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WHITEPAPER | SOLAR

WHITEPAPER

ACELERANDO A
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
COM AUTOPRODUÇÃO
LOCAL DE ENERGIA SOLAR

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WHITEPAPER | SOLAR

SUMÁRIO

A transição global para fontes sustentáveis de energia vem ganhando ímpeto,


com a energia solar na dianteira. Ao mesmo tempo, a descentralização da geração
e distribuição de energia tem ganhado popularidade rapidamente.

Essa mudança, caracterizada pela geração e distribuição locais de energia, repre-


senta mais do que uma mera reestruturação dos sistemas de energia: marca uma
transformação fundamental na maneira como a energia é fornecida.

À medida que o mundo se volta para a energia sustentável, o Brasil se torna


um agente central do setor de energia solar. Este whitepaper explora o potencial
transformador da Energia Solar On-Site, que pode ser usada por cidades e indús-
trias para acelerar sua jornada de transição energética.

Ao fornecer uma visão aprofundada da tecnologia, de seus múltiplos benefícios,


de sua adequação industrial, de opções de adoção, e de seus modelos financeiros
singulares, este paper tem por objetivo proporcionar liderança em pensamento e
orientação a organizações ansiosas por descarbonizar suas operações e reduzir
custos por meio de projetos solares on-site.

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INTRODUÇÃO

A necessidade global de reforma de sistemas energéticos e redução das emissões


de carbono é mais urgente do que nunca. Embora muitas organizações tenham
adotado estratégias de baixo carbono para cumprir seus objetivos de descarboni-
zação e otimizar seus custos operacionais, restam poucas alternativas
de efeito rápido.

Para se manterem adiante da curva, as organizações devem mapear cuidadosa-


mente caminhos suplementares para atingir suas metas de descarbonização, ga-
rantindo a proatividade contínua, frente aos desafios em constante evolução.

Segundo a IEA¹, as emissões de dióxido de carbono (CO2) decorrentes da com-


bustão energética e de processos industriais aumentaram 0,9%, ou 321 Mt,
em 2022, atingindo um novo recorde de 36,8 Gt.

Contudo, em meio a esses dados preocupantes, há esperança de melhora. Cida-


des e indústrias de todo o mundo estão fazendo um esforço coordenado de tran-
sição para a energia renovável, com produção local de energia.

Esta mudança estratégica tem por objetivo não só limitar as emissões de gases do
efeito estufa (GEE), mas também melhorar a qualidade do ar, reforçar a segurança
energética, estimular economias locais e lançar as bases para um futuro de ener-
gia sustentável.

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Atingir o Net Zero exige que as organizações planejem atentamente suas ações
e estratégias em relação às metas imediatas e futuras, especialmente no que se
refere à descarbonização. Um esforço complexo e de longo prazo, em um mundo
focado em resultados rápidos.

Uma alavanca-chave de descarbonização que consegue equilibrar ganhos ime-


diatos e de longo prazo é a solução solar descentralizada, especialmente se o ar-
ranjo for no modelo de produção on-site, que oferece benefícios tanto imediatos
quanto duradouros.

Figura 1: Necessidades
prementes e oportu-
nidades atraentes têm
movido a transformação
energética de hoje

Nota: Os principais ve-


tores de energia apre-
sentados nesta figura
se baseiam no REmap
Case da IRENA até
2050 em comparação
com os níveis atuais.

Fonte: (IRENA 2019)

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De acordo com relatório do BCG, o Brasil tem um papel de liderança na transição


energética mundial, com mais de 80% da matriz baseada em fontes limpas e re-
nováveis. O fato de o Brasil ser um dos países mais ricos em recursos renováveis
para produção de energia, o torna um grande mercado para investimentos que
podem alcançar a ordem de R$ 400 bilhões nos próximos dez anos.

Esse cenário coloca o país como potencial protagonista de uma grande tendência
de investimentos na América Latina: o poweshoring (instalação de indústrias em
locais com alto potencial de energias renováveis), especialmente a solar.

O Brasil é o sexto no ranking mundial de capacidade instalada de energia solar foto-


voltaica e o quarto maior mercado de energia solar no mundo, sob o ponto de vista da
potência adicionada somente no último ano, segundo análise da IRENA.

Apenas em 2023, o setor solar atraiu mais de R$ 59,6 bilhões de novos investimentos,
um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2022
no país. Em 2024, a fonte solar já adicionou 4 GW de capacidade, ultrapassando
41 GW no país.

Atualmente, é responsável por 17,4% da matriz elétrica brasileira. Até 2028, espera-se
que o Brasil represente 90% de um total de 50 GW de energia solar descentralizada,
previstos para serem instalados na América Latina, adicionando, em média, 7 GW por
ano, segundo estudo divulgado pela IEA6.

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Outros fatores que têm alimentado esse crescimento são a alta demanda por ele-
tricidade limpa e confiável e a necessidade de diversificar o mix de energia, redu-
zindo a dependência de combustíveis fósseis. O custo decrescente dos módulos
e conversores solares fotovoltaicos (FV), que tornam a energia solar mais aces-
sível e competitiva com os preços da eletricidade da rede na maioria dos países,
acrescenta ainda mais ímpeto.

A energia solar é uma das alavancas de descarbonização que podem fornecer


benefícios tanto imediatos quanto de longo prazo. Está entre as tecnologias de
energia renovável em mais rápido crescimento do mundo, com o potencial para
fornecer eletricidade limpa, confiável e acessível para residências, empresas e ci-
dades, com economia em perdas de transmissão.

PARA ENTENDER A ENERGIA SOLAR ON-SITE


A energia solar on-site está ganhando cada vez mais destaque no
mercado global. Ela pode ser gerada localmente, em pequena escala,
por consumidores industriais, sem a necessidade de uma grande in-
fraestrutura centralizada.

Componentes-chave

Painéis solares captam a luz solar e iniciam o efeito fotovoltaico, que converte luz em
eletricidade. Painéis solares são normalmente feitos de semicondutores como silício
e vêm em diversos formatos e tamanhos.

Os inversores convertem a corrente direta (DC) produzida pelos painéis solares em


corrente alternada (AC), a forma padrão de eletricidade usada pela maioria dos dispo-
sitivos. Os inversores também regulam a tensão e a frequência da eletricidade para
que se ajustem à rede ou aos requisitos de carga.

Na integração com a energia solar descentralizada, baterias acumulam a eletricidade


excedente para uso posterior na ausência de luz solar, ou quando a demanda superar
a oferta. As baterias também podem fornecer eletricidade em modo de backup em
caso de quedas da rede ou emergências.

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Estruturas de montagem posicionam e sustentam com segurança os painéis solares


em telhados, no solo, ou em outras superfícies próximas à unidade de consumo, no
caso do arranjo on-site. Essas estruturas representam um papel vital na otimização
da orientação e do alinhamento dos painéis para garantir o máximo de exposição ao
sol e de desempenho.

A conexão com a rede elétrica faz a interface do sistema solar com a infraestrutura
energética mais ampla. Essa conexão permite que o sistema exporte excedentes de
energia para a rede, ou importe energia adicional, dependendo de sistemas de me-
dição líquida ou tarifas de alimentação. Com isso, o sistema pode equilibrar oferta e
demanda e contribuir para a estabilidade geral do ecossistema energético.

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Mercado solar fotovoltaico (FV) do Brasil


A estimativa é que os investimentos em energias renováveis se mantenham em alta,
como em 2023, quando o país registrou um recorde de expansão da geração. Atualmen-
te, as fontes renováveis representam 83,67% dos mais de 199,3 GW de potência instala-
da no Brasil. Para 2024, segundo dados da ANEEL, está prevista a entrada de mais 10,3
GW de capacidade, sendo 2,1 GW para atendimento ao mercado regulado e 8,18 GW
para atendimento ao Mercado Livre de Energia e autoprodução.

