Trabalho de Estatistica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Noções básicas de Estatística (Definição, Ramos, Variáveis Estatísticas); Moda,


Mediana, Média e Coeficiente de Variação; e Probabilidades: Exercícios resolvidos

Esmeralda João Baptista


Código: 708231431

Nampula, Agosto de 2024


1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Noções básicas de Estatística (Definição, Ramos, Variáveis Estatísticas); Moda,


Mediana, Média e Coeficiente de Variação; e Probabilidades: Exercícios resolvidos

Esmeralda João Baptista


Código: 708231431

Trabalho de carácter avaliativo do


Instituto de Ensino à Distância –
Universidade Católica de Moçambique,
Curso de Licenciatura em Administração
Pública, Cadeira de Estatística Aplicada à
Administração Pública, 2º Ano, Turma
“J”.
Tutora: Iolanda da Tina Ernesto.

Nampula, Agosto de 2024

i
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3

1. Conceito de estatística ............................................................................................................ 4

2. Diferença entre estatística descritiva e inferencial ................................................................. 4

3. Definição de população, unidade estatística e amostragem ................................................... 5

4. Classificação de variáveis estatísticas .................................................................................... 5

5. Tipo de variável, moda, mediana, média e coeficiente de variação de idades das ................. 6

5. a) Variável e sua classificação ................................................................................................ 6

5.b) Moda, mediana, média e coeficiente de variação................................................................ 6

6. Determinação de probabilidades ............................................................................................ 8

Conclusão ................................................................................................................................. 10

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 11

2ii
Introdução
A estatística desempenha um papel fundamental na compreensão e interpretação de dados em
diversas áreas do conhecimento, desde as ciências sociais até as ciências exactas. Em um
mundo cada vez mais orientado por dados, a capacidade de analisar informações e tirar
conclusões tornou-se uma habilidade essencial para profissionais e estudantes de todas as
áreas. É neste contexto que o presente trabalho da disciplina de Estatística tem como tema:
“Noções básicas de Estatística (Definição, Ramos, Variáveis Estatísticas); Moda, Mediana,
Média e Coeficiente de Variação; e Probabilidades: Exercícios resolvidos” que através de
uma série de exercícios resolvidos, explora-se desde a definição e os ramos da Estatística até
medidas de tendência central (moda, mediana e média) e de dispersão (coeficiente de
variação), além de noções de probabilidade.

 Objectivo geral
O trabalho tem como objectivo geral, desenvolver a compreensão dos conceitos fundamentais
de estatística através da resolução e análise de exercícios práticos.
 Objectivos específicos
Para tal, foram definidos os seguintes objectivos específicos: Aplicar as noções básicas de
estatística, como definições, ramos e tipos de variáveis, em problemas concretos; Calcular e
interpretar medidas de tendência central (moda, mediana e média) e o coeficiente de variação
em diferentes conjuntos de dados; e Resolver problemas de probabilidade, demonstrando a
aplicação prática deste conceito em situações quotidianas e profissionais.

Através deste trabalho, espera-se não apenas fortalecer o conhecimento teórico, mas também
desenvolver a capacidade de aplicar conceitos em contextos práticos, preparando o leitor para
enfrentar desafios analíticos em sua vida académica e profissional.

 Metodologia da pesquisa
A metodologia utilizada para a elaboração do presente trabalho foi a revisão bibliográfica que
consistiu na leitura, compreensão, e exercitação dos diversos conceitos emanados nos diversos
livros de Matemática, com particular enfoque para obras de Estatística. Também foi
necessário assistir vídeos-aulas que abordam os diversos exercícios que aqui foram arrolados.

Estruturalmente, o trabalho comporta-se em capa, folha de feedback dos tutores; Índice, esta
introdução, desenvolvimento (resoluções), conclusões; e bibliografia.

3
1. Conceito de estatística
Segundo Bussab e Morettin (2017, p.05), “Estatística é uma disciplina cujo objecto de estudo
é a recolha, compilação, análise e interpretação de dados.”

