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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso (180496) – Imersão Profissional: Instrumentalização das Políticas


Públicas

ANÁLISE DA FORMAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A


MOBILIDADE URBANA
Autor(es): Bruno Roque Guedes1
Tutor externo: Isaias Rosas da Silva2

Neste trabalho de pesquisa iremos abordar sobre a formação de políticas


públicas no que têm sido objeto de intensos debates e pesquisas, dada sua complexidade
e diversidade com um foco em particular no processo de formação de políticas públicas
para a mobilidade urbana, um processo complexo e multifacetado que envolve a
interação de diversos atores sociais, políticos e econômicos e que atualmente tem sido
um dos principais desafios enfrentados pelas cidades contemporâneas, especialmente
em países em desenvolvimento como o Brasil. Segundo Souza (2006), as políticas
públicas podem ser definidas como o que o governo decide ou não fazer, refletindo as
prioridades e os valores da sociedade.
Este estudo se propõe a analisar o processo de formação de políticas públicas
para a mobilidade urbana no município de Fortaleza, CE, que se justifica pela sua
condição de cidade média em um contexto de rápida urbanização e crescimento
populacional. Segundo Amorim Filho e Serra (2001), as cidades médias desempenham
um papel fundamental no planejamento urbano e regional, sendo que, com sua
diversidade socioeconômica, Fortaleza apresenta um cenário propício para a análise das
políticas de mobilidade. Além disso, a cidade enfrenta desafios significativos
relacionados ao trânsito, transporte público e acessibilidade, o que torna essa análise
uma questão de relevância social. A pesquisa se fundamenta na necessidade de entender
como as políticas são formuladas e implementadas, considerando as pressões externas e
internas que afetam a tomada de decisão dos gestores buscando compreender as
dinâmicas que envolvem esse processo e os desafios enfrentados pelos gestores
públicos.
A questão central a ser explorada é como ocorre a formação das políticas
públicas para a mobilidade nas cidades, buscando entender as interações entre os
diferentes atores, as pressões políticas e os desafios encontrados na implementação das
políticas públicas. O objetivo é se aprofundar no processo de elaboração dessas
políticas, identificar os principais envolvidos e analisar as dinâmicas que influenciam a
tomada de decisões e com isso, espera-se contribuir com um melhor entendimento sobre
essas questões, buscando fornecer dados para uma gestão pública mais eficiente e
estimulando um diálogo mais eficaz entre todos os envolvidos.
_________________________
Acadêmico do Curso de Gestão Pública; E-mail: 3476706@aluno.uniasselvi.com.br
Tutor Externo do Curso de Gestão Pública – Polo Iguatu-ce; E-mail:
23128@tutor.uniasselvi.com.br
A formação de políticas públicas é um campo de estudo que se destaca pela sua
relevância na construção de soluções para os problemas sociais. A análise desse
processo é fundamental para compreender como as decisões são tomadas e quais fatores
influenciam a inclusão de determinadas questões na agenda pública. No contexto da
mobilidade urbana, é um tema de crescente relevância nas discussões sobre o
desenvolvimento das cidades pois não se limita apenas ao deslocamento físico, mas
abrange questões sociais, econômicas e ambientais que impactam diretamente a
qualidade de vida da população.
Metodologicamente, a análise de política pública deve investigar dois tópicos
fundamentais. Inicialmente, o processo de intervenção do Estado; em
segundo lugar, o chamado perfil da intervenção, ou seja, o conjunto de
características básicas das ações desencadeadas, que permitem identificar a
estrutura e o movimento da política no tempo, com suas implicações sociais,
políticas e econômicas. (VASCONCELLOS, 1999, p. 24).

A mobilidade urbana é um elemento central na organização das cidades, e seu


planejamento deve ser pautado por princípios de acessibilidade e inclusão. Segundo
Siqueira (2017), "as cidades precisam se organizar e elaborar políticas públicas que
atendam às necessidades de sua população, garantindo-lhe boas condições de
deslocamento, acesso e circulação". Essa afirmação destaca a importância de um
planejamento urbano que considere as especificidades locais e que busque atender às
demandas da população. Além disso, a literatura aponta que a formação de políticas
públicas é um processo dinâmico, marcado por interações entre diferentes atores, como
a sociedade civil, o setor privado e o governo. Kingdon (2011) argumenta que para um
tema ganhar relevância na agenda pública, é necessário que haja confrontos, mutações e
combinações de interesses, o que reforça a ideia de que a mobilidade urbana deve ser
discutida de forma colaborativa e democrática.

A análise das políticas públicas de mobilidade urbana em Fortaleza revela um


cenário complexo, onde as forças internas e externas influenciam a tomada de decisão
dos gestores municipais. A pesquisa qualitativa, que inclui entrevistas e observações,
permite uma compreensão mais aprofundada das práticas e desafios enfrentados na
implementação dessas políticas.

Como afirmam Ferraz e Torres (2004), "o transporte deve ser garantido aos
cidadãos pelo poder público, assegurando conforto, qualidade e segurança". Essa
perspectiva é essencial para a construção de um sistema de transporte que não apenas
atenda às necessidades de deslocamento, mas que também promova a equidade social e
a sustentabilidade ambiental. Portanto, a formação de políticas públicas para a
mobilidade urbana em Fortaleza deve ser vista como um processo colaborativo, que
envolve a participação ativa de diversos setores da sociedade, visando à melhoria da
qualidade de vida da população e ao desenvolvimento sustentável da cidade.

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Ao longo dessa pesquisa, vi que por trás de cada decisão política no processo de
formação de políticas públicas para a mobilidade urbana existem interesses, disputas e
desafios envolvidos que, muitas vezes, não vão de encontro a um planejamento voltado
para o bem estar e qualidade de vida não são prioridades. As interações e diálogos entre
o poder público, as empresas de transporte e os cidadãos são como peças de um quebra-
cabeça, onde cada um tem uma peça importante, mas o encaixe nem sempre é fácil, a
complexidade e a interconexão entre diversos fatores que influenciam a tomada de
decisão dos gestores públicos, a influência de diversos atores, como a mídia, grupos de
interesse e a própria dinâmica política, pode dificultar a implementação de políticas que
realmente atendam às necessidades da população. Essas pressões podem desviar a
atenção dos gestores de questões prioritárias.

A comparação com outras áreas, como segurança pública, saúde e educação,


pode enriquecer o debate e contribuir para uma abordagem mais abrangente das
políticas públicas, a compreensão desse processo é fundamental para identificar as
lacunas existentes e propor soluções que atendam às necessidades da população A
mobilidade urbana deve ser vista como um componente integral do desenvolvimento
urbano e a sua formulação deve considerar as interações entre diferentes políticas e
setores. Assim, a pesquisa não apenas contribui para a compreensão do contexto
específico de Fortaleza, mas também abre espaço para reflexões mais amplas sobre a
mobilidade nas cidades brasileiras, se alinhando com as diretrizes da política nacional
de mobilidade urbana.

A inclusão de múltiplas vozes no processo decisório é fundamental para garantir


que as políticas atendam às reais necessidades da população, promovendo uma
mobilidade mais equitativa e sustentável. A elaboração de políticas públicas muitas
vezes carece de um envolvimento efetivo da sociedade, a ausência de uma participação
democrática pode resultar em soluções que não atendem às necessidades reais da
população e para os funcionários do governo municipal, os gestores públicos, é
importante entender as forças que movem as propostas para formação de políticas
públicas e necessidade de abordagens mais integradas e participativas para superar os
desafios existentes. A falta de compreensão sobre esses fatores pode levar a decisões
inadequadas ou ineficazes.

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O estudo da formação de políticas públicas com foco na mobilidade urbana em


Fortaleza-CE compreende a dinâmica e os atores envolvidos nesse processo por meio de
métodos qualitativos, incluindo revisão de literatura, entrevistas e observações. O
desenvolvimento dessas políticas envolve, portanto, interações complexas entre pessoas,
mídia e governo para influenciar a formulação de políticas em geral. A participação
ativa da sociedade civil é crucial para resultados efetivos e inclusão em relação à
tomada de decisões. O estudo valida ainda mais a teoria de Kingdon (2011) sobre a
formação da agenda pública e enfatiza a necessidade de planejamento sincronizado e
colaborativo. Por último, mas não menos importante, além de apresentar uma
compreensão detalhada do contexto de Fortaleza, a pesquisa contribui para o debate
sobre mobilidade urbana; em vez de melhores soluções, as melhores soluções estão no
diálogo contínuo e no compartilhamento de experiências.

REFERÊNCIAS
AMORIM FILHO, O.; SERRA, R. V. Evolução e perspectivas do papel das cidades
médias no planejamento urbano e regional. Cidades médias brasileiras. Rio de Janeiro:
IPEA, 2001

Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n.5, p.22972-22999 may. 2020.

FERRAZ, A. C. P.; TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. Rima, São Carlos,


2004.

KINGDON, J. Agendas, Alternatives and Public Policies. Boston: Pearson Education,


2011.

SIQUEIRA, G. D. P. de. Políticas públicas e as práticas de priorização de Projetos


de Mobilidade Urbana com vista ao Desenvolvimento Sustentável. 2017.

SOUZA, Celina. Políticas Públicas: Questões Temáticas e de Pesquisa, Caderno


CRH 39: 11-24. 2006.

VASCONCELLOS, E. A. Circular é preciso, viver não é preciso: a história do


trânsito na cidade de São Paulo. São Paulo: Annablume: Fapesp, 1999.

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