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Aula-07/10/2024

Capítulo II- Elementos do conceito de direito

Direito- sistema de normas de conduta social, assistido de proteção coativa- pode


recorrer a força física para ver as normas cumpridas.

Sistema- conjunto articulado de normas jurídicas – cosmos

1. É um sistema porque e um conjuntos de regras


2. Interpretação sistemática- as suas regras objetivas têm de ser interpretadas
de acordo com certos critérios lógicos e técnicos, em harmonia …- art.º. 9
C.C

A norma deve ser interpreta não de forma isolada, mas em conjunto e articulação
com as demais normas que com ela constituem o sistema jurídico. – art.9

Exemplo: art. 1600 com 1577º- conjunta e interligar

3. Casos omissos- não consta na lei- lacuna – é uma situação na vida social que
não está contemplada/positivada na lei.
Métodos de integração de lacunas da lei- art. º10 C.C-
Analogia- aplicação da norma que regula caso contemplado na lei ao caso
omisso.
Ex: contrato de agência é aplicada analogicamente ao contrato de franquia
(McDonald´s) ou concessão comercial (BMW- concessionários – Bomcar).
Art.10, Nº3- aplica-se norma criada dentro do espírito do sistema.
4. Princípios gerais sustem todas a normas do sistema jurídico- princípio da
dignidade; princípio da boa-fé- art.º 224, 243,291, etc..
o Princípio Pact sunt Servanda- art.º406
o Princípio da liberdade contratual- art.º405
o Principio da igualdade- art.º13 CRP
o Princípio da legalidade

5. Mecanismo de uniformização de jurisprudência – julgar um caso de


acordo que outros caos semelhantes, contudo isso nem sempre acontece-
art.º8,nº3 – fim do direito aqui perecido de forma enfatizada- segurança
jurídica, tenho de saber de forma previa a consequência dos meus atos .
Art. 8, nº1
Este é o caso dos acórdãos de uniformização de jurisprudência
6. Princípio da plenitude jurídica garante a todos os cidadãos, por um lado
a existência de uma norma jurídica capaz de resolver toda e qualquer
questão que devia ser regulada pelo Direito (art.10º C.C), e , por outro lado,
o direito de acesso à justiça e o direito de tutela jurisdicional efetiva (art.20º
CRP), não podendo nenhum tribunal “abstêm-se de julgar” (art.º 8, nº1, C.C.)
A ordem jurídica caracteriza-se pela sua plenitude, pelo que tem sempre a
solução adequada para oferecer ao cidadão que reclama justiça, mesmo que
não exista lei expressa diretamente a aplicável ao caso submetido a
apreciação (art.º20, nº5, CRP)
Referencia deve ser feita igualmente nos princípios que informam o sistema
jurídico, dos quais se poderá retirar a solução (“v.g”). P.e: ter boa-fé, princ.
Igualdade…)
Coercibilidade- uso de força em caso necessário para o cumprimento das
normas
Âmbito de aplicação- Impor condutas e permitir simplesmente.
Autonomia privada- particulares. Celebro um contrato com a erica em que
lhe compro um telemóvel pela vontade de cada uma e acordo que pago x
em x, no certo local e se não pagar a lei apresenta solução e eu modelo da
forma que eu quero e a erica também, ou seja as partes podem dar regras a
si próprios e regerem se assim.
Equidade- justiça do caso concreto, ou seja, situações em que o julgador
pode afastar a lei e apresentar uma solução mais justa naquele caso.

Norma Jurídica em sentido estrito

1. Previsão- representação da vida social em que se pretende regular

É geral e abstrata (aplicação futura)

Hipótese, hipótese normativa, tipo legal, fact specie= previsão

Art.º1323, Nº1, C.C

2. Estatuição- devolver a coisa ao seu dono/ efeito jurídico- art.º129


É geral e abstrata
3. Sanção- não esta presente em todas as normas, só nas sancionatórias

Ex: respeitar o direito à imagem da Ana e se não o fizer terei que lhe pagar uma
indeminização (sanção).

Existe normas sem sanção-

“Soft Law”, ou seja, normas que não apresentam sanção, Código de conduta,
Resolução das Nações Unidas, Código da Autorregulação da Publicidade.

A norma que não apresente sanção designa-se de “norma imperfeita”

EXERCICIO:

1320º-

Previsão: 1. “Os animais…dono”/ 2. Provando-se… dono”

Estatuição: 1. “pertenceste a este...”

