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UNIBE Recife e os senhores de engenho de Olinda,

PMPE 2023 estes representantes da nobreza das terras...” O


PROFESSORA: RAFAELA LIRA texto acima faz referência à “Guerra dos
DISCIPLINA: HISTÓRIA
Mascates”, conflito, que colocou, em lados
1. (UPENET/IAUPE - 2016 - PM-PE ) opostos, os senhores de engenho e os
A chamada Guerra dos Mascates, episódio comerciantes reinóis. Em relação a esse
ocorrido em Pernambuco, entre 1710 e episódio, é CORRETO afirmar que
1711, foi um conflito entre diferentes elites
político-econômicas, localizadas em Olinda A) a criação de uma nova municipalidade em
e Recife, resultando na ascensão da elite atendimento às demandas dos comerciantes
mercantil de Recife. reinóis gerou grande insatisfação à
açucarocracia olindense, que queria reservar a
Sobre isso, assinale a alternativa
si não apenas honrarias e privilégios especiais
CORRETA.
como também o controle político da capitania.
A Em 1711, as autoridades coloniais puseram
fim ao conflito, reafirmando o status de Recife B) mesmo tendo saído derrotados na “Guerra
enquanto vila, o que conferiu à elite dessa dos Mascates”, os senhores de engenho de
povoação os meios para consolidar seu poder Olinda não se abateram, pois não perderam o
político na capitania, mediante cargos na controle sobre a recém criada Câmara do
câmara municipal da nova vila. Recife.
B Os mercadores do Recife foram
politicamente apoiados, em sua revolta contra C) com seu fim, as elites comerciais de Recife
o poderio dos senhores olindenses, por e as latifundiárias de Olinda restabeleceram os
diversos grupos sociais livres de Recife e
laços graças à ativa influência da
Olinda assim como por um pequeno número
de escravos. administração lusa, a quem não interessava
C A Guerra dos Mascates foi um conflito financeiramente a desunião de comerciantes e
político entre senhores de engenho e produtores de açúcar.
mercadores de grande porte em Pernambuco
do início do século XVIII que se estendeu por D) influenciados pelas ideias revolucionárias
outras províncias do atual Nordeste, como o que circulavam pela Europa, os senhores de
Ceará e o Rio Grande do Norte. engenho de Olinda defenderam os interesses
D Os mercadores do Recife, em sua ânsia por da capitania, reafirmando o sentimento de
liberdade, proclamaram a República em 1711, identidade nacional do Brasil.
proclamação, entretanto, revogada pelas
autoridades coloniais. E) considerado pela historiografia como um
E Em 1711, as autoridades coloniais puseram
movimento liberal, buscava conservar a maior
fim ao conflito, elevando o Recife à categoria
de vila, mas dando à elite olindense a primazia autonomia da Câmara de Olinda em relação à
sobre os cargos da nova câmara municipal do administração lusitana, algo que os
Recife. pernambucanos conservavam desde o período
duartino.

2. (PMPE 2018) “O ponto alto sobre as 3. Sobre a Revolução de 1817 (Insurreição


tensões entre a açucarocracia de Olinda e a Pernambucana), assinale a opção correta
Coroa se dá quando esta resolve em 1709 criar acerca das seguintes assertivas:
uma nova municipalidade vizinha à olindense:
I - O movimento contou com a participação de
a Câmara Municipal do Recife. Desde a
vários grupos sociais e defendia a abolição da
segunda metade do século XVII, havia uma escravidão e a restrição à liberdade religiosa.
clara oposição entre os comerciantes reinóis do II - Em março de 1817, os rebeldes
pernambucanos tomaram o poder e comandados principalmente por João
proclamaram uma monarquia separada de Fernandes Vieira, um próspero senhor de
Portugal e do Rio de Janeiro. engenho de Pernambuco.
III - A queda do preço do açúcar e do algodão
não possui qualquer relação com a Revolução III - Nessa luta contra os holandeses, os
de 1817. portugueses contaram com o importante
auxílio de alguns africanos libertos e também
A Nenhum item está correto. de índios potiguares.
B Apenas os itens I e II estão corretos.
C Apenas os itens I e III estão corretos. IV - A oposição dos portugueses aos
D Apenas os itens II e III estão corretos. holandeses ocorreu em decorrência da
intensificação da cobrança de impostos e
também da cobrança dos empréstimos
4. (IGEDUC 2023)Julgue os itens realizados pelos senhores de engenho de
subsequentes. origem portuguesa com os banqueiros
holandeses.
A Revolução Praieira ocorreu em 1848 em A. Apenas as afirmativas I, II e IV estão
Pernambuco, liderada pelas mais camadas corretas.
pobres da população, que estavam insatisfeitas B. Apenas as afirmativas I, III e IV estão
com o sistema político imperial e estavam e corretas.
protestavam contra a carestia de gêneros C. Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
alimentícios e a pobreza geral da província. D. Todas as afirmativas estão corretas.