A partir da definição acima pode-se concluir que a Estatística tem como função de
transformar dados brutos em informações úteis e compreensíveis. Portanto, a definição
sublinha a abrangência da estatística como uma disciplina que vai além da simples
manipulação de números, englobando todo o processo de trabalho com dados desde a sua
obtenção até à geração de informações e conclusões significativas. Enfim, ela associa
informações estatísticas aos números.

2. Diferença entre estatística descritiva e inferencial


Segundo Ferreira (2005, p.08), “a estatística descritiva é um ramo da estatística que tem como
objectivo apenas a descrição dos dados, sejam eles de uma amostra ou de uma população; ao
passo que a estatística inferencial ou indutiva é um ramo da estatística que se preocupa com o
raciocínio necessário para, a partir dos dados, se obter conclusões gerais”.

No nosso dia-a-dia existem diversas actividades que podem nos ajudar a identificar situações
relacionadas com os conceitos de estatística descritiva bem como inferencial.

Por exemplo, a distribuição de livro escolar numa na Escola Primária de Nampula; o último
recenseamento geral da população feito em Moçambique no ano de 2017; a análise das taxas
de alfabetização nas províncias ou ainda o número de estudantes do curso de Administração
Pública, turma J com negativas na disciplina de Estatística são actividades que dependem da
descrição e organização dos dados existentes. Por outro lado, situações como a avaliação do
nível de satisfação dos funcionários públicos com a nova TSU a partir de uma amostra de
funcionários moçambicanos; eficácia do novo programa de vacinação contra a malária; ou
ainda a previsão do tempo nos serviços meteorológicos dependem da inferência a partir de
amostras ou dados históricos para tomar decisões ou fazer previsões que afectam uma
população mais ampla.

Olhando para as definições e exemplos acima pode-se concluir que a distinção entre
estatística descritiva e estatística inferencial reside nos seus objectivos, metodologias e
aplicações.

4
3. Definição de população, unidade estatística e amostragem
Completando os espaços em branco, tem-se:

População (I) é um conjunto de indivíduos, objectos ou informações que apresentam pelo


menos uma característica comum, cujo comportamento interessa analisar. Unidade estatística
(II) é cada elemento da população (Siegel & Castellan, 2011). Amostragem (III) é o processo
pelo qual recolhemos dados. Isto dá-nos apenas uma imagem da população em estudo (Triola,
2018).

Em suma: o preenchimento correcto dos espaços em branco é: I = População; II = Unidade


estatística; e III = Amostragem.

A partir do exercício anterior fica a ideia de que ao tentar fazer um estudo deve-se identificar
a população (o todo que se quer estudar), seleccionar unidades estatísticas (os elementos
individuais) e, através da amostragem, recolher dados que permitem uma análise e
interpretação da população.

4. Classificação de variáveis estatísticas


I. Cadeiras leccionadas no curso de Administração Pública:
Essa variável é qualitativa nominal, pois se refere a categorias (as diferentes cadeiras) sem
uma ordem específica. Por exemplo: Estatística, Gestão de Documentos, Planificação de Bens
e Serviços Públicos, Empreendedorismo, etc. Não podemos quantificar as cadeiras de forma
numérica, apenas mencionar.

II. Função de 10 colaboradores da UCM:


Assim como a primeira, essa variável também é qualitativa nominal. Ela descreve
categorias (as diferentes funções que os colaboradores exercem) e não possui uma ordem ou
hierarquia entre elas.

III. Notas de classificação obtidas em uma avaliação:


Essa variável é quantitativa contínua. As notas podem assumir valores numéricos dentro de
um intervalo e, geralmente, representam uma medida de desempenho. É possível realizar
cálculos estatísticos com essas notas, como média e desvio padrão.

Resumindo: I: Qualitativa nominal; II: Qualitativa nominal e; III: Quantitativa contínua.

5
5. Tipo de variável, moda, mediana, média e coeficiente de variação de idades das
mulheres mais influentes do mundo, em 2020
5. a) Variável e sua classificação
Variável: idades das 50 mulheres mais influentes do mundo, em 2020; quanto ao tipo de
variável: trata-se de variável quantitativa contínua.

