Trabalho de Anatomia Final (1)

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Anatomia Interna Masculina

Trabalho submetido ao terceiro


ciclo do 4º período da disciplina de
Anatomia - no curso de graduação
em medicina da Faculdade Atenas
de Sete Lagoas. Sob orientação do
professor Luciano Vilela.
Alunos: Ana Cecília Camilo, Ana
Luísa Freitas, Camila Camargo,
Esther Macedo, Gabriel Ribeiro
Lima, Ivan Samuel Reis de Lima,
Jamil Henrique Jacauna, Kauã
Ferreira, Laura Silveira, Luis Felipe
Vasconcelos, Maria Eduarda
Brandão.

SETE LAGOAS - MG
Dezembro de 2024
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TESTÍCULOS
São as gônadas masculinas, pares de glândulas reprodutivas masculinas, ovais, que
produzem espermatozoides e hormônios masculinos, principalmente testosterona.

➢ Posição anatômica
Os testículos estão suspensos no escroto pelos funículos espermáticos, e o testículo
esquerdo geralmente localiza-se em posição mais baixa do que o direito.
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➢ Relações anatômicas
Os testículos têm uma face externa fibrosa e resistente, a túnica albugínea, que se espessa
em uma crista sobre a face interna posterior como o mediastino do testículo.
A superfície de cada testículo é coberta pela lâmina visceral da túnica vaginal, exceto no
local onde o testículo se fixa ao epidídimo e ao funículo espermático.
A lâmina visceral da túnica vaginal encontra-se intimamente aplicada ao testículo,
epidídimo e parte inferior do ducto deferente.
O recesso da túnica vaginal, semelhante a uma fenda, o seio do epidídimo, situa-se entre
o corpo do epidídimo e a face posterolateral do testículo.
A lâmina parietal da túnica vaginal, adjacente à fáscia espermática interna, é mais extensa
do que a lâmina visceral e estende-se superiormente por uma distância até a parte distal
do funículo espermático.
A lâmina parietal e visceral da túnica vaginal são separadas por pequeno volume de
líquido.
Septos fibrosos estendem-se internamente entre lóbulos de túbulos seminíferos
contorcidos pequenos, mas longos e muito espiralados, nos quais são produzidos os
espermatozoides.
Os túbulos seminíferos contorcidos são unidos por túbulos seminíferos retos á rede do
testículo, uma rede de canais no mediastino do testículo.
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➢ Irrigação
As longas artérias testiculares originam-se da face anterolateral da parte abdominal da
aorta, imediatamente abaixo das artérias renais. Elas seguem no retroperitônio (posterior
ao peritônio) em direção oblíqua, cruzando sobre os ureteres e as partes inferiores das
artérias ilíacas externas para chegar aos anéis inguinais profundos, atravessam os canais,
saem deles através dos anéis inguinais superficiais e entram nos funículos espermáticos
parra irrigar os testículos.

➢ Drenagem venosa
As veias que emergem do testículo e do epidídimo formam o plexo venoso pampiniforme,
uma rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que circundam a
artéria testicular no funículo espermático.
O plexo pampiniforme faz parte do sistema termorregulador do testículo, ajudando a
manter essa glândula em temperatura constante.
As veias de cada plexo pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia
testicular direita, que entra na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular esquerda,
que entra na veia renal esquerda.
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➢ Drenagem linfática
Segue a artéria e a veia testiculares até os linfonodos lombares direitos e esquerdos
(cava/aórtico) e pré aórticos.
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➢ Inervação
Os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo nervoso testicular sobre a
artéria testicular, que contém fibras simpáticas do segmento T10-T11 da medula espinal,
fibras aferentes viscerais e, talvez, fibras parassimpáticas vagais.
Fibras autônomas chegam ao testículo via plexo deferencial.
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DUCTO DEFERENTE
➢ Anatomia
o É continuação do ducto epidídimo;
o Tem paredes musculares espessas e um lúmen mito pequeno, o que confere a ele
firmeza semelhante à de um códão;
o Começa na cauda do epidídimo, no polo inferior do testículo;
o Ascende posterior ao testículo e medial ao epidídimo;
o Principal componente do funículo espermático;
o Cruza sobre os vasos ilíacos externos e entra na pelve. Segue ao longo da parede
lateral da pelve, onde se situa externamente ao peritônio parietal. Termina unindo-
se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório;
o O ducto deferente aumenta para formar a ampola do ducto deferente antes de seu
término.
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➢ Relações anatômicas
Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente mantém contato direto com o
peritônio.
Além disso, cruza superiormente ao ureter perto do ângulo posterolateral da bexiga
urinária, seguindo entre o ureter e o peritônio da prega uretérica para chegar ao fundo da
bexiga. Posteriormente à bexiga urinária, o ducto deferente inicialmente, situa-se acima
da glândula seminal e depois desce medialmente ao ureter e à glândula;
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➢ Irrigação arterial
A artéria do ducto deferente geralmente origina-se de uma
artéria vesical superior, mas às vezes pode originar da artéria vesical inferior, e termina
anastomosando-se com a artéria testicular, posteriormente ao testículo.

➢ Drenagem venosa
As veias da maior parte do ducto (parte pélvica) drenam para a veia estimular, incluindo
o plexo pampiniforme distal. Sua parte terminal (parte abdominal) drena para o
plexo venoso vesical/ prostático, que se encontra em volta da exigia e da próstata.
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EPIDÍDIMO
➢ Anatomia
É uma estrutura alongada, em forma de C, situada contra a margem posterior do testículo,
à qual se acha intimamente aderida e onde pode ser sentida pela palpação;
Constitui a parte das vias espermáticas interpostas entre a rede do testículo e o
reservatório de espermatozóides. Os dúctil os eferentes do testículo transportam
espermatozoides recém-desenvolvidos da rede do testículo para o epidídimo. Os
espermatozóides são armazenados no epidídimo até o momento da ejaculação.

Pode ser dividido nas seguintes partes:


o Cabeça do epidídimo: a parte expandida superior que é composta de lóbulos
formados pelas unidades espiraladas de 12-14 unidades de dúctulos eferentes;
o Corpo do epidídimo: a maior parte é formada pelo enovelamento do ducto do
epidídimo;
o Cauda do epidídimo: Continua com o ducto deferente, o ducto que transporta os
espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório, de onde são expulsos
pela uretra durante a ejaculação.
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Os ductos eferentes retos do testículo tornam-se tortuosos ao penetrarem na cabeça do


epidídimo. Nessa região formam-se os lóbulos do epidídimo, cuneiformes,
cujos ápices estão voltados para. Estímulo. Cada ducto eferente termina na frente da base
de um lóbulo no ducto do epidídimo. Esse ducto se origina na cabeça, tem um trajeto
muito tortuoso através do corpo e na cauda aumenta de espessura, constituindo a parte de
entrada do reservatório de espermatozóides. A parte de saída do reservatório se continua
com o ducto deferente.
O epidídimo é formado por minúsculas alças do ducto do epidídimo na parte superior do
testículo até sua cauda.

Observação: irrigação arterial e drenagem venosa é igual a do testículo.

GLÂNDULAS SEMINAIS
o Observações:
Não armazenam espermatozoides (como indica o termo “vesícula”). Secretam um líquido
alcalino espesso com frutose (fonte de energia para os espermatozoides) e um agente
coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios
e a uretra.
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➢ Posição anatômica
o Estrutura alongada;
o Cerca de 5 cm de comprimento;
o Situada entre o fundo da bexiga e o reto;
o Encontram-se em posição oblíqua superiormente à próstata.

➢ Relações anatômicas
o As extremidades superiores das glândulas seminais são recobertas por peritônio;
o Situam-se posteriormente aos ureteres, onde são separadas do reto pelo peritônio
da escavação retovesical;
o As extremidades inferiores das glândulas seminais estão intimamente
relacionadas ao reto e são separadas dele apenas pelo septo retovesical;
o O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto
ejaculatório.
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➢ Irrigação
As artérias para as glândulas seminais originam-se nas artérias vesical inferior e retal
média.

➢ Drenagem venosa
As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes.
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PRÓSTATA
➢ Observações:
o É a maior glândula acessória do sistema genital masculino;
o Tem consistência firme;
o Do tamanho de uma noz;
o O líquido prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume
do sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas
seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os
espermatozoides são transportados) e participa da ativação dos espermatozoides.