No cenário de desenvolvimento da indústria de energia solar para 2024, deve haver uma
maior participação de tecnologias do tipo N no mercado, com a continuidade de queda
no preço dos módulos fotovoltaicos e instalações com uso da fonte, de acordo com as
previsões da Solarbe Global – um dos grandes institutos de pesquisa e insights sobre a
cadeia produtiva fotovoltaica, com foco no mercado de fabricantes e novas tecnologias.
Com isso, a tendência é que as instalações industriais apresentem melhoras significativas,
influenciadas pela redução de CAPEX.

COMO A AUTOPRODUÇÃO LOCAL DE ENERGIA SOLAR


PODE TRANSFORMAR SEU NEGÓCIO:
BENEFÍCIOS E BOAS PRÁTICAS

Independência energética:
O Brasil é privilegiado em termos de recursos solares, possuindo uma irradiação
média diária superior a 5.000 Wh/m² em grande parte do seu território. Segundo
o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o potencial fotovoltaico brasi-
leiro é estimado em mais de 15 trilhões de megawatts, já que o país recebe mais
de 2.200 horas de irradiação solar por ano. Isto representa uma excelente opor-
tunidade para empresas, principalmente do ramo industrial, explorarem a energia
do sol e reduzirem sua dependência de fontes externas de energia e de combustí-
veis fósseis finitos.

Os sistemas solares descentralizados podem gerar mais energia do que o neces-


sário e o excedente pode ser vendido, criando fluxos adicionais de resultados, ou
mesmo armazenado em uma bateria para maximizar o autoconsumo verde e local.
Produzindo energia localmente, as empresas podem aumentar sua independência
e sua resiliência.

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Benefícios ambientais:
Ao contrário das usinas termelétricas que usam combustíveis fósseis, as tecnolo-
gias de energia solar não emitem poluentes atmosféricos ou gases de efeito estu-
fa (GEE). A energia solar pode, assim, ajudar a reduzir a pegada de carbono e o im-
pacto ambiental da produção de energia, apoiando esforços globais de combate à
mudança climática e de contribuição aos Objetivos de Desenvolvimento Susten-
tável (ODS).

Benefícios econômicos:
A energia solar pode ajudar a reduzir as contas de eletricidade e os custos opera-
cionais das empresas, além de aumentar sua segurança e resiliência energéticas.
As fontes solar e eólica, que já são economicamente eficazes para a nova gera-
ção de eletricidade, passarão por mais reduções de custo, reforçando o business
case de transição de combustíveis fósseis para fontes renováveis.

Para além dos benefícios financeiros imediatos com eletricidade, os sistemas de


energia solar on-site oferecem outras vantagens às empresas:
Esses sistemas abrem caminhos para valiosos incentivos financeiros.

Em algumas regiões, há incentivos fiscais e os benefícios de depreciação


acelerada aumentam a viabilidade das instalações de energia solar.

Ademais, a sustentabilidade financeira duradoura desses sistemas os posiciona


como investimentos prudentes para empresas de todos os tamanhos.

Criação de empregos:
A energia solar pode criar novos empregos qualificados, oportunidades e estimu-
lar o crescimento econômico da região, da manufatura à manutenção, passando
pela instalação. Segundo a IRENA, o setor de energia solar poderá alcançar a
marca de 11,6 milhões de empregos no mundo até 2030, sendo 1 milhão apenas
no Brasil.

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ABORDANDO O DILEMA DA IMPLANTAÇÃO:


BOAS PRÁTICAS QUE AS ORGANIZAÇÕES PODEM ADOTAR

Realizar estudo de viabilidade:


Embora a tecnologia solar fotovoltaica (FV) esteja amplamente disponível em todo
o mundo, mercados específicos podem apresentar limitações ou enfrentar desafios
relacionados a empresas utility e arcabouços regulatórios. Considerações ligadas à
viabilidade podem incluir fatores como complexidade, prazos de implantação e a
adequação do local e sua infraestrutura elétrica envolvida. Surgem questões quan-
to à integridade do telhado e sua conformidade com as certificações, assim como a
disponibilidade de espaço suficiente em cidades ou instalações industriais.

A implantação de uma solução baseada em ativos, como a energia solar descentrali-


zada, pode ser complexa, dando destaque à importância de uma avaliação meticulo-
sa dos canteiros antes de embarcar na empreitada.