5.b) Moda, mediana, média e coeficiente de variação


Dados brutos: 63, 64, 26, 43, 48, 65, 48, 51, 62, 65, 65, 51, 86, 51, 51, 52, 54, 54, 55, 55, 56,
57, 58, 58, 58, 35, 58, 59, 59, 44, 45, 59, 62, 66, 31, 37, 66, 54, 55, 49, 50, 57, 43, 43, 47, 57,
54, 67, 72, 67.

O rol dos dados é: 26, 31, 35, 37, 43, 43, 43, 44, 45, 47, 48, 48, 49, 50, 51, 51, 51, 51, 52, 54,
54, 54, 54, 55, 55, 55, 56, 57, 57, 57, 58, 58, 58, 58, 59, 59, 59, 62, 62, 63, 64, 65, 65, 65, 66,
66, 67, 67, 72, 86.

a) Amplitude total
Número de classes Amplitude das classes
AT  xmax  xmin K = 1 + 3,32 ( )
AT = 86 – 26 K = 1 + 3,32 ( )
AT = 60 K = 1 + 3,32 1,69897
K = 1 + 5,6405804
K = 6,6405804
K 7

Idade fi Fi xi xi  f i x  x  f
i
2
i

[ [ 2 2 30,5 61 1234,0512
[ [ 5 7 39,5 197,5 1254,528
[ [ 12 19 48,5 582 561,4272
[ [ 18 37 57,5 1035 83,9808
[ [ 11 48 66,5 731,5 1370,0016
[ [ 1 49 75,5 75,5 406,4256
[ [ 1 50 84,5 84,5 850,3056
Total 50 ----- ---- 2767 5760,72

6
 Média
n

x i  fi
x i 1
4.
n

Conclusão/Interpretação: Em geral, a idade média das 50 mulheres mais influentes do


mundo, em 2020 é de 55,34anos, ou seja, mais taxativamente 55 anos, 2 meses e 2 dias.
Como trata-se de idade em anos, pode-se concluir que as 50 mulheres mais influentes do
mundo em 2020 têm, em média, cerca de 56 anos de idade.

 Mediana
A posição mediana é dada por: . Assim, para o caso em estudo temos:

A mediana está na classe correspondente a primeira frequência acumulada superior a 25 que é


37; cuja classe é: [53, 62[.

Donde vem: fi = 18, h = 9, Li = 53,8, Fi-1=19

; Fórmula de Czuber, segundo Malhotra (2020, p.56)

Conclusão/Interpretação: 50% das idades das 50 mulheres mais influentes do mundo em


2020 estão acima de 56,3 anos.

Observação: olhando para a distribuição do rol acima, observa-se que a mediana é Me = 55


que difere com Me = 56,3 obtido no cálculo acima, portanto, durante a tabulação de dados em
classe houve perda de algumas informações, justificação que corrobora com a visão de Vieira,
(2016, p.46) segundo a qual “ao agrupar dados em classes ou clusters, cada elemento
individual perde sua identidade específica, sendo apenas representado pela classe a que
pertence; informações detalhadas sobre características individuais são sacrificadas para obter
uma visão geral mais simplificada dos dados”.

 Moda
7
A classe modal é: [53, 62[, pois é a classe com uma frequência absoluta mais elevada (fi =18).
Temos a diferença de frequências:

= 9 e; Li = 53;

; Fórmula de Czuber, segundo Malhotra (2020, p.58)

Conclusão/Interpretação: Muitas das 50 mulheres mais influentes do mundo em 2020 têm


57,2 anos, ou seja, 58 anos de idade. Pela tabela de distribuição de frequências acima, pode-se
concluir também que a maioria das mulheres mais influentes tem entre 44 e 70 anos de idade.

 Coeficiente de variação
i. Desvio padrão
( ̅)
S=√ S=√ √

Cv = ̅ Cv =

Conclusão/Interpretação: como Cv = 19,4%  50%, então as idades das 50 mulheres mais


influentes do mundo, em 2020 são pouco dispersas.

