A UNIDADE DA VIDA E O DESENVOLVIMENTO BIOLÓGICO

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1.

VASCULARIZAÇÃO DO TECIDO EPITELIAL


O tecido epitelial é um dos quatro principais tipos de tecidos do corpo humano. Ele
desempenha funções essenciais, como revestir superfícies internas e externas do corpo,
proteger órgãos e participar da secreção, absorção e transporte. Uma característica
importante do tecido epitelial é que ele é avascular, o que significa que não possui vasos
sanguíneos próprios. No entanto, sua nutrição e oxigenação ocorrem de maneira
indireta:

1.1 Suprimento Vascular Indireto:

O tecido epitelial está em contato direto com o tecido conjuntivo subjacente, também
chamado de lâmina própria. A lâmina própria é vascularizada, ou seja, possui vasos
sanguíneos. Os nutrientes e oxigênio necessários para as células epiteliais são
fornecidos por difusão a partir desses vasos sanguíneos da lâmina própria.

1.2 Inervação:

Embora o tecido epitelial seja avascular, ele é inervado. Isso significa que possui fibras
nervosas que transmitem informações sensoriais e regulam suas funções. Portanto,
embora o tecido epitelial não tenha seus próprios vasos sanguíneos, ele depende do
suprimento vascular do tecido conjuntivo adjacente para obter os nutrientes necessários
para suas atividades celulares.

2. MICROVILOSIDADES E CÍLIOS E CITAR OS TIPOS DE JUNÇÕES


PRESENTES NO EPITÉLIO
2.1 Microvilosidades:

São projeções da membrana que se estendem a partir da superfície de células epiteliais.


Comuns em células intestinais e também encontradas em células do túbulo contorcido
proximal do néfron. Sustentadas por microfilamentos de actina. Aumentam a área de
absorção, permitindo que as células absorvam nutrientes e outras substâncias mais
eficientemente.

2.2 Cílios:

São estruturas semelhantes ao pelos finos e móveis que se projetam da superfície de


células epiteliais. Encontrados em vias respiratórias, revestimento do trato reprodutivo e
outros locais. Movem-se coordenadamente para impulsionar fluidos, partículas ou
células em direção a uma determinada direção. Contêm microtúbulos em sua estrutura.
2.2.1 Junções Intercelulares:
As junções intercelulares são especializações que conectam células adjacentes e
desempenham papéis importantes na integridade e comunicação celular. Tipos de
junções presentes no tecido epitelial:

1 Desmossomos: Ancoram células umas às outras, formando discos proteicos


(caderinas) que se ligam aos filamentos intermediários do citoesqueleto.

2 Zônula de Oclusão (Zona Oclusiva): Bloqueia o espaço entre células adjacentes,


impedindo a circulação de substâncias no espaço intercelular.

3 Zônula de Adesão (Zônula Adesiva): Preenche o espaço intercelular com uma


substância adesiva, aumentando a adesão entre as células.

4 Junções Comunicantes (Junções Tipo “Gap”): Permitem a comunicação direta entre


células adjacentes, formadas por proteínas (conexinas) que atravessam a bicamada
lipídica. Essa comunicação ocorre pelo interior do poro formado pelas conexinas.

Portanto, essas especializações da membrana plasmática desempenham papéis cruciais


na função e integridade das células epiteliais.

3. CLASSIFICAÇÃO PARA O TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO

O tecido epitelial de revestimento é aquele que recobre as superfícies externas e internas


do corpo, formando uma barreira entre o meio interno e o externo é um dos quatro tipos
básicos de tecidos animais. Ele é formado por células justapostas, entre as quais há
pouca substância extracelular. Como essas células não possuem vasos sanguíneos
próprios, os nutrientes são recebidos através do tecido conjuntivo subjacente. Entre o
tecido epitelial e o conjuntivo, existe uma estrutura chamada lâmina basal ou membrana
basal, que separa e prende o epitélio ao tecido conjuntivo subjacente. O tecido epitelial
de revestimento é aquele que recobre as superfícies externas e internas do corpo,
formando uma barreira entre o meio interno e o externo. Os critérios de classificação
para esse tecido são baseados na forma e no número de camadas das células que o
compõem. Quanto à forma, as células podem ser pavimentosas (achatadas), cúbicas
(quadradas) ou prismáticas (alongadas). Quanto ao número de camadas, as células
podem ser simples (uma única camada) ou estratificadas (várias camadas). Assim,
temos os seguintes tipos de tecido epitelial de revestimento: epitélio pavimentoso
simples, epitélio cúbico simples, epitélio prismático simples, epitélio pavimentoso
estratificado, epitélio cúbico estratificado e epitélio prismático estratificado.
Vamos explorar a classificação do tecido epitelial de revestimento com base em dois
parâmetros principais.

3.1 FORMA DAS CÉLULAS

1 Epitélio Pavimentoso: Células com formato achatado, lembrando azulejos. Pode ser
simples (revestindo vasos sanguíneos) ou estratificado (formando a epiderme da pele).

2 Epitélio Cúbico: Células de formato cúbico. Encontrado no ovário e nos folículos


ovarianos.

3 Epitélio Prismático (Colunar ou Cilíndrico): Células alongadas e retangulares.


Reveste a traqueia, cavidade nasal e outros locais.

4 Epitélio de Transição: Estratificado com células superficiais de formato globoso que


mudam conforme o grau de distensão do tecido. Encontrado na bexiga.

3.2 NÚMERO DE CAMADAS CELULARES

1 Epitélio Simples: Possui apenas uma camada de células. Encontrado onde a troca de
substâncias é importante, como os alvéolos pulmonares e os túbulos renais.

2 Epitélio Estratificado: Possui mais de uma camada de células. Pode ser encontrado na
pele (epiderme) e revestindo a boca, esôfago e vagina.

3 Epitélio Pseudoestratificado: Embora tenha apenas uma camada de células, a posição


variada dos núcleos dá a falsa sensação de várias camadas. Encontrado no trato
respiratório. Essa classificação permite identificar diferentes tipos de tecido epitelial de
revestimento com base na forma e no número de camadas celulares.

IMAGEM DO GOOGLE
4. GLÂNDULAS ENDÓCRINAS DE EXÓCRINAS

As glândulas são estruturas formadas por tecido epitelial que desempenham um papel
importante na produção e liberação de substâncias essenciais para o funcionamento do
organismo. Vamos diferenciar as glândulas endócrinas das glândulas exócrinas:

4.1 Glândulas Exócrinas:

Lançam suas secreções na superfície livre (como a superfície da pele ou a luz de


órgãos). Possuem canais ou ductos pelos quais a secreção passa até atingir o local onde
será eliminada. Exemplos: glândulas salivares, glândulas sudoríparas e glândulas
sebáceas.

4.2 Glândulas Endócrinas:

Eliminam suas secreções diretamente na corrente sanguínea. Não possuem ducto


glandular. Produzem e liberam hormônios que regulam diversas funções do corpo. Em
resumo, as glândulas exócrinas têm ductos e liberam suas secreções na superfície
externa ou em cavidades do corpo, enquanto as glândulas endócrinas secretam
hormônios diretamente no sangue, sem ductos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

VIEIRA, TATIANA REIS. A unidade da vida e o desenvolvimento biológico –


Tatiana Reis, Uberaba: Universidade de Uberaba, 2018. p.31-56.

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