Projeto de Uliana

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE

CAMPUS CURRAIS NOVOS

DIRETORIA ACADÊMICA

CURSO SUPERIOR TECNOLOGIA EM ALIMENTOS

ANÁLISES DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS


DO LEITE BOVINO CRU REFRIGERADO DA USINA LEITEIRA DO
INSTITUTO FEDERAL DA CIDADE DE CURRAIS NOVOS/RN

Camila Jordana de Araujo Souza

CURRAIS NOVOS/RN

2024
CAMILA JORDANA DE ARAUJO SOUZA

ANÁLISES DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS


DO LEITE BOVINO CRU REFRIGERADO DA USINA LEITEIRA DO
INSTITUTO FEDERAL DA CIDADE DE CURRAIS NOVOS/RN

Proposta de pesquisa apresentada à disciplinas de


Tecnologia de Laticínios, do Curso Superior de
Tecnologia de Alimentos, do Campus Currais
Novos, do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Rio Grande do Norte, sob
orientação do Prof. Uliana Karina Lopes de
Medeiros.

CURRAIS NOVOS/RN

2024
1. INTRODUÇÃO

Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha


completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem
alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se
segundo a espécie de que proceda. (Brasil, 2002).

O leite é uma combinação de diversos elementos sólidos em água. Os elementos


sólidos representam aproximadamente 12 a 13% do leite e a água,
aproximadamente 87%. Os principais elementos sólidos do leite são lipídios
(gordura), carboidratos, proteínas, sais minerais e vitaminas. Esses elementos,
suas distribuições e interações são determinantes para a estrutura, propriedades
funcionais e aptidão do leite para processamento. As micelas de caseína e os
glóbulos de gordura são responsáveis pela maior parte das características físicas
(estrutura e cor) encontradas nos produtos lácteos (EMBRAPA, 2021).

O controle da qualidade do leite tem início no processo de produção da fazenda,


na aquisição e manutenção de animais saudáveis através de manejo higiênico e
sanitário adequados, nas etapas seguintes de industrialização, distribuição e
comercialização, são inúmeros os cuidados que devem ser tomados, devendo
fazer um esforço integrado para garantir a qualidade do produto final (BRITO,
1999).

A IN nº 76 tem por finalidade informar características e a qualidade do leite na


indústria e IN nº 77 tem por finalidade definir os critérios para obtenção de um
produto de alto valor nutricional e seguro ao consumidor. As normativas
estabelecem mudanças em todas as etapas do sistema de produção, desde sua
produção até os parâmetros finais da qualidade do leite pasteurizado (BRASIL,
2018).

Entende-se por usina de beneficiamento o estabelecimento destinado à recepção,


ao pré-beneficiamento, ao beneficiamento, à envase, ao acondicionamento, à
rotulagem, à armazenagem e à expedição de leite para o consumo humano
direto, facultando-se a transferência, a manipulação, a fabricação, a maturação, o
fracionamento, a ralação, o acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a
expedição de derivados lácteos, sendo também permitida a expedição de leite
fluido a granel de uso industrial. (RIO GRANDE DO SUL, 2024).

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte,


dispõe de uma unidade produtiva de beneficiamento de leite, o CTq do Queijo,
onde conta com instalações de laticínio-escola, voltado para educação,
auxiliando no tripé ensino-pesquisa-extensão. No ensino, proporciona aulas
práticas; na pesquisa, o desenvolvimento de novos produtos, e aprimoramento
de técnicas; na extensão, a vivência com a comunidade externa por meio da
difusão, capacitação da atividade e fortalecimento do pequeno produtor da
região, qualificando mão-de-obra para o Sistema Agroindustrial do Leite.

Na unidade, há uma produção diversificada de produtos, sendo a maior parte da


produção destinada a atender a merenda escolar dos campi Currais Novos,
Parelhas e Ipanguaçu, por meio do setor de nutrição da Coordenação de
Assistência Estudantil/CN, responsável pela elaboração do cardápio nutricional,
inserindo esses produtos na merenda escolar dos discentes.

