Trabalho de Anatomia Final (1)
Trabalho de Anatomia Final (1)
Trabalho de Anatomia Final (1)
SETE LAGOAS - MG
Dezembro de 2024
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TESTÍCULOS
São as gônadas masculinas, pares de glândulas reprodutivas masculinas, ovais, que
produzem espermatozoides e hormônios masculinos, principalmente testosterona.
➢ Posição anatômica
Os testículos estão suspensos no escroto pelos funículos espermáticos, e o testículo
esquerdo geralmente localiza-se em posição mais baixa do que o direito.
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➢ Relações anatômicas
Os testículos têm uma face externa fibrosa e resistente, a túnica albugínea, que se espessa
em uma crista sobre a face interna posterior como o mediastino do testículo.
A superfície de cada testículo é coberta pela lâmina visceral da túnica vaginal, exceto no
local onde o testículo se fixa ao epidídimo e ao funículo espermático.
A lâmina visceral da túnica vaginal encontra-se intimamente aplicada ao testículo,
epidídimo e parte inferior do ducto deferente.
O recesso da túnica vaginal, semelhante a uma fenda, o seio do epidídimo, situa-se entre
o corpo do epidídimo e a face posterolateral do testículo.
A lâmina parietal da túnica vaginal, adjacente à fáscia espermática interna, é mais extensa
do que a lâmina visceral e estende-se superiormente por uma distância até a parte distal
do funículo espermático.
A lâmina parietal e visceral da túnica vaginal são separadas por pequeno volume de
líquido.
Septos fibrosos estendem-se internamente entre lóbulos de túbulos seminíferos
contorcidos pequenos, mas longos e muito espiralados, nos quais são produzidos os
espermatozoides.
Os túbulos seminíferos contorcidos são unidos por túbulos seminíferos retos á rede do
testículo, uma rede de canais no mediastino do testículo.
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➢ Irrigação
As longas artérias testiculares originam-se da face anterolateral da parte abdominal da
aorta, imediatamente abaixo das artérias renais. Elas seguem no retroperitônio (posterior
ao peritônio) em direção oblíqua, cruzando sobre os ureteres e as partes inferiores das
artérias ilíacas externas para chegar aos anéis inguinais profundos, atravessam os canais,
saem deles através dos anéis inguinais superficiais e entram nos funículos espermáticos
parra irrigar os testículos.
➢ Drenagem venosa
As veias que emergem do testículo e do epidídimo formam o plexo venoso pampiniforme,
uma rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que circundam a
artéria testicular no funículo espermático.
O plexo pampiniforme faz parte do sistema termorregulador do testículo, ajudando a
manter essa glândula em temperatura constante.
As veias de cada plexo pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia
testicular direita, que entra na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular esquerda,
que entra na veia renal esquerda.
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➢ Drenagem linfática
Segue a artéria e a veia testiculares até os linfonodos lombares direitos e esquerdos
(cava/aórtico) e pré aórticos.
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➢ Inervação
Os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo nervoso testicular sobre a
artéria testicular, que contém fibras simpáticas do segmento T10-T11 da medula espinal,
fibras aferentes viscerais e, talvez, fibras parassimpáticas vagais.
Fibras autônomas chegam ao testículo via plexo deferencial.
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DUCTO DEFERENTE
➢ Anatomia
o É continuação do ducto epidídimo;
o Tem paredes musculares espessas e um lúmen mito pequeno, o que confere a ele
firmeza semelhante à de um códão;
o Começa na cauda do epidídimo, no polo inferior do testículo;
o Ascende posterior ao testículo e medial ao epidídimo;
o Principal componente do funículo espermático;
o Cruza sobre os vasos ilíacos externos e entra na pelve. Segue ao longo da parede
lateral da pelve, onde se situa externamente ao peritônio parietal. Termina unindo-
se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório;
o O ducto deferente aumenta para formar a ampola do ducto deferente antes de seu
término.
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➢ Relações anatômicas
Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente mantém contato direto com o
peritônio.
Além disso, cruza superiormente ao ureter perto do ângulo posterolateral da bexiga
urinária, seguindo entre o ureter e o peritônio da prega uretérica para chegar ao fundo da
bexiga. Posteriormente à bexiga urinária, o ducto deferente inicialmente, situa-se acima
da glândula seminal e depois desce medialmente ao ureter e à glândula;
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➢ Irrigação arterial
A artéria do ducto deferente geralmente origina-se de uma
artéria vesical superior, mas às vezes pode originar da artéria vesical inferior, e termina
anastomosando-se com a artéria testicular, posteriormente ao testículo.
➢ Drenagem venosa
As veias da maior parte do ducto (parte pélvica) drenam para a veia estimular, incluindo
o plexo pampiniforme distal. Sua parte terminal (parte abdominal) drena para o
plexo venoso vesical/ prostático, que se encontra em volta da exigia e da próstata.
