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Don Juan Velociraptor

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"Don Juan Velociraptor" - Uma Odisseia Jurássica da Depravação Literária

Imagine, se puder, um cruzamento não santificado entre uma telenovela mexicana e um


episódio perdido de Jurassic Park, onde o roteiro foi escrito por um adolescente com um
fascínio doentio por feromônios e romance interespécies. Assim nasce Don Juan
Velociraptor, uma abominação literária que, se as leis da decência prevalecessem, nunca
deveria ter escapado do laboratório de ideias mais absurdas e grotescas de Lola Faust.

Comparar Don Juan Velociraptor a qualquer obra literária digna de menção seria um insulto
ao conceito de literatura. É como se Crepúsculo se encontrasse com um documentário do
Discovery Channel, depois fosse abandonado em um caldeirão de clichês e aquecido à
temperatura da absoluta insanidade. O resultado? Um romance tão distorcido quanto tentar
fazer um piquenique romântico em um vulcão ativo: é desastroso e muito provavelmente
fatal para qualquer resquício de bom senso.

Marian, a protagonista, é uma jornalista que aparentemente perdeu sua bússola moral no
mesmo laboratório que criou este "galante" velociraptor. Sua missão? Decifrar o genoma de
um dinossauro geneticamente modificado que, por alguma razão misteriosa, exala
feromônios tão potentes que fazem as mulheres ao redor do mundo desmaiarem de desejo.
Só que, ao invés de fugir em direção oposta, Marian decide que a melhor maneira de manter
sua sanidade é resistir à tentação de se apaixonar por uma criatura que deveria estar extinta
há milhões de anos.

A leitura é um passeio num parque de diversões quebrado onde cada atração é mais ridícula
que a anterior. A tensão sexual entre uma mulher e um dinossauro parece ter sido inspirada
em algum delírio febril. A trama é tão sólida quanto um suflê malfeito: ela infla com
promessas de absurdo, apenas para desmoronar sob o peso da sua própria pretensão
ridícula.

Comparar essa "saga" com uma história de amor convencional seria como comparar uma
reunião de negócios a uma luta de lama entre gremlins. A tal “sedução sauriana” é tratada
com a mesma seriedade que um circo de horrores, o que não seria tão problemático se o
autor não estivesse tentando desesperadamente vender essa loucura como um romance
digno de ser levado a sério.

Se você já se perguntou como seria assistir a um triceratops cortejando uma máquina de


lavar, então talvez Don Juan Velociraptor seja para você. Para todos os outros, esse livro é
como um fusca batendo de frente com um avião em pleno voo: você sabe que não deveria
olhar, mas a bizarrice é tão irresistível que você acaba preso, assistindo ao desastre em
câmera lenta. A única diferença é que, ao contrário de um fusca contra um Boeing, o
impacto final aqui não traz explosões, apenas o profundo arrependimento de ter investido
tempo em algo tão absurdamente errado.

Em suma, Don Juan Velociraptor é a prova de que nem todo o lixo deve ser reciclado. Se
você valoriza seu tempo, sua sanidade e qualquer noção de gosto literário, deixe esse
dinossauro em paz. Há muitos outros livros por aí que não farão você questionar o propósito
da humanidade em meio a feromônios de répteis pré-históricos.

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