Perturbações em potencial da cadeia de suprimentos podem, também, criar atrasos


na obtenção dos equipamentos necessários. Para lidar com essa complexidade, a
colaboração com provedores de soluções energéticas com experiência global se re-
vela central para a mitigação desses desafios, agilizando o processo e a implantação
de soluções solares on-site.

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Foco na qualidade:
Os critérios que afetam a qualidade abrangem temporalidade, avaliação do alinha-
mento entre o prazo de produção com o de consumo, e localização, examinando
a distância entre o ponto de consumo e a produção. A energia solar on-site surge
como uma solução de máxima qualidade nesse sentido. A relação direta entre a ge-
radora de energia e o local permite utilização imediata da energia produzida. Essa
relação direta proporciona adicionalidade e proximidade robustas, oferecendo redu-
ção de gases de efeito estufa (GEE) instantânea e distinta, que pode ser incorpora-
da diretamente a relatórios de sustentabilidade.

Avaliação econômica:
É importante avaliar a eficácia em custo de uma solução, seu potencial de econo-
mias, o período de payback, o compromisso financeiro – se é um investimento do
capital da empresa ou uma obrigação financeira de longo prazo – e o nível de expo-
sição ou de hedging que oferece contra alterações futuras do mercado. Apesar da
redução considerável do custo da energia solar fotovoltaica (FV), levando a um pra-
zo de payback significativamente abreviado, continua a ser necessário um dispêndio
de capital (CAPEX) significativo.

Superar essa barreira de CAPEX é crucial para implantar um projeto de energia solar on-
-site e ao mesmo tempo proporcionar valor econômico robusto por meio de economia
substancial em contas de energia.

Colaborar com provedores de soluções energéticas com experiência global, capazes


de assumir plena responsabilidade pelo CAPEX (por meio de contratos de arrenda-
mentos do ativo – BOO/BOOT) e de arcar com a própria despesa operacional nos
canteiros, será altamente benéfico para organizações que desejem implantar proje-
tos de energia solar FV em sua unidade.

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ENERGIA SOLAR FV É O FUTURO, MAS HÁ DESAFIOS

A transição para a sustentabilidade


À medida que a maioria dos países adota metas de energia renovável, a energia
solar FV evolui para uma solução energética tecnologicamente madura, segura,
eficaz em custo e ambientalmente sustentável.

Participação acumulada em capacidade-potência


por tecnologia, 2010-2027
O rápido declínio do custo da
tecnologia solar fotovoltaica (FV)
aumentou significativamente sua
competitividade em escala glo-
bal. Essa tendência decrescente
de custo se reflete diretamente
nos preços pagos pelos consu-
midores, independentemente da
abordagem ao investimento ou
do modelo de negócio adotado
(por exemplo, contratos APE por
arrendamento, onde uma empre-
sa terceira investe na implantação
de uma usina, que é arrendada ao
autoprodutor por meio de um alu-
guel mensal). Fonte: Capacidade de combustível fóssil segundo IEA (2022), World Energy
Outlook 2022.

Com isso, essa acessibilidade ali- Global levelized cost of electricity (LCOE) benchmarks, 2H 2023
menta a adoção acelerada de so- Onshore wind Offshore wind Fixed-axis solar Tracking solar Battery storage (four hours)

luções FV em diversos setores Coal Gas

e mercados. Também age como $1,000 per megawatt-hour (real 2022)

vetor crucial do desenvolvimento 800

socioeconômico contemporâneo, 600

ao mesmo tempo que aborda as


questões prementes da mudança
400

climática e da poluição atmosféri- 200

ca local. 0

2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H 2H
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: BloombergNEF

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Apesar do notável crescimento da adoção da energia solar FV nos últimos anos,


sustentar e ampliar esse ímpeto para que se alinhe com o cenário de Emissões
Net-Zero até 2050 exige ambição política continuada e acentuada. Contudo, a
jornada em direção à adoção generalizada tem sido inconstante, com disparidades
entre países e setores.

