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§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por § 3º O Conselho escolherá, em VOTAÇÃO SECRETA, 1 Correge-
integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da res- dor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o
pectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. integram, VEDADA A RECONDUÇÃO, competindo-lhe, além das
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á median- atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
te concurso público de provas e títulos, assegurada a participação I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, rela-
da OAB em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, tivas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxi-
no mínimo, 3 anos de atividade jurídica e observando-se, nas liares;
nomeações, a ordem de classificação. II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e cor-
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no reição geral;
art. 93. III requisitar e designar membros do Ministério Público, dele-
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imedi- gando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Mi-
ata. nistério Público.
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais do Brasil oficiará junto ao Conselho.
de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a di- § 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério
reitos, vedações e forma de investidura. Público, competentes para receber reclamações e denúncias de
qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando
compõe-se de 14 membros nomeados pelo Presidente da Repú- diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.
blica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Se-
nado Federal, para um mandato de 2 anos, admitida 1 recon- SÚMULAS SOBRE MINISTÉRIO PÚBLICO
dução, sendo:
I o Procurador-Geral da República, que o preside; STF
II 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma Súmula 643-STF: O Ministério Público tem legitimidade para
de suas carreiras; promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade
III 3 membros do MPE’s; de reajuste de mensalidades escolares.
IV 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; Súmula 701-STF: No mandado de segurança impetrado pelo
V 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Ministério Público contra decisão proferida em processo penal,
Advogados do Brasil; é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo.
VI 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indi-
cados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Fede- STJ
ral. Súmula 99-STJ: O Ministério Público tem legitimidade para
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público se- recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda
rão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da que não haja recurso da parte.
lei. Súmula 116-STJ: A Fazenda Pública e o Ministério Público têm
§ 2º Compete ao CNMP o controle da atuação administrativa prazo em dobro para interpor agravo regimental no Superior
e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos de- Tribunal de Justiça.
veres funcionais de seus membros, cabendo lhe: Súmula 189-STJ: É desnecessária a intervenção do Ministério
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público nas execuções fiscais.
Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua Súmula 226-STJ: O Ministério Público tem legitimidade para
competência, ou recomendar providências; recorrer na ação de acidente do trabalho, ainda que o segu-
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou me- rado esteja assistido por advogado.
diante provocação, a legalidade dos atos administrativos pra- Súmula 234-STJ: A participação de membro do Ministério Pú-
ticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União blico na fase investigatória criminal não acarreta o seu impe-
e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar pra- dimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
zo para que se adotem as providências necessárias ao exato Súmula 329-STJ: O Ministério Público tem legitimidade para
cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais propor ação civil pública em defesa do patrimônio público.
de Contas;
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou ór-
Seção II
gãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive
DA ADVOCACIA PÚBLICA
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência
Art. 131. A Advocacia-Geral da União (AGU) é a instituição que,
disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar pro-
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a Uni-
cessos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponi-
ão, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
bilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos pro-
complementar que dispuser sobre sua organização e funciona-
porcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções adminis-
mento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico
trativas, assegurada ampla defesa;
do Poder Executivo.
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos dis-
§ 1º A AGU tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre
ciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos
nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos mai-
Estados julgados há menos de 1 ano;
ores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de
necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as
que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de pro-
atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem previs-
vas e títulos.
ta no art. 84, XI.
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§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a repre- Súmula 421-STJ: Os honorários Após as ECs 45/2004, 74/2013 e
sentação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacio- advocatícios não são devidos à 80/2014, passou a ser permitida
nal, observado o disposto em lei. Defensoria Pública quando ela a condenação do ente
atua contra a pessoa jurídica federativo em honorários
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, or- de direito público à qual advocatícios em demandas
ganizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso pertença. patrocinadas pela Defensoria
público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas Pública, diante de autonomia
as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria funcional, administrativa e
jurídica das respectivas unidades federadas. orçamentária da Instituição.