Diante disto, o objetivo deste trabalho foi realizar a qualificação do leite que é
obtido pelo laticínio-escola do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, campus Currais Novos, através das análises
laboratoriais físico-químicas de proteína total, gordura, teor de sólidos totais e
não gordurosos, acidez titulável, densidade relativa, estabilidade ao alizarol e
índice crioscópico e de microbiológica a contagem bacteriana total (CBT).
2. REFERENCIAL TEORICO
2.1 LEITE
O leite é uma mistura complexa composta de água, gorduras, proteínas (caseína
e albumina), carboidratos, vitaminas e minerais e a proporção de cada
componente pode variar principalmente em função da alimentação, espécie, raça
e idade do animal, individualidade, tempo de gestação, intervalo entre ordenhas,
stress, ação de medicamentos, temperatura e condições climáticas (PEREIRA,
2008; SILVA et al., 2010). Essa composição ainda pode variar devido a
adulterações e fraudes, que podem ocorrer por parte dos produtores ou durante o
processamento do produto (PEREIRA, 2008).

A composição do leite das vacas varia muito, mas a média percentual dos
componentes são as seguintes: água 87,2%, gordura 3,6%, lactose 4,5%,
proteína 3% e sais minerais 0,7%. A água é o componente que entra em maior
proporção na composição do leite e influencia sensivelmente na densidade do
mesmo (LIMA, 2010). Segundo Valsechi (2001), a composição média do leite é
de 7/8 de água e 1/8 de substâncias sólidas. Estas substâncias sólidas
representam a parte nutritiva do leite e recebem a denominação de Extrato Seco
Total (EST). O EST compreende as proteínas, a lactose, a gordura e os sais
minerais presentes no leite. Como já mencionado, a qualidade do leite cru exerce
influência direta sobre a qualidade e o rendimento dos derivados, portanto,
fatores como o uso de instalações precárias, água de má qualidade, falhas de
manejo de ordenha, falta de higienização de utensílios e equipamentos,
refrigeração incorreta e falta de qualificação da mão de obra devem ser evitados
para garantir a qualidade adequada ao produto (VALLIN et al., 2009).

2.2 CONTROLE DE QUALIDADE


O intuito primordial ao se analisar a qualidade do leite é a necessidade de
evitar que o mesmo cause doenças ao ser consumido. Uma avaliação
eficiente da qualidade do leite envolve analisar suas características não só
organolépticas e microbiológicas, como também nutricionais e físico-
químicas (ZOCCHE et al., 2002).
Além disso, o controle da qualidade do leite também é importante para
assegurar que o produto final tenha as características ideais de sabor, aroma,
cor e textura (“Controle de Qualidade do Leite”,2023).

2.3 USINA DE BENEFICIAMENTO


Segundo o regulamento do CISPOA os estabelecimento que tem por
finalidade principal receber, filtrar, beneficiar e acondicionar higienicamente
o leite destinado diretamente ao consumo público.
Os equipamentos destinados ao beneficiamento do leite constarão de:
tanques de acúmulo dotados de tampa, tanque exclusivo para leite ácido,
bomba sanitária, filtro de linha e/ou padronizador, tanque de equilíbrio,
pasteurizador e, opcionalmente, homogeneizador, resfriador e esterilizador
conforme a necessidade, a cargo da CISPOA. O leite ácido deverá ser
transportado para outro estabelecimento sob Inspeção Estadual em tanques
separados e devidamente lacrados, ou em latões também lacrados e
identificados, ou ainda, quando para devolução ao produtor, após
desnaturação.

Para leite de consumo (leite pasteurizado envasado) os pasteurizadores


deverão apresentar-se convenientemente instalados, em perfeito
funcionamento, possuir controle de temperatura e apresentar eficiência
comprovada pelo Órgão Oficial Competente. As conexões e tubulações
deverão ser de aço inoxidável ou outro material aceito pela CISPOA. A
seção de beneficiamento deverá localizar-se próximo dos tanques de
armazenamento e estes das máquinas de envasar

2.4 CENTRO TECNOLÓGIA DO QUEIJO - (CTQ DO QUEIJO)


O CTq do Queijo, conta em suas instalações com laticínio-escola, voltado
para educação, auxiliando no tripé ensino-pesquisa-extensão.
No ensino, proporciona aulas práticas; na pesquisa, o desenvolvimento de
novos produtos, e aprimoramento de técnicas; na extensão, a vivência com a
comunidade externa por meio da difusão, capacitação da atividade e
fortalecimento do pequeno produtor da região, qualificando mão-de-obra
para o Sistema Agroindustrial do Leite.
Nossa unidade de beneficiamento de leite é preparada para produção de
derivados lácteos, como queijos, iogurtes, bebidas lácteas e doces,
acompanhada de laboratório de análises, um sistema de refrigeração (banco
de gelo) e geração de vapor (caldeira a gás). Nela há a possibilidade de se
vivenciar a experiência industrial, imprescindível para a formação
profissional da área de alimentos.

2.5 INSTRUÇÃO NORMATIVA N 76 e 77

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