2. “Não deveria ter feito”

Sanção:2. “ou a pagar-lhe o triplo…”

1324º-

 Previsão:1. “Se… dono dela”


2.” quando… vinte anos” - subentendida no exceto

 Estatuição: 1. “torna-se …ou enterrado”


2.” O achador… as autoridades” - subentendido
 Sanção: 3. “Se o achador…. Proprietário

1340º, Nº1-

 Previsão: “Se alguém de boa-fé..valor que tinha antes”


 Estatuição: o autor… plantações”
 Sanção:

1349º-

 Previsão:1. “se…análogos”
2. “apoderar-se de coisas… se encontrem”

 Estatuição:1. É … atos”

2.” É igualmente…pretenda/o proprietário…dono”

3. “ em … sofrido”

 Sanção

1353º-

 Previsão:
 Estatuição: “o proprietário… deles”.
 Sanção

626º-

 Previsão: “ quando… credor”


 Estatuição: “tem…caução”
 Sanção

1277º-

 Previsão: “ o possuidor que for perturbado ou esbulhado”


 Estatuição: “pode… nos termos do artigo 336º… a posse”
 Sanção:

TPC- EXERCICIOS CADERNO PRÁTICO:

4.6- A)

 Previsão: “Quando se vendam bens de existência ou titularidade incerta e


no contrato se faça menção dessa incerteza”
 Estatuição: “é…natureza aleatória”
 Sanção:

4.8- A)

 Previsão: “Não podem… pessoa”


 Estatuição: “aqueles… no capítulo respetivo”
 Sanção:

4.10- A)

 Previsão: “quando.. exija”


 Estatuição: O tutor…tribunal menores”
 Sanção:

4.11- A)

 Previsão: “Quando a lei exigir.. particular”


 Estatuição: “não pode este…superior”
 Sanção:

5)- amarelo-previsão/ vermelho-estatuição

a) «Quem matar outra pessoa é punido com pena de prisão de 8 a 16 anos»;

b) «O credor incorre em mora quando, sem motivo justificado, não aceita a


prestação que

lhe é oferecida nos termos legais ou não pratica os atos necessários ao


cumprimento da

obrigação»;

c) «Os interessados podem exigir recibo comprovativo da entrega dos


requerimentos

apresentados».

d) «São nulos os atos a que falte qualquer dos elementos essenciais ou para os
quais a lei

comine expressamente essa forma de invalidade»;

e) «O proprietário de um imóvel pode opor-se à emissão de fumo, fuligem, vapores,

cheiros, calor ou ruídos, bem como à produção de trepidações e outros quaisquer


factos

semelhantes, provenientes de prédio vizinho, sempre que tais factos importem um

prejuízo substancial para o uso do imóvel e não resultem da utilização normal do


prédio

de que emanam».

08/10/2024

Norma jurídica: slide 55

Hipoteticidade: a norma é uma descrição da vida real, uma hipótese e só quando


passa para a realidade, efetivamente o sucedido

A norma apresenta uma previsão, ou uma hipótese, que corresponde à descrição de


uma situação da vida social e apenas será aplicável a estatuição da norma quando
os factos deixarem de ser hipótese e se verifiquem efetivamente.
Generalidade:

Destina-se a um conjunto genérico de pessoas e não concretamente.

A norma jurídica é geral na medida em que se dirige a uma generalidade de


destinatários e não a um sujeito individualmente considerado.

Vertical-EX: Normas que definem o Presidente da república a quem ocupa o cargo


de presidente.

Horizontal- Todos que estejam naquela situação.

Abstração-

Norma está descrita de forma a ter aplicação futura.

A norma prevê a conduta de forma abstrata, ou seja, abstrai-se das particularidades


do caso concreto e das pessoas a quem vai aplicar-se em cada momento
reportando-se sempre a um tipo mais ou menos amplo de situações.

Podemos dizer que a norma está construída para aplicação futura e não apenas
para um caso concreto.

Outros:

o Imperatividade- As normas na sua forma prototípica contem uma


estatuição ou um comando, traduzem-se na imposição de um
comportamento ou na produção de um efeito jurídico. Esta é uma
característica comum a todas as ordens normativas cujas regras traduzem
uma exigência de dever/ser. Este caracter permite distinguir normas
jurídicas das leis da natureza que se referem explicativamente aos
fenómenos da natureza.

o Violabilidade- Dirigindo-se as normas jurídicas a pessoas livres, pode a


mesma ser violada pelos seus destinatários à semelhança do que sucede
com as demais normas de conduta social. Recorde-se que este e o caracter
da norma jurídica que permite distinguir da lei da natureza que não é
violável.

o Bilateralidade/alteridade- A norma jurídica visa ligar entre si, dois ou mais


sujeitos, por isso falamos no conceito de relação jurídica, ou seja, a relação
travada entre dois ou mais sujeitos e regulada pelo direito, no quadro de
modelo societário.

o Coercibilidade- A coercibilidade traduz-se na possibilidade de usar a força


física para impedir ou reprimir a violação da norma. É coercibilidade que
distingue a norma jurídica das demais normas de conduta social.

o A coação- uso da força/suscetibilidade de uso de força- coercibilidade

O caso prático sub judice versa sobre a temática- submetido a apreciação

Exercícios 1.4:
“O direito é um todo coerente e não um mero somatório indiscriminado de normas
dispersas”.

Tópicos a desenvolver:

Direito como um sistema;

E dizer argumentos- interpretação sistemática, princípios que informam o sistema


jurídico-boa-fé…., criar normas dentro do sistema, ordem jurídica é plena
(importante)- artº8, remeter art.º10 /e 20º da CRP

Artigo 8º importante !!!!!!!

1.5: “A doutrina do direito natural é uma doutrina idealista-dualista assente na


distinção entre um direito real (direito positivo) e um direito imutável identificado
com a justiça. No entanto, este direito ideal carece de eficácia e não tem condição
de garantir a paz e a segurança”.

Direito positivo e direito natural (distinguir)

1.8: O fim (imediato) do Direito presente no artigo 115º, n.º 1, do Código Penal
(Extinção do direito de queixa) é a Segurança.

Verdadeiro

Fim imediato é a segurança jurídica na medida em que não podem estar os crimes
… em que as pessoas não podem estar com receio de contar os crimes.

1.9. O que entende por Justiça, que relação há entre ela e o Direito, e como se
diferencia da Equidade?

O que é a justiça- atribuir a cada um o que é seu

Critério- dignidade da pessoa humana

Equidade-justiça do caso concreto- o juiz pode afastar a lei e decidir de acordo com
o caso concreto- art. º4 do C.C

1.10. O juiz não pode recusar-se aplicar uma norma positivada no Código do
Trabalho, alegando o seu caráter injusto, porquanto discriminatório quanto às
famílias monoparentais.

Art.º8, nº2 C.C – caracter injusto

Distinção de direito positivo e direito natural

O juiz não se pode abster de julgar, princípio plenitude ordem jurídica (art. º8)

O juiz não pode deixar de aplicar uma norma por a achar injusta, contra ao direito
natural (art.º8,nº2) art.º277 da CRP e ss (injusto).

Pode invocar inconstitucionalidade da norma neste caso. (art. º13 CRP)

1.11. O regime jurídico das obrigações naturais é estritamente positivista.

28/10/2024:

Epigrafe com a palavra Noção é norma interpretativa


Classificação de coisas- art.º202- normas interpretativas

Normas diretas- intervenientes na vida social, no quotidiano

Indiretas- os destinatários pretendem resolver os problemas jurídicos, advogados,


solicitador, juiz, aplicam o direito

Normas aplicação das leis no tempo- art.º 12: C.C princípio da não
retroatividade da lei- as novas leis aplicam-se aos factos futuro e as leis antigas
aplicam-se aos casos antigos/ passados

Normas de conflitos ou Normas de Direito internacional privado- art.º 14 e


ss do CC/ art.º25 e ss + tratados internacionais

Normas remissivas- remete outras normas que resolve questões jurídicas

i) Remissão explicita-(ex: art. º133 remete para o art. º1649) - refere


expressamente a norma ou normas para que remetem (p.e., art. º939)
ii) Remissão implícita- a norma não remete expressamente para outra
norma, mas estabelece que o facto ou a situação a regular é de se
considerar igual ao facto ou situação disciplinada por outra norma para a
qual implicitamente remete:
a) Ficção legis ( p.e, a norma que finge feita a interpelação do devedor
se este a tiver impedido, art.º 805, nº2 al.c) )
b) Presunção legal (p.e, o pai é marido da mãe, artº 1826 e 1874º e ss9
- Absoluta ou “ivis et de iute” - não admite prova em contrário
-Relativas ou “ius tantum” - admite prova em contrário (regra), p.e,
art. º1826

Normas autónomas- produzem efeitos por si só, não se precisa de ligar a outras
normas

Normas não autónomas- precisa-se de se ligar a outras normas- normas


interpretativas e normas remissivas

Normas gerais- estabelece regime regra- art. º219 do CC- p.e, consagra o princípio
da liberdade de forma; art.º 309- prazo geral de prescrição ordinário de 20 anos;
art. º342-onus da prova a cargo de quem invoca o direito.

Normas especiais- estão em sintonia com as gerais, mas particularizam/


desenvolvem

Normas excecionais-(sempre que na epigrafe diz forma por regra é norma


excecionais) contradição com as normas gerais e disciplina um setor restrito de
relações jurídica, ou seja, todas as normas que exigem observância de forma são
excecionais, p.e, art.º 875; 947º; 1143º; 1232º; 2204º  ver artigo 11!!!!

*demais prazos previstos em normas excecionais (ver art.º 310 e ss)

*Normas que realizem inversão do ónus da prova são excecionais também (ver art.º
343 e ss)

A diferença entre as normas excecionais e as especiais é que as normas


especiais se distinguem das normas gerais apenas por irem mais além,
contemplando, particularidades e sem contrariar as linhas gerais contidas nas
normas gerais. Ao invés, as normas excecionais são opostas ao direito geral ou
comum e, portanto, estatuem em oposição aos princípios contidos nas normas
gerais.
Normas de interesse e ordem pública- imperativas, não são afastadas pelos
seus destinatários

Normas de interesse e ordem privada- regula interesses dos particulares e


podem ser afastadas pelos seus destinatários

Norma perfeita- compra e venda de imóvel sem observância de forma- art.º875 e


220º

Norma imperfeita- generalidade das normas do CC

Norma mais que perfeita- casamento celebrado por quem já é casado, art.º 1601
al.c) + 1631 al.a)+ 247º do Código Penal

Norma menos que perfeita- casamento de menor com idade igual ou superior a
16 anos sem consentimento dos pais, é valido mas considerado menor não
emancipa- art.º 1604 al.a) + 1649º

Proteção coativa: possibilidade de utilização da força física para o


cumprimento da norma

- Tais meios podem atuar antes de ocorrer a conduta que viola a estatuição da
norma jurídica, com o escopo de evitar essa violação  Proteção preventiva,
medidas de coação, providencia cautelar

- Como podem igualmente esses meios atuar após a violação da norma, tendo
então por principal fim repor a situação como existia antes da violação e
reprimir o agente violador (que, porque é livre, é responsável) Proteção
repressiva

- Mas visando também, genericamente, os comportamentos contrários aos


comandos normativos  Sanção coativa

Proteção repressiva: sai caso pratico frequência- falar da coercibilidade

A sanção é uma consequência da violação da estatuição.

Espécies:

a) sanções materiais – o aspeto mais relevante é a alteração da situação da


vida social, ou seja, traduzem-se na imposição da prática de um ato que
resulta materialmente no cumprimento coativo, na reintegração, na
reparação e na punição pagamento de indeminização, arranjo de carro,
cumprir penas em estabelecimento prisional
b) b) sanções jurídicas – o aspeto mais relevante é a consequência
imposta pela ordem jurídica; projeta-se sempre primariamente no plano
jurídico anulabilidade, ineficácia e ineficiência.

1. Sanções compulsórias-

As sanções compulsórias visam embora tardiamente, coagir o infrator a


adotar a conduta de vida e, portanto, a que a violação não se prolongue no
tempo por isso, cessam logo que a norma jurídica seja observada seja
observado ou respeitada. €
*Se for artista não posso aplicar sanção pecuniária compulsória, porque
posso prejudicar o pensamento artístico do mesmo. - sai frequência

Direito de retenção (arts. 754.º e ss.) - O proprietário do veículo automóvel,


leva a oficina e é feita a reparação e a oficina leva mais dinheiro previso do que
estava no orçamento e o proprietário diz que não porque é mais do que previsto,
contudo a oficina não entrega o carro enquanto o proprietário não pagar

Cumprimento coativo (art. 828.º) - substituir a pessoa que paga a prestação

2. Reintegração ou sanções reconstitutivas-

Sanção material reintegradora por reconstituição natural- riscaram o carro


vão reparar o carro e coloca-se o lesado na mesma situação antes da violação da
norma- art.º 562- em regra, quando uma norma é violada e não é possível o seu
cumprimento coativo exige-se o restabelecimento do estado de coisas material e
efetivo que existia antes da violação da norma.

Sanção material reintegradora por equivalente ou sucedâneo pecuniário


(art. 566. - Se a reconstituição não for possível tem lugar a reintegração por
sucedâneo ou equivalente pecuniário, ou seja, tenta-se produzir uma situação
equivalente através de bens patrimoniais do mesmo valor ou do seu preço em
dinheiro

Dano art. º564- acidente de mota

-Dano emergente- prejuízo causado pela violação da norma- mota ir para a sucata

-Lucro cessante- benefícios que o lesado deixou de obter em consequência da


lesão- tempo hospitalizado e não estar a trabalhar e perder trabalhos por
isso(empresário)

Execução específica (arts. 827.º, 828.º, 830.º) – contrato promessa, uma das
partes não cumpre vai perder o sinal. Contudo, apesar de não cumprir pode ir a
tribunal e cumprir o contrato por obrigação do tribunal.

Sanção material reintegradora por equivalente ou sucedâneo pecuniário


(art. 566.º) -

3. Reparação ou sanções compensatórias

-Impõe se ao violador um sacrifício em contrapartida da violação e que representa


para o lesado uma satisfação em contrapartida da lesão sofrida, satisfação que é
valorativamente equivalente à situação existe antes da violação- dano estético,
violação da honra, morte…

– Compensação por danos morais também designados por danos não patrimoniais
(cfr. art. 496º do CC)

4. Sanções punitivas: aplicam um mal ao infrator como castigo da violação de


uma norma jurídica.

– Criminais: pena aplicável à pessoa que violou uma norma criminal

– Civis: é estatuída pelo direito civil e aplicável em relação a condutas indignas. Ex:
art.º2034 do cc
– Disciplinares: é aplicável à infração de deveres de determinadas categorias
profissionais no exercício da respetiva atividade laboral, p.e, despedimento,
suspensão, repreensão publica do funcionário.

– Contraordenacionais: são geralmente criadas da administração pública e


punem certas condutas suscetíveis de lesarem interesses fundamentais. P.e.
contraordenações rodoviárias, contraordenações ambientais, contraordenações no
âmbito da concorrência, contraordenações nas reduções de preço…/ Corresponde a
coima.

Sanções jurídicas- traduz-se na alteração ou invalidação de um efeito jurídico, ou


seja, quando a violação se destina a projetar os seus efeitos na ordem jurídica, a
sanção jurídica nega esses efeitos total ou parcialmente.

Inexistência jurídica: ocorre quando nem sequer aparentemente se verifica qualquer


materialidade de certo ato jurídico e neste caso nem sequer produz quaisquer
efeitos, não havendo sequer necessidade de um reconhecimento da sua invalidade.
– (não existe ato jurídico) art.º137 CRP; no art.º245 C.C – declaração não séria-
sempre que damos um exemplo ninguém acredita na seriedade das declaração
ditas

Invalidade: o ato existe materialmente, mas sofre de um vício que conduz a que não
produza os efeitos jurídicos a que tende. - sai na frequência- saber!

a) Nulidade- mais grave art.º286

Opera ipso iure


• Tutela o interesse público
• O negócio nulo não produz efeitos ab initio- desde o início
• É arguível por qualquer interessado
• A todo o tempo- sem prazo invoco quando quero
• Pode ser oficiosamente declarada pelo tribunal- se vir que for vicio é declarada em
tribunal
• Não é confirmável- as partes não podem dizer que é valido, uma vez que não
respeitaram a forma
• Art. 289.º
• É consequência dos seguintes vícios:
– Vícios de forma: art. º220 e 875º
– Vícios do objeto: art. º280, p.e ir ao Algarve em 10 minutos, ou vender uma árvore no
espaço.
– Falta de vontade: art.º 246/ 240º
– Contrariedade à lei: art. º294+ art.º160

b) Anulabilidade- menos grave- art. º287+288º

Tutela o interesse particular

• O negócio anulável produz efeitos, embora precariamente, pois podem ser


retroativamente
destruídos se for invocada a anulabilidade
• Para declarar a anulabilidade é necessário recorrer a uma ação
• Por quem tenha legitimidade
• No prazo de um ano
• É confirmável (art. 288.º)
• Art. 289.º
• Decorre dos seguintes fatores:
– Incapacidade do agente: art. º122 e ss + 125º/ art.º 138 e ss
– Vícios da vontade: erro obstáculo- art. º247 a 250º- exterioridade, pessoa pede me um
vinho de 2020 por ser o melhor e eu dou-lhe um de 2019/ erro vicio- art.º 251 e 252º-
mentalmente enganada, penso que o vinho é de 2019 e é de 2020

Dolo: art.º 253 e 254º- saber tipo de sanção aplicada, regime…

Coação moral- 255º e 256º- ou me vendes o carro ou digo que tem uma relação com
outra pessoa e contar ao marido

Incapacidade acidental- 257º- sob efeitos estupefacientes por exemplo.

- Ineficácia em sentido estrito: supõe que o ato não possui, segundo a lei, qualquer
vício intrínseco, mas não obedece a um requisito extrínseco, a algo exterior ao ato
em si, tal como a lei o configura, mas de que depende a sua eficácia. Nesse caso, o
ato pode não produzir quaisquer efeitos ou apenas parte dos seus efeitos jurídicos. -
art. º246 cc; 119 da CRP

12/11/2024:

Fontes de direito:

Sentido tecno jurídico- mias importante

Voluntária- não existe ato liberado, costume através de adoção de uma prática
reiterada

Criadoras de normas jurídicas- ver caderno, lei e costume~

Reveladoras de normas jurídicas já no ordenamento jurídico.

Lei:

Sai para distinguir, identificar e dar exemplo

Lei material: aquela que apresenta um articulado (artigos) que vem regular
determinada matéria

Pirâmide das leis, tem de ter conteúdo normativo.

é aquela que possui um conteúdo normativo (isto é, que contém uma ou mais
normas gerais e abstratas), seja qual for a sua forma externa, ou seja, pode o órgão
que a faz e a forma que a faz variar (AR/ GOV/ ALR/ Municípios/ Institutos) mas o
conteúdo permanece inalterado (articulado-conjunto de artigos que regula uma
matéria)

Exemplo de uma lei material que não é formal: despacho normativo do governo
sobre a informação quanto a inscrições nas provas nacionais de acesso ao insino
superior. Tem conjunto de artigos com os passos, mas não e lei formal porque é um
despacho normativo!

Exemplo de lei formal que não é material: a lei que aprova um tratado internacional
ou a lei que autoriza o governo a legislar.

Qual o alcance pratico desta distinção: O Freitas do Amaral considera que o


tribunal constitucional tem competência para fiscalizar a constitucionalidade das
leis em sentido formal e material bem como as das leis em sentido material, mas já
não poderá controlar as leis em sentido em formal que não tenham conteúdo
material, ou seja conteúdo normativo.
Lei formal: assembleia da república por excelência é que exerce a função
legislativa.

Competência absoluta: assembleia da república

Relativa: diz ao governo para legislar

Lei formal: Sempre que forem leis criadas por assembleia ou governo estamos
perante lei formal, ou seja, lei, decreto de lei ou regionais, é lei formal sempre.

Hierarquia das leis: não muito importante

CRP: Visa regulamentar os direitos fundamentais dos cidadãos e a organização


política do estado

Já tivemos 7 revisões constitucionais.

A revisão só pode ser feita 5 em 5 anos, é rígida.

Tudo o que esteja abaixo da CRP, deve estar em sintomia com a constituição
podendo ser considera inconstitucional- art. º3, nº3 CRP

Orgânica: órgão competente não atua de acordo com a constituição

Formal: algum do procedimento ou norma está a ser violadas

Material: algum decreto de lei viola a CRP, art. º13 da CRP.

Direito internacional: pode ter várias origens, art. º8 da CRP!!!

 Geral: Comum, corresponde a máximas ou formulas que expressam as grandes


orientações e valores que caracterizam um certo ordenamento jurídico;
decorrem do direito natural, e da própria ideia de justiça.  Direito
Consuetudinário ou GERAL/COMUM- art.º 8, nº1 da CRP.
 Convencional: Estatui o art. º8, nº2 da CRP, tem de haver aprovação ou
ratificação de órgãos competentes+ publicação no Diário da república e a partir
daqui vigora no nosso ordenamento jurídico – (fala sobre o rapto internacional,
de Istambul, maus-tratos, celebrados entre estados e só vigoram aprovados)
 Decorrente da EU: art. º8, nº3/ nº4 da CRP, pode ser dito originário- são os
tratos que abarcam o funcionamento e criação da EU, tratado de funcionamento
da EU, já o direito derivado corresponde ao direito produzido pelos órgãos da EU,
ou seja regulamentos (é diretamente aplicável aos cidadãos), diretivas (não é
diretamente aplicável aos cidadãos) , recomendações...

Leis e decretos de lei e demais atos normativos: art. º112 da CRP

a) Superioridade das leis (pirâmide) e decretos de leis relativamente aos


restantes atos normativos (art. º112, nº5 da CRP)
b) Tendencial igualdade entre leis e decretos de leis (art.º112,nº2)
c) Prevalência das leis de autorização e das leis de base sobre os
decretos de leis no uso de autorização e no decreto de
desenvolvimentos e valor reforçado das leis orgânicas (art. º112, nº2
parte final + nº3)
d) Reserva de lei absoluta art. º164 e relativa 165º

AR- Art.º161, al.c)

Lei:
a) Constitucional
b) Lei orgânica
c) Lei simples

Pode criar moções e resoluções

GOV- decretos de leis- art. º198, nº1+ nº2

ALR- Decretos legislativos regionais- art. º227, nº1 + art. º232, nº1

Regulamentos: Decretos Regulamentares; Decretos Regulamentares Regionais;


Portarias; Regulamentos das Autarquias Locais.

O regulamento tem valor hierárquico inferior as leis, e correspondem ao


poder regulamentar, que é poder legislativo só em sentido amplo e,
portanto, integram-se no âmbito do poder executivo.

Governo, municípios é que criam regulamentos.

Corresponde a poder legislativo amplo, mas é executivo art. º112, nº6

Regulamentos complementares ou de execução – zelam pela boa execução


das leis, isto é, formulam genérica e abstratamente os pormenores necessários para
que certa lei se torne exequível. Ex: A lei que criou o Estatuto do cuidador informal-
lei nº100, 2019, e depois temos a portaria nº256/2020, que vem determinar o
procedimento para reconhecimento desse estatuto- regulamento de execução.

Regulamentos ou independentes autónomos – são aqueles que os órgãos


administrativos elaboram no exercício da sua competência para assegurar a
realização das suas atribuições específicas, sem cuidar de desenvolver completar
nenhuma lei em geral P.e : postura municipal de trânsito ou sinalização rodoviária
ou de funcionamento de mercado municipal, regularização e funcionamento de
atendimento para as vitimas de crimes de violência domestica.

Centrais: art. º199- Portarias, despachos

Regionais: art. º227 da CRP- Decretos regionais

Locais: art. º241- Posturas e regimentos

Institucionais:

 Regulamentos de institutos públicos- EX: Regulamento do IPL


 Regulamentos de ordens profissionais ou associações públicas

Lei aspeto dinâmico:

02/12/2024:

Dia 10/12/2024:na biblioteca

Relação Jurídica

O direito vai impor um direito subjetivo a um sujeito e a outro impõe um dever


jurídico.
Toda a relação da vida social que produz um efeito jurídico

A relação jurídica  B

Sujeito ativo Sujeito passivo

(Titular do direito) (Dever jurídico)

Exemplo: contrato de compra e venda (facto jurídico- da origem à relação


jurídica) de bem móvel de 1000€

A- Sujeito ativo- vendedor

B- Sujeito passivo- comprador

Objeto Imediato- binómio poder dever (conjunto de direitos e deveres)

Objeto Mediato- “quid” sobre o qual incidem os poderes do sujeito ativo da


relação jurídica

Garantia- esta latente e apenas é acionada no caso de o suj. passivo não respeitar
o direito do sujeito ativo. EX: coercibilidade

Direito subjetivo Público:

a) Relacionar-se com a limitação jurídica de poder público

B) São direitos que os cidadãos podem invocar contra o Estado, quer exigindo uma
certa atuação, quer impondo o exercício dos seus poderes. (P.e. direitos
fundamentais)

Expectativa jurídica: situação em que se encontra uma pessoa que ainda não é
titular de um direito subjetivo, mas conta razoavelmente vir a ser. Ex: herdeiros
legitimários.

Direito subjetivo em sentido estrito:

Exigir posso exigir em tribunal e exigir o pagamento

Agora rendas atrasadas de 6 anos atrás, tenho o dever de pretender e não


posso exigir em tribunal porque já prescreveu, existe apenas um dever
moral de pagar- art.º402 e ss obrigações naturais

Absoluto- direito «de personalidade e direitos reais

Relativo- direito de crédito- impõem se a uma determinada pessoa ou determinável

O direito de crédito está relacionado com contratos ou responsabilidade civil.

Direito Potestativo: ver apontamentos anteriores

1) Constitutivo: Criação de uma relação jurídica nova (servidões,


prediais) (art.º. º1550 e ss).
2) Modificativo: Modifica relações jurídicas existentes, p.e: separação
de bens (art.º 1667).
3) Extintivo: O exercício extingue uma relação jurídica (art. º10/
Direito do arrependimento do consumidor).- saber este exemplo.

Sujeitos:
Personalidade Jurídico: 1302 C.C + 1305

Os animais, bem como as coisas, não têm personalidade jurídica.

Suscetibilidade de ser sujeito de direitos e obrigações

A personalidade adquire-se no momento do nascimento completo e com vida. –


Pessoas singulares – art. º66

Artigo 66.º

(Começo da personalidade)

1. A personalidade adquire-se no momento do nascimento completo e com vida.

2. Os direitos que a lei reconhece aos nascituros dependem do seu nascimento

Os direitos que a lei reconhece aos nascituros dependem do seu nascimento

As sociedades (pessoas coletivas) gozam de personalidade jurídica e existem


como tais a partir da data do registo definitivo do contrato pelo qual se constituem,
sem prejuízo do disposto quanto à constituição de sociedades por fusão, cisão ou
transformação de outras.

Pessoas coletivas com personalidade- sociedade, associações e fundações –


art. º156 e ss. do C.C

Capacidade: art. º67 C.C

As pessoas podem ser sujeitas de quaisquer relações jurídicas, salvo disposição


legal em contrário: nisto consiste a sua capacidade jurídica.

Capacidade de gozo nasce com a personalidade jurídica e corresponde à medida


de direitos e vinculações de que uma pessoa pode ser titular.

Incapacidade de gozo:

a) nupcial- art.º 1601

b) de testar- ou seja, fazer testamentos- art.º 2189

c) De partilha- art.º 1850

d) Dos menores administrar os bens dos seus filhos menores- art. º1913, nº2

Capacidade de exercício de direitos corresponde à suscetibilidade que a pessoa


tem de exercer pessoal e livremente os direitos e cumprir as obrigações que estão
na sua titularidade, que ele exerce sozinho. Capaz de exercer direito à propriedade,
mas não consegue exercer sozinho, precisa de alguém que o represente

Incapacidade de exercício:

 Menoridade (artigo 123.º e 124.º Código Civil)


 Maior acompanhado (artigo 138.º Código Civil) - O maior impossibilitado, por
razões de saúde, deficiência, ou pelo seu comportamento, de exercer, plena,
pessoal e conscientemente, os seus direitos ou de, nos mesmos termos, cumprir
os seus deveres
 Incapacidade acidental (artigo 257.º Código Civil) – incapacidade transitória-
estupefacientes
 Insolvente
 Ilegitimidades conjugais- pedir consentimento do cônjuge, não posso vender
sem autorização do marido.

 As incapacidades podem ser supridas por representação legal (pais,


acompanhante).

Objeto-

Imediato- conjunto de direitos e deres

Mediato- aquilo sobre qual incidem os poderes do sujeito ativo:

Contrato de compra e venda- origina direitos crédito, neste caso uma prestação um
comportamento pode ser positivo ou negativo, ou seja, pagar ou não pagar.

Direito de personalidade incide- direito à imagem- incide sobre a manifestação da


personalidade (imagem, honra, vida, etc.…) / se for um direito real- incide sobre
uma coisa “res”,

direitos de autor  atividade criativa ou intelectual

Facto Jurídico- é o acontecimento, o evento a que o Direito confere um efeito, uma


consequência jurídica: constituir, modificar ou extinguir uma relação jurídica.

Garantia- esta latente e apenas é acionada no caso de o suj. passivo não respeitar
o direito do sujeito ativo. EX: coercibilidade

Ramos de direito:

Direito objetivo-

Direito Internacional: é o direito que regula as relações interestaduais, isto é,


entre Estados

e/ou outras entidades equiparadas a Estados. São tratados intencionais,


convenções

Direito interno: é o direito que regula as relações intraestaduais, isto é, dentro de


um Estado. Criado pelo governo, AR ou assembleias regionais

Direito Público: Não existe tanta liberdade

Direito Privado: há mais normas supletivas, mais liberdade de atuação

1. Critério ou teoria dos interesses:

Por outro lado temos normas de direito privado que visam proteger na esfera
privada dos particulares sobretudo interesses públicos (p.ex. ver artigo 188, nº3
al.a); e por outro lado, temos normas de D. Publico e que visam sobretudo tutelar
interesses privados como é o caso das normas que regulam a audiência de
interessados.
2. Critério ou teoria da posição de supraordenação (supremacia) e
infraordenação (subordinação) ou da natureza do sujeito da relação
jurídica:

No direito Privado: existe relações com uma pessoa mais superior que outra, no
D. do trabalho o patrão e o funcionário, na família, os pais e em baixo os filhos e na
relação de consumo o consumidor económico e o consumidor.

3. Critério ou teoria dos sujeitos ou da qualidade dos sujeitos da relação


jurídica

Sempre que o estado atua dotado do poder de autoridade temos normas de direito
publico

Sempre que entre particulares e o estado atua sempre sem essas normas de poder
temos normas de Direito Privado. Ex: expropriação, arrendar, compra e venda

Ex:

A- Deve 50.000€ em impostos ao Estado- direito público

A falece e não tem mais nenhum herdeiro, o Estado herda 50.000€ nos termos do
artigo 2133º, nº1, al.e)- direito privado

Se os danos resultam de uma atividade de gestão pública, os pedidos de


indemnização são apreciados por um tribunal administrativo e o regime de
responsabilidade está previsto em lei especial (Lei n.º 67/2007, de 31 de
dezembro). Se os danos resultarem de uma atividade de gestão privada, será o
pedido apresentado nos tribunais judiciais e o regime está previsto nos arts. 501.º e
500.º do CC.

Exercício: página 29 e 30

1. c

2. d

3. a

4. e

5. b

6. h

7. i

8. g

9. f

10. j

11. k

03/12/2024:

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