27 Condutores e Linhas Elétricas
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Seção nominal determina a aplicação mais indicada para fios, cabos e cabos flexíveis
A escolha por fios, cabos ou cabos flexíveis depende do projetista ou instalador. Numa residência,
por exemplo, um fio, um cabo ou um cabo flexível de seção nominal 2,5 mm² terão exatamente a
mesma transmissão de corrente elétrica - a única diferença entre eles é a flexibilidade. É mais fácil,
por exemplo, instalar um cabo flexível do que um fio, já que o cabo é mais maleável e reduz o risco
de danificar a isolação na hora de passar pelos conduítes.
Os fios têm seções nominais menores e, portanto, são usados em circuitos com correntes elétricas
limitadas, como tomadas e sistemas de iluminação. Na indústria, por exemplo, usam-se normalmente
cabos e cabos flexíveis, que têm seções nominais maiores e mais adequadas ao consumo de máqui-
nas do setor de produção.
Fios
Cabos
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Cabos Flexíveis
1,5 mm²
Circuitos de iluminação residencial simples.
2,5 mm²
Circuitos de iluminação e circuitos de tomadas simples (eletrodomésticos em geral).
4 mm²
Circuitos de tomadas simples, de torneiras e chuveiros elétricos e de aparelhos de ar-condicionado
de pequeno porte.
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6 mm²
Circuitos de torneiras e chuveiros elétricos e de aparelhos de ar-condicionado de pequeno porte.
10 mm²
Quadro de entrada de energia elétrica residencial.
16 mm²
Motobomba para piscinas e condomínios.
25 mm²
Forno elétrico de padaria.
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35 mm²
Quadro de entrada de energia elétrica em prédios de até três andares.
50 mm²
Máquinas industriais de grande porte.
A partir de 70 mm²
Quadro de entrada de energia de prédios altos.
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1. Materiais Condutores
Denomina-se condutor a todo material que permite a passagem da corrente elétrica com grande facili-
dade, quando está submetido a uma diferença de potencial elétrico.
Na atualidade, usamos em média seis vezes mais eletricidade da que usávamos há 25 anos, o que
exige que o cabeamento elétrico de nossos lares se encontre em ótimas condições, para evitar falhas
e sobrecargas que possam provocar incêndios e lesões físicas.
O cobre é eletricamente eficiente no uso da energia, porque a eletricidade que flui por meio dos fios
de cobre encontra muito menos resistência que a que encontraria em fios de alumínio ou aço de igual
diâmetro. Além disto, o cobre é melhor condutor elétrico que qualquer outro metal não precioso, so-
mente superado pela prata.
O cobre caracteriza-se por apresentar uma grande capacidade de condução de corrente. Isto quer
dizer que um cabo de cobre é menor que um de alumínio, considerando o mesmo índice de resistên-
cia.
Um exemplo disto é comparar um condutor de alumínio e outro de cobre de uma mesma seção; este
último tem uma capacidade 28% superior ao do primeiro. Igualmente, as perdas por Efeito Joule são
58% menor em relação ao alumínio.
Os condutores de cobre garantem a supressão de prováveis falhas causadas por maus contatos de-
vido ao óxido que se forma no condutor, como o que poderia ocorrer ao alumínio. Além disso, este
tipo de condutores dão uma maior facilidade no uso de soldas nos terminais e emendas.
É por isto que o cobre ganhou a posição de melhor condutor elétrico. Caracteriza-se pela sua eficiên-
cia para a fabricação de fios e cabos elétricos, no âmbito comercial e industrial.
Durante uma instalação ou qualquer tipo de trabalho, os condutores sofrem inevitáveis dobramentos;
quanto a isto os condutores de cobre são mais resistentes.
É uma grande vantagem para eles já que podem dobrar e passar com mais facilidade pelos condutos
sem medo de que se quebrem.
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Um cabo de cobre é flexível, por isso requer menos esforço para dobrá-lo e manipulá-lo durante uma
instalação. Seu diâmetro é menor que o de um cabo de alumínio, portanto sua isolação, blindagem e
coberturas são menores.
