 5,00m2 de área
Museus e bibliotecas Uma pessoa por 5,50m2 de área
Salas de hotéis Uma pessoa por 5,50m2 de área
Restaurantes Uma pessoa por 1,40m2 de área
Salas de operação (hospital) Oito pessoas
Teatros, cinemas e auditórios. Uma cadeira para cada 0,70m2 de área
Fonte:CREDER, (1991, p. 09)
33

Tabela 6 - Estimativa de consumo diário de água


Prédio Consumo (litros)
Alojamentos provisórios 80 per capita
Casas populares ou rurais 120 per capita
Residências 150 per capita
Apartamentos 200 per capita
Hotéis (s/ cozinha e s/ lavanderia) 120 por hóspedes
Hospitais 250 por leito
Escolas – internatos 150 per capita
Escolas – externatos 50 per capita
Quartéis 150 per capita
Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita
Escritórios 50 per capita
Cinemas e teatros 2 por lugar
Templos 2 por lugar
Restaurantes e similares 25 por refeição
Garagens 50 por automóvel
30 por Kg de roupa
Lavanderias seca
Mercados 5 por m2 de área
300 por cabeça
Matadouros – animais de grande porte abatida
150 por cabeça
Matadouros – animais de pequeno porte abatida
Fábricas em geral (uso pessoal) 70 por operário
Postos de serviço p/ automóveis 150 por veículo
Cavalariças 100 por cavalo
Jardins 1,5 por m2
Fonte:CREDER, (1991, p. 10)

A estimativa de consumo por habitantes também poderá ser feita levando


em considerações dois tipos de ocupantes. Os ocupantes permanentes, e aqueles
que ocupam por período determinado. Segundo a NBR 13969/1977 citada por
Peters (2006), faz uma estimativa de consumo por ocupante permanente e
temporário, mostrada na tabela 7.

Tabela 7 - Estimativas de Consumo


Prédio Unidades Consumo de Consumo na
água (L/dia) descarga (L/dia)
1. Ocupantes permanentes
Residência Padrão Alto Pessoa 160 60
Residência Padrão Médio Pessoa 130 50
(continua)
34

Tabela 7 (continuação)
Prédio Unidades Consumo de Consumo na
água (L/dia) descarga (L/dia)
Residência padrão baixo Pessoa 100 40
Hotel Pessoa 100 30
Alojamento provisório Pessoa 80 30
2. Ocupantes Temporários
Fábricas em Geral Pessoa 70 30
Escritórios Pessoa 50 30
Edifico Publico/Comercial Pessoa 50 20
Escolas e locais de Grande
permanência Pessoa 50 30
Restaurantes e similares Pessoa 25 10
Cinemas teatros e Locais
de Curta Permanência Lugar 2 2
Sanitários Públicos Bacia 480 450
Fonte: ABNT-NBR 13969/1997 citada por Peters (2006)

2.4.7.2 Dimensionamento do Reservatório

O dimensionamento do reservatório se faz com base em um estudo


estatístico dos períodos de seca nas regiões em estudo. Pode-se utilizar tabelas
simplificadas com o número de dias secos por mês (escolhe-se a média dos 3 mais
secos), mas isso geralmente superestima o reservatório (NETTO,1993). Isto não é
adequado, tanto pelo aspecto econômico, como também pelo fato de que um uso
constante de enchimento e esvaziamento total do reservatório melhora a operação
do sistema, não temos água parada por muito tempo, melhorando a qualidade da
água. Além disso, este método não permite que se identifique um período de retorno
para o qual o reservatório foi dimensionado.

Mais importante que isso, tem-se sempre a idéia de que quanto maior for
o reservatório, maior será a porcentagem de chuva precipitada que poderemos
aproveitar. Isto nem sempre acontece. A partir dos 70% de aproveitamento, mesmo
se aumentarmos a capacidade do reservatório em 50%, o coeficiente de
aproveitamento sobe apenas de 5% a 10%, normalmente não justificando o
investimento (RAINDROPS, 2002).
35

2.4.8 Bombas

Quando necessário o bombeamento a um reservatório superior para o


abastecimento, o mesmo deve atender a norma NBR 12214 (Associação Brasileira
de Normas Técnicas, 2007 – Comissão de Estudo Especial Temporária de
Aproveitamento de Água de Chuva)
Devem ser observadas as recomendações das tubulações de sucção e
recalque, velocidades mínimas de sucção e seleção do conjunto motor-bomba
(figura 6).
Quando necessário pode ser instalado junto à bomba centrífuga, dosador
automático de cloro o qual convém ser enviado a um reservatório intermediário para
que haja tempo de contato de no mínimo 30 minutos.