C Certo
E Errado 7. (PMPE 2016 UPENET) As primeiras
décadas do século XIX foram marcadas pelo
chamado ciclo das insurreições liberais em
5. (IGEDUC 2023) Julgue os itens
subsequentes. Pernambuco, com a Insurreição de 1817, a
Confederação do Equador e a Revolução
Entre as causas que conduziram à Insurreição Praieira. Essas insurreições se constituíram em
Pernambucana de 1817, podemos destacar a movimentos federalistas e, com exceção da
crise económica, política e social que atingia a Insurreição Pernambucana, se contrapunham
região. A economia agrícola estava em declínio, ao projeto de independência implantado em
a cobrança de impostos era elevada e as
1822 por José Bonifácio e D. Pedro I, a partir
relações entre as elites locais e a metrópole
portuguesa estavam desgastadas. do Rio de Janeiro.

No que concerne especificamente à


C Certo
E Errado Confederação do Equador, assinale a
alternativa CORRETA.
6. (PM RJ) Assinale a alternativa correta,
quanto às afirmativas abaixo, sobre a A. Diferindo da Revolução Praieira, que
Insurreição Pernambucana: defendia a bandeira da abolição, os principais
líderes da Confederação do Equador eram
I - A Insurreição Pernambucana ocorreu no antiabolicionistas.
contexto da ocupação holandesa na Região
Nordeste do Brasil, em meados do século B. Os líderes da Confederação do Equador,
XVII. liberais e republicanos, contestavam o poder
centralizado e autoritário de D. Pedro I e
II - Representou uma ação de confronto com
propunham a abolição da escravidão assim
os holandeses por parte dos portugueses,
como a República Federalista.
C. Frei Caneca, um dos intelectuais culto, que quis cercar-se de cientistas e artistas
responsáveis pelas ideias basilares da talentosos para registrar o desconhecido que o
Confederação do Equador, era um veterano de aguardava, adivinhando de antemão o grande
outras insurreições liberais, como a Praieira. interesse que esta documentação despertaria
entre os nobres europeus quando de sua volta à
D. Apesar da derrota das forças da Holanda.” Um dos artistas trazidos por Nassau
Confederação do Equador para as forças do foi o autor da tela “Vista da Cidade Maurícia”,
Império, a Província de Pernambuco que, a pintada em 1657.
partir dessa revolta, consolidaria uma imagem
de província rebelde, conseguiu assegurar um
novo território, a comarca do São Francisco,
agregada a partir da Bahia.

