Krugman 16

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SIGNIFICADO DE COMPETIÇÃO MONOPOLÍSTICA

- A competição monopolística envolve 3 condições: grande número de produtores competindo, produtos


diferenciados (substitutos próximos) e live entrada e saída da indústria no longo prazo. Em uma indústria
em competição monopolística cada produtor tem a capacidade de fixar o preço de seu bem diferenciado,
mas o nível que ele pode chegar é limitado pela competição de outros produtores existentes e potenciais
que produzem bens próximos, mas não idênticos.
- Como nas indústria em competição monopolística a colusão é impossível, pois há muito produtores, a
diferenciação do produto é a única maneira que essas podem alcançar poder de mercado. Sua chave é
que os consumidores tem preferencias diferentes e cada produtor pode achar algo que atende as
preferencias especificas dos consumidores melhor que outra firma. Há 3 tipos de diferenciação de
produto: Diferenciação por estilo ou tipo; diferenciação por localização e diferenciação por qualidade.
- Qualquer que seja a forma, há duas características importantes em industrias com produtos
diferenciados: competição entre vendedores e valor na diversidade
- A competição entre vendedores implica que ainda que os vendedores de produtos diferenciados não
ofereçam produtos idênticos, em certa medida competem por um mercado limitado, e quanto mais
empresa menos elas vendem a qualquer preço dado.
- O valor na diversidade diz do ganho dos consumidores vindo da proliferação de produtos diferenciados

COMPETIÇÃO MONOPOLÍSTICA NO CURTO PRAZO


- No curto prazo a firma parece um monopolista: tem uma curva de demanda com inclinação para baixo,
o que implica uma curva de receita marginal com inclinação para baixo.
- A chave para saber se uma firma com poder de mercado é lucrativa ou não no curto prazo está na
relação entre sua curva de demanda e sua curva de custo total médio. Assim, existem algumas
combinações de preço e quantidade nas quais o preço é superior ao custo total médio, indicando que a
firma pode escolher uma quantidade pela que tem um lucro positivo.
- Dessa forma, o preço correspondente a cada quantidade demandada é sempre inferior ao custo total
médio de produzir aquela quantidade. Não existe quantidade pela qual a firma evita prejuízo.

COMPETIÇÃO MONOPOLÍSTICA NO LONGO PRAZO


- Quando as firmas existentes tem prejuízo, algumas firmas deixam a indústria. Essa não atinge o
equilíbrio de longo prazo enquanto os prejuízos não tiverem sido eliminados pela saída de algumas firmas.
E enquanto os lucros persistentes não tiverem sido eliminados pela entrada de novos produtores.
- Como os produtos diferenciados oferecidos pelas firmas em competição monopolística competem pelo
mesmo conjunto de consumidores, a entrada ou saída de outras afetara a curva de demanda que se
defronta cada produtor existente. Assim, a entrada de produtores adicionais levará a um deslocamento
para a esquerda da curva de demanda e da curva de receita marginal para um produtor existente típico.
E a saída das firmas de uma indústria leva a um deslocamento para a direita da curva de demanda e da
curva de receita marginal do produtor típico que permanece.
- A indústria estará em equilíbrio de linfo prazo quando na houve entrada e saída, o que ocorre somente
quando cada firma tiver lucro zero. No longo prazo, uma indústria em competição monopolística terminara
no equilíbrio de lucro zero, em que as firmas simplesmente cobrem seus custos na quantidade de
produto que maximiza seus lucros
- Uma firma que se defronta com uma curva de demanda com inclinação para baixo tem lucro positivo
em qualquer parte de sua curva de demanda que está acima da curva de custo total médio: ela terá
prejuízo se sua curva de demanda está sempre abaixo da curva de custo total médio. Assim, no equilíbrio
de lucro zero, a firma tem de estar em uma posição limítrofe entre esses dois casos: sua curva de
demanda apenas toca sua curva de custo total médio. Isto é, tem de ser tangente a ela na quantidade
de produto que maximiza o lucro da firma, ou seja, a quantidade de produto que a receita marginal é
igual ao custo marginal.
- A condição normal de longo prazo em uma indústria em competição monopolística, portanto, é que cada
produtor atua como monopolista fixando custo marginal igual à receita marginal de modo a maximizar
lucros. Mas isso só permite alcançar lucro econômico zero. Os produtores na indústria são como
monopolistas sem lucros de monopólio.

