infográfico reformas urbanas rio de janeiro - hélio ribeiro

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 5

AS REFORMAS URBANAS DO RIO DE

JANEIRO (1902-1906)

Conhecida como “Reforma Pereira


Passos”, foi um momento de
grande significância para as
políticas públicas relativas à
gestão do espaço urbano, pois
tornou-se manifestação
materializada das perspectivas
que caracterizaram a mentalidade
das elites políticas e intelectuais
frente ao projeto de sociedade da
recém fundada República.

As condições decadentes das regiões centrais das áreas urbanas


da capital não aparentavam condizer com a proposta de progresso
científico e desenvolvimento econômico idealizado pela recém
formada burguesia brasileira.

Densamente
aglomeradas e
ocupadas de forma
desordenada pelos
fluxos migratórios,
especialmente de
ex-escravizados
desamparados, as
cidades tornavam-se o
último refúgio de
oportunidade de
trabalho.

A condições de vida nestes


espaços ficaram
gradualmente piores. Sem
alternativas, os moradores
improvisavam habitações
familiares e comércios
informais em predios
conhecidos “cortiços”.
Levando sua vida cotidiana
nestes espaços
comunitários em meio a
crescentes casos de
doenças contagiosas.
Os surtos
epidemiológicos foram
um dos principais
motivos utilizados para
justificar as ações do
governo para renovação
urbana da capital. Os
recentes avanços na
medicina permitiram
determinar estratégias
urbanísticas capazes de
mitigar os efeitos nocivos
das grandes
aglomerações urbanas.

Quase como um
grande laboratório, a
cidade foi entregue a
responsabilidade
dos sanitaristas, que
tinham plenos
poderes para aplicar
seus planos de
higiene urbana.

O médico
Oswaldo Cruz
ganhou grande
notoriedade por
estabelecer
protocolos de
higiene que
impactaram
positivamente a
saúde coletiva na
cidade.

No entanto, as ações foram conduzidas com pouco esclarecimento a


população, que ofereceu certo resistência às novas regras. Processo
de insatisfação que foi acentuado pela forma truculenta que tudo
ocorreu.
O “Bota-Abaixo” foi a
forma como foi chamado a
forma radical de
implementação de um
conjunto de obras
publicas executadas a fim
de redefinir a estutura
urbana da cidade.
Executada pelo então
prefeito e engenheiro
Francisco Pereira Passos,
uma sequencia de
demolições de habitações
populares deram espaço a
largas avenidas e praças.

Junto das mudanças de


hábitos de higiene
estavam a imposição de
novos códigos de
moralização dos
costumes, revelando outro
aspectos civilizatório que
permeava toda essa
radical política de
moernização.
O objetivo real
dessa
remodelação
urbana era o de
desfazer o
estigma de
cidade insalubre
que a capital
carregava.

Pois a intenção era


criar uma imagem
moderna de cidade
que estivesse de
acordo com os
preceitos estéticos
europeus.

A capital deveria
ser o cartão postal
do país, portanto
era precisa que
ela apresentasse
todos os
elementos de uma
cidade civilizada,
com um
ordenamento
específico tanto
dos espaços de
prestígio das
regiões centrais
quanto das tipos
de pessoas que
deveriam
frequentar tais
locais.
Uma consequência
direta e que se
estendeu em
desdobramentos
contemporâneos, foi o
deslocamento forçado
de grande parte da
população que
anteriormente viva e
trabalhava nestes
espaços que foram
demolidos. Sendo
forçado a se mudarem
para subúrbios ou a
subirem morros que
ficavam mais
próximos.
Assim tiveram
origens as
“favelas”, como
resultado de
uma política
pública voltada
aos interesses
das elites
economicas
urbanas em uma
corrida para
demonstrar seus
novos valores
enquanto
sociedade
burguesa
Inaugurou-se aí uma dinamica de periferização “civilizada”.
das cidades, onde a maior parte dos
trabalhadores habitam os bairros mais
distantes do centros onde trabalham. Um
impacto tão forte que é visivel até mesmo nas
cidades fundades recentemente.

Você também pode gostar