➢ Posição anatômica
o Aproximadamente 3 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm de
profundidade anteroposterior;
o Circunda a parte prostática da uretra;
o A parte glandular representa cerca de dois terços da próstata e o outro terço é
fibromuscular;
o A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos
prostáticos de veias e nervos;
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o Tudo é circundado pela fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha prostática
fibrosa que é fina anteriormente, contínua anterolateralmente com os ligamentos
puboprostáticos, e densa posteriormente onde se funde ao septo retovesical;
o A próstata pode ser dividida em zonas periférica e central (interna). A zona
central é comparável ao lobo médio;

o Os dúctulos prostáticos (20 a 30) se abrem principalmente nos seios prostáticos,


situados de cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática
da uretra.
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➢ Relações anatômicas
o A base intimamente relacionada ao colo da bexiga;
o O ápice está em contato com a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da
uretra e transverso profundo do períneo;
o A face anterior muscular, cuja maioria das fibras musculares é transversal e forma
um hemiesfíncter vertical, semelhante a uma depressão (rabdoesfíncter), é
parte do músculo esfíncter da uretra;
o A face anterior é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no espaço
retropúbico;
o Uma face posterior relacionada com a ampola do reto;
o Faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus;O istmo da
próstata situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares
representam a continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o
colo da bexiga, e contém pouco ou nenhum tecido glandular;

Os lobos direito e esquerdo da próstata, separados anteriormente pelo istmo e


posteriormente por um sulco longitudinal central e pouco profundo, podem ser
subdivididos, cada um, para fins descritivos, em quatro lóbulos indistintos, definidos por
sua relação com a uretra e os ductos ejaculatórios, e pelo arranjo dos ductos e tecido
conjuntivo:
1) Um lóbulo inferoposterior situado posterior à uretra e inferior aos ductos
ejaculatórios. Esse lóbulo constitui a face da próstata palpável ao exame retal digital;
2) Um lóbulo inferolateral diretamente lateral à uretra, que forma a maior parte do lobo
direito ou esquerdo;
3) Um lóbulo superomedial, situado profundamente ao lóbulo inferoposterior,
circundando o ducto ejaculatório ipselateral;
4) Um lóbulo anteromedial, situado profundamente ao lóbulo inferolateral, diretamente
lateral à parte prostática proximal da uretra.
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Observação: Um lobo embrionário médio (mediano) dá origem aos lóbulos


superomedial e anteromedial. Essa região tende a sofrer hipertrofia induzida por
hormônio na idade avançada, formando um lóbulo médio situado entre a uretra e os ductos
ejaculatórios e próximo do colo da bexiga. Acredita-se que o aumento do lobo médio seja
ao menos parcialmente responsável pela formação da úvula que pode se projetar para o
óstio interno da uretra.

➢ Irrigação
As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo as
artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média.
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➢ Drenagem venosa
o As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata;
o O plexo venoso prostático, situa entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha
prostática, drena para as veias ilíacas internas;
o O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical
e comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno.
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GLÂNDULAS BULBOURETRAIS

As duas glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper), do tamanho de uma ervilha


cada, situam-se posterolateralmente à parte membranácea da uretra, inseridas no
músculo esfíncter externo da uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam
a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de
pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do
pênis. Sua secreção mucosa entra na uretra durante a excitação sexual.

São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da parte


membranácea da uretra. Seus duetos desembocam na uretra esponjosa e sua secreção
é mucosa.
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URETRA

➢ Anatomia

A uretra masculina é um canal comum para a micção e para a ejaculação, com cerca de
20 cm de comprimento. Inicia-se no óstio interno da uretra, na bexiga urinária, e
atravessa sucessivamente a próstata, o assoalho da pelve e o pênis, terminando na
extremidade deste órgão pelo óstio externo da uretra.

Identificamos quatro partes na uretra masculina:

1. Parte Intramural

o Localizada no colo da bexiga.


o É o segmento inicial da uretra masculina.

2. Parte Prostática

o Comprimento: 3-4 cm.


o Atravessa a glândula prostática.
o Apresenta na face anterior uma pequena saliência chamada colículo seminal,
onde desembocam os ductos ejaculatórios.

3. Parte Membranosa

o Localizada no assoalho pélvico.


o Atravessa o diafragma urogenital.

4. Parte Esponjosa

o Localizada no corpo esponjoso do pênis.


o Próxima ao óstio externo da uretra, apresenta uma dilatação chamada fossa
navicular da uretra.
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➢ Irrigação

As artérias da pelve possuem divisões anteriores das artérias ilíacas internas


geralmente fornecem a maior parte do sangue para as estruturas pélvicas.

