Medicamentos Controlados X Terapias Alternativas: Heitor Ribeiro Abreu Ma. Danieli Fernanda Buccini
Medicamentos Controlados X Terapias Alternativas: Heitor Ribeiro Abreu Ma. Danieli Fernanda Buccini
Medicamentos Controlados X Terapias Alternativas: Heitor Ribeiro Abreu Ma. Danieli Fernanda Buccini
RESUMO
O uso de medicamentos controlados vem de maneira gigantesca crescendo nos últimos anos;
sendo assim este trabalho aborda de maneira sistemática os motivos do alto numero de
prescrições, muitas vezes desnecessárias; o uso abusivo e viciante que na maioria das vezes
acaba por gerar diversos efeitos adversos e também colateral, principalmente a dependência
química, por meio de revisão bibliográfica. Dentro desse contexto é que se faz necessário a
indicação e prescrição de terapias alternativas, tanto como adjunvante como tratamento
principal, a exemplo da acumputura, meditação, musica, atividade física, entre outros. Dessa
forma confirma-se que existe a necessidade da prescrição de terapias alternativas a pacientes
com problemas mentais e psicológicos, de forma a minimizar o uso desnecessário frente aos
grandes efeitos que os medicamentos controlados causam.
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INTRODUÇÃO
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Este trabalho busca de forma sistemática trazer à luz do meio não só acadêmico, mas também
profissional as necessidades, cuidados e atenção no que se refere à prescrição de medicamentos
controlados, visto que atualmente é grande o leque de terapias alternativas.
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Farmacêutico e Bioquímico; Graduado pela Faculdade de Ensino Superior de Floriano – PI.
Farmacêutico responsável Município Itapirapuâ Paulista-SP
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Bióloga pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal-UNIDERP.
Mestre em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco-UCDB. Doutoranda em Biotecnologia
e Biodiversidade da REDE PRÓ-CENTRO-OESTE. Orientadora do trabalho de conclusão do curso de
pós-graduação lato sensu em Farmacologia pela UCDB/Portal Educação. E-mail: dfbuccini@gmail.com
pacientes sigam de forma correta a terapia prescrita e também aquela indicada. Os mais
vendidos por conta e vontade própria dos pacientes são os antiinflamatórios para
diversas causas; multigripais; antialérgicos; analgésicos; antitérmicos; fitoterápicos e
entre outros. No entanto, vê se, que no atual momento cresce de forma exarcebada o uso
de medicamentos tarja preta; são diversos os perigo que podem acarretar esses
medicamentos para a mente e o corpo dos usuários quando usados e prescritos de forma
errônea (BELLOT; SILVA, 2000).
Portanto o objetivo deste trabalho foi fazer uma abordagem sistêmica que
procure investigar os abusos, prescrição e efeitos colaterais que essas drogas acarretam
e avaliar de forma teórica e bibliográfica os principais motivos que interferem aos
profissionais prescritores de prescreverem terapias alternativas em vez de medicamentos
controlados; alem disso, delinear os principais perigos inerentes ao uso de
medicamentos controlados a longo e em curto prazo e procurar identificar as causas do
uso excessivo de medicamentos no Brasil de forma generalizada.
Aqui neste ponto, vale ressaltar que ainda são escassos as pesquisas e trabalhos
que se referem a possíveis alternativas ao uso de tratamentos que se referem a
medicamentos controlados. Dessa forma serão enunciadas a seguir as última pesquisas e
alternativas de docentes, estudantes, reportagem e grupos de estudos que de forma direta
e indireta mencionam o assunto nos diferentes meios de comunicação.
Assim quando se procura por essas alternativas, é possível encontrar vários
caminhos. Um deles, e diga-se se de passagem, um dos mais importantes é a atividade
física. Antes de penetrarmos nos inúmeros benefícios dessa modalidade, é importante
entender no sentido fisiológico como os movimentos físicos e aeróbicos agem na parte
interna do nosso corpo (GONÇALVES, 2005).
A prática de atividade física e seus benefícios na saúde humana, já é assunto que
vem sendo discutido desde longa data, principalmente no que se refere a pacientes com
problemas cardiorrespiratórios. Já é provado que com a atividade física as artérias se
dilatam e ficam mais elástica, o fluxo sanguíneo fica mais intenso e ajudam na
oxigenação e diminuem a pressão arterial bem como possíveis obstrução, e também
diminuem a quantidade de colesterol no sangue (GONÇALVES, 2005).