Figura 6 - Bomba de sucção e recalque


Fonte: http://loja.tray.com.br/loja/produto

2.4.9 Filtro Grosseiro

Um filtro pode ser colocado antes que a água possa chegar à cisterna,
esse pode ser uma tela ou até mesmo filtros industrializados para reter galhos,
folhas, e outras impurezas grosseiras, (figura 7).
36

Figura 7 - Filtro de partículas sólidas e detalhe das telas


Fonte: O2 Engenharia (2008)

2.4.10 Separador de Primeiras Águas

As primeiras chuvas levam a maior parte das impurezas que estão


depositadas no telhado, lavando-o.
São "arrastadas" impurezas finas que precisam ser separadas e
descartadas.
Com esse propósito é utilizado o dispositivo que desvia as primeiras
águas de chuva, com um volume determinado, para um pequeno reservatório, e que
quando está cheio faz com que a água passe para a cisterna. A figura 8 apresenta
um desviador das águas das primeiras chuvas com válvula de desvio horizontal. A
figura 9 apresenta um desviador das águas das primeiras chuvas com válvula de
desvio vertical.
37

Figura 8 - Desviador das águas das primeiras chuvas com válvula de desvio horizontal
Fonte: SAFERAIN (2008)

Figura 9 - Desviador das águas das primeiras chuvas com válvula de desvio vertical
Fonte: SAFERAIN (2008)

3 METODOLOGIA

Para concluir este estudo foram analisados projetos arquitetônicos, como


não se dispunha de projeto hidrálico-sanitário foi realizado algumas medições “in
loco” para obtenção dos dados necessários. Também foi levantado o número de
38

alunos e funcionários da escola e o consumo de água mensal conforme faturamento


da CASAN.
RAINDROPS (2002) cita a tecnologia para o aproveitamento de águas
pluviais como um somatório das técnicas abaixo:
Coleta da água da chuva que cai no telhado, além de outros locais;
Armazenamento da água da chuva em tanques e reservatórios;
Tratamento e melhoria de qualidade da água da chuva;
Abastecimento da água da chuva aos locais de seu uso;
Drenagem do excesso de água da chuva;
Eliminação da água do inicio da chuva, quando esta estiver suja.

No presente estudo foi realizado o dimensionamento de todos os


componentes do sistema para aproveitamento de águas pluviais tais são eles, área
de captação, calhas, tubos, cisterna e bomba para recalque. Para isto foi realizado o
levantamento dos dados climatológicos e estudo estatístico dos dados de
precipitação.
Após dimensionamento do sistema foi feito a quantificação dos materiais
e calculado o custo para implantação do mesmo.

3.1 Levantamento de Dados Climatológicos

O levantamento dos dados climatológicos consiste no levantamento de


dados da série histórica de precipitação diária, de estação meteorológica, com no
mínimo de 15 anos consecutivos sem falha (BACK, 2002).
Para este levantamento foi analisado a serie de precipitação da Estação
Pluviométrica de Praia Grande com a finalidade de obtenção dos índices
pluviométricos para o dimensionamento das estruturas de coleta e armazenamento
da água da chuva.
39

3.2 Estudo Estatístico

Para obtenção dos índices de chuvas intensas foi utilizado a metodologia


descrita em Back (2002), que consiste em determinar as series de máximas anuais
de precipitação diária, e com base nesta serie estimar as chuvas diárias com período
de retorno de 2, 5, 10,20, 25, 50 e 100 anos pela equação5:

S
XT x (Y Yn ) [Eq.5]
Sn

Onde:
x = média dos valores observados na série de máximas anuais;
S = desvio padrão dos valores observados na série de máximas anuais;
Yn, Sn = média e o desvio padrão da variável reduzida y, tabelados em função
do número de valores da série de dados (Tabela 8).
Y = variável reduzida dada por

1
y ln ln 1 [Eq.6]
T

T = Período de retorno (anos).

Tabela 8 - Média (Yn) e desvio padrão (Sn) da variável reduzida para diferentes
valores do tamanho da amostra (N)
N Yn Sn N Yn Sn N Yn Sn
10 0,4952 0,9496 40 0,5436 1,1413 70 0,5548 1,1854
11 0,4996 0,9676 41 0,5442 1,1436 71 0,555 1,1863
12 0,5035 0,9833 42 0,5448 1,1458 72 0,5552 1,1872
13 0,507 0,9971 43 0,5453 1,1479 73 0,5555 1,1881
14 0,51 1,0095 44 0,5458 1,1499 74 0,5557 1,189
15 0,5128 1,0206 45 0,5463 1,1518 75 0,5559 1,1898
16 0,5154 1,0306 46 0,5468 1,1537 76 0,5561 1,1907
17 0,5177 1,0397 47 0,5472 1,1555 77 0,5563 1,1915
18 0,5198 1,0481 48 0,5477 1,1573 78 0,5565 1,1923
19 0,5217 1,0557 49 0,5481 1,159 79 0,5567 1,1931
20 0,5236 1,0628 50 0,5485 1,1607 80 0,5569 1,1938
21 0,5252 1,0694 51 0,5489 1,1623 81 0,5571 1,1946
22 0,5268 1,0755 52 0,5493 1,1638 82 0,5573 1,1953
(continua)
40