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é asse- STF. Plenário. AR 1937 AgR, Rel.
gurada ESTABILIDADE após 3 anos de efetivo exercício, medi- Min. Gilmar Mendes, julgado
ante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após em 30/06/2017.
relatório circunstanciado das corregedorias.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
SEÇÃO III TÍTULO V
DA ADVOCACIA Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justi- CAPÍTULO I
ça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO
da profissão, nos limites da lei. Seção I
DO ESTADO DE DEFESA
SEÇÃO IV Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho
DA DEFENSORIA PÚBLICA da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar esta-
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essen- do de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em
cial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como ex- locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz so-
pressão e instrumento do regime democrático, fundamental- cial ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucio-
mente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos huma- nal ou atingidas por calamidades de grandes proporções na
nos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos natureza.
direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o
aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e
Constituição Federal. indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigo-
§ 1º LC organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Fe- rarem, dentre as seguintes:
deral e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua orga- I - restrições aos direitos de:
nização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada b) sigilo de correspondência;
a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autono- hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos da-
mia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta nos e custos decorrentes.
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superi-
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. or a 30 dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual perío-
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União do, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
e do Distrito Federal. § 3º Na vigência do estado de defesa:
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unida- I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo exe-
de, a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando- cutor da medida, será por este comunicada imediatamente ao
se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao
art. 96 desta Constituição Federal. preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela auto-
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas ridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua
Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. autuação;
39, § 4º. III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser su-
perior a 10 dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciá-
SÚMULAS SOBRE DEFENSORIA PÚBLICA rio;
IV - É VEDADA A INCOMUNICABILIDADE DO PRESO.
Súmula 421-STJ: Os honorários advocatícios não são devidos à
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presi-
Defensoria Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica de
dente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a
direito público à qual pertença
respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por
maioria absoluta.
Em caso de ação patrocinada pela Defensoria Pública contra § 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado,
o respectivo ente (ex: ação patrocinada pela DPU contra a extraordinariamente, no prazo de 5 dias.
União), caso o Poder Público seja sucumbente, ele deverá § 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de 10 dias
pagar honorários advocatícios em favor da Instituição? contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando
enquanto vigorar o estado de defesa.
STJ: NÃO STF: SIM
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
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com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Arma- outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual
das; ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispu-
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego ser em lei;
público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e dro-
inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos gas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação
da lei; fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em competência;
cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de
ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese previs- fronteiras;
ta no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciá-
quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ria da União.
ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de ser- § 2º A polícia rodoviária federal (PRF), órgão permanente, orga-
viço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, nizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-
sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
transferido para a reserva, nos termos da lei; federais.
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filia- mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na for-
do a partidos políticos; ma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de car-
do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal mi - reira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções
litar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal es- de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
pecial, em tempo de guerra; as militares.
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena pri- § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preser-
vativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada vação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares,
em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso an- além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de ati-
terior; vidades de defesa civil.
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças
XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Fede-
art. 37, inciso XVI, alínea "c"; ral e dos Territórios.
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos ór-
de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do gãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a
militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, eficiência de suas atividades.
as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consi- § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais des-
deradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas tinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, confor-
cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. me dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos ór-
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. gãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço art. 39.
alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem
imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas
de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se vias públicas:
eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trân-
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço sito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao
militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e
encargos que a lei lhes atribuir. II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e
CAPÍTULO III seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da
DA SEGURANÇA PÚBLICA lei
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e res-
ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação da or- CÓDIGO PENAL
dem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:
TÍTULO VII
I - polícia federal;
DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
II - polícia rodoviária federal;
CAPÍTULO I
III - polícia ferroviária federal;
DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO
IV - polícias civis;
Bigamia
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamen-
§ 1º A polícia federal (PF), instituída por lei como órgão perma-
to:
nente, organizado e mantido pela União e estruturado em carrei-
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
ra, destina-se a:
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou
com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de
com reclusão ou detenção, de um a três anos.
suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
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§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, proporcionando os recursos necessários ou faltando ao paga-
ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexis- mento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada
tente o crime. ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou
ascendente, gravemente enfermo:
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de 1 a
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o 10 vezes o maior salário mínimo vigente no País.
outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo
casamento anterior: solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por aban-
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. dono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pen-
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do con- são alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.
traente enganado e não pode ser intentada senão depois de
transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou Entrega de filho menor a pessoa inidônea
impedimento, anule o casamento. Art. 245 - Entregar filho menor de 18 anos a pessoa em cuja
companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou mate-
Ação Penal Privada Personalíssima rialmente em perigo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
§ 1º - A pena é de 1 a 4 anos de reclusão, se o agente pratica
Conhecimento prévio de impedimento
delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior.
Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de
§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem,
impedimento que lhe cause a nulidade absoluta:
embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação
Pena - detenção, de três meses a um ano.
de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de
obter lucro.
Simulação de autoridade para celebração de casamento
Art. 238 - Atribuir-se falsamente autoridade para celebração
Abandono intelectual
de casamento:
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui
primária de filho em idade escolar:
crime mais grave.
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Simulação de casamento
Art. 247 - Permitir alguém que menor de 18 anos, sujeito a
Art. 239 - Simular casamento mediante engano de outra
seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância:
pessoa:
I - frequente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui
pessoa viciosa ou de má vida;
elemento de crime mais grave.
II - frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofen-
der-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza;
CAPÍTULO II
III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;
DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DE FILIAÇÃO
IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração
Registro de nascimento inexistente
pública:
Art. 241 - Promover no registro civil a inscrição de nascimen-
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
to inexistente:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
CAPÍTULO IV
DOS CRIMES CONTRA O
Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao
PÁTRIO PODER, TUTELA CURATELA
estado civil de recém-nascido
Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de in-
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como
capazes
seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, su-
Art. 248 - Induzir menor de 18 anos, ou interdito, a fugir do
primindo ou alterando direito inerente ao estado civil:
lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a ou-
Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reco-
trem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de
nhecida nobreza:
18 anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá-lo a
Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar
quem legitimamente o reclame:
de aplicar a pena.
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Sonegação de estado de filiação
Subtração de incapazes
Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de
Art. 249 - Subtrair menor de 18 anos ou interdito ao poder
assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atri-
de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem ju-
buindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao es-
dicial:
tado civil:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
constitui elemento de outro crime.
§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou cura -
CAPÍTULO III
dor do interdito não o exime de pena, se destituído ou tempora-
DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR
riamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.
Abandono material
§ 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência
este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de
do cônjuge, ou de filho menor de 18 anos ou inapto para o tra-
aplicar pena.
balho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 anos, não lhes
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I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, Falso reconhecimento de firma ou letra
de Estado ou de Município; Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de fun-
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito públi- ção pública, firma ou letra que o não seja:
co, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documen-
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. to é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é par -
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: ticular.
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em Certidão ou atestado ideologicamente falso
prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de fun-
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, lo- ção pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter car-
gotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identi- go público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou
ficadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. qualquer outra vantagem:
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime Pena - detenção, de dois meses a um ano.
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6. Falsidade material de atestado ou certidão
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão,
Falsificação de documento público ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para pro-
Art. 297 - FALSIFICAR, no todo ou em parte, documento va de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo pú-
público, ou ALTERAR documento público verdadeiro: blico, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qual-
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. quer outra vantagem:
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime Pena - detenção, de três meses a dois anos.
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6. § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se,
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento além da pena privativa de liberdade, a de multa.
público o emanado de entidade paraestatal, o título ao porta-
dor ou transmissível por endosso, as ações de sociedade co- Falsidade de atestado médico
mercial, os LIVROS MERCANTIS e o TESTAMENTO PARTICU- Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, ates-
LAR. tado falso:
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: Pena - detenção, de um mês a um ano.
I – na folha de pagamento ou em documento de informa- Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro,
ções que seja destinado a fazer prova perante a previdência soci- aplica-se também multa.
al, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica
II – na CTPS do empregado ou em documento que deva pro- Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que te-
duzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou di- nha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração
versa da que deveria ter sido escrita; está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:
III – em documento contábil ou em qualquer outro docu- Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
mento relacionado com as obrigações da empresa perante a pre- Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de
vidência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
constado.
