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2012
UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
2012
Dedicamos este trabalho ao nosso professor
e orientador Adriano Percival Calderaro
Calvo.
Agradecimentos
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................................08
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................09
2.1 OBJETIVO GERAL ... ................................................................................................09
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ........................ .................................................................................09
3 METODOLOGIA...........................................................................................................................10
4 REVISÃO BIBLIOGRAFICA.........................................................................................................11
4.1 PERFIL HISTÓRICO ........................ .......................................................................................11
4.1.1 CONCEITOS, FUNDAMENTOS E BENEFÍCIOS ........................ ......................................12
4.1.2 TREINAMENTO MUSCULAR ........................ ...................................................................14
4.1.3 APTIDÃO FÍSICA ........................ ......................................................................................15
4.1.4 ADAPTAÇÃO E SEGURANÇA DO TREINAMENTO ........................ ...............................16
4.1.5 MUSCULAÇÃO PARA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LESÕES ....................... .17
4.2 CORRIDA DE RUA: ANÁLISE DE MODALIDADE ........................ ..........................................17
4.2.1 ANÁLISE BIOMECÂNICA ........................ ........................................................................ 18
4.3 CAUSAS E INCIDÊNCIA DE LESÕES EM CORREDORES DE RUA ........................ ............19
4.3.1 UMA REVISÃO ACERCA DAS LESÕES EM CORREDORES DE RUA............................22
4.3.2 TIPOS DE LESÕES EM CORREDORES............................................................................28
4.3.3 ASPECTOS PREVENTIVOS...............................................................................................30
4.4 TREINAMENTO DE FORÇA PARA CORREDORES DE RUA .............................................32
4.4.1 ASPECTOS FISIOLÓGICOS..............................................................................................32
4.4.2 METODOS DE TREINAMENTO PARA FUNDISTAS.........................................................34
4.4.2.1 TREINAMENTO EM CIRCUITO COMBINADO COM EXERCÍCIOS AERÓBICOS.........34
4.4.2.2 TREINAMENTO DE RAMPA ..........................................................................................35
1 INTRODUÇÃO
Por outro lado, a simples adoção do hábito de correr pode trazer prejuízos.
Dependendo do volume e intensidade do treinamento, a corrida pode promover uma
série de lesões microestruturais no sistema ósseo e articular, principalmente dos
membros inferiores, comprometendo a saúde de seus praticantes (YAMATO et al.,
2011, apud PEREIRA, 2010; SANT’ANNA; SANTOS, 2010, apud PEREIRA, 2010;
PAZIN, 2008, apud PEREIRA, 2010).
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
4 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Além disso,
“a musculação é um meio de treinamento caracterizado pela utilização de pesos e
máquinas desenvolvidas para oferecer alguma carga mecânica em oposição ao
movimento dos segmentos corporais” (CHAGAS; LIMA, 2008).
De acordo com Alves (2006), o treino de força pode ter como resultado: (i) a
hipertrofia muscular; (ii) o aumento da capacidade do músculo gerar tensão; (iii) o
aumento da resistência muscular; (iv) a melhoria da coordenação intra e
intermusculares; (v) o aumento da capacidade para realizar tensão mais
rapidamente; e (vi) um melhor equilíbrio muscular (i.e. entre agonistas e
antagonistas; entre membros; e entre tronco e membros inferiores). Todas estas
15
Misra (2007, apud PEREIRA, 2010) afirmam que a procura pela corrida se dá devido
à facilidade da prática e do baixo custo para o praticante.