A artéria vesical inferior é encontrada consistentemente apenas nos homens.

A artéria pudenda interna, maior nos homens do que nas mulheres, segue
inferolateralmente, anterior ao músculo piriforme e ao plexo sacral. Deixa a pelve entre
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os músculos piriforme e isquiococcígeo, atravessando a parte inferior do forame


isquiático maior. A artéria pudenda interna então passa ao redor da face posterior da
espinha isquiática ou do ligamento sacroespinal e entra na fossa isquioanal através do
forame isquiático menor. A artéria pudenda interna, junto com as veias pudendas
internas e ramos do nervo pudendo, atravessa o canal pudendo na parede lateral da
fossa isquioanal. Quando sai do canal, medialmente ao túber isquiático, a artéria
pudenda interna divide-se em seus ramos terminais, as artérias perineal e dorsal do
pênis ou clitóris.

➢ Drenagem venosa

Parte proximal da uretra:

o Parte anterior: veia dorsal do pênis e plexo venoso prostático.


o Parte posterior: plexo venoso prostático

Parte intramural e prostática: ilíaca comum (íliaca externa e ilíaca interna, parte
anterior e posterior)
A drenagem venosa dos órgãos pélvicos flui principalmente para o sistema cava pelas
veias ilíacas internas. A parte superior do reto
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DRENAGEM LINFÁTICA DOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS DA PELVE


MASCULINA
o Os vasos linfáticos dos ductos deferentes, ductos ejaculatórios e partes inferiores
das glândulas seminais drenam para os linfonodos ilíacos externos.
o Os vasos linfáticos das partes superiores das glândulas seminais e da próstata
terminam principalmente nos linfonodos ilíacos internos, mas parte da drenagem
destes últimos segue para os linfonodos sacrais.
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INERVAÇÃO DOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS DA PELVE MASCULINA:


O ducto deferente, as glândulas seminais, os ductos ejaculatórios e a próstata são
ricamente inervados por fibras nervosas simpáticas.
As fibras simpáticas pré-ganglionares originam-se de corpos celulares na coluna
intermédia de células dos segmentos T12–L2 (ou L3) da medula espinal. Atravessam os
gânglios paravertebrais dos troncos simpáticos para se tornarem componentes dos nervos
esplâncnicos lombares (abdominopélvicos) e dos plexos hipogástricos e pélvicos.
As fibras parassimpáticas pré-ganglionares dos segmentos S2 e S3 da medula espinal
atravessam os nervos esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos plexos
hipogástricos/pélvicos inferiores. As sinapses com neurônios simpáticos e
parassimpáticos pós-ganglionares ocorrem nos plexos, no trajeto para as vísceras pélvicas
ou perto delas. Durante um orgasmo, o sistema simpático estimula a contração do
músculo esfíncter interno da uretra para evitar a ejaculação retrógrada. Ao mesmo tempo,
estimula contrações peristálticas rápidas do ducto deferente, e a contração e secreção
associadas das glândulas seminais e da próstata que garantem o veículo (sêmen) e a força
expulsiva para liberar os espermatozoides durante a ejaculação. A função da inervação
parassimpática dos órgãos genitais internos é obscura. No entanto, as fibras
parassimpáticas que atravessam o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos
que seguem até os corpos eréteis do pênis, responsáveis pela ereção peniana.
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APLICAÇÕES CLÍNICAS
➢ Criptorquidia
Consiste na falha na migração do testículo. Além disso, os testículos não descem em cerca
de 3% dos recém-nascidos a termo e em 30% dos prematuros. Cerca de 95% das falhas
de migração dos testículos são unilaterais. Se um testículo não tiver descido ou não for
retrátil, há criptorquidia.
O testículo não descido geralmente está em algum ponto ao longo do trajeto normal de
sua descida pré-natal, na maioria das vezes no canal inguinal. A importância da
criptorquidia é o grande aumento do risco de câncer no testículo que não desceu, ainda
mais problemático porque não é palpável e geralmente só é detectado quando em estágio
avançado. Como o testículo precisa de temperaturas mais baixas para manter a
fertilidade, a criptorquidia é normalmente corrigida na infância.