Tabela 8 (continuação)
N Yn Sn N Yn Sn N Yn Sn
23 0,5282 1,0812 53 0,5497 1,1653 83 0,5574 1,196
24 0,5296 1,0865 54 0,5501 1,1668 84 0,5576 1,1967
25 0,5309 1,0914 55 0,5504 1,1682 85 0,5578 1,1974
26 0,5321 1,0961 56 0,5508 1,1695 86 0,558 1,1981
27 0,5332 1,1005 57 0,5511 1,1709 87 0,5581 1,1988
28 0,5343 1,1047 58 0,5515 1,1722 88 0,5583 1,1995
29 0,5353 1,1086 59 0,5518 1,1734 89 0,5584 1,2001
30 0,5362 1,1124 60 0,5521 1,1747 90 0,5586 1,2007
31 0,5371 1,1159 61 0,5524 1,1759 91 0,5588 1,2014
32 0,538 1,1193 62 0,5527 1,177 92 0,5589 1,202
33 0,5388 1,1225 63 0,553 1,1782 93 0,5591 1,2026
34 0,5396 1,1256 64 0,5532 1,1793 94 0,5592 1,2032
35 0,5403 1,1285 65 0,5535 1,1803 95 0,5593 1,2037
36 0,5411 1,1313 66 0,5538 1,1814 96 0,5595 1,2043
37 0,5417 1,1339 67 0,554 1,1824 97 0,5596 1,2049
38 0,5424 1,1365 68 0,5543 1,1834 98 0,5598 1,2054
39 0,543 1,139 69 0,5545 1,1844 99 0,5599 1,206
100 0,56 1,2065
Fonte: Back (2002)

Para a estimativa da chuva com duração inferior será utilizado a relações


entre precipitações estabelecidas para o Brasil pela Cetesb (1986),conforme (Tabela
9).

Tabela 9 - Relações entre chuvas de diferentes durações.


Relação entre durações Relação entre alturas pluviométricas
5 min/30 min 0,34
10 min/30 min 0,54

15 min/30 min 0,70


20 min/30 min 0,81

25 min/30 min 0,91


30 min/1 h 0,74

1 h/24 h 0,42
6 h/24 h 0,72
8 h/24 h 0,78

10 h/24 h 0,82
12 h/24 h 0,85

24h/ 1 dia 1,14

Fonte: Cetesb (1986)


41

3.3 Definição de Local e Demanda Necessária

O local onde foi aplicado o presente estudo é uma escola municipal do


tipo externato, com 379 pessoas localizada na rua Gervásio Esteves de Aguiar, no
centro da cidade de Praia Grande. Para o caso em questão, o consumo mensal de
água adotado para realização dos cálculos foi de 73m³, conforme as faturas mensais
emitidas pela CASAN.
A área considerada útil do ponto de vista de captação da água da chuva
para esta escola é de 646,86m².
Considerou-se que a água da chuva armazenada no reservatório será
utilizada para descargas de sanitários e limpezas de pisos e calçadas.

3.4 Vazão de Projeto

No dimensionamento pluvial da cobertura da escola Parque Avenida, a


área de alguns planos do telhado foi dividida em duas partes. A vazão de projeto
divide-se em duas calhas e conseqüentemente em dois ou mais condutores
verticais, fazendo com que a seção da calha e o diâmetro dos condutores fiquem
com dimensões menores. As indicações dos planos de telhados estão
representadas no anexo.