A prática de corrida por um longo período de tempo traz benefícios físicos e
mentais ao participante (MORGAN; COSTILL,1996, apud PEREIRA, 2010). Por
outro lado, é reportado que essa prática também é geradora de lesões (VAN
MECHELEN, 1992, apud PEREIRA, 2010). No período de um ano, verificou-se que
há a incidência de lesão em praticantes de corrida, amadores e profissionais, em
27% dos casos, no mínimo. Estas lesões são mais recorrentes no joelho. Uma
articulação complexa que absorve impactos demasiados em períodos de
treinamentos intensivos (PEREIRA; 2010), e em distâncias muito elevadas ao longo
de uma semana pelo indivíduo . (YAMATO et al., 2011). Mais especificamente, estas
lesões podem surgir por dois mecanismos: (i) macrotraumatismo, lesões que surgem
em função de um trauma mecânico como entorse, pancada, contusão; e (ii)
microtraumatismo, lesões que surgem em função de repetição exaustiva de
fundamentos da modalidade sem adequados tempos de recuperação ou por
repetição incorreta desses fundamentos. É importante salientar que lesões
relativamente pequenas que são ignoradas podem, com cargas repetidas, progredir
para lesões mais graves (SANT’ANNA; SANTOS, 2010, apud PEREIRA, 2010). Os
microtraumatismos são conhecidos como lesões por sobrecarga ou lesões por
esforço repetitivo (LER) (OLIVEIRA, 2009, apud PEREIRA, 2010)
Pazin (2008, apud PEREIRA, 2010) verificou que o treinamento intensivo é
muito frequente. Segundo este autor, corredores profissionais percorrem uma
distância de 64 km em treinamento realizados num espaço de tempo de quatro a
sete dias. As lesões por sobrecarga são muito mais frequentemente constatadas
que as lesões agudas Para Lasmar et al (2002, apud PEREIRA, 2010). Desta
forma, estresses mecânicos são inerentes à prática da corrida. Esta sobrecarga
acomete o sistema esquelético. Os ossos mais afetados são os que compõem os
membros inferiores, com acometimentos graves como fraturas. O osso mais
frequentemente fraturado pelos corredores é a tíbia, principalmente se estes
praticantes possuírem deformidades nas estruturas dos pés (ARHEIM et al., 2002
apud PEREIRA, 2010; WHITING; ZERNICKE, 2001 apud PEREIRA, 2010; LASMAR
et al., 2002; apud PEREIRA, 2010).
Outras formas de lesões graves que surgem em detrimento de microtraumas
que se tornam lesões graves devido ao estresse provocado pelo treinamento em
21
lesões provenientes da corrida variam entre 37% a 56%. E estes dados estão de
acordo com as observações de Hreljac (2005, apud PEREIRA, 2010) onde em seu
trabalho foram relatados vários estudos epidemiológicos onde 27% a 70% de todos
os corredores, sejam amadores ou profissionais, que apresentaram algum tipo de
lesão durante o período de um ano.
Calçado Impróprio
Gráfico 1: Efeito sobre a ocorrência de lesão de esforço repetitivo, de acordo com a relação
teórica entre aplicação do estresse e da frequência . Fonte: Hreljac (2006).
mecanismos da corrida e sua relação com a gênese de lesão (RYAN et. al., 2006,
apud PEREIRA, 2010).
Segundo Ryan et. al. (2006, apud PEREIRA, 2010) quando são examinados
os fatores biomecânicos associados com lesões por uso excessivo, a variação
cinemática do retropé é o tema mais investigado, isto pode refutar que existe uma
associação entre a pronação da articulação subtalar e lesões provenientes da
corrida, pois este movimento de pronação é essencial para atenuar as forças de
impacto do calcanhar, e subsequente transmissão da força de reação do solo para
as outras estruturas ósseas, através da ativação muscular, mecanismo denominado
por Nigg (2001, apud PEREIRA, 2010) de muscle tunning. Este movimento
coordenado com a rotação da tíbia e flexão do joelho são fundamentais para a
transmissão de força e manutenção da corrida. Nota-se que a manutenção e
coordenação das articulações são fundamentais para a boa qualidade da
manutenção da corrida e isto depende diretamente dos fatores de treinamento,
como um bom tênis e reforço muscular,e dos fatores anatômicos característicos de
cada indivíduo, os quais estão ligados a fatores biomecânicos, visto que a
representação da marcha um complexo sistema de interação destes.
Neste capítulo fica evidente a dimensão do problema que a lesão proveniente
da prática de corrida exerce sobre os indivíduos interessados e engajados em
assumir um estilo de vida ativo. Em média, 40% de todos os corredores correm o
risco de se lesionar no período de um ano. Foi citado que, as lesões afastam e até
mesmo impedem a realização da atividade, em média 60% dos casos.
As lesões por uso excessivo, oriundas de uma sobrecarga repetitiva, podem
ser evitadas com a administração de uma auto- percepção e adequação das cargas
de treinamento feitas pelo treinador. Este deve e tem a obrigação de observar cada
indivíduo dentro dos fatores citados anteriormente e analisar todo e qualquer tipo de
informação referente ao treinamento, variações antropométricas e biomecânica da
marcha.
estágio de suas vidas. Na literatura ainda não entrou em consenso com relação à
incidência de lesões provenientes da corrida, cita Van Mechelen (1992, apud
PEREIRA, 2010). A grande variedade de métodos utilizados para avaliar os dados
não facilita a identificação da verdadeira incidência de lesões. Por exemplo, é
apresentada a incidência de diferentes formas: em número de lesões por mil horas
de corrida; percentual de lesionados e percentual de lesões. As várias lesões
desportivas, a característica do corredor, metodologia da pesquisa e a duração do
estudo, podem influenciar nas lesões, como descrito por Van Mechelen (1992, apud
PEREIRA, 2010).
