Conceitos e fontes (administrativo)

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CONCEITOS E FONTES

CONCEITO
• É sub-ramo do Direito Público
• É considerado Direito não codificado
• Todas as entidades políticas (União, Estados, DF e Municípios) podem
legislar sobre Direito Administrativo
• Regulamenta a atividade administrativa (ou função administrativa), que
se materializa preponderantemente no Poder EXECUTIVO, apesar de ser exercida também
pelo Poder Legislativo e Judiciário
• O objeto do direito administrativo é o estudo da função administrativa
• A administração pública é obrigada a dar publicidade dos atos
administrativos que praticar

📍O direito administrativo brasileiro foi influenciado pelo direito estrangeiro,


exprime a força do direito alemão no direito administrativo pátrio a forma de
aplicação do princípio da segurança jurídica.

CRITÉRIOS PARA CONCEITUAÇÃO E DEFINIÇÃO DO D. ADM.


– Legalista ou exegético: consiste na edição de leis e outros atos normativos
– Poder Executivo: conceitua que o direito administrativo se restringe a estudar
os atos editados pelo Poder Executivo, desconsiderando os demais poderes
– Serviço Público: conjunto de regras referente ao serviço público seja em sentido
amplo ou estrito
– Relações Jurídicas: conjunto de normas jurídicas que regulam as relações entre a
administração pública e os administrados
– Teológico ou finalístico: consiste num sistema de princípios que regulam a
atividade do Estado para o cumprimento de seus fins
– Negativista ou residual:
– Administração Pública (adotado pela maioria dos autores): conjunto de princípios
que regem a administração pública
– Escola de puissance ou potestidade pública: enfatiza a importância de atos de
império (Estado atua como autoridade sobre particulares) e atos de gestão (Estado
atua em posição de igualdade) regendo-se pelo direito privado

FONTES DO D. ADMINISTRATIVO:
Fonte FORMAL PRINCIPAL: Constituição, lei em sentido amplo e os atos normativos da
administração pública
– Primárias ou diretas: CF e as leis vigentes, incluindo os tratados e acordos
internacionais firmados pelo Brasil e Súmulas vinculantes
– Secundárias ou indiretas: jurisprudência, costumes, doutrinas e princípios

SISTEMAS DE CONTROLE JURISDICIONAL DOS ATOS DA ADM. PÚBLICA


1. Contencioso administrativo ou francês (não adotado no Brasil): existe
uma jurisdição administrativa (para decidir as demandas de interesse da
Administração Pública) e a comum que é o Poder Judiciário (responsável pelo
julgamento das demandas que não envolvam a Administração Pública -> não
interferindo na Administração)
MAS, aqui no Brasil todas as decisões provenientes dos órgãos e entidades
administrativas podem ser revistas pelo Poder Judiciário, ainda que proferidas por
agências reguladoras (ANATEL, ANS, ANVISA, etc).
2. Jurisdição única ou inglês (adotado no Brasil): compete ao Poder
Judiciário processar e julgar, em última instância, todas as demandas existentes na
sociedade, incluindo aquelas de interesse da Administração Pública. É consequência
do princípio do amplo acesso ao Poder Judiciário (art. 5º, XXXV, CF)

📍📌REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO:


O regime jurídico-administrativo está fundamentado em dois princípios dos quais
todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse público
sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público.
• Supremacia do interesse público sobre o privado: haverá privilégios
(prerrogativas) a exemplo da possibilidade de alteração unilateral dos contratos
administrativos - prazo em dobro por exemplo) para permitir melhor atendimento do
interesse público. Nesse caso, o Estado se apresentará em situação de superioridade
em relação aos particulares, sendo estabelecida uma relação vertical.
• Confere a administração prerrogativas não aplicáveis ao particular e
instrumentais à cura do interesse público, tais como a autotutela e o poder de
polícia, dentre outras tantas, que lhe permitem assegurar a supremacia do interesse
público sobre o privado.
• Indisponibilidade do interesse público: haverá restrições (limitações)
para a administração pública (sujeições, a exemplo da obrigatoriedade de realização
de concurso público e licitação).
• Esse princípio não exige que o Estado só possa exercer função
administrativa sob o regime de direito público, em diversas situações o Estado
exerce função administrativa sob o direito privado, exemplo: nas atividades
exercidas pelas empresas públicas e sociedades de economia mista.
-> Com isso, o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a
administração pública e que não se encontra nas relações entre particulares
constitui o regime jurídico administrativo.
-> A lei encerra o pressuposto, fundamento e limite da atividade administrativa. É
a própria lei que estabelecerá as condições e limites de atuação.

SENTIDO OBJETIVO E SUBJETIVO:


⁃ Subjetivo: a Administração Pública pode ser entendida como o conjunto
de órgãos, pessoas jurídicas (entidades políticas e entidades administrativas) e
agentes públicos encarregados de exercer (exercício) atividade administrativa.
⁃ Objetivo/Material/Funcional: consiste em estudar atividades
finalísticas feitas pela administração para executar (exercer) função
administrativa, como por exemplo: fomento, serviço público, intervenção
administrativa e etc.

CURIOSIDADES:
• O Estado é formado pela junção de três elementos originários e
indissociáveis que são povo, território e governo soberano
• As fontes do direito administrativo são a jurisprudência, costumes, lei
e doutrina
• Atos administrativos normativos constituem fonte do direito
administrativo
• Um dos principais objetivos da administração pública é a
descentralização administrativa
• O Código de Processo Civil tem aplicação supletiva e subsidiária nos
processos administrativos

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