Barreiras persistentes, indo de riscos tecnológicos e financeiros em mercados


emergentes a desafios de integração em áreas com volume substancial de renová-
veis variáveis ainda impedem a adoção livre da energia solar FV.

Desafios

01 Evolução política e regulatória


No setor de energia, há necessidade premente de maior evolução das políticas
para lidar de maneira eficaz com os desafios emergentes. Devem ser implanta-
das medidas estratégicas para facilitar a integração sem percalços da energia
renovável variável, dando atenção às características diferenciadas da energia
solar. Passar com sucesso pela transição energética exige políticas abrangen-
tes que vão além dos limites do setor de energia, levando em conta um espec-
tro mais amplo de fatores relevantes.

DICA
Empresas que embarquem na transição para tecnologias solares irão obter uma
vantagem estratégica ao formarem parcerias com especialistas em soluções ener-
géticas que agreguem ampla experiência nos níveis regional e global.

02 Complexidade dos sistemas solares


Uma concepção eficaz de sistemas e sua instalação meticulosa são essenciais
para otimizar a produção de energia de um sistema solar FV e assegurar seu
desempenho consistente. Fatores como orientação e inclinação dos painéis
solares, sombreamento, concepção de sistemas e condições climáticas locais
representam papéis centrais na obtenção desses objetivos.

O panorama solar FV é dinâmico e caracterizado por pesquisa e desenvolvi-


mento contínuos que movem o avanço tecnológico. Ficar a par das mais re-
centes inovações e integrá-las, sem percalços, aos sistemas existentes, repre-
senta um aspecto desafiador, mas essencial, da jornada pelo intricado relevo
da tecnologia solar FV.

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DICA
Provedores experientes de soluções solares FV podem contribuir com o conheci-
mento e a experiência necessários para ajudar seus clientes na tomada de deci-
sões informadas sobre a instalação e a adocão de tecnologias solares FV.

03 Volatilidade de custos
O setor de painéis solares, como qualquer outro, é influenciado por diversas
forças de mercado que podem desencadear flutuações de preços. Flutuações
dos preços das matérias primas essenciais para a fabricação de painéis solares,
entre elas silício, metais e produtos químicos, podem exercer impacto direto
sobre os custos de produção, afetando, assim, os preços dos painéis.

Além disso, o ritmo acelerado de progresso tecnológico nesse campo é outro


fator que influencia a dinâmica de preços. Essas transformações têm reper-
cussões sobre os custos de painéis solares tanto para consumidores quanto
para empresas.

DICA
Fazer parceria com especialistas em soluções energéticas que trabalhem em asso-
ciação próxima com fabricantes assegura que as organizações que procuram fa-
zer a transição para a energia solar FV possam gerenciar e mitigar de forma eficaz
possiveis riscos de preços.

04 Integração à rede
A energia solar FV é uma fonte energética variável e intermitente que pode
afetar a estabilidade, a confiabilidade e eficiência da rede elétrica. Questões
técnicas e protetivas, como sincronização de rede, qualidade da potência e
funções de suporte da rede devem ser abordadas para integrar unidades sola-
res FV à rede existente.

Ademais, é preciso atualizar a infraestrutura e a regulamentação da rede para


acomodar o fluxo bidirecional de eletricidade e, assim, a participação da ener-
gia solar descentralizada no mercado energético.

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A integração de energia solar descentralizada à rede elétrica existente é crucial


para o sucesso dos sistemas solares. Preservar a confiabilidade e a segurança
da rede é cada vez mais central, à medida que as instalações solares se expan-
dem constantemente.

Questões complexas, como sincronização, qualidade da potência e funções de


suporte da rede devem ser abordadas de forma sistemática para facilitar a inte-
gração sem percalços da energia solar aos sistemas de energia estabelecidos.

DICA
Ao escolher um parceiro de transição energética para sua empresa, é importante
trabalhar com especialistas em soluções que possam integrar, sem restrições, pai-
néis solares, armazenagem em bateria e um sistema de gestão de energia (“energy
management system” - EMS), para reagir diretamente à necessidade do cliente de
descarbonizar sua atividade por meio da produção local de energia renovável.