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EPIDÍDIMO
➢ Anatomia
É uma estrutura alongada, em forma de C, situada contra a margem posterior do testículo,
à qual se acha intimamente aderida e onde pode ser sentida pela palpação;
Constitui a parte das vias espermáticas interpostas entre a rede do testículo e o
reservatório de espermatozóides. Os dúctil os eferentes do testículo transportam
espermatozoides recém-desenvolvidos da rede do testículo para o epidídimo. Os
espermatozóides são armazenados no epidídimo até o momento da ejaculação.
GLÂNDULAS SEMINAIS
o Observações:
Não armazenam espermatozoides (como indica o termo “vesícula”). Secretam um líquido
alcalino espesso com frutose (fonte de energia para os espermatozoides) e um agente
coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios
e a uretra.
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➢ Posição anatômica
o Estrutura alongada;
o Cerca de 5 cm de comprimento;
o Situada entre o fundo da bexiga e o reto;
o Encontram-se em posição oblíqua superiormente à próstata.
➢ Relações anatômicas
o As extremidades superiores das glândulas seminais são recobertas por peritônio;
o Situam-se posteriormente aos ureteres, onde são separadas do reto pelo peritônio
da escavação retovesical;
o As extremidades inferiores das glândulas seminais estão intimamente
relacionadas ao reto e são separadas dele apenas pelo septo retovesical;
o O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto
ejaculatório.
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➢ Irrigação
As artérias para as glândulas seminais originam-se nas artérias vesical inferior e retal
média.
➢ Drenagem venosa
As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes.
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PRÓSTATA
➢ Observações:
o É a maior glândula acessória do sistema genital masculino;
o Tem consistência firme;
o Do tamanho de uma noz;
o O líquido prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume
do sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas
seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os
espermatozoides são transportados) e participa da ativação dos espermatozoides.
➢ Posição anatômica
o Aproximadamente 3 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm de
profundidade anteroposterior;
o Circunda a parte prostática da uretra;
o A parte glandular representa cerca de dois terços da próstata e o outro terço é
fibromuscular;
o A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos
prostáticos de veias e nervos;
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o Tudo é circundado pela fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha prostática
fibrosa que é fina anteriormente, contínua anterolateralmente com os ligamentos
puboprostáticos, e densa posteriormente onde se funde ao septo retovesical;
o A próstata pode ser dividida em zonas periférica e central (interna). A zona
central é comparável ao lobo médio;
➢ Relações anatômicas
o A base intimamente relacionada ao colo da bexiga;
o O ápice está em contato com a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da
uretra e transverso profundo do períneo;
o A face anterior muscular, cuja maioria das fibras musculares é transversal e forma
um hemiesfíncter vertical, semelhante a uma depressão (rabdoesfíncter), é
parte do músculo esfíncter da uretra;
o A face anterior é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no espaço
retropúbico;
o Uma face posterior relacionada com a ampola do reto;
o Faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus;O istmo da
próstata situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares
representam a continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o
colo da bexiga, e contém pouco ou nenhum tecido glandular;
➢ Irrigação
As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo as
artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média.
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➢ Drenagem venosa
o As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata;
o O plexo venoso prostático, situa entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha
prostática, drena para as veias ilíacas internas;
o O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical
e comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno.
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GLÂNDULAS BULBOURETRAIS
URETRA
➢ Anatomia
A uretra masculina é um canal comum para a micção e para a ejaculação, com cerca de
20 cm de comprimento. Inicia-se no óstio interno da uretra, na bexiga urinária, e
atravessa sucessivamente a próstata, o assoalho da pelve e o pênis, terminando na
extremidade deste órgão pelo óstio externo da uretra.
1. Parte Intramural
2. Parte Prostática
3. Parte Membranosa
4. Parte Esponjosa
➢ Irrigação
A artéria pudenda interna, maior nos homens do que nas mulheres, segue
inferolateralmente, anterior ao músculo piriforme e ao plexo sacral. Deixa a pelve entre
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➢ Drenagem venosa
Parte intramural e prostática: ilíaca comum (íliaca externa e ilíaca interna, parte
anterior e posterior)
A drenagem venosa dos órgãos pélvicos flui principalmente para o sistema cava pelas
veias ilíacas internas. A parte superior do reto
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APLICAÇÕES CLÍNICAS
➢ Criptorquidia
Consiste na falha na migração do testículo. Além disso, os testículos não descem em cerca
de 3% dos recém-nascidos a termo e em 30% dos prematuros. Cerca de 95% das falhas
de migração dos testículos são unilaterais. Se um testículo não tiver descido ou não for
retrátil, há criptorquidia.