o Sinais e sintomas: Em cerca de 80% dos casos, o escroto no lado afetado está
vazio ao nascimento; nos demais casos, um testículo é palpável no escroto ao
nascimento, mas parece ascender com o crescimento linear por causa de uma
ligação do gubernáculo ectópico que impede que o testículo “desça" normalmente
para o escroto.

o Diagnóstico: Avaliação clínica > Algumas vezes, laparoscopia > Raramente,


ultrassonografia ou RM.
Todos os meninos devem ser submetidos a exame dos testículos no nascimento e então
anualmente para avaliar a localização e crescimento testicular.
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➢ Espermatocele e cisto do epidídimo


Um cisto no epidídimo é uma bolsa cheia de líquido que se forma no epidídimo. Muitas
vezes, não há sinais de que está se formando, mas pode-se notar uma pequena massa,
semelhante a um balão de água, e sentir sensibilidade e inchaço do testículo.

Embora às vezes referido como espermatoceles, esses são um tipo diferente de cisto em
que o fluido dentro do cisto contém esperma. Um cisto epididimal contém apenas fluido.
Um cisto do epidídimo também é diferente da epididimite, que é uma inflamação dolorosa
dos tubos do epidídimo causada por uma infecção bacteriana ou viral.

Os cistos no epidídimo são benignos (não cancerosos) e podem ser muito comuns com a
idade. No entanto, se estiver associado a um caroço nos testículos, é importante consultar
com urologista para verificar a existência de um nódulo, como um tumor ou hérnia. A
maioria dos cistos testiculares são tratados apenas se causarem dor ou desconforto.

A cirurgia é o tratamento mais comum se decidir que seu Cisto no epidídimo precisa ser
removido. A remoção por aspiração não é muito recomendada, pois há grande chance de
o fluido retornar rapidamente.
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➢ Ruptura da uretra em homens e extravasamento de urina


As fraturas do cíngulo do membro inferior, sobretudo aquelas resultantes da separação da
sínfise púbica e ligamentos puboprostáticos, muitas vezes causam ruptura da parte
membranácea da uretra.
A ruptura dessa parte da uretra resulta no extravasamento de urina e sangue para o espaço
profundo do períneo; pode haver passagem superior do líquido através do hiato urogenital
e distribuição extraperitoneal ao redor da próstata e da bexiga urinária.
Essa lesão geralmente resulta de um golpe forte no períneo (queda a cavaleiro), como a
queda sobre uma barra de metal ou, menos comumente, da introdução errada (falso trajeto
de um cateter ou dispositivo transuretral que não consegue transpor o ângulo da uretra no
bulbo do pênis. A ruptura do corpo esponjoso e da parte esponjosa da uretra resulta em
extravasamento de urina para o espaço superficial do períneo. As fixações do estrato
membranáceo do períneo determinam a direção do fluxo da urina extravasada. A urina
pode passar para o tecido conjuntivo frouxo no escroto, ao redor do pênis, e,
superiormente, profundamente ao estrato membranáceo do tecido conjuntivo subcutâneo
da parede abdominal anteroinferior.
A urina não chega às coxas porque o estrato membranáceo da tela subcutânea do períneo
funde-se à fáscia lata, envolvendo os músculos da coxa, imediatamente distal ao
ligamento inguinal. Além disso, a urina não pode seguir posteriormente para a região
anal, pois as camadas superficial e profunda da fáscia do períneo são contínuas entre si
ao redor dos músculos superficiais do períneo e com a margem posterior da membrana
do períneo situada entre elas. A ruptura de um vaso sanguíneo para o espaço superficial
do períneo causada por traumatismo resultaria em contenção semelhante do sangue no
espaço.
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➢ Hidrocele do funículo espermático e/ou testículo