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documen- Uso de documento falso
tos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pesso- Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados
ais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
prestação de serviços. Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
Falsificação de documento particular Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime
Art. 298 - FALSIFICAR, no todo ou em parte, documento parti- de uso de documento falso é firmada em razão da entidade
cular ou ALTERAR documento particular verdadeiro: ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. importando a qualificação do órgão expedidor.
Falsificação de cartão
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a
Supressão de documento
documento particular o CARTÃO DE CRÉDITO ou DÉBITO.
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio
ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou par-
Falsidade ideológica
ticular verdadeiro, de que não podia dispor:
Art. 299 - OMITIR, em documento público ou particular, de-
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento
claração que dele devia constar, ou NELE INSERIR ou fazer in-
é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documen-
serir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com
to é particular.
o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verda-
de sobre fato juridicamente relevante:
CAPÍTULO IV
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documen-
DE OUTRAS FALSIDADES
to é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o docu-
Falsificação do sinal empregado no contraste de metal preci-
mento é particular.
oso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e co-
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou
mete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou
sinal empregado pelo poder público no contraste de metal preci-
alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a
oso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa
pena de 1/6.
natureza, falsificado por outrem:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
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Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração públi-
a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou para ca:
autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
cumprimento de formalidade legal: § 3o Aumenta-se a pena de 1/3 se o fato é cometido por funci-
Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa. onário público.
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Sim, desde que para crimes cuja pena máxima prevista seja de
até 4 anos. Art. 330. A fiança, que será SEMPRE DEFINITIVA, consistirá
Exceção: o crime do art. 24-A da Lei Maria da Penha tem pena em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, tí-
máxima de 2 anos, mas não admite fiança concedida pela tulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hi-
autoridade policial. poteca inscrita em primeiro lugar.
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais
preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela au-
Art. 323. Não será concedida fiança:
toridade.
I - nos crimes de racismo;
§ 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívi-
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e
da pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa,
drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hedion-
e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham livres de
dos;
ônus.
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou milita-
res, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido à
repartição arrecadadora federal ou estadual, ou entregue ao de-
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:
positário público, juntando-se aos autos os respectivos conheci-
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança an-
mentos.
teriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qual-
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se pu-
quer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste
der fazer de pronto, o valor será entregue ao escrivão ou pessoa
Código;
abonada, a critério da autoridade, e dentro de três dias dar-se-á
II - em caso de PRISÃO CIVIL ou militar;
ao valor o destino que lhe assina este artigo, o que tudo constará
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação
do termo de fiança.
da prisão preventiva (art. 312).
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MARINA ABUD MOUSSALLEM - 124.308.607-67
classificação Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será
entregue a quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos
os encargos a que o réu estiver obrigado.
Art. 340. Será exigido o REFORÇO da fiança:
I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insufici-
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por
ente;
meio de hipoteca, a execução será promovida no juízo cível
II - quando houver depreciação material ou perecimento
pelo órgão do Ministério Público.
dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais
ou pedras preciosas;
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais
III - quando for inovada a classificação do delito.
preciosos, o juiz determinará a venda por leiloeiro ou corretor.
Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será re-
colhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo, não for
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verifi-
reforçada.
cando a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe li-
berdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos
Art. 341. Julgar-se-á QUEBRADA a fiança quando o acusa-
arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for
do:
o caso.
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo,
comparecer, sem motivo justo;
qualquer das obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o dis-
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do
posto no §4 do art. 282 deste Código.
processo;
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente
TÍTULO X
com a fiança;
DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial;
CAPÍTULO I
V - praticar nova infração penal dolosa.
DAS CITAÇÕES
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o
Deixar de comparecer quando intima- réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver
do ordenado.