O testículo não descido geralmente está em algum ponto ao longo do trajeto normal de
sua descida pré-natal, na maioria das vezes no canal inguinal. A importância da
criptorquidia é o grande aumento do risco de câncer no testículo que não desceu, ainda
mais problemático porque não é palpável e geralmente só é detectado quando em estágio
avançado. Como o testículo precisa de temperaturas mais baixas para manter a
fertilidade, a criptorquidia é normalmente corrigida na infância.
o Sinais e sintomas: Em cerca de 80% dos casos, o escroto no lado afetado está
vazio ao nascimento; nos demais casos, um testículo é palpável no escroto ao
nascimento, mas parece ascender com o crescimento linear por causa de uma
ligação do gubernáculo ectópico que impede que o testículo “desça" normalmente
para o escroto.
Embora às vezes referido como espermatoceles, esses são um tipo diferente de cisto em
que o fluido dentro do cisto contém esperma. Um cisto epididimal contém apenas fluido.
Um cisto do epidídimo também é diferente da epididimite, que é uma inflamação dolorosa
dos tubos do epidídimo causada por uma infecção bacteriana ou viral.
Os cistos no epidídimo são benignos (não cancerosos) e podem ser muito comuns com a
idade. No entanto, se estiver associado a um caroço nos testículos, é importante consultar
com urologista para verificar a existência de um nódulo, como um tumor ou hérnia. A
maioria dos cistos testiculares são tratados apenas se causarem dor ou desconforto.
A cirurgia é o tratamento mais comum se decidir que seu Cisto no epidídimo precisa ser
removido. A remoção por aspiração não é muito recomendada, pois há grande chance de
o fluido retornar rapidamente.
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PERGUNTAS
1- Os canais deferentes são dois tubos, que ligam os epidídimos às vesículas seminais.
Também chamados de ductos deferentes, a sua função é transportar os espermatozoides
depois de seu amadurecimento para que eles se juntem aos líquidos seminais formando o
sêmen. Sobre o Ducto deferente marque a alternativa correta:
C) As veias da maior parte do ducto (parte pélvica) drenam para a veia estimular,
incluindo o plexo pampiniforme distal.
D) Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente não tem contato direto com o
peritônio.
Alternativa correta: C
➢ Correções
A) A artéria do ducto deferente geralmente origina-se de uma artéria vesical superior, mas
às vezes pode originar da artéria vesical inferior, e termina anastomosando-se com a
artéria testicular, posteriormente a o testículo.
C) As veias da maior parte do ducto (parte pélvica) drenam para a veia estimular,
incluindo o plexo pampiniforme distal.
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D) Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente mantém contato direto com o
peritônio.
2- A uretra masculina é um canal comum para a micção e para a evacuação, com cerca
de 20 cm de comprimento. Sobre essa estrutura marque a alternativa correta:
B) Próxima ao óstio externo da uretra, apresenta uma dilatação chamada fossa navicular
da uretra.
Alternativa correta: B
➢ Correções
A) A uretra masculina é dividida em quatro partes, sendo ela a parte membranoso,
prostática, intramural e esponjosa.
B) Próxima ao óstio externo da uretra, apresenta uma dilatação chamada fossa navicular
da uretra.
C) As divisões anteriores das artérias ilíacas internas geralmente fornecem a maior parte
do sangue para as estruturas pélvicas.
Alternativa correta: B
➢ Correções
A) A próstata pode ser dividida em zonas periférica e medial, sendo a zona medial
equivalente ao lobo anterior. Possui uma cápsula fibrosa e fina, desprovida de estrutura
neurovascular.
Alternativa correta: C
➢ Correções
A) A próstata pode ser dividida em zonas periférica e central (interna). A zona central é
comparável ao lobo médio. A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular,
incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos.
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B) Toda a próstata é circundada pela fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha
prostática fibrosa que é fina anteriormente e contínua anterolateralmente com os
ligamentos puboprostáticos, e densa posteriormente.
E) O plexo venoso prostático forma uma rede única ao redor da próstata, sem
comunicação com outros plexos venosos do corpo.
Alternativa correta: C
➢ Correções
A) O plexo venoso prostático não está localizado entre a cápsula fibrosa da próstata e as
veias ilíacas externas, mas sim entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática.
Além disso, ele não se comunica diretamente com o plexo venoso portal.
B) O plexo venoso prostático não drena exclusivamente para o plexo venoso vertebral
interno. Ele possui múltiplas conexões, incluindo o plexo venoso vesical e as veias ilíacas
internas.
D) O plexo venoso prostático está localizado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha
prostática, e não fora da bainha. Além disso, ele não é responsável pela drenagem das
artérias prostáticas, mas sim das veias prostáticas.
E) O plexo venoso prostático não forma uma rede isolada. Ele possui comunicações
importantes com outros plexos venosos, como o plexo venoso vesical e o plexo venoso
vertebral interno.