05 Falta de conscientização
Um obstáculo significativo à adoção generalizada de energia solar FV é a falta
de conscientização – e, portanto, de compreensão – sobre seus benefícios. O
erro de pensar que a energia renovável exige investimento inicial significativo
contribui para a relutância em aderir a essa evolução.

Superar esse obstáculo exige esforços coordenados, especialmente do gover-


no e dos órgãos reguladores, para ampliar a conscientização do público por
meio de diversos canais, inclusive a implantação de políticas de apoio, oferta
de incentivos fiscais e respaldo financeiro.

DICA
Acelere sua jornada de transição energética por meio de uma parceria com uma
equipe dedicada que tenha uma rede ampla, assegurando conscientização gene-
ralizada e uma adoção bem sucedida da energia solar.

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ADOÇÃO DA ENERGIA SOLAR

Modelos de financiamento

Muitas organizações não têm conhecimento das opções de financiamento dis-


poníveis para projetos de energia solar on-site e, por isso, acreditam que a ener-
gia solar seja muito dispendiosa, ou financeiramente arriscada. Contudo, existem
muitas opções de financiamento que podem reduzir ou eliminar o custo inicial e
transferir o risco de propriedade e manutenção para terceiros. As organizações
também podem não saber dos incentivos existentes, como a aferição líquida, que
podem reduzir os custos e aumentar o retorno do investimento em energia solar.

É possível escolher um modelo de financiamento que funcione para dar à sua or-
ganização acesso à energia solar sem arcar com um considerável custo inicial. Es-
ses modelos incluem:

Contratos de compra e venda de energia (Power Purchase Agreements – PPAs)


Nos termos de um PPA, uma empresa de serviços de energia (energy services com-
pany – ESCO) instala, detém os ativos e opera um sistema solar e vende a eletri-
cidade gerada a um preço fixo. Com isso, o cliente pode se beneficiar de energia
limpa sem se preocupar com manutenção e operação, dedicando seu CAPEX ao
próprio negócio.

Arrendamento (BOO/BOOT)
Um arrendamento se assemelha a um PPA, a não ser pelo fato de que o cliente
paga uma quantia fixa mensal para usar o sistema solar, em vez de pagar pela ele-
tricidade produzida. Um arrendamento pode ser uma opção atraente para clientes
que desejem evitar a variabilidade dos preços da eletricidade e estão sujeitos a
custo previsível de energia.

Compra direta
Clientes com meios financeiros suficientes que desejem ser proprietários do pró-
prio sistema solar podem optar por uma compra direta. Mas cabe ressaltar que o
risco do projeto fica a cargo do cliente, ou seja, todo o desenvolvimento (do pro-
jeto) da engenharia, sua operação e manutenção, o que requer um conhecimento
bastante específico.

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Instalações Off-Grid e On-Grid

A energia solar on-site pode ser adotada em instalações off-grid ou on-grid:

Instalações off-grid
Sistemas solares off-grid são independentes da rede e recorrem a baterias ou ou-
tras formas de armazenamento de energia para fornecer potência quando não há
luz solar. Esses sistemas são adequados a áreas remotas com acesso limitado ou
pouco confiável à rede.

Instalações on-grid
Sistemas solares no site do cliente podem ser on-grid e possuírem a capacidade
de se conectar à rede elétrica, permitindo a exportação de excedentes de eletrici-
dade. Esses sistemas oferecem aos clientes a vantagem de um backup da rede
e possibilitam a geração de receitas a partir de excedentes de energia,
quando ocorrerem.

É crucial que esses consumidores estejam cientes de seu ambiente de contrata-


ção e avaliem o modelo regulatório mais adequado. Por exemplo, os clientes do
mercado livre de energia devem se registrar como autoprodutores na Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para poderem contabilizar energia que
eventualmente sobre.

Armazenagem em Baterias

As organizações, agora, têm acesso a uma rota viável para realizar suas metas de
descarbonização, dominando o consumo on-site de energia verde. Essa estraté-
gia envolve acoplar sistemas de energia solar FV a soluções de armazenagem em
bateria. Por meio dessa abordagem integrada, o excedente de eletricidade gerado
por painéis solares durante o dia é armazenado em baterias para uso posterior, es-
pecialmente durante períodos de baixa irradiação ou tempos de demanda elevada
por eletricidade.