COMPETIÇÃO MONOPOLÍSTICA VERSUS COMPETIÇÃO PERFEITA


- O equilíbrio de longo prazo em uma indústria em competição monopolística se parece bastante com o
equilíbrio de longo prazo de uma indústria em competição perfeita. Em ambos os casos, há muitas
firmas, os lucros desaparecem pela competição e o preço recebido por cada firma é igual ao custo total
médio de produção.
- Contudo, as duas versões de equilíbrio de longo prazo são diferentes

PREÇO, CUSTO MARGINAL E CUSTO TOAL MÉDIO


- No caso da firma em competição perfeita, o preço recebido pela firma a quantidade que maximiza o
lucro é igual ao custo marginal de produção da firma, nessa quantidade de produto. Em contraste, na
quantidade que maximiza o lucro, escolhida pela firma em competição monopolística, o preço é superior
ao custo marginal de produção.
- O fato que competidores monopolísticos, diferente de competidores perfeitos, querem vender mais ao
preço corrente, é crucial para entender por que se dedicam a atividades com publicidades, que podem
aumentar suas vendas.
- A outra diferença entre competição monopolística e perfeita envolve a posição de cada na sua curva de
custo total médio, a firma em competição perfeita produz a quantidade na qual o custo total médio é
minimizado, a quantidade de produto de custo mínimo. Em consequência, o custo total do produto da
indústria também é minimizado.
- Na competição monopolística, a firma produz menos do que a quantidade que minimizaria seu custo
total médio. O fato de que ela deixa de produzir o suficiente para minimizar o custo total médio algumas
vezes é descrito como questão do excesso de capacidade. Assim, o custo do produto total da indústria
não é minimizado no caso do mercado em competição monopolística.

A COMPETIÇÃO MONOPOLÍSTICA É INEFICIENTE?


- O competidor monopolístico, como a monopolista, cobra um preço que está acima do custo marginal.
Assim, algumas transações mutuamente benéficas deixam de ser exploradas. Além disso está sujeita a
mais um tipo de ineficiência, a de que o excesso de capacidade de cada competidor monopolístico
implica uma duplicação que é um desperdício: as indústrias em competição monopolística oferecem um
excesso de variedade. Se houvesse uma quantidade menor de vendedores, cada um teria custos totais
médios mais baixos e poderia oferecer produtos mais baratos.
.- A diversidade de produtos
oferecidos. em uma indústria em competição monopolista é benéfica para os consumidores. Assim, o
preço mais alto que os consumidores pagam por causa do excesso de capacidade é compensado pelo
valor que eles recebem em virtude da maior diversidade.
- Em outras palavras, há um trade-off: mais produtores significa custo total médio mais alto, mas
também mais variedade de produtos
O PAPEL DA PUBLICIDADE
- A publicidade vale a pena em indústrias em que as firmas tem ao menos algum poder de mercado. A
sua finalidade é fazer com que as pessoas comprem mais do produto de um vendedor ao preço corrente.
Uma firma perfeitamente competitiva, que pode vender quanto queira ao preço corrente, não tem
incentivo para gastar dinheiro convencendo consumidores a comprar mais. Só, uma firma com poder de
mercado, e que, portanto, cobre mais, pode ganhar gastando em publicidade, que é uma forma de
informar potenciais consumidores sobre o produto oferecido.
- Consumidores não são tão racionais quanto economistas supõem. Talvez o julgamento dos consumidores
seja influenciado por fatores que economistas consideram irrelevantes, como celebridades. A
racionalidade é uma pressuposição útil para o trabalho de análise, não uma verdade absoluta.
- Anúncios podem ser “sinal” indireto para os consumidores que não tem boa informação sobre os
produtos. Pode ser racional chamar uma firma com anúncios maiores, pois tem mais dinheiro para pagar
por eles, tem mais dinheiro pois mais pessoas compram e assim ela é melhor. Logo, a publicidade
dispendiosa serve para estabelecer a qualidades dos produtos de uma firma aos olhos do consumidor
- A possibilidade de que é racional para o consumidor responder a publicidade tem relação com a
questão de saber se ela é desperdício de recursos. Mas, na medida em que ela transmite informação
importante é atividade econômica produtiva no ponto de vista econômico.

MARCAS
- O papel dos nomes de marca, nomes de propriedade de companhias especificas que diferenciam seus
produtos na mente dos consumidores, é muitas vezes o ativo mais importante de uma companhia. Assim,
as companhias vão longe para protege-lo, processando quem o utilize sem permissão.
- Por um lado, o nome de marca muitas vezes cria poder de mercado injustificável. Os consumidores as
vezes pagam mais mesmo com bens de mesma qualidade com preços menores devido marca.
- Por outro lado, para muitos o nome de marca transmite informação, as vezes é preferível tentar algo de
marca grande do que um desconhecido que pode ser melhor ou pior, com a marca garantindo que o
vendedor esta empenhado em uma interação repetitiva com clientes e tem um nome a zelar.

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