3.5 Dimensionamento das Calhas

A inclinação mínima para calhas e platibandas exigidas pela NBR


10844/98 é de 0,5%. Estimando as dimensões da calha em 10x12cm.
42

Figura 10 – Desenho esquemático das dimensões da calha


Fonte: NBR 10844, (1989, p. 5)

3.5.1 Determinação do Raio Hidráulico

[Eq.7]

3.5.2 Determinação da Área da Seção Molhada da Calha

[Eq.8]

3.5.3 Vazão da Calha

O cálculo da vazão em que a calha adotada suporta faz-se através da


equação de Manning descrita abaixo:

[Eq.2]
43

Onde:

Valor da constante K = 60.000


O coeficiente de rugosidade é obtido através da tabela 2, considerando metal não
ferroso, n = 0,011.
Declividade da calha, I = 0,5%

3.6 Dimensionamento dos Condutores Verticais

Para o dimensionamento dos condutores verticais foi utilizado o ábaco da


NBR 10844/89, para calhas com saída em aresta viva. Este gráfico leva em
consideração os valores descritos abaixo.
Q = vazão do projeto, em litros/min
H = altura da lâmina d água da calha, em mm
L = comprimento do condutor vertical, em m

3.7 Dimensionamento dos Condutores Horizontais

Para o dimensionamento dos condutores horizontais foi utilizada a tabela


5 da NBR 10844/89, levando em consideração os valores descritos abaixo.

Declividade uniforme com valor mínimo de 0,5%;


O coeficiente de rugosidade, n = 0,011;
Vazão do projeto, em litros/min.
44

3.8 Avaliação da Área de Captação

Segundo GUZZATI (1999), considera-se que 70% das águas pluviais


podem ser armazenadas no reservatório. Este valor está diretamente relacionado
com as condições de coleta e direcionamento da água da chuva até o mesmo.
Considerando-se, portanto, que 70% da água da chuva será armazenada
no reservatório, a precipitação média anual, a demanda necessária, e ainda,
assumindo-se que A é a área necessária para a coleta da chuva, obtém-se:

[Eq.9]

Onde:

P= Precipitação média anual (m)

A= Área de captação (m²)

C= Consumo anual (m³/ano)

3.9 Dimensionamento do Reservatório para Água Pluvial

De acordo com Silva (1988 apud PEREIRA, 2003, p.32) o


dimensionamento do reservatório deve ser feito com base em estudos estatísticos
dos períodos de secas na região em estudo e no consumo total da propriedade.
Silva (1988 apud PEREIRA, 2003, p.32) ainda recomenda acrescentar
10% no volume para compensar eventuais perdas de água.
Segundo Oliveira (2000 apud PEREIRA, 2003, p.27), considera-se dias
sem chuva, quando ocorrerem valores de precipitação abaixo de 1mm.
Através da equação abaixo se dimensiona o volume total de água
necessário para o período de dias secos.
45

[Eq.10]
Onde:
V = Volume de água necessário (m³ )
D = Demanda (m³ /dia)
U = Período de dias secos (dias)
Devido à perda já descontada no calculo da área mínima, considerando
que apenas 70% das águas pluviais são armazenadas no reservatório, não há
necessidade de acrescentar 10% para eventuais perdas.

4 RESULTADOS

4.1 Levantamento de Dados Climatológicos

Tabela 10 – Número máximo de dias consecutivos sem chuvas no ano em


ordem decrescente.

Dias Dias
consecutivos sem consecutivos sem
Ano chuva Ano chuva
1988 25 1994 15
2008 23 1998 15
1978 22 2004 15
1980 21 2006 15
1981 21 1977 14
1995 20 1990 15
1996 19 1989 13
1985 18 2002 13
1986 18 1987 12
1992 18 1993 12
1982 17 2009 12
1984 17 2000 11
2003 17 2001 10
1983 16 2007 10
1991 16 1997 9
2005 16 1999 9
1979 15 2010 9
Fonte: EPAGRI – Urussanga/SC
46

4.2 Estudo Estatístico

Como a Epagri não possui os dados estatísticos referentes as chuvas de


Praia Grande foi necessário calcular todos os parâmetros para a realização do
estudo.
Tendo então a média e o desvio padrão dos valores de chuva
observados, o período de observação da estação e utilizando os parâmetros
fornecidos pela tabela8 aplicou-se o método da distribuição de Gumbel, chegou-se
aos resultados das chuvas diárias com diferentes períodos de retorno, descritos na
tabela11.

S
XT x (Y Yn )
Sn

1
y ln ln 1
T

Onde:

Média= 106,94

Desvio Padrão= 32,50

N= 32

Yn= 0,538

Sn= 1,1193

Tabela 11 - Chuvas diárias com diferentes períodos de retorno

T y XT
2 0,3665 101,96
5 1,4999 134,88
10 2,2504 156,67
15 2,6738 168,96
20 2,9702 177,57
25 3,1985 184,20
50 3,9019 204,63
100 4,6001 224,91
Fonte: Próprio autor
47

Para obtenção da altura de chuva estimada com base nas relações entre
durações demonstrados na tabela12 foi utilizado os parâmetros estabelecido para
todo o Brasil pela Cetesb (1986) descritos na tabela9.