Durante o exercício físico também aumenta-se as descargas elétricas nos ossos
tornado-o mais forte e mais resistente, fazendo com que ele absorva mais cálcio. Esse
processo é conhecido como piezelétrico. Alem de proteger os ossos contra danos, ainda
ajuda a tratar pacientes que sofrem de doenças ósseas, como em o caso da osteoporose
(OCARINO; SERAKIDES, 2006).
Outro ponto também importante é o uso da atividade física para o emagrecimento.
Movimentos corporais ajudam a aumentar a temperatura corpórea, o metabolismo e o
gasto de energia, o que de forma direta contribui para o emagrecimento do corpo.
O Cérebro também é um dos órgãos que mais se beneficiam com atividade física,
principalmente no tocante a pacientes que fazem uso de medicação controlada. Sabe-se
o aumento do fluxo sanguíneos no cérebro ajuda a memória, concentração e estresse.
Alem do mais melhora a percepção do meio, e ajuda a combater o envelhecimento.
Sabe-se também que durante a atividade física são liberados no corpo diversas
substancias químicas que melhoram o humor. Dessa forma a inoculação de atividade
física a pacientes com transtornos bipolares, depressão, ansiedade e também em casos
de esquizofrenia.
Nesse ponto podemos aferir que o uso de exercícios físicos podem de maneira
direta influenciar no tratamento e terapia de pacientes com algum tipo de transtorno
psicológico. E mais ainda, estudos indicam que a atividade física é tão eficaz no
tratamento de depressão, ansiedade e outras patologia, quanto os tratamentos
convencionais. Somado a isso, tem-se, que por ser prazerosa, a taxa de adesão dos
pacientes é bem mais aceita (DALEY, 2008).
Outros métodos alternativos para redução do uso de medicamentos controlados é
através da meditação. Segundo pesquisa revelada pelo Instituto do Sono em parceria
com a UNIFESP que a meditação ajuda a focar a limpar, focar e normatizar o
psicológico dentro de quadros de insônia e depressão; dessa forma ajuda ao paciente a
dormir melhor de forma natural, sem a necessidade de medicamentos controlados
(BRASIL, 2014).
Outra técnica já muito discutida e já bem conhecida no meio alternativo é a
Acumputura. Segundo pesquisas o tratamento de transtornos psicológicos através da
referida técnica é eficaz, bem tolerados e seguros; alem também de diminuir a
dependência nos medicamentos (AMERAL; CHUZI; YEUNG et al, 2010) .
Outro meio bastante eficaz também é a questão dos fitoterápicos; fitoterápicos são
medicamentos alopáticos, mas de formulação vegetal que podem vim a ter tamanha
eficácia quanto os medicamentos normais. Sua formulação por não ter tantos
componentes químicos, acaba por gerar certa confiabilidade e segurança em se tratando
de efeitos colaterais.
No entanto existe certa reprovação dos profissionais prescritores em iniciar as
terapias de medicação controlada com os fitoterápicos. Essa resistência pode vim a
prejudicar o paciente sob diferentes formas. E mais ainda, derivado do conhecimento
popular, na maioria das vezes o paciente já trás consigo um históricos de uso de vários
tipos de preparações fitoterápicas que de alguma forma pode interferir na terapia
convencional. (ADREATINI, 2000)
Conjuntamente a essas alternativas existe também a homeopatia. É uma ciência
que trabalha na filosofia de cura pelas mesmas raiz que originam a doença: semelhante
cura semelhante. Atualmente a homeopatia é consagrada como uma das mais originais
formas de tratamento placebo. Varias são as pesquisas de que estudam suas bases e
atestam sua eficácia. Nesse termo, a homeopatia pode ser utilizada para diversos
tratamentos e traumas de ordem mental e psíquica e também como adjuvante junto a
outros tratamentos. Usualmente a homeopatia tem sido procurada para tratamento de
depressão, síndrome do pânico, insônia e ansiedade. No entanto cabe ressaltar que
ainda perdura certa desconfiança tanto por parte dos prescritores quanto dos pacientes
em aderir ao tratamento através da homeopatia; o meio convencional torna-se a
primazia, pois atrás dele esta todo o embasamento cientifico que falta à homeopatia.