Com a adoção desse método, as organizações podem diminuir sua demanda de


pico, limitando suas emissões de CO2 e reduzindo suas despesas com eletricidade.
Além disso, a armazenagem em baterias oferece oportunidades para aprimorar a
confiabilidade energética, capitalizar sobre a otimização de tarifas e adotar inicia-
tivas de resposta na ponta da demanda.

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ATIVE A POTÊNCIA DA ENERGIA SOLAR


COM A SOLUÇÃO ON-SITE DA ENGIE

Implantar um programa de energia solar FV muitas vezes exige que as organiza-


ções arquem com a despesa, busquem ativos, operem na rede e lidem com res-
ponsabilidades operacionais. Na maioria dos casos, lhes falta o tempo e a perícia
para lidar com essas complexidades que não fazem parte do seu core business,
tornando, assim, um desafio atingir suas metas de descarbonização.

A energia solar FV On-Site oferece uma solução estratégica para abordar os desa-
fios principais que as organizações enfrentam ao perseguir seus objetivos solares
multi-site/on-site. A ENGIE assume parcela substancial das responsabilidades fi-
nanceiras e operacionais, inclusive:
Propriedade sobre ativos
Supervisionar o suprimento, instalação, comissionamento e propriedade de siste-
mas de geração elétrica renovável em áreas on-site designadas.

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Responsabilidades financeiras
Assumir plena responsabilidade sobre o
CAPEX, facilitada por meio de financia-
mento por capital próprio e dívida, e co-
brindo as despesas operacionais em to-
das as instalações.

Responsabilidades operacionais
Gerenciar inteiramente a operação de
instalações FV e supervisionar manuten-
ção e reparos do local.

Alavancagem do programa de energia solar FV On-Site


Maximizar os benefícios de uma solução de energia solar FV On-site envolve ado-
tar uma abordagem mais abrangente, e não se concentrar apenas em soluções
individuais. Colaborar com um parceiro global para desenvolver programas que
abranjam toda a carteira, assegura a qualidade e o desempenho das instalações,
abrindo caminho para práticas padronizadas em todos os locais e proporcionando
uma adoção ágil e generalizada.

É possível ampliar a eficácia de uma solução FV simples e resiliente por meio da


integração ajustada de diferentes tecnologias. Tal abordagem integrada acelera o
processo de descarbonização e também contribui para reduções significativas dos
custos de energia e operacionais.

Reduz o consumo de
Maximiza o consumo verde combustível fóssil e
on-site e oferece tarifas pay- aumenta a autonomia
per-use acessíveis e estáveis energética (microrredes
(behind-the-meter) para ilhas e áreas remotas)

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WHITEPAPER | SOLAR

A solução Solar FV On-Site da Eletricidade produzida


consumida exclusivamente
Responsabilidades técnicas e
financeiras cabem ao provedor
ENGIE opera por trás do medidor. pelo proprietário do local da solução energética

Também pode ser integrada a


diversas tecnologias para acelerar
Modelo BOOT* implantado há Consumidores pagam apenas
a descarbonização e reduzir mais de 20 anos pelo provedor pela eletricidade produzida
custos de energia e operacionais. de soluções energéticas “as-a-service”

*BOOT: Build, Own, Operate, Transfer

ESTUDO DE CASO

NADEC reduz consumo de combustível com a


Solução de Energia Solar FV Distribuída da ENGIE

O cliente NADEC, com sede no Reino da Arábia Saudita (RAS), é uma empresa do
setor de alimentos processados líder no Oriente Médio e Norte da África. Segun-
do a Visão 2030 do RAS, a NADEC desejava adotar uma alternativa ao consumo
de combustível fóssil da empresa.