E. A Confederação do Equador foi um


movimento republicano e federalista, proposto
por integrantes da elite pernambucana, entre os
quais se destacavam intelectuais, militares e
políticos liberais, que se espalhou pelas
províncias da Paraíba, do Rio Grande do Norte
Em qual alternativa está indicado o nome do
e Ceará.
autor dessa obra?
8. (PMPB) A Revolução Praieira ocorrida
na Província de Pernambuco, entre os anos A) Albert Eckhout
B) Jean B. Debret
de 1.848 e 1.850, foi uma revolta de caráter:
C) Caspar Schamlkalden
D) Frans Post
A. Popular armada contra o objetivo de E) Felipe Bettendorff
explorar os recursos minerais e a mão de obra
da região, além de ampliar o mercado 10. (UPENET 2018 PMPE). Para Celso
consumidor para seus produtos Furtado, “Cada um dos problemas referidos –
industrializados.
técnica de produção, criação de mercado,
B. Republicana com descontentamento
político com o governo imperial brasileiro, financiamento, mão-de-obra – pôde ser
com busca por parte dos liberais por maior resolvido no tempo oportuno,
autonomia para as províncias. independentemente da existência de um plano
C. Popular e insatisfação com o elevado preço geral preestabelecido. O que importa ter em
cobrado pelos produtos essenciais e alimentos, conta é que houve um conjunto de
além disso, reclamavam da carência de circunstâncias favoráveis sem o qual a
determinados alimentos.
empresa não teria conhecido o enorme êxito
D. Liberal e federalista, onde os senadores
conservadores vetaram a indicação, para uma que alcançou.” (FURTADO, Celso. Formação
cadeira do Senado de um liberal e da Econômica do Brasil.) Em relação à economia
insatisfação com a falta de autonomia política açucareira no período colonial, assinale a
das províncias e concentração de poder nas alternativa CORRETA.
mãos da monarquia.
A) Sem possuir uma experiência concreta no
9. (UPENET 2018 PMPE) Maurício de cultivo e produção do açúcar, Portugal,
Nassau, “...além de ser o chefe militar que a inicialmente, teve dificuldades em
Holanda precisava para governar as províncias implementar o empreendimento açucareiro no
brasileiras invadidas, produtoras do açúcar tão território da Capitania de Pernambuco.
cobiçado pela Europa, era também um homem
B) A mentalidade da colonização portuguesa juros aplicados eram extorsivos. Em 1645 teve
fez com que os recursos obtidos no comércio início um movimento de revolta contra o
do açúcar fossem transferidos para a domínio holandês que ficou conhecido como
metrópole, não permitindo o desenvolvimento Insurreição Pernambucana. A expulsão dos
da Capitania de Pernambuco nem altos holandeses do Brasil gerou sérios problemas
investimentos na produção açucareira. para a economia da Colônia portuguesa devido
ao fato de os holandeses
C) Muito importante para a comercialização
do açúcar durante o “Período holandês”, os a) terem se negado a vender o açúcar
cristãos novos de origem judaica praticamente brasileiro, que passou a ser substituído pelo
não tiveram acesso ao tráfico do açúcar no açúcar estadunidense.
período colonial em Pernambuco, pois a Santa
Inquisição proibia a participação destes. b) terem se aliado à França para produzir
açúcar a fim de dividirem o lucrativo mercado
D) Os escravos africanos, ao contrário dos açucareiro europeu.
indígenas da América Portuguesa, não estavam
c). terem iniciado a própria produção de açúcar
habituados a manejar lavouras destinadas à
produção capitalista, o que dificultou, mas não nas Antilhas quebrando o monopólio do açúcar
brasileiro.
impossibilitou, a introdução daqueles no
empreendimento do açúcar. d) terem iniciado a produção de açúcar junto a
países árabes acabando com o monopólio do
E) Duarte Coelho assumiu um papel agressivo
no lançamento do empreendimento açucareiro açúcar brasileiro.
na Capitania de Pernambuco, trazendo para e) iniciarem uma campanha difamatória
esta artesãos e especialistas das ilhas do afirmando que o açúcar brasileiro era impuro
Atlântico. devido ao fato de ser produzido por
11.(ESA) Uma das conseqüências da expulsão escravizados africanos.
dos holandeses do nordeste, em 1654, foi o (a):
13 (PMSP) Observe a imagem e leia o trecho a
seguir.
A. decadência da atividade açucareira;
B. volta do domínio espanhol sobre o nordeste;
C. aumento da produção cafeeira;
D. expansão da produção de couro;
E. criação da Companhia de Comércio de São
Paulo;

12. (...) desde a saída do Conde Maurício de


Nassau do governo dominado pelos
holandeses na América, em 1644, foi-se
ampliando um clima de descontentamento
“As tropas holandesas e luso-brasileiras
entre os colonos em Pernambuco, provocado enfrentaram-se nos montes Guararapes em
por incompatibilidades com o novo rumo dado 1648 e 1649. Nas duas ocasiões, as bem
à administração da capitania pela Companhia treinadas forças da Holanda foram derrotadas
das Índias, considerado prejudicial aos seus por uma milícia local da colônia portuguesa. As
negócios. Entre outras coisas, a Companhia batalhas travadas nos Guararapes são
passou a cobrar os empréstimos concedidos consideradas decisivas para a expulsão dos
holandeses, que ainda levaria cinco anos para se
por Nassau, e quando esses não eram pagos, os
concretizar.”
(Lilia M. Schwarcz; Heloisa M.
Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2015. Adaptado)

O detalhe da obra destacado na questão


evidencia

A. a importância da escravização de negros


para a vitória luso-brasileira contra os
holandeses, na medida em que os invasores
eram contrários à utilização da mão de obra
negra escravizada na produção de açúcar.
B. a violência do processo de escravização,
pois os negros presentes nas batalhas estavam
lá apenas obedecendo ordem de seus senhores
e correndo o risco de serem castigados em
caso de derrota para os holandeses.
C. a ideia de traição associada a Calabar no
contexto das batalhas, na medida em que os
negros e mestiços brasileiros lutaram ao lado
dos holandeses como forma de resistência à
escravização promovida pelos senhores luso-
brasileiros.
D. as contradições da sociedade luso-brasileira
do século XVII, na medida em que os senhores
prometeram a alforria aos negros escravizados
que participassem das batalhas contra os
holandeses.
E. a perspectiva de expulsão dos holandeses
feita à base de mistura racial, constituindo-se
numa espécie de marco zero de criação da
nação brasileira, devido à presença de negros e
mestiços escravizados e forros nas batalhas.

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