(TEIXEIRA, 2007 In BARBOSA, SANTOS, ZANELATTO, 2009)
Um caso agora clássico foi relatado em 1957 pelo psicólogo Bruno Klopfer,
da Universidade da Califórnia (em Los Angeles) : O Sr. Wright sofria de
câncer terminal quando soube de um novo medicamento, o Krebiozen, e
insistiu em ser tratado com ele. Os médicos concordaram, e o Sr. Wright
recebeu a primeira injeção em uma sexta-feira, quando já tinha dificuldades
para respirar, estava febril e acamado. Na segunda-feira já passeava pelos
corredores do hospital e conversava com as enfermeiras. Em três dias os
tumores se reduziram à metade do tamanho. Dois meses depois a eficiência
do Krebiozen foi desacreditada na mídia, o Sr. Wright ficou abalado e teve
uma recaída. Seu médico resolveu enganá-lo e explicou-lhe que o efeito da
medicação expirava depois de certo tempo, mas que já existia um novo
Krebiozen potencializado, duas vezes mais eficiente. O Sr. Wright se animou,
e o médico aplicou-lhe uma injeção que não continha o medicamento. Mas o
Sr. Wright mesmo assim melhorou e os tumores desapareceram. A sua fé no
Krebiozen o curou. (HAHNEMAMM, 2012)
E não mais que isso, pesquisas apontam que o efeito placebo realmente existe.
Sendo assim, medicações de efeito placebo podem ser peças fundamentais no
tratamento não só de doenças psíquicas, mas também de físicas. A palavra placebo vem
do latim e significa agradar, o que interpreta-se como uma pratica de prescrição voltada
para a realização do desejo do paciente em que de uma forma ou de outra espera e
almeja a sanação de seus problemas. “Podemos definir placebo como qualquer
tratamento desprovido de acção terapêutica específica sobre a doença ou os sintomas
do doente, mas que de alguma forma provoca efeito sobre este, desde que o doente
esteja convencido da sua eficácia”. (COELHO; ROCHA, 2003, p.143)
Varias são as teorias que tentam desvendar os mistérios acerca dos medicamentos
placebo. Entretanto sabe-se de certeza que o psicológico do paciente mediante a
acreditação e confiança desempenha papeis fisiológicos importantíssimos na cura do
problema. Podemos pegar como exemplo alguns pacientes que dizem e afirmam
veemente que sua “dor de cabeça” só recuam com o medicamento Novalgina; ao passo
que o farmacêutico na falta do mesmo oferece a dipirona. O paciente relutante não
aceita e diz que sua dor só passa com a Novalgiana em si! Situações assim são típicas e
demonstram o quão importante, incisivo e congruente é a questão psicológica no que se
refere a assuntos de saúde.
Sendo assim, o que conta é a realidade presente no cérebro, não a realidade
farmacológica. A expectativa do sistema nervoso em relação aos efeitos de
um fármaco pode anular, reverter ou ampliar as suas reacções. Pode também
fazer com que substâncias inertes provoquem efeitos que não dependem delas
diretamente. (COELHO; ROCHA, 2003, Pag 143,)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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de 2009 a 2011. Boletim de Farmacoepidemiologia do Sistema Nacional de
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<http://www.anvisa.gov.br/sngpc/boletins/2012/boletim_sngpc_1_2012_modificado.pdf
>. Acess 27 Dez 2014.
OLIVEIRA, Jaguaci Souto Borges de; CARVALHO, Karina Dias de; GONCALVES,
Raissa Martins Barbosa. Aspectos relevantes do uso indiscriminado de fármacos
para perda de peso. Revista Funec Científica – Nutrição, Santa Fé do Sul (SP), v.1,
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www.funecsantafe.edu.br/SeerFunec/index.php/rfcn/article/.../1112>. Acess 27 Dez
2014.
TEIXEIRA, MZ. Homeopatia: ciência, filosofia e arte de curar. Rev Med. 2006
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<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/cogitare/article/viewFile/14121/9492/>. Acess 27
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em:< http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2014/09/pesquisa-revela-que-insonia-
pode-ser-evitada-sem-uso-de-medicamentos.html>. Acess 27 Dez 2014.
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acupuntura aumento em antidepressivos não-respondedores parciais e com
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Dez 2014