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WHITEPAPER | SOLAR

Grandes indústrias do RAS consomem em suas operações rotineiras um montante


significativo de combustíveis fósseis em geradores a diesel ou óleo combustível,
principalmente em áreas remotas que não estão ligadas a instalações da rede. Isso
pode levar a desafios de longo prazo, como poluição ambiental, contribuição para
a mudança climática, poluição atmosférica e riscos à saúde, exaustão de recursos,
volatilidade de preços, encargos de compliance regulatória, flexibilidade e inova-
ção limitadas, e riscos à reputação.

A NADEC desejava fazer a transição para a energia solar e adotar uma alternativa
de energia renovável para se alinhar com a abordagem do RAS para grandes in-
dústrias, de sustentabilidade, proteção ambiental e visão prospectiva.

Redução do consumo de Compensação de emissões


combustível em 124.000 de CO2 53.000t
barris/ano

Com a Solução Solar FV Descentralizada da ENGIE implantada em uma área de


766.000 m² e capacidade de 30 MW, nosso cliente pôde reduzir seu consumo de
combustível em 124.000 barris/ano, resultando em uma redução de 53.000 tone-
ladas anuais de emissões de carbono.

O parque solar FV foi desenvolvido como parte de um contrato de compra e ven-


da de energia (PPA) corporativo de 25 anos entre a NADEC e a ENGIE, o primeiro
do tipo no país.

O CAMINHO ADIANTE
Na busca contínua por um futuro sustentável, a energia solar descentralizada e
aplicada no site do cliente surge como força central que impele a transição para a
energia limpa. Oferecendo um espectro de vantagens que abrange benefícios eco-
nômicos, sustentabilidade ambiental e criação de empregos, a energia solar des-
centralizada é significativamente promissora.

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WHITEPAPER | SOLAR

Embora desafios ligados à armazenagem de energia e à integração à rede mere-


çam atenção, o Brasil tem tudo para liderar o imenso potencial da energia solar.
Essa trajetória se alinha perfeitamente com os ambiciosos objetivos de energia re-
novável do país e com o compromisso de redução de emissões de carbono.

A ENGIE permanece incansável em sua dedicação a apoiar essa tran-


sição, contribuindo ativamente para a realização de um futuro de
energia sustentável para o Brasil .

AUTOR
VINCENT MONTANET
Líder de Produção de Energia On-site
ENGIE Oriente Médio

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WHITEPAPER | SOLAR

SOBRE A PLATAFORMA
DE ENERGIA SOLAR FV
ON-SITE
Os sistemas FV da ENGIE são projetados no
modelo behind-the-meter (atrás do medidor, na
tradução livre) para tornar seus suprimentos
mais verdes e otimizados. Construímos, dete-
mos a propriedade e operamos o sistema solar
FV concebido para as necessidades ideais de
suas instalações, normalmente em telhados ou
terrenos vagos adjacentes.

A saída total de eletricidade do sistema será


disponibilizada a você a um preço e por um
prazo previamente definidos em um Contrato
de Locação do Ativo (BOO/BOOT) de longo
prazo.

A ENGIE irá assegurar o desempenho do siste-


ma por meio de operações e manutenção es-
tipuladas no decorrer do prazo contratual, le-
vando a custo inicial zero, maiores economias
de custos, confiabilidade hands-free e menor
pegada de carbono.

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WHITEPAPER | SOLAR

SOBRE A ENGIE
A ENGIE, uma líder global em energia e servi-
ços de baixo carbono e maior empresa geração
renovável do Brasil, se dedica a impelir o mun-
do em direção à neutralidade em carbono.

Com uma equipe de 96.000 colaboradores e


comprometida com um consumo reduzido de
energia, a empresa alinha sucesso econômico
e impactos positivos sobre as pessoas e o pla-
neta. Focada em gás, energia renovável e ser-
viços, a ENGIE fornece soluções competitivas
e sustentáveis. Localmente, a empresa alavan-
ca sua perícia global em serviços técnicos, efi-
ciência energética, digitalização e renováveis,
em diferentes infraestruturas.

A ENGIE investe nos países, empoderando a


mão de obra local, implantando tecnologias
smart e fornecendo projetos de eficiência
energética financiados e garantidos.

Está pronto para liderar a transição energéti-


ca por meio de consumo reduzido de energia
e soluções mais amigas do meio ambiente?

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