CPC Anotado e Comentado_2ed_degustacao (1)
CPC Anotado e Comentado_2ed_degustacao (1)
CPC Anotado e Comentado_2ed_degustacao (1)
CÓDIGO DE
PROCESSO
CIVIL
ANOTADO E COMENTADO
CAIO DE SÁ DAL’COL
Mestrando em Direito Processual na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista em
Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET‑ES). Graduado em Direito pela
Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Membro do Núcleo de Estudos em Processo e Tratamento de
Conflitos (NEAPI‑UFES). Membro da Comissão de Mediação e Arbitragem da OAB/ES. Advogado.
caiodalcol@hotmail.com.
VI
EDUARDO TALAMINI
Livre‑Docente, Doutor e Mestre (USP). Professor Associado (UFPR). Coordenador do Curso de
Pós‑Graduação de Processo Civil do Instituto Bacellar (Curitiba). Diretor do Instituto Brasileiro de Di‑
reito Processual (IBDP). Membro do Instituto Iberoamericano de Direito Processual e do Comitê Brasi‑
leiro de Arbitragem (CBAr). Vice‑Presidente da Câmara de Arbitragem da Federação das Indústrias do
Paraná (CAMFIEP). Advogado em Curitiba, São Paulo e Brasília.
VII
VIII
GIOVANNI BONATO
Doutor em Direito Processual Civil pela Universidade “La Sapienza” de Roma (Itália) e pela Universida‑
de de Paris 8. Professor de direito processual na Universidade de Paris Nanterre. Advogado na Itália, na
França e no Brasil
IX
HANNAH GEVARTOSKY
Mestre em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Doutoranda
em Ciências Jurídico‑Processuais na Universidade de Coimbra. Graduada em Direito pela Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo. Advogada. hannahgevartosky@gmail.com
JORGE TOSTA
Doutor em Direito Civil e Mestre em Direito Processual Civil pela PUC‑SP. Especialista em Direito do
Consumidor e em Métodos Alternativos de Solução de Lides pela EPM. Professor Universitário em cur‑
sos de graduação e pós‑graduação. Juiz de Direito em São Paulo. Autor de livros e artigos publicados em
revistas especializadas.
XI
XII
XIII
XIV
XV
MARISTELA BASSO
Doutora em Direito Internacional (Ph.D). Livre‑Docente (Pós‑Doutora‑Post‑Ph.D) em Direito Interna‑
cional pela Universidade de São Paulo. Especialista em Integração Europeia com título conferido pela
Comissão Europeia – União Europeia. Professora de Direito Internacional e Direito Comparado na Fa‑
culdade de Direito da USP (Largo São Francisco). Professora visitante convidada na Universidade do
Texas (EUA), Universidade de Roma II (Itália), Colégio do México, Instituto Max Planck – Munique
(Alemanha) e no Instituto Para a Unificação do Direito Privado (UNIDROIT), Roma (Itália). Advogada.
MAURÍCIO GOBBETTI
Especialista em Direito Processual Civil pela ESA – OAB‑SP em 2017-2018 (créditos concluídos). Ba‑
charel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC‑SP), em 1984. Educação continuada em
Direito Securitário e Ressecuritário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV‑SP), em 2003. Advogado espe‑
cializado em direito empresarial.
XVI
XVII
RENATO MONTANS DE SÁ
Especialista e Mestre em Direito Processual Civil pela PUC‑SP. Professor de Pós‑graduação na Escola
Superior da Advocacia, Escola Paulista de Direito. Coordenador da Pós‑graduação da Faculdade Atame
e EBRADI. Professor convidado na FGV. Professor de Processo Civil e Prática Forense na Rede LFG.
Membro do Centro de Estudos Avançados de Processo (CEAPRO). Membro da Associação Brasileira de
Direito Processual (ABDpro). Advogado e consultor.
XVIII
RODRIGO BECKER
Mestre em Direito pela UnB. Doutorando em Direito na UERJ. Pós‑Graduado em Direito Processual
Civil pelo UniCeub. Professor da graduação e da pós‑graduação no IDP. Professor de Processo Civil em
Brasília‑DF. Advogado da União. Consultor Jurídico do Distrito Federal. Membro fundador e Presiden‑
te da Associação Brasiliense de Direito Processual (ABPC). Membro do Instituto Brasileiro de Direito
Processual (IBDP).
SAMANTHA PELAJO
Mestre pelo PPGSD da Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestre pelo Institut Universitaire Kürt
Bosch. Doutoranda no PPGDIN da Universidade Federal Fluminense (UFF). Professora Coordenadora
do Grupo Interdisciplinar de Mediação de Conflitos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janei‑
ro (PUC‑Rio). Vice‑Presidente da Comissão Especial de Mediação e Conciliação do Conselho Federal da
OAB. Conselheira Consultiva do Instituto MEDIARE. Mediadora de conflitos. Advogada.
XIX
SIMONE SOUZA
Mestre em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Especialista em Processo
Civil pela Universidade Estácio de Sá (2015). Especialista em Direito Ambiental e Processo Civil pelo
Centro Universitário da Cidade (2003). Graduada em Direito pelo Centro Universitário Augusto Motta
(1999). Pesquisadora do Laboratório Fluminense de Estudos Processuais (LAFEP). Professora celetista
do Centro Universitário Augusto Motta na disciplina de Processo Civil.
XX
Senado Federal............................................................................................. 11
4. Sanção presidencial e vetos......................................................................... 12
5. Alterações introduzidas no Código de Processo Civil...................................... 12
XXI
XXIII
EDUARDO TALAMINI
Remessa necessária (reexame necessário)......................................................... 1131
XXV
MARISTELA BASSO
Cooperação judiciária internacional e cumprimento de diligências
deprecadas por autoridade estrangeira competente: facilidades e a
nova prática trazida pelo CPC/2015................................................................... 1191
XXVI
Recebemos com muita alegria o convite para escrever o prefácio deste Código de Processo Civil
anotado e comentado, obra coletiva coordenada por Luís Antônio Giampaulo Sarro, Luiz Henrique
Volpe Camargo e Paulo Henrique dos Santos Lucon.
Como presidente e relator‑geral na Câmara dos Deputados do projeto que resultou na Lei Fe‑
deral no 13.105/2015, dedicamo‑nos a ouvir e considerar sugestões e críticas de todos para entregar à
sociedade brasileira o melhor produto legislativo possível.
Depois de quase 4 (quatro) anos do encerramento daquela bem‑sucