CW 1 - 2 Estratégias para inovação
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estudos!
Gestão da Inovação
Estratégias para inovação
Fonte: iStock.
Dentre os principais estudiosos da estratégia empresarial, Michael Porter foi responsável por propor os principais
modelos ainda utilizados no meio acadêmico e empresarial de estratégia. Em um de seus primeiros livros, Porter (1980)
propôs uma tipificação que chamou de estratégias genéricas. Ele acreditava que a empresa deveria escolher um
posicionamento estratégico único, para garantir sua vantagem competitiva no longo prazo.
Segundo Porter, existiam três tipos de estratégias genéricas: foco, diferenciação e liderança em custo.
Foco add
Diferenciação add
Estratégia racional: nessa linha de pensamento, estão os autores que entendem que a estratégia é concebida a partir
de um processo racional, criado por uma área de planejamento da empresa que procura antecipar as alterações do
ambiente e, a partir daí propor formas de ação para a empresa. Essa forma de pensar orientou diversos estudos na área
de planejamento, em especial no planejamento estratégico, considerado até mesmo uma área à parte da empresa que
deve ser separada das atividades que cuidam das atividades diárias.
O grande mérito da estratégia como um processo racional consiste na possibilidade de coordenar as ações a partir
de um planejamento predefinido e na possibilidade de controlar se a empresa está seguindo os rumos desejados.
Por outro lado, essa abordagem faz com que a empresa perca um pouco de sua flexibilidade e capacidade de reagir
rapidamente aos mercados e às mudanças do ambiente, fatores que são essenciais em indústrias modernas.
Estratégia incremental: os autores que seguem a linha de pensamento da estratégia como incremental, também
chamada de estratégia incrementalista, defendem que não é necessário ter um planejamento para criar um plano de
ação para empresa. Para eles, o ideal é que a empresa tenha suas ações emergindo, a partir de respostas e adaptações ao
ambiente interno e externo, estando preparada a reagir rapidamente às crises e erros, evoluindo com o seu aprendizado
diante das situações adversas. Um dos principais defensores dessa linha de pensamento é Henry Mintzberg.
Acredita-se que essa forma de pensar e executar a estratégia aumente a capacidade da empresa de aprender, uma
vez que o processo de tentativa e erro permite identificar o que não deve ser feito para não ser repetido, mas
também faz com que ela consiga aproveitar oportunidades que não havia identificado a priori. Essa abordagem
também diminui a necessidade de controle, fazendo a gestão mais ágil. Com menos formalidade, o processo
consegue emergir e aprender, gerando mais possibilidades de inovação para a empresa.
Fonte: iStock.
Em geral, um indicador é composto pelo desempenho realizado dividido pelo objetivo que se tinha na realização daquela
tarefa. Os indicadores permitem acompanhar se determinado processo está sendo realizado a contento, mas não
conseguem resolver o problema. Eles servem para que o gestor identifique onde existe um problema e busque maneiras
de corrigi-lo.
Embora não exista um número padrão, estudos apontam que um gestor deve ser responsável por no máximo 7 métricas.
Sendo assim, é importante que as métricas sejam priorizadas, apontando aquelas que o gestor deve focar. Em geral,
inicia-se o processo de elaboração das métricas com uma avaliação das expectativas futuras de desempenho para a
empresa e para o gestor. Na sequência, identificam-se as variáveis que são importantes para chegar a esse objetivo e,
então, são criadas as métricas que irão conseguir medir essas variáveis.
Fonte: iStock.
Para saber se está no caminho certo ou não, a empresa precisa comparar a métrica atual com algum parâmetro. Uma
possibilidade é compará-la ao histórico da empresa, ou seja, comparar com o que a empresa já fez anteriormente. Outra
possibilidade é compará-la com algum padrão, por exemplo, do setor que a empresa atua ou de outras empresas do país.
A métrica sozinha não revela muita coisa.
O primeiro ponto consiste em identificar o que são os resultados esperados de um processo de inovação. O objetivo
maior da empresa é que os resultados da inovação levem a aumento dos lucros ou do faturamento, entretanto é
complicado tecer uma relação direta entre melhoria do lucro ou faturamento com a inovação. Portanto, utilizar aumento
do lucro ou do faturamento da empresa como um parâmetro para o sucesso do processo de inovação pode não refletir a
realidade.
Fonte: iStock.
Uma alternativa mais diretamente ligada ao processo de inovação seria utilizar como parâmetro a quantidade de
novos produtos criados ou o número de patentes obtidos.
Embora mais simples do que identificar os resultados, os recursos investidos em inovação também podem ser difíceis de
serem estimados. A métrica mais comum a ser empenhada nesse caso seria o investimento da empresa em Pesquisa e
Desenvolvimento, todavia essa variável pode estar indisponível para empresas que não têm um departamento
estruturado e também não considera investimentos indiretos. Também é possível utilizar, por exemplo, a quantidade de
profissionais dedicados exclusivamente à inovação na empresa.
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Uma métrica bastante utilizada quando a empresa deseja comparar-se com outras empresas ou com médias do setor é
identificar o percentual (%) do faturamento da empresa que é direcionado aos processos de inovação. Esse indicador, no
entanto, consegue medir o esforço da empresa em inovar, mas não se os resultados que estão sendo alcançados são
realmente efetivos.
Nesta seção, vimos a importância da relação entre estratégia e inovação para a empresa. Para isso, analisamos
duas linhas de pensamento diferentes sobre estratégia, incremental ou racional.
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