6. Determinação de probabilidades
Dados:
Total de estudantes: 30
Total de docentes: 8
Total de coordenadores: 3
Total de participantes: 30 + 8 + 3 = 41

a) Obtenção de 1 Estudante; 1 docente e 1 coordenador


Seja E o evento “obter 1 Estudante; 1 docente e 1 coordenador na escolha de 3 participantes”
Casos prováveis =

Casos possíveis =

P (E) = 0,06754 = 6,75%

8
b) Obtenção de 3 Participantes não docentes
Seja E o evento “obter 3 Participantes não docentes, ou seja, estudantes e coordenadores na
escolha de 3 participantes”

Casos prováveis (estudantes e coordenadores =33) =

Casos possíveis =

P (E) = 0,5118 = 51,18%

c) Obtenção de Pelo menos 1 coordenador sem estudantes


Seja E o evento “obter pelo menos 1 coordenador sem estudantes, ou seja, 1 coordenador e 2
docentes, ou 2 coordenadores e 1 docente ou ainda 3 coordenadores na escolha de 3
participantes”
Casos prováveis:
 1 coordenador e 2 docentes =
 2 coordenadores e 1 docente =
 3 coordenadores =

Casos possíveis =

P (E) = 0,0102 = 1,02%

d) Obtenção de 3 estudantes
Seja E o evento “obter 3 estudantes na escolha de 3 participantes”

Casos prováveis =

Casos possíveis =

P (E) = 0,3809= 38,09%

9
Conclusão
Este trabalho apresentou uma série de exercícios resolvidos que permitiram a aplicação
prática das noções básicas de estatística e probabilidades, reforçando os conceitos abordados
ao longo do estudo. Ao longo do desenvolvimento, os objectivos traçados foram
consistentemente alcançados.

Ao aplicar as definições, ramos e tipos de variáveis em problemas concretos, ficou evidente


que a plena compreensão e a classificação correcta das variáveis é crucial para a escolha das
medidas estatísticas adequadas e para a realização de inferências sobre a população.

Na análise de medidas de tendência central, como moda, mediana e média, bem como no
cálculo do coeficiente de variação, ficou evidente a importância de organizar os dados brutos
em rol antes de calcular médias estatísticas, garantindo assim a precisão e a clareza dos
resultados. Também foi possível interpretar adequadamente diferentes conjuntos de dados,
reforçando a compreensão desses conceitos fundamentais para a análise estatística.

Em relação às probabilidades, a aplicação prática deste conceito em situações quotidianas e


profissionais foi demonstrada com êxito. Observou-se que o conhecimento, domínio e a
utilização de técnicas de contagem para determinar casos favoráveis e possíveis é chave para
a resolução precisa de problemas de probabilidade.

Em resumo, este trabalho não só atingiu os objectivos propostos, como também destacou a
relevância de práticas metódicas na análise estatística, confirmando a necessidade de uma
organização cuidadosa dos dados e do domínio das técnicas apropriadas para alcançar
resultados confiáveis.

Para aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos em estatística, é recomendado


continuar a praticar regularmente a resolução de exercícios e problemas para consolidar a
compreensão dos conceitos estatísticos.

10
Referências bibliográficas
Bussab, W. O., & Morettin, P. A. (2017). Estatística básica (9ª ed.). Saraiva Educação.

Ferreira, P.L. (2005). Estatística descritiva e inferencial. Faculdade de economia, Coimbra.

Malhotra, N. K. (2020). Pesquisa de marketing: Uma abordagem aplicada. São Paulo: Pearson
Prentice Hall.
Siegel, S., & Castellan Jr., N. J. (2011). Estatística não-paramétrica para ciências do
comportamento (2ª ed.). Bookman.
Triola, M. F. (2018). Introdução à estatística (12ª ed.). LTC.

Vieira, S. (2016). Introdução à estatística (5ª ed.). Elsevier.

11

Você também pode gostar