Atividade Avaliativa - Acórdão TJMG

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Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves

Atividade avaliativa
ACÓRDÃO TJMG

Discentes: Rômulo Fábio Reis, Fernando Cordeiro Lopes, Cláudio Eduardo de


Souza, Naum Franco de Resende Chaves, Gisele Aparecida de Paula e
Marilaine das Mercês Rodrigues - 10º período de Direito - Diurno –
Difusos e Coletivos - Docente: Wélliton Moreira.
Dados do Acórdão

Link:
https://www5.tjmg.jus.br/jurisprudencia/pesquisaPalavrasEspelhoAcordao.do?
&numeroRegistro=9&totalLinhas=64&paginaNumero=9&linhasPorPagina=1&pa
lavras=direito%20educa%E7%E3o,%20ACP,%20crian%E7as%20e
%20adolescentes&pesquisarPor=acordao&orderByData=2&referenciaLegislativ
a=Clique%20na%20lupa%20para%20pesquisar%20as%20refer%EAncias
%20cadastradas...&pesquisaPalavras=Pesquisar&

Número do: 1.0686.18.002532-8/002 numeração: 0025328

Relator: Des.(a) Oliveira Firmo

Relator do Acordão: Des.(a) Oliveira Firmo

Data do Julgamento: 10/12/2019

Data da Publicação: 17/12/2019

Palavras chaves para pesquisa: ação civil pública; direitos difusos e


coletivos; saúde; criança.

Assunto: Ação civil pública que trata sobre direitos individuais indisponíveis na
forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério
Público - LOMP), consoante decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ -
Tema 766 - recurso repetitivo). 2. Compete ao Ministério Público promover
ação civil pública para proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos
relativos à criança e ao adolescente (art. 201, V do ECA).

Legitimado ativo: O Ministério Público é parte legítima para pleitear


tratamento médico.

De acordo com a Súmula 601, STJ: O Ministério Público tem legitimidade


ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais
homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de
serviço público.

Segundo o entendimento do STJ, no REsp 1.681.690/SP,(8) reconheceu a


repetitividade do tema em questão, qual seja, "Legitimidade ad causam do
Ministério Público para pleitear, em demandas contendo beneficiários
individualizados, tratamento ou medicamento necessário ao tratamento de
saúde desses pacientes" (tema 766), firmando a tese de que "O Ministério
Público é parte legítima para pleitear tratamento médico ou entrega de
medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos,
mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados,
porque se refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei
n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público)"

Diante disso, o MINISTÉRIO PÚBLICO detém legitimidade ativa para propor a


presente Ação Civil Pública.

Legitimado passivo: Município/ Estado/ União

A legitimação passiva dos Municípios, que tem o a obrigação de prestar


serviços de atendimento à saúde da população através de suas redes
hospitalares e outros centros de atendimento. Tal dever decorre do comando
contido no artigo 30, VII, da Constituição Federal, que dispõe compete aos
Municípios "prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do
Estado, serviços de atendimento à saúde da população."

Segundo o entendimento de Castro, Lino e Vieira (2008, p.104), apesar de o


legislador mencionar o Estado como garantidor da saúde pública no artigo 196
da Constituição Federal, no entanto, a obrigação não foi imposta apenas a
esse, ao contrário, “utilizou-se a palavra ESTADO no intuito de englobar tanto
os Estados-membros, quanto à União e o Munícipio, vez que ambos têm o
dever promover o bem estar social, garantindo educação, saúde e segurança a
todos os cidadãos”

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.


DIREITO À SAÚDE. TRATAMENTO MÉDICO. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERADOS. REPERCUSSÃO GERAL
RECONHECIDA. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. O tratamento
médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado,
porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode
ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou
conjuntamente.”
Principais teses do autor e de defesa

O direito à saúde é estabelecido pelo artigo 196 da Constituição Federal como


(1) direito de todos e (2) dever do Estado, (3) garantido mediante políticas
sociais e econômicas (4) que visem à redução do risco de doenças e de outros
agravos, (5) regido pelo princípio do acesso universal e igualitário (6) às ações
e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
ou a tese formada no Tema 793, estabelecendo que "Os entes da federação,
em decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis nas
demandas prestacionais na área da saúde, e diante dos critérios
constitucionais de descentralização e hierarquização, compete à autoridade
judicial direcionar o cumprimento conforme as regras de repartição de
competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus
financeiro". 2. Embora haja solidariedade entre os entes federados nas ações
de saúde, devem ser observadas as regras de descentralização,
hierarquização e organização previstas na Constituição Federal (CF), além das
regras de distribuição de competências previstas na legislação
infraconstitucional.

Acórdão (procedente ou improcedente? Procedente.

Resumo e análise do grupo sobre o acórdão

A tese principal seria que a ação popular está sob em conformidade de


superiores interesses públicos (coletivos), com assentamento constitucional,
legitimando subjetivamente o cidadão para reprimir atividade comissiva ou
omissiva da Administração Pública. O direito subjetivo do cidadão, movido
pelo caráter cívico-administrativo da ação popular, com a primordial finalidade
de defender o patrimônio público, não pode ficar inibido pelo receio de
imposição de ônus, antecipando-se efeitos de sentença terminativa do
processo, sem o crivo do duplo grau de jurisdição, inarredável condição de
eficácia (art. 19, Lei 4.717/65).

Tal manejo da situação anterior não era faculdade o manejamento das


sentenças e o duplo grau.

O processo da ação popular inverteu essa orientação, estabelecendo


obrigatório reexame para as sentenças que declaram a carência ou
improcedência. (...). (Destaquei).

Destarte, e nos termos da LAP a sentença só será submetida ao duplo grau


necessário de jurisdição quando reconhecer a carência de ação ou julgar
improcedente o pedido inicial.

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