Tabela 12 - Altura de chuva (mm) estimada com base nas relações entre
durações
T 2 5 10 15 20 25 50 100
y 0,3665 1,4999 2,2504 2,6738 2,9702 3,1985 3,9019 4,6001
1dia 101,96 134,88 156,67 168,96 177,57 184,20 204,63 224,91
24h 116,24 153,76 178,60 192,62 202,43 209,99 233,28 256,39
2h 61,07 80,79 93,84 101,21 106,37 110,34 122,57 134,72
1,5 h 55,77 73,78 85,70 92,42 97,13 100,76 111,93 123,02
1h 48,82 64,58 75,01 80,90 85,02 88,20 97,98 107,68
45min 43,33 57,32 66,58 71,81 75,47 78,29 86,97 95,58
30min 36,13 47,79 55,51 59,87 62,92 65,27 72,50 79,69
25min 32,87 35,36 41,08 44,30 46,56 48,30 53,65 58,97
20min 29,26 38,71 44,96 48,49 50,96 52,86 58,73 64,55
15min 25,29 33,45 38,86 41,91 44,04 45,69 50,75 55,78
10min 19,51 25,81 29,98 32,33 33,97 35,24 39,15 43,03
5min 12,28 16,25 18,87 20,35 21,39 22,19 24,65 27,09
Fonte: Próprio autor

A intensidade da chuva observada foi obtida dividindo-se a altura da


chuva (tabela12) pelo tempo de duração e multiplicando este valor por 60 chegando
assim aos valores descritos na tabela13.

Tabela 13 - Intensidade da chuva observada em (mm/hora)


Duração Período de retorno(T) (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 147,39 194,97 226,48 244,25 256,70 266,28 295,81 325,12
10 117,05 154,83 179,85 193,96 203,85 211,46 234,91 258,18
15 101,15 133,81 155,43 167,62 176,16 182,74 203,01 223,12
20 87,79 116,12 134,89 145,47 152,89 158,59 176,18 193,64
30 72,25 95,58 111,02 119,73 125,83 130,53 145,01 159,37
45 57,78 76,43 88,78 95,75 100,62 104,38 115,96 127,45
60 48,82 64,58 75,01 80,90 85,02 88,20 97,98 107,68
90 37,18 49,18 57,13 61,62 64,75 67,17 74,62 82,02
120 30,54 40,40 46,92 50,60 53,18 55,17 61,29 67,36
Fonte: Próprio autor
48

Para uma melhor precisão de valores foi também calculado a intensidade


da chuva utilizando a equação 11 de chuva intensa descrita abaixo.

[Eq.11]

Em que:
i = intensidade da chuva (mm/h)
T = período de retorno (2 a 100 anos)
t = duração da chuva (5 a 120 min)

Com a utilização deste método chegou-se aos valores de intensidade de


chuva descritos na tabela14.

Tabela 14 - Intensidade da chuva calculada em (mm/hora)


Duração Período de retorno(T) (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 164,03 193,76 219,78 236,58 249,28 259,60 294,46 333,99
10 132,30 156,27 177,25 190,81 201,05 209,37 237,49 269,37
15 112,33 132,69 150,50 162,01 170,71 177,77 201,64 228,71
20 98,43 116,27 131,88 141,96 149,58 155,77 176,69 200,41
30 80,09 94,60 107,30 115,51 121,71 126,75 143,77 163,07
45 63,90 75,48 85,61 92,16 97,11 101,13 114,70 130,10
60 53,92 63,69 72,24 77,77 81,94 85,34 96,79 109,79
90 42,01 49,62 56,28 60,59 63,84 66,48 75,41 85,53
120 34,99 41,33 46,88 50,46 53,17 55,37 62,81 71,24
Fonte: Próprio autor

Após a realização dos cálculos de precipitação pode-se observar que,


quanto maior a duração da chuva, menor é a sua intensidade. Também pode ser
observado que quanto maior são os valores de intensidade menos frequentes se
tornam. Estas relações podem ser traduzidas por curvas de intensidade-duração
com determinada frequência, conforme demonstrados na figura11.
49

T= 2 anos T = 5 anos T= 10 anos T = 15 anos


T = 20 anos T = 25 anos T = 50 anos T = 100 anos
360,0
340,0
320,0
300,0
280,0
260,0
240,0
intensidade (mm/h)

220,0
200,0
180,0
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
duração (min)

Figura 11 - Relação intencidade-duração-frequência de chuva


Fonte:Próprio autor.

4.3 Consumo Diário

O consumo diário foi calculado através da equação abaixo para ser


realizada a comparação com o real consumo da escola fornecido pela CASAN.
Para os realização dos cálculos foi utilizado o total de pessoas que
utilizam a escola diariamente, 379 pessoas e o consumo diário de 50 litro por pessoa
por dia, conforme tabela6. Desta forma obteve-se o seguinte valor:
50

Através deste método chegou-se a um consumo diário de quase 19m³/dia.


No entanto analisando as faturas mensais emitidas pela CASAN, tabela15, nota-se
que o consumo total máximo não passa de 3m³/dia.

Tabela 15 - Consumo anual de água da escola E.R.M. Parque Avenida


Mês/Ano Consumo não potável Consumo potável
jan/09 10 10
fev/09 21 10
mar/09 55 11
abr/09 66 19
mai/09 49 12
jun/09 28 17
jul/09 17 10
ago/09 14 10
set/09 23 12
out/09 16 10
nov/09 31 12
dez/09 31 10
jan/10 10 10
Total 371 153
Média 28,54 11,77
Fonte: CASAN

Nesta escola há dois hidrômetros pois a água utilizada nos banheiros e


para outros fins não potáveis, está separada da água utilizada para fins potáveis,
pois a água utilizada para fins não potáveis era a água de um poço artesiano, que
após uma enchente acabou sendo desativado visto que o mesmo foi soterrado pela
lama.
Diante disto, para a elaboração dos cálculos para o consumo diário foi
utilizado como base os dados do mês de Abril de 2009 onde tivemos um consumo
de água para fins não potáveis de 66m³ (sessenta e seis metros cúbicos), que foi o
maior consumo em um ano.

4.4 Área de Captação

A área de captação utilizada para compor o sistema será o telhado do


edifício escolar e do ginásio de esportes.
51

Figura 12 - Desenho esquemático das dimensões da cobertura


Fonte: NBR 10844, (1989, p. 5)

4.4.1Cálculo da Área de Cobertura da Edificação Escolar

4.4.2 Cálculo da Área de Cobertura do Ginásio de Esportes


52

4.4.3 Área Total de Cobertura

Como a fórmula que foi utilizada neste caso, considera apenas coberturas
com uma água, e as coberturas que foram utilizadas para capitação de água são
formadas por duas águas, então para facilitar os cálculos foi calculada a área de
uma das águas da cobertura e multiplicado por dois, obtendo desta forma a área
total de captação de cada cobertura.

4.5 Vazão de Projeto

4.6 Dimensionamento das Calhas

Como o ginásio de esporte já possui as calhas, os condutores verticais e


os horizontais, foi dimensionado então apenas o sistema para a edificação das salas
de aula.
53

4.6.1 Determinação do Raio Hidráulico

4.6.2 Determinação da Área da Seção Molhada da Calha

Após varias tentativas para obtenção das dimensões que suprissem as


necessidade da vazão e ao mesmo tempo não estive-se super dimensionada para
não elevar o custo, chegou-se aos seguintes valores:
a = 10cm
b=12cm
54

Na

Figura 13 - Desenho esquemático das dimensões da calha


Fonte: Próprio Autor

4.6.3 Vazão da Calha

Como a vazão de projeto é menor que a vazão suportada pela calha, não
há perigo de extravasamento. A seção da calha será a mesma para todos os planos
de telhado.

4.7 Dimensionamento dos Condutores Verticais

De acordo com a figura 3, o diâmetro dos condutores verticais á ser


utilizado é de 75mm.

Adotando H= 100mm, seguem os cálculos na tabela abaixo.


55

Tabela 16 – Dimensionamento dos condutores verticais


CV L (m) Q(l/min) D(mm) L (m)
1 2,59 258,56 75 5,29
2 2,59 258,56 75 5,29
3 2,59 258,56 75 5,29
4 2,59 258,56 75 5,29
Fonte: Próprio autor

4.8 Dimensionamento dos Condutores Horizontais

Para o dimensionamento dos condutores horizontais foi utilizada a tabela


4 da NBR 10844/89, levando em consideração os valores descritos abaixo.
Coeficiente de rugosidade, n = 0,011;
Vazão do projeto, em litros/min.
Tabela 17 - Dimensionamento dos condutores horizontais
CH Q (l/min) I (%) D (mm) L (m)
1 258,56 1 100 8,36
2 258,56 1 100 8,36
3 517,12 1 125 27,02
4 1047,80 2 150 1,10
5 1564,90 1 200 0,60
6 258,56 4 75 0,53
7 258,56 4 75 0,53
8 258,56 4 75 0,53
9 258,56 4 75 0,53
Fonte: Próprio Autor

4.9 Avaliação da Área de Captação

Para obtenção do consumo anual foi utilizado o valor do mês de maior


consumo (66m³), multiplicando este valor por dose meses, chegou-se assim ao
consumo anual de 792m³ (setecentos e noventa e dois metros cúbicos).
De acordo com Guzzati (1999, p.23) considera-se um coeficiente de 70%
56

para armazenamento das águas no reservatório. Devido a eventuais perdas durante


seu trajeto.