Além disso, os cabos de cobre são menos volumosos, o que faz com que seu transporte e instalação
(mesmo que seja em um espaço limitado) sejam mais fáceis.
O cabo de cobre tem como virtude que sua vida útil é muito mais longa que outros tipos de cabos.
Por isto, a longo prazo, comprar um cabo de cobre é mais econômico que de outro tipo, já que os ca-
bos em alumínio corroem facilmente.
Apesar do alumínio ser mais barato que o cobre, seu ciclo de vida (incluindo custo de instalação, ma-
nutenção, materiais e reparos) é bastante menor que o cobre, pois o serviço deste último é muito
mais duradouro.
Alumínio: É um metal que apresenta uma pequena resistência mecânica e grande ductibilidade e
maleabilidade.
Prata: É o melhor condutor de eletricidade; tem uma condutividade relativa superior ao do cobre. É
muito maleável e dúctil.
Denomina-se condutor elétrico a todo corpo que é capaz de conduzir ou transmitir a eletricidade.
Os materiais mais usados para a fabricação de condutores elétricos são o cobre e o alumínio. Ainda
que ambos os metais tenham uma condutividade elétrica excelente, o cobre constitui o elemento prin-
cipal na fabricação de condutores pelas suas notáveis vantagens mecânicas e elétricas.
Os condutores elétricos podem ser sólidos (fios), ou flexíveis, formados por vários fios finos encordoa-
dos.
A alma é fabricada em cobre e seu objetivo é servir de caminho para a energia elétrica desde suas
centrais geradoras para os centros de distribuição (subestações e redes de distribuição), para alimen-
tar aos diferentes centros de consumo (instalações industriais, comerciais, residenciais, etc.).
A Isolação
O objetivo do material isolante em um condutor é evitar que a energia elétrica que circula nele entre
em contato com as pessoas ou com objetos. Do mesmo modo, a isolação deve evitar que condutores
em diferentes potenciais elétricos possam fazer contato entre si.
Os diferentes tipos de isolações dos condutores se diferenciam por seu comportamento técnico e me-
cânico, considerando o meio ambiente, a linha elétrica que se usará, a resistência aos agentes quími-
cos, aos raios solares, à umidade, à alta temperatura, chamas, etc. Entre os materiais empregados
para a isolação dos condutores, podemos mencionar o cloreto de polivinila (PVC), o polietileno (PE),
a borracha EPR, o neoprene e o náilon.
As Coberturas
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O objetivo fundamental das coberturas é proteger a integridade da isolação e da alma condutora con-
tra danos mecânicos, tais como atritos, golpes, etc.
Normalmente, as coberturas são feitas em material polimérico. No entanto, quando as proteções me-
cânicas são de aço, latão ou outro material resistente, estas se denominam armaduras. A armadura
pode ser de fita, fio ou malha.
Os condutores também podem ser dotados de uma proteção de tipo metálico formado por fitas de
alumínio ou cobre. Em caso da proteção, em vez de fita, ser constituída por fios de cobre, se denomi-
nam blindagem.
Fio (sólido): A alma condutora está formada por um só elemento ou fio condutor.
Cabo: A alma condutora está formada por uma série de fios condutores; isto faz com que seja flexí-
vel.
Unipolar: É o condutor elétrico que tem uma só alma condutora com isolação e com ou sem cober-
tura.
Multipolar: É o condutor elétrico que tem duas ou mais almas condutoras , envolvidas cada uma com
sua respectiva isolação e com uma cobertura comum.
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Dependendo do tipo de uso, os condutores elétricos são empregados para transportar energia elé-
trica em média e baixa tensão. A escolha do tipo de condutor está em função das características do
meio na qual a instalação prestará seus serviços.
Condutor de cobre eletrolítico mole, sólido ou flexível; com isolação de cloreto de polivinila (PVC), po-
dem operar até 70 °C e sua tensão de serviço é 450/750 V.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e industriais, etc.
em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos fechados.
Cabo unipolar ou multipolar com condutores de cobre eletrolítico recozido flexível, isolados em PVC,
e cobertura em PVC. Operam em uma tensão de serviço de 0,6/1 kV.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e industriais, etc.
em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos abertos e fechados.
Temperatura de serviço = 70º C
Cabo unipolar ou multipolar com condutores de cobre eletrolítico recozido flexível, isolados em EPR,
e cobertura em PVC. Operam em uma tensão de serviço de 0,6/1 kV.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e industriais, etc.
em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos abertos e fechados.
Temperatura de serviço = 90º C
Condutor de cobre eletrolítico mole, sólido ou flexível; com isolação em material não halogenado po-
dem operar até 70 °C e sua tensão de serviço é 450/750 V.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e industriais, etc.
em circuitos de distribuição e em circuitos terminais, especialmente em locais de afluência de público.
Emitem baixa quantidade de fumaça, não emitem gases tóxicos e corrosivos. Instalação em condutos
fechados.
Cabo unipolar ou multipolar com condutores de cobre eletrolítico recozido flexível, isolados em EPR e
cobertura em material não halogenado. Operam em uma tensão de serviço de 0,6/1 kV.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e industriais, etc.
em circuitos de distribuição e em circuitos terminais, especialmente em locais de afluência de público.
Emitem baixa quantidade de fumaça, não emitem gases tóxicos e corrosivos. Instalação em condutos
fechados e abertos.
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Os condutores elétricos identificam-se de acordo com sua seção nominal, que é expressa em mm2:
0,5; 0,75; 1; 1,5; 2,5; 4; 6; 10; 16; 25; 35; 50; 70; 95; 120; 150; 185; 240; 300; 400; 500; 630; 800;
1000.
O tema linhas elétricas ocupa uma posição de destaque nas normas técnicas e é, sem dúvida, um
item de extrema relevância no projeto, na instalação e na manutenção das instalações elétricas, se-
jam de baixa ou de média tensão.
Conforme a norma ABNT NBR IEC 60050 (826), de 1997, Vocabulário eletrotécnico brasileiro, capí-
tulo 826, Instalações elétricas em edificações, “linha elétrica é o conjunto constituído por um ou mais
condutores, com os elementos de sua fixação e suporte, se for o caso, de proteção mecânica, desti-
nado a transportar energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos”.
Normalização técnica
No caso de instalações elétricas de baixa tensão (até 1.000 V em corrente alternada), as linhas elétri-
cas são tratadas na norma ABNT NBR 5410:2004 em 6.1.5.2. Com relação às instalações de média
tensão (acima de 1.000 V e até 36,2 kV inclusive), as linhas elétricas são consideradas em 6.2 da
norma ABNT NBR 14039:2003.
Enquanto a NBR 5410 traz, na Tabela 33, a indicação de 49 tipos diferentes de linhas elétricas, a
NBR 14039 abrange nove tipos de linhas elétricas na Tabela 25.
A regra para a instalação dos condutores nas linhas elétricas contida na NBR 5410 é que os conduto-
res providos unicamente de isolação (condutores isolados) devam ser instalados dentro de condutos
fechados, ao passo que cabos que possuem cobertura (cabos unipolares e multipolares) podem ser
utilizados em condutos abertos, condutos fechados, diretamente fixados, etc.
São exemplos de condutos fechados os eletrodutos (metálicos ou não metálicos, lisos ou corrugados,
rígidos ou flexíveis), as eletrocalhas (perfil em “U” com tampa, liso ou perfurado), os perfilados com
tampa, as canaletas com tampas, etc.
São exemplos de condutos abertos as bandejas (perfil em “U” sem tampa, liso ou perfurado), os leitos
(escadas para cabos), as prateleiras, as eletrocalhas aramadas, os perfilados sem tampa, etc.
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A NBR 14039 trata da instalação de cabos unipolares e cabos multipolares nas maneiras mais usuais
utilizadas em média tensão, a saber: cabos ao ar livre (bandejas, leitos, suportes, prateleiras), cabos
em eletrodutos aparentes e cabos no solo (banco de dutos, eletrodutos diretamente enterrados, ca-
bos diretamente enterrados, canaletas fechadas).
Especificação de condutores
Baixa tensão
Quanto à especificação dos condutores, a norma de baixa tensão considera, no item 6.2.3, os condu-
tores com isolação em PVC, EPR, XLPE e os condutores livres de halogênio e com baixa emissão de
fumaça, conforme segue:
– cabos unipolares e multipolares com isolação de PVC: conforme a NBR 7288 ou a NBR 8661;
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– condutores isolados com isolação de PVC, não-propagantes de chama: conforme a NBR NM 247-3;
Na prática, os catálogos dos fabricantes mencionam as normas que os seus produtos atendem. Além
disso, o número da norma do produto deve ser gravado sobre a isolação (condutores isolados/cabos
unipolares) e sobre a cobertura (cabos multipolares) dos produtos, facilitando a especificação e a ins-
peção dos cabos a serem utilizados nas instalações elétricas.
Média tensão
Em relação à especificação dos condutores, a norma de média tensão prescreve, em 6.2.3, que os
condutores com isolação em PVC, EPR e XLPE devem atender às prescrições da NBR 6251.
Note que, embora a NBR 14039 indique em algumas situações o uso de cabos de média tensão uni-
polares e cabos de média tensão multipolares não-propagantes de chama, livres de halogênio e com
baixa emissão de fumaça e gases tóxicos, não há nenhuma referência a qual norma estes produtos
devem atender. No caso de ser necessário utilizar estes cabos, deve-se consultar o fabricante para
entendimentos em relação a qual norma/especificação o produto deverá atender.
Em particular, a norma destaca que, nos locais AD8 (submersão), independentemente do tipo de
cabo, é obrigatório o emprego de condutores com construção bloqueada, visando impedir a propaga-
ção longitudinal de água pelo cabo.
Atenção deve ser dada ao requisito de que, nas instalações com tensão nominal superior a 3,6/6 kV,
não é permitido o emprego de cabos com isolação em PVC ou em polietileno termoplástico (PE).
Influências externas
Seja em baixa, seja em média tensão, um fator fundamental a ser considerado no projeto e na insta-
lação refere-se às influências externas a que as linhas elétricas estão submetidas ao longo de sua
existência. Tanto na baixa quanto na média tensão, as influências estão divididas em três categorias:
condições ambientais, utilizações e construções das edificações.
Baixa tensão
As condições de influências externas estão indicadas na Tabela 34 e os casos mais críticos são os
seguintes:
Média tensão
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As condições de influências externas estão indicadas na Tabela 24 e os casos mais críticos são os
seguintes:
– ABNT NBR 14039:2003 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 a 36,2 kV;
– ABNT NBR 7286:2001 – Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etileno-propileno
(EPR) para tensões de 1 kV a 35 kV – Requisitos de desempenho;
– ABNT NBR 7287:1992 – Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno reticulado
(XLPE) para tensões de isolamento de 1 kV a 35 kV – Especifica
ção;
– ABNT NBR 7288:1994 – Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila
(PVC) ou polietileno (PE) para tensões de 1 kV a 6 kV – Especificação;
– ABNT NBR 8661:1997 – Cabos de formato plano com isolação extrudada de cloreto de polivinila
(PVC) para tensão até 750 V – Especificação;
– ABNT NBR NM 247-3:2002 – Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais
até 450/750 V, inclusive – Parte 3: Condutores isolados (sem cobertura) para instalações fixas (IEC
60227-3,MOD);
– ABNT NBR 13248:2000 – Cabos de potência e controle e condutores isolados sem cobertura, com
isolação extrudada e com baixa emissão de fumaça para tensões até 1 kV – Requisitos de desempe-
nho;
– ABNT NBR 6251:2006 – Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35 kV
– Requisitos construtivos.
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