Mudar de residência, sem permissão
Art. 352. O mandado de citação indicará:
Ausentar-se por mais de 8 dias, sem I - o nome do juiz;
QUEBRAMENTO comunicar II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
DA FIANÇA III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais
Deliberadamente praticar ato de obs-
(implica em perda de característicos;
trução ao andamento do processo
METADE do seu valor) IV - a residência do réu, se for conhecida;
Descumprir medida cautelar imposta V - o fim para que é feita a citação;
cumulativamente com a fiança VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá
Resistir injustificadamente a ordem ju- comparecer;
dicial VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
Praticar nova infração penal dolosa. Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdi-
ção do juiz processante, será citado mediante precatória.
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se
declarou quebrada a fiança, esta subsistirá em todos os seus efei- Art. 354. A precatória indicará:
tos I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
II - a sede da jurisdição de um e de outro;
Art. 343. O QUEBRAMENTO INJUSTIFICADO da fiança im- III - o fim para que é feita a citação, com todas as especifica-
portará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz deci- ções;
dir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá
caso, a decretação da prisão preventiva. comparecer.
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, in-
se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do dependentemente de traslado, depois de lançado o "cumpra-se"
cumprimento da pena definitivamente imposta. e de feita a citação por mandado do juiz deprecado.
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos
custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, será re- para efetivação da diligência, desde que haja tempo para fazer-se
colhido ao fundo penitenciário, na forma da lei. a citação.
§ 2o Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções para não ser citado, a precatória será imediatamente devolvida,
previstas no art. 345 deste Código, o valor restante será recolhido para o fim previsto no art. 362 (citação por hora certa).
ao fundo penitenciário, na forma da lei.
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em
resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser expedi-
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da por via telegráfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer,
que a estação expedidora mencionará. nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; no art. 312.
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé,
e sua aceitação ou recusa. Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado
que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar
Art. 358. A CITAÇÃO DO MILITAR far-se-á por intermédio de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança
do chefe do respectivo serviço. de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.
Art. 359. O dia designado para funcionário público compa- Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido,
recer em juízo, como acusado, será notificado assim a ele como será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso
ao chefe de sua repartição. do prazo de prescrição até o seu cumprimento.
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em lega-
ções estrangeiras serão efetuadas mediante carta rogatória.
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edi-
tal, com o prazo de 15 dias. CAPÍTULO II
DAS INTIMAÇÕES
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser cita- Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e
do, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à cita- demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato,
ção com hora certa, na forma estabelecida no CPC. será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo ante-
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o rior.
acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. § 1o A intimação do defensor constituído, do advogado
do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão
CITADO POR EDITAL E NÃO Suspende-se o processo e o incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluin-
COMPARECE prazo prescricional do, sob pena de nulidade, o nome do acusado.
§ 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na
CITADO POR HORA CERTA E Nomeia-se defensor dativo comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por
NÃO COMPARECE mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou
por qualquer outro meio idôneo.
Art. 363. O processo terá completada a sua formação § 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a
quando realizada a citação do acusado. aplicação a que alude o § 1o.
§ 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a cita- § 4o A intimação do Ministério Público e do defensor no-
ção por edital. meado será pessoal.
§ 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em qual-
quer tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e se- Intimação do DEFENSOR CONSTITUÍDO, Por publicação
guintes deste Código. ADVOGADO DO QUERELANTE e ASSISTENTE
Art. 364. No caso do artigo anterior, n o I, o prazo será fixado Intimação do MP e DEFENSOR NOMEADO Pessoal
pelo juiz entre 15 e 90 dias, de acordo com as circunstâncias, e,
no caso de no II, o prazo será de 30 dias. Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na peti-
ção em que for requerida, observado o disposto no art. 357.
Art. 365. O edital de citação indicará:
I - o nome do juiz que a determinar; Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal,
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais o juiz marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas,
característicos, bem como sua residência e profissão, se consta- dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos
rem do processo; autos.
III - o fim para que é feita a citação;
IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá SÚMULA SOBRE INTIMAÇÃO
comparecer;
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital Súmula 710-STF: No processo penal, contam-se os prazos da
na imprensa, se houver, ou da sua afixação. data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício da carta precatória ou de ordem.
onde funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde
houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver
feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão
do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da pu-
blicação.
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