Estudos epidemiológicos de lesões provocadas pela prática da corrida
verificou que o joelho é o local mais frequente para lesões, com a condromalacia
patelar, e dores na superfície patelar, como uma das lesões mais frequentes.
(CLEMENT et al.,1981, apud PEREIRA, 2010; MAUGHAM e MILLER,1983, apud
PEREIRA, 2010; VAN MECHELEN,1992, apud PEREIRA, 2010; HRELIAC,2005,
apud PEREIRA, 2010)
Em um estudo de Tauton et. al.(2002, apud PEREIRA, 2010), onde foram
analisados corredores, cerca de 42% das lesões ocorreram na articulação do joelho.
Em geral, 70 a 80% das lesões adquiridas da corrida que ocorrem abaixo da linha do
joelho e a reincidência de lesões é relatada em 20 a 70% dos casos (VAN
MECHELEN ,1992, apud PEREIRA, 2010). A pronação na região posterior do pé é
citada frequentemente, e tem sido uma das causas primária deste tipo de dor no
joelho, com a rotação medial da patela que acompanha a pronação na região
posterior do pé,o que faz com que patela seja tracionada lateralmente, elevando a
pressão exercida na superfície interna da patela (JAMES et al.,1978, apud
PEREIRA, 2010). Nigg et al. (1984, apud PEREIRA, 2010) encontraram maior
pronação em corredores com tendinite tibial, comparados com corredores que não
sentiam dor. Entretanto, para Landry e Zebas (1985, apud, PEREIRA, 2010) nada
de significativo foi encontrado sobre a incidência de dor no joelho nas medidas
variadas de movimentos amplos, incluindo o ângulo de pronação máxima, o ângulo
Q e a torção tibial. No pé e no tornozelo, podem apresentar patologia com tendinite
no tendão calcâneo (Aquiles) a e fascite plantar que estão associadas com fatores
anatômicos e de movimento. A pronação demasiada pode ser fator causador em
ambas as lesões (CLEMENT et al., 1984b, apud PEREIRA, 2010; NIGG et al. 1984,
apud PEREIRA, 2010). Portanto, os corredores com dor no tendão de Aquiles
30
4.4.2.2Treinamento de rampa.
Foram realizados treinamentos de força para 64 corredores de fundo e o
método foi a de rampa em corredores de meia e longa distancia (BARNES, 2000
apud GERKEN et al., 2007). Para Manso (1999 apud GERKEN et al., 2007)
dependendo da fase do atleta, são determinadas as distancias de 200 e 400metros,
com uma intensidade media para evolução do trabalho de resistência aeróbia e
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Para Fry (2004 apud SILVA et al., 2006), o treinamento de força irá gerar
modificações estruturais na musculatura esquelética, aumento do numero de
sarcômeros transversais, dando volume na musculatura, que aumentará a atividade
enzimática relacionada com a via glicolítica, especialmente a fosfrutoquinase,
recrutada durante exercícios de força.
5. Considerações Finais
Baseados nos estudos apresentados conclui-se que o treinamento resistido é
essencial para corredores, para se evitar lesões e adquirir aptidões físicas
como:aumento da força, aumento da massa magra, perca de percentual de gordura,
equilíbrio muscular e coordenação para que se ocorra uma melhor utilização
energética e técnicas de movimentos da corrida. E também podendo utilizar de
treinamento concorrente pois esse tipo de treinamento e muito importante para
fundista ocorre um fortalecimento estrutural sem um ganho de massa muscular para
que não perca velocidade em suas corridas. A corrida é uma atividade muito
complexa e deve ser muito bem planejada sua prática tendo em vista os altos
índices de lesões e sua lenta recuperação. A atividade de corrida deve ser
empregada de maneira gradativa para se tornar segura para o iniciante. No casos
de corredor experiente, profissional ou amador, seu plano de treinamento deverá
dosar seu volume e intensidade em função de seus limites, objetivos, características
antropométricas e biomecânicas, respeitando o seu corpo.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS