As Questões 1 a 5 Se Referem Ao Descritor 4 - ELETIVA

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As questões 1 a 5 se referem ao Descritor 4.

conseguiram fazer a distinção dos


desperdícios no momento de escolher o
(SEDUCE-GO) O texto abaixo se refere às alimento.
questões 1 e 2. A próxima vez em que você for à sua praia
preferida, talvez encontre na areia, lixo que
Segredos do mar outra pessoa ali deixou. Não foi lixo deixado
por você, porém, é SUA PRAIA, é o SEU
Quando chega o verão, nós, humanos, nos MAR, é o SEU MUNDO e você deve fazer
sentimos atraídos pelo mar. Multidões se reúnem algo por ele.
nas praias buscando um contato com as ondas que
nos proporcionam prazer e descanso.Porém, o Disponível em:
caminhar do ser humano deixa sua trilha fatal nas <http://mercedeschavarria.multiply.com/journal/item/5
0>. Acesso em: 9 dez. 2010. Fragmento.
areias da praia. Milhões de sacolas de nylon e
plásticos de todo o tipo são largados na costa, o
1. Nesse texto, a descoberta do
vento e as marés se encarregam de arrastá-los para
Dr. James Ludwing foi considerada
o mar.
espantosa porque
Uma sacola de nylon pode navegar várias
dezenas de anos sem se degradar.
A) as sacolas de nylon e plástico
As tartarugas marinhas confundem-nas com as
são arrastadas para o mar pelo vento.
medusas e as comem, afogando-se na tentativa de
B) as tampinhas plásticas
engoli-las. Milhares de golfinhos também morrem
permanecem no mar por mais de um
afogados...
século.
Eles não têm capacidade para reconhecer os lixos
C) as tartarugas morrem afogadas
dos humanos, até porque, “tudo o que flutua no mar
ao confundir sacolas com medusa.
se come”. A tampa plástica de uma garrafa, de maior
D) os filhotes de albatrozes se
consistência do que a sacola plástica, pode
alimentavam do lixo humano.
permanecer inalterada, navegando nas águas do
E) os golfinhos morrem afogados
mar por mais de um século.
ao engolir sacolas plásticas.
O Dr. James Ludwing, que estava estudando
a vida do albatroz na ilha de Midway, no Pacífico, a 2. De acordo com esse texto, a
muitas milhas dos centros povoados, fez uma atração do ser humano pelo litoral deve-se
descoberta espantosa. Quando começou a recolher
o conteúdo do estômago de oito filhotes de A) à beleza da paisagem marítima.
albatrozes mortos, encontrou: 42 tampinhas B) à busca de lazer e descanso.
plásticas de garrafa, 18 acendedores e restos C) à caminhada nas areias da praia.
flutuantes que, em sua maioria, eram pequenos D) ao comprometimento de recolher
pedaços de plástico. o lixo.
Esses filhotes haviam sido E) ao contato com os animais
alimentados por seus pais que não marinhos.
voz. Bastava a inflexão e já nos púnhamos
no nosso lugar. Voz poderosa e mágica que
3. (SAEPB) Leia o texto abaixo.
sabia também modular-se em doçuras
quando lia um poema, vibrar uma
Dona Idalina
passagem mais emocionante de um
romance, e ainda ser firme e clara quando
Ela não tinha muito mais do que 1,5
explicava a gramática. Felicidade para mim
metro de altura. Por isso, o coque de dois
era ter uma redação escolhida por ela.
andares, no estilo “bolo de noiva” e os
Porque ela a lia. L- i-a. Lia se transportando
infalíveis saltos 12. O tec-tec nos corredores
e nos transportando para um mágico mundo
nos avisava da chegada da baixinha, mas
de sons melodiosos, pausas, tons, ritmos.
assim que aparecia na porta da classe, ela
Palavras que ganhavam vida e beleza. Ao
crescia e sua gigantesca autoridade
ouvi-la, até eu duvidava: teria sido eu
preenchia a sala. Alunas de pé, 40
mesma que escrevera tão bonito? [...]
ginasianas tagarelas, e nenhum pio. [...] PAMPLONA, Rosana. Carta na escola: set. 2010.
E nunca a ouvi aumentar o tom de Fragmento.
Nesse texto, predomina um sentimento de E) “à procura de uma ideia.”.

A) admiração. 5. (SAEPE) Leia o texto abaixo e responda.


B) exagero.
C) felicidade. CRISE ECONÔMICA AMEAÇA CRISTAIS DE MURANO
D) inveja. Os efeitos da crise econômica já afetam o belíssimo artesanato de uma
E) saudade. pequena ilha na Itália

4. (SAERO) Leia o texto abaixo e responda. No ano de 1200, o murano já era uma atividade
consagrada em Veneza. O vidro e o cristal preciosos se
Burro-sem-rabo transformam em arte por meio de uma técnica tão
refinada que os artesãos ganhavam o título de nobreza.
São dez horas da manhã. O carreto que Ainda na Idade Média, o setor se mudou para
contratei para transportar minhas coisas acaba de Murano, uma pequena ilha da Lagoa Veneta. A tradição
chegar. e os segredos da técnica única pertencem a poucos
Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma homens. Da pasta de materiais, fundidos a 1.400 graus
estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. de temperatura, são criadas peças inigualáveis,
Quatro retratos de criança emoldurados. Um presentes em museus do mundo inteiro.
desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo A primeira grande crise da história de Murano
também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa aconteceu no século 15, quando começou a fabricação
ele não tem serventia. dos cristais tchecos e de toda a região da Boêmia. A atual
E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá. A pode ser considerada a segunda maior recessão da
mesa é velha, me acompanha desde menino: pequena ilha.
destas antigas, com uma gradinha de madeira em Já não bastassem as falsificações feitas em vários
volta, como as do tabelião do interior. Gosto dela: países a preços muito menores, a crise econômica
curti na sua superfície muita hora de estudo para mundial está trazendo a Murano um quadro pessimista
fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima demais. As vendas caíram 50%.
dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de
meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e
digna: lembra meu pai.
Esta cadeira foi de Hélio Pellegrino, que
também me acompanha desde menino: é giratória e
de palhinha. Velha também, mas confortável como
as amizades duradouras.
Mandei reformá-la e tem prestado serviços,
inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair
Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar- se
numa cadeira.
E lá vai ele, puxando a sua carroça, no
cumprimento da humilde profissão que lhe vale o
injusto designativo de burro-sem-rabo. Não tenho
mais nada a fazer, vou atrás.
Vou atrás das coisas que ele carrega, as
minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos
parte material, no que sobrou de tanta atividade
dispersa: o meu cabedal. [...]
SABINO, Fernando. A mulher do vizinho. Rio de Janeiro: Ed.
do autor, 1962, p. 10-12.

O trecho que indica que o narrador era escritor é:

A) “a mesa, a cadeira, o arquivo”.


B) “uma estante, meia dúzia de livros”.
C) “como as do tabelião do interior”.
D) “muita hora de estudo”.

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