Portanto a área construída de (646m²) é superior a área mínima exigida.

4.10 Dimensionamento do Reservatório para Água Pluvial

A água armazenada no reservatório será utilizada para descargas de


sanitários e limpezas de pisos em geral da escola. De acordo com dados
pesquisados o consumo para estes serviços nesta escola é de 2200 litros por dia o
equivalente a 792m³ anuais.
A área de contribuição da escola para captação de água pluvial é de
646m² .
Através da equação abaixo dimensiona-se o volume total de água
necessário para o período de dias secos.
57

Devido à perda já descontada no calculo da área mínima, considerando


que apenas 70% das águas pluviais são armazenadas no reservatório, não há
necessidade de acrescentar 10% para eventuais perdas.
Como o reservatório superior que será utilizado é de 1.000litros, que a
escola já possui, então para suprir a necessidade volumétrica calculada, serão
utilizadas 6 (seis) cisternas enterradas de polietileno de 10.000 litros cada,
resultando assim em um volume de armazenamento de 61,00m³.
Cisterna
Características:
Diâmetro 2,35m
Altura 2,55m
Volume 10.000 litros

Figura 14 - Cisterna enterrável de polietileno


Fonte: polietilenohttp://www.ecoracional.com.br/Categoria/Equipamentos-Avulsos

4.11 Quantificação e Orçamento dos Materiais do Sistema

Após terem sido realizados todos os cálculos de dimensionamento,


realizou-se uma pesquisa de preços nos comércios da região para obtenção dos
58

valores das peças que compõem o sistema, chegando-se assim ao custo total do
sistema demonstrado na tabela18.
Para elaboração deste estudo considerou-se que a mão-de-obra utilizada
será a da equipe de obras da prefeitura, por isso não foi utilizada nos cálculos.

Tabela 18 - Custo do sistema de capação e armazenamento


MATERIAL QUANTIDADE VALOR UNIT.(R$) VALOR TOTAL (R$)
CISTERNA 6 (un) 4.482,00 26.892,00
TUBO DE PVC 75mm 16,00(m) 5,40 86,40
TUBO DE PVC 100mm 16,72(m) 5,75 96,14
TUBO DE PVC 125mm 27,02(m) 9,50 256,69
TUBO DE PVC 150mm 1,10(m) 14,50 15,95
TUBO DE PVC 200mm 0,59(m) 26,00 15,34
CURVA PVC 75mm 10 (un) 7,30 73,00
TUBO PVC 25mm 20,00(m) 1,50 30,00
CURVA PVC 25mm 6(un) 0,30 1,80
BOMBA D`ÁGUA 3/4 1(un) 330,00 330,00
BOIA ELÉTRICA 2(un) 21,60 43,20
CALHA DE ALUMÍNIO 58,80(m) 20,00 1.176,00
FIO 2,5mm 55,30(m) 0,66 36,50
TOTAL 29.053,02
Fonte: Comércios da região
59

100

90
CISTERNA
80 TUBO DE PVC 75mm
CONTRIBUIÇÃO NO CUSTO FINAL (%)

TUBO DE PVC 100mm


70
TUBO DE PVC 125mm

60 TUBO DE PVC 150mm


TUBO DE PVC 200mm
50
CURVA PVC 75mm

40 TUBO PVC 25mm


CURVA PVC 25mm
30
BOMBA D`ÁGUA 3/4

20 BOIA ELÉTRICA
CALHA DE ALUMÍNIO
10 FIO 2,5mm

0
MATERIAIS

Figura 15 - Gráfico do percentual de contribuição de cada material no custo final do sistema


Fonte: Próprio Autor

4,5 TUBO DE PVC 75mm


4 TUBO DE PVC 100mm

3,5 TUBO DE PVC 125mm


TUBO DE PVC 150mm
3
TUBO DE PVC 200mm
CUSTO (R$)

2,5
CURVA PVC 75mm
2
TUBO PVC 25mm
1,5 CURVA PVC 25mm
1 BOMBA D`ÁGUA 3/4

0,5 BOIA ELÉTRICA


CALHA DE ALUMÍNIO
0
MATERIAIS FIO 2,5mm

Figura 16 - Gráfico de contribuição dos materiais excluindo a cisterna


Fonte: Próprio Autor

Visto que o estudo para implantação do sistema de aproveitamento de


água da chuva para fins não potáveis na Escola Reunida Municipal Parque Avenida
60

mostrou ser viável tecnicamente a implantação do mesmo, passou-se então a ser


feito a análise de viabilidade econômica.
Conforme pode ser observado na tabela 15 o consumo médio mensal de
água potável para fins não potáveis da escola, é de 28,54m³, o que conforme
faturamento da CASAN gera um gasto médio anual, sem considerar reajustes
tributários, de R$ 1.974,36. Como pode ser observado na tabela 18 o sistema de
aproveitamento de água da chuva teve um custo de implantação de R$ 29.053,02
sendo assim seriam necessários aproximadamente 15 anos para o sistema se
pagar, o que acaba tornando inviável a sua implantação, do ponto de vista
econômico.
Contudo se analisarmos o gráfico da figura 15 podemos perceber que a
cisterna contribui com mais de 90% do custo final de implantação do sistema, desta
forma seria muito interessante realizar um estudo com outros tipos de cisternas.
Neste caso levando em consideração que para realização dos cálculos foi utilizado
aproximadamente 50% da área de telhado existente na escola, e visto que a escola
dispõe de uma grande área de terreno sem utilização, poderia então ser feito a
substituição das cisternas por um açude com maior volume de armazenamento, para
garantir as perdas por infiltração e evaporação. Desta forma o custo de implantação
do sistema provavelmente reduziria consideravelmente.
Também seria interessante estudar outro tipo de calha, pois se
observarmos o gráfico da figura 16 percebemos que ela se destaca
consideravelmente dos demais materiais.
61

5 CONCLUSÃO

O presente estudo mostrou que a utilização de água da chuva é viável


tecnicamente para implantação nesta escola onde a área de captação é superior a
área mínima necessária.
No entanto este mesmo estudo mostrou que com a utilização deste tipo
de cisterna, o sistema se torna inviável economicamente, devido ao alto custo da
mesma e ao longo período que se levaria para obter o retorno financeiro.
Neste trabalho também pode ser feita a comparação entre o consumo
estimado através de tabelas e fórmulas e do consumo real da escola, onde tivemos
valores bem distintos. Neste caso se adotássemos os valares estimados para o
consumo de água na escola, o custo de implantação do sistema de aproveitamento
de água da chuva seria muito mais elevado.
A utilização da água da chuva é uma alternativa viável tecnicamente para
diversas situações, porém requer estudos complementares com relação às questões
de qualidade da água e tratamento necessário. Também seria interessante realizar
estudos com a utilização de diferentes tipos de cisternas mostrando qual seria mais
viável economicamente.

Através deste estudo mostrou-se que o aproveitamento de água da chuva


é uma alternativa viável tecnicamente e ambientalmente sustentável. Com tudo não
foi possível viabilizar economicamente, devido ao alto custo das cisternas, porém
utilizando outros métodos de armazenamento da água e com incentivos do poder
público, para adoção deste sistema, como treinamentos, divulgação e redução de
taxas ou impostos para quem quer preservar a natureza, provavelmente este
sistema se tornará também viável economicamente.
62

REFERÊNCIAS

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Instalações prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626: Instalações


prediais de água fria. Rio de Janeiro, 1989.

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técnicas para o uso). Disponível em: www.crea.pr/crea2/assessoria_comunicacao/
reusodaagua. Acesso em: 16 jul. 2008.

BACK, A.J. Chuvas intensas e chuva de projeto de drenagem superficial


noestado de Santa Catarina. Florianópolis: Epagri, 2002. 65p. (Epagri. Boletim
Técnico, 123).

BAPTISTA, Márcio; LARA, Márcia. Fundamentos de Engenharia Hidráulica.


Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. 437 p.

BORGES, Ruth Silveira; BORGES, Wellington Luíz. Instalações Prediais


Hidráulico-Sanitárias e de Gás. São Paulo: Editora Pini, 1992. 545 p.

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pluviais- 100 maneiras práticas. 1 ed. Paraná: Livraria do Chain Editora, 2002.
167p.

GARCES, LUCAS NOGUEIRA. Elementos de engenharia hidráulica e sanitária.


2.ed.São Paulo: Edgard Blücher, 1974, 5 reimpressão. 355 p.

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Manejo de Água de Chuva. Landzou, agost. 2004. Disponível em:
http://www.abcmac.org.br/downloads.htm. Acesso em: 11 out. 2005.
63

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Edificações. Rio de Janeiro, ABES, 2006. 352p.

GROUP RAINDROPS. Aproveitamento de água da chuva. Curitiba, PR:


Torre de Papel, 2002.

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ANEXOS

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