BIO AP ECOLOGIA Ciclos Biogeoquímicos

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Biologia

Ciclos
Biogeoquímicos
Ecologia
SUMÁRIO
Ciclos Biogeoquímicos 03

Ciclo da Água 03

Ciclo do Carbono 04

Ciclo do Oxigênio 05

Ciclo do Nitrogênio 06

Ciclo do Fósforo 07
Ciclos
Biogeoquímicos
Todos os seres vivos são compostos principalmente por quatro elementos: oxigênio,
carbono, hidrogênio e nitrogênio. Esses elementos são os blocos de construção de toda
matéria viva.

Como disse Lavoisier, “Na natureza, nada se cria, nada se destrói, mas tudo se transforma”.
Durante as transformações na biosfera, esses elementos passam do ambiente para os
seres vivos e, depois, retornam ao ambiente, completando ciclos.

Esse movimento contínuo dos elementos é conhecido como ciclo biogeoquímico. Vamos
explorar de perto como esses ciclos funcionam e a importância dos elementos que
compõem a matéria viva.

Ciclo da Água
Cerca de 97% da água que compõe a hidrosfera está presente nos oceanos, enquanto
os 3% restantes constituem a água doce encontrada em lagos, rios, geleiras, no solo, na
atmosfera e nos seres vivos.

Na natureza, a ação dos raios solares provoca a evaporação de parte da água. À medida
que o vapor sobe na atmosfera, ele resfria, se condensa e se precipita na forma de chuva,
neve ou granizo, recompondo a água evaporada de oceanos, geleiras, rios e lagos.

Os seres vivos absorvem água através dos alimentos ou bebendo-a diretamente. Eles
devolvem essa água ao meio ambiente por meio de processos metabólicos, como
respiração, transpiração e excreção. Nos vegetais, a água é devolvida ao ambiente por
transpiração e gutação. Desta forma, o ciclo da água se completa.

O pequeno ciclo da água refere-se à evaporação e precipitação diretamente dos lagos,


rios e oceanos. Em contrapartida, o grande ciclo da água inclui a participação dos seres
vivos, que absorvem e devolvem água ao ambiente.

Alterações no ciclo da água podem modificar os regimes de chuvas nos ecossistemas.


Fenômenos como La Niña e El Niño, por exemplo, causam inundações ou secas em
diferentes regiões do globo terrestre.

Ademais, é fundamental destacar que a água é essencial para a vida e a saúde dos
ecossistemas. A conservação dos recursos hídricos e o manejo sustentável da água são
imperativos para garantir a continuidade do ciclo e a manutenção dos ambientes naturais
e das comunidades humanas.

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Ciclo do Carbono
Presente na estrutura de todas as moléculas orgânicas, o carbono é fundamental para a
vida. As cadeias de carbono são formadas pelos seres autótrofos por meio do processo
de fotossíntese, utilizando o gás carbônico (CO₂) do ambiente. Durante a fotossíntese,
as plantas, algas e algumas bactérias convertem CO₂ e água em glicose e oxigênio,
armazenando energia na forma de moléculas orgânicas.

O carbono circula pela cadeia alimentar na forma dessas moléculas orgânicas formadas
na fotossíntese. Os herbívoros consomem as plantas e, assim, o carbono é transferido
para os animais. Predadores, por sua vez, obtêm carbono ao consumir herbívoros e
outros animais. Quando os organismos respiram, eles liberam CO₂ de volta ao ambiente.
Além disso, a decomposição dos corpos dos seres vivos após a morte também libera CO₂,
completando o ciclo.

A maior parte do carbono presente na Terra encontra-se em compostos minerais, como


os carbonatos, e em depósitos orgânicos fósseis, como o carvão e o petróleo. Esses
depósitos originaram-se de fósseis de vegetais e de outros organismos que, durante
milhões de anos, permaneceram sob enormes pressões das camadas de terra.