Hidrocele é a presença de líquido em excesso em um processo vaginal persistente. Essa
anomalia congênita pode estar associada a uma hérnia inguinal indireta. O acúmulo de
líquido resulta da secreção de uma quantidade anormal de líquido seroso pela lâmina
visceral da túnica vaginal. O tamanho da hidrocele depende do grau de persistência do
processo vaginal.
A hidrocele do testículo está limitada ao escroto e distende a túnica vaginal. A hidrocele
do funículo espermático é limitada ao funículo espermático e distende a parte persistente
do pedículo do processo vaginal. A hidrocele congênita do funículo espermático e do
testículo pode comunicar-se com a cavidade peritoneal. A detecção de uma hidrocele
requer transiluminação, um procedimento no qual se faz incidir uma luz forte sobre a
parede do escroto aumentado, em um ambiente escuro. A transmissão de luz como uma
cor vermelha indica excesso de líquido seroso no escroto. Os recém-nascidos do sexo
masculino frequentemente têm líquido peritoneal residual na túnica vaginal; entretanto,
esse líquido geralmente é absorvido durante o primeiro ano de vida. Algumas doenças,
como lesão e/ou inflamação do epidídimo, também podem causar hidrocele em adultos.
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PERGUNTAS
1- Os canais deferentes são dois tubos, que ligam os epidídimos às vesículas seminais.
Também chamados de ductos deferentes, a sua função é transportar os espermatozoides
depois de seu amadurecimento para que eles se juntem aos líquidos seminais formando o
sêmen. Sobre o Ducto deferente marque a alternativa correta:

A) A artéria do ducto deferente sempre origina-se de uma artéria vesical superior.

B) O ducto deferente inicialmente, situa-se abaixo da glândula seminal e depois desce


lateralmente ao ureter e à glândula.

C) As veias da maior parte do ducto (parte pélvica) drenam para a veia estimular,
incluindo o plexo pampiniforme distal.

D) Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente não tem contato direto com o
peritônio.

E) O ducto deferente terminam na cauda do epidídimo, no polo superior do testículo.

Alternativa correta: C

➢ Correções
A) A artéria do ducto deferente geralmente origina-se de uma artéria vesical superior, mas
às vezes pode originar da artéria vesical inferior, e termina anastomosando-se com a
artéria testicular, posteriormente a o testículo.

B) O ducto deferente inicialmente, situa-se a cima da glândula seminal e depois desce


medialmente ao ureter e à glândula.

C) As veias da maior parte do ducto (parte pélvica) drenam para a veia estimular,
incluindo o plexo pampiniforme distal.
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D) Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente mantém contato direto com o
peritônio.

E) O ducto deferente começam na cauda do epidídimo, no polo inferior do testículo.

2- A uretra masculina é um canal comum para a micção e para a evacuação, com cerca
de 20 cm de comprimento. Sobre essa estrutura marque a alternativa correta:

A) A uretra masculina é dividida em duas partes, sendo ela a parte membranoso e


prostática.

B) Próxima ao óstio externo da uretra, apresenta uma dilatação chamada fossa navicular
da uretra.

C) A artéria aorta abdominal geralmente fornecem a maior parte do sangue para as


estruturas pélvicas.

D) A artéria vesical inferior é encontrada consistentemente apenas nas mulheres.

E) A parte membranosa da uretra masculina está localizada no colo da bexiga.

Alternativa correta: B

➢ Correções
A) A uretra masculina é dividida em quatro partes, sendo ela a parte membranoso,
prostática, intramural e esponjosa.

B) Próxima ao óstio externo da uretra, apresenta uma dilatação chamada fossa navicular
da uretra.

C) As divisões anteriores das artérias ilíacas internas geralmente fornecem a maior parte
do sangue para as estruturas pélvicas.

D) A artéria vesical inferior é encontrada consistentemente apenas nos homens.


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E) A parte membranosa da uretra masculina está localizada no assoalho pélvico.

3- Sobre a vascularização do testículo, responda:


A) O testículo é irrigado pela artéria testicular, que se origina da artéria ilíaca interna.

B) A irrigação do testículo é feita pela artéria testicular, ramo da aorta abdominal,


enquanto a drenagem venosa ocorre pelo plexo pampiniforme, que desemboca na veia
renal esquerda (veia testicular esquerda) ou na veia cava inferior (veia testicular direita).

C) O plexo pampiniforme é formado por 8 a 12 veias localizadas posteriormente ao ducto


deferente.

D) As artérias testiculares se originam das artérias ilíacas externas, cruzam anteriormente


ao peritônio e seguem diretamente para os testículos sem passar pelos canais inguinais.

E) As veias do plexo pampiniforme estão situadas lateralmente ao ducto deferente e são


responsáveis pela vascularização arterial do testículo. As veias do plexo pampiniforme
estão situadas anteriormente ao ducto deferente e são responsáveis pela drenagem venosa
do testículo.

Alternativa correta: B

➢ Correções

A) O testículo é irrigado pela artéria testicular, que se origina da artéria abdominal da


aorta.

B) A irrigação do testículo é feita pela artéria testicular, ramo da aorta abdominal,


enquanto a drenagem venosa ocorre pelo plexo pampiniforme, que desemboca na veia
renal esquerda (veia testicular esquerda) ou na veia cava inferior (veia testicular direita).

C) O plexo pampiniforme é formado por 8 a 12 veias localizadas anteriormente ao ducto


deferente.
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D) As artérias testiculares se originam das artérias da parte abdominal da aorta, seguem


posteriormente ao peritônio, em direção oblíqua e passam pelos canais inguinais.

E) As veias do plexo pampiniforme estão situadas anteriormente ao ducto deferente e são


responsáveis pela drenagem venosa do testículo.

4- Sobre a próstata, a maior glândula acessória do sistema genital masculino, responda:

A) A próstata pode ser dividida em zonas periférica e medial, sendo a zona medial
equivalente ao lobo anterior. Possui uma cápsula fibrosa e fina, desprovida de estrutura
neurovascular.

B) A próstata é circundada pelos ligamentos puboprostáticos posteriormente, enquanto


anteriormente é envolvida pela cápsula visceral da pelve, que forma o septo prostático.

C) O plexo venoso prostático, situa entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha


prostática, drena para as veias ilíacas internas.

D) A parte glandular da próstata corresponde a um terço da glândula, enquanto os outros


dois terços são compostos por tecido fibromuscular, circundados pela fáscia visceral da
pelve.

E) As artérias prostáticas são principalmente ramos da parte abdominal da aorta,


sobretudo as artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal
média.

Alternativa correta: C

➢ Correções
A) A próstata pode ser dividida em zonas periférica e central (interna). A zona central é
comparável ao lobo médio. A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular,
incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos.
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SETE LAGOAS-MG

B) Toda a próstata é circundada pela fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha
prostática fibrosa que é fina anteriormente e contínua anterolateralmente com os
ligamentos puboprostáticos, e densa posteriormente.

C) O plexo venoso prostático, situa entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha


prostática, drena para as veias ilíacas internas.

D) A parte glandular da próstata corresponde a um dois terços da glândula, enquanto que


um terço é composto por tecido fibromuscular, circundado pela fáscia visceral da pelve.

E) As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo as


artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média.

5- Durante uma aula de anatomia, o professor explica a importância do sistema venoso


na drenagem de diferentes regiões do corpo, destacando o plexo venoso prostático. Ele
menciona que as veias se organizam de maneira estratégica para permitir a comunicação
entre estruturas adjacentes e até mesmo com regiões mais distantes, como a coluna
vertebral. A seguir, ele apresenta uma questão para testar o conhecimento dos alunos sobre
esse tema.
Sobre a drenagem venosa da próstata e a anatomia do plexo venoso prostático, assinale a
alternativa correta:

A) O plexo venoso prostático localiza-se entre a cápsula fibrosa da próstata e as veias


ilíacas externas, comunicando-se diretamente com o plexo venoso portal.

B) As veias do plexo venoso prostático drenam exclusivamente para o plexo venoso


vertebral interno, sem conexão com outras estruturas.

C) O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical e


comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno.

D) O plexo venoso prostático localiza-se fora da bainha prostática e é responsável pela


drenagem direta das artérias prostáticas.
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SETE LAGOAS-MG

E) O plexo venoso prostático forma uma rede única ao redor da próstata, sem
comunicação com outros plexos venosos do corpo.

Alternativa correta: C

➢ Correções
A) O plexo venoso prostático não está localizado entre a cápsula fibrosa da próstata e as
veias ilíacas externas, mas sim entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática.
Além disso, ele não se comunica diretamente com o plexo venoso portal.

B) O plexo venoso prostático não drena exclusivamente para o plexo venoso vertebral
interno. Ele possui múltiplas conexões, incluindo o plexo venoso vesical e as veias ilíacas
internas.

C) O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical e


comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno.

D) O plexo venoso prostático está localizado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha
prostática, e não fora da bainha. Além disso, ele não é responsável pela drenagem das
artérias prostáticas, mas sim das veias prostáticas.

E) O plexo venoso prostático não forma uma rede isolada. Ele possui comunicações
importantes com outros plexos venosos, como o plexo venoso vesical e o plexo venoso
vertebral interno.

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