O carbono desses depósitos pode voltar à atmosfera pela erosão, pela combustão de
combustíveis fósseis ou pela atividade vulcânica, processos que fazem parte do ciclo
geológico do carbono. Esse ciclo geológico envolve a dissolução de CO₂ na água, a
formação de sedimentos carbonáticos nos oceanos e sua eventual liberação por vulcões,
sendo muito mais lento do que o ciclo biológico.

Além dos processos naturais, as atividades humanas, como a queima de combustíveis


fósseis e o desmatamento, têm aumentado significativamente a quantidade de CO₂ na
atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e as mudanças climáticas.

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Ciclo do Oxigênio
O oxigênio molecular (O₂) é fundamental para a respiração aeróbica e é o segundo
componente mais abundante da atmosfera, constituindo 21% dela. O ciclo do oxigênio
consiste na passagem de átomos de oxigênio de compostos inorgânicos do ambiente
para substâncias orgânicas dos seres vivos e vice-versa. O principal reservatório de
oxigênio para os seres vivos é a atmosfera, na qual esse elemento se encontra na forma
de O₂ e de CO₂.

O oxigênio pode ser consumido da atmosfera por meio das seguintes formas:

• atividade respiratória de plantas e animais;

• combustão;

• degradação, principalmente pela ação de raios ultravioleta, que formam


ozônio (O₃);

• combinação com metais do solo (especialmente o ferro), formando óxidos


metálicos.

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O oxigênio já teria sido extinto da atmosfera há muito tempo se não fosse o contínuo
reabastecimento promovido pela fotossíntese. As plantas terrestres e o fitoplâncton
marinho, que é considerado o verdadeiro pulmão do mundo, são responsáveis por esse
processo. Durante a fotossíntese, as plantas e o fitoplâncton convertem CO₂ e água em
glicose e oxigênio, liberando O₂ na atmosfera.

Ciclo do Nitrogênio
Sabemos que 78% da nossa atmosfera é formada de nitrogênio na forma de gás, não
podendo ser utilizado pela maioria dos seres vivos. Desta forma, seu aproveitamento só é
possível pela fixação biológica, por meio da qual é convertido em amônia (NH3).

Entre os organismos fixadores de nitrogênio, encontramos as bactérias de vida livre, as


cianobactérias que vivem na água ou no solo e algumas espécies de bactérias do gênero
Rhizobium sp. que vivem em associação com raízes de leguminosas (soja, ervilha, feijão,
amendoim). A amônia também pode ser encontrada em produtos de excreção de muitos
animais.

Além da fixação biológica, o nitrogênio atmosférico pode ser fixado por meio da fixação
física, que consiste na reação do nitrogênio com o oxigênio atmosférico, com a formação
de óxidos de nitrogênio, como ocorre em tempestades com relâmpagos, que ao serem

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hidratados pelo vapor d’água são transformados em nitritos e nitratos que são levados
à terra pela chuva. Também ocorre a fixação do nitrogênio por ação dos fertilizantes,
caracterizando a fixação química.

A amônia liberada pelos fixadores de nitrogênio é transformada por bactérias do gênero


Nitrosomonas e Nitrobacter. Elas realizam a nitrosação (transformação de amônia em
nitrito NO -) e a nitratação (transformação de nitrito em nitrato NO-). A nitrosação e a
nitratação juntas recebem o nome de nitrificação. Essas oxidações liberam energia com a
qual a bactéria fabrica suas cadeias de carbono por meio da quimiossíntese.

Ciclo do Fósforo
Os nitritos e nitratos podem, assim, ser absorvidos e usados pelas plantas na fabricação
de seus aminoácidos e são incorporados pelos animais por meio da cadeia alimentar. A
reciclagem do nitrogênio contido no organismo dos seres vivos ocorre depois de sua morte
ou quando o animal elimina excretas. Nesses casos, as proteínas e os aminoácidos são
atacados por bactérias e fungos e transformados em amônia. Bactérias desnitrificantes
do gênero Pseudomonas sp. decompõem a amônia, os nitratos e nitritos, liberando o
nitrogênio e devolvendo-o para a atmosfera, por meio da desnitrificação.

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O fosforo é um elemento químico que participa estruturalmente de moléculas funda-
mentais do metabolismo celular, como os ácidos nucleicos e ATP. O ciclo do fósforo é mais
simples do que os ciclos do carbono, por exemplo, pois não existem muitos compostos
gasosos de fósforo e, portanto, não há passagem pela atmosfera. Outra razão para a sim-
plicidade é a existência de apenas um composto de fósforo realmente importante para os
seres vivos: o íon fosfato (PO–3). As plantas aproveitam o fosfato da água e do solo e os
animais obtêm fosfatos na água e no alimento. O ciclo do fósforo se divide em geológico
e ecológico.

No ciclo tempo geológico, os processos de decomposição da matéria orgânica devolvem


o fósforo ao solo ou à água. Com a ação das chuvas, haverá um transporte desse fosfato
para os rios, lagos e mares, locais em que esse fosfato acaba se incorporando às rochas.
O fósforo é liberado desses reservatórios por erosão natural e filtração e por meio da
mineração e do uso como adubo pelo homem.

No ciclo de tempo ecológico, uma parte do elemento recicla-se localmente entre o solo,
as plantas, os consumidores e decompositores, em uma escala de tempo relativamente
curta.

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El Monstro: El Niño
está cada vez mais
forte!

Imagens obtidas por satélites da NASA comparam o tamanho e a intensidade dos


fenõmenos El Niño observados em 1997 (à direita) e em 2015 (à esquerda).

O calor está de matar, não é mesmo? Por que será? Os cientistas têm uma explicação: é o
El Niño atacando novamente! Mas o que é o El Niño?

É um fenômeno meteorológico que ocorre a cada dois ou sete anos, resultando no


aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e bagunçando com o clima em
diversas regiões do planeta.

No final do ano passado, pesquisadores da Nasa declararam que, de acordo com as suas
medições, o próximo El Niño seria um dos mais fortes já observados. Esse fenômeno
normalmente persiste durante janeiro, fevereiro e março. Porém, dependendo de sua
intensidade, seus efeitos podem ser observados ao longo de todo o ano, e o que os
pesquisadores preveem para 2016 é um El Niño “monstruoso”.

Se houvesse um pódio para os El Niños mais fortes já observados por seres humanos,
o de 2015-2016 estaria disputando medalhas com os El Niños de 1983-1984 e de 1997-
1998, que foram eventos catastróficos, resultando em secas e inundações em diferentes
partes do planeta. Em comparação com os anos de 1997 e 1998, o El Niño deste ano pode
não ser tão intenso, porém será maior em sua extensão geográfica, o que resultará em
uma grande região oceânica de águas mais quentes.

O atual El Niño já é o responsável pelo aumento de aproximadamente 20 cm do nível


do mar na costa californiana, além de ter causado um aumento na quantidade de

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tempestades no local. Isto ocorre porque, durante a passagem do El Niño, as águas dessa
região tornam-se mais quentes, e a expansão térmica eleva o nível do mar.

Em outras regiões do globo, dentre elas o Brasil, o El Niño causa um efeito contrário: países
tropicais sofrem com uma redução severa na concentração de chuvas, o que também
causa prejuízos sociais e econômicos enormes. Além disso, o ano de 2015 já foi registrado
como o mais quente da história. Em dezembro, o Rio de Janeiro registrou temperaturas
na casa dos 40 ºC, com sensação térmica de 50 ºC.

Para a região oeste dos Estados Unidos, que vem sofrendo com a forte seca dos últimos
meses, as tempestades trazidas pelo fenômeno podem parecer boas notícias. Porém,
muito além das chuvas, as tempestades trazem consigo o medo de que se repita o que
ocorreu no final da década de 1990, quando dezenas de pessoas foram mortas, diversas
plantações foram dizimadas e a grande quantidade de água arrastou casas e derramou
fragmentos de terra.

Como tudo nessa vida, as condições climáticas também precisam estar sob controle para
que danos graves sejam evitados. Esperamos que desta vez o El Niño se comporte e pare
de nos assustar

Fonte: The Hill e Scripps Institution of Oceanography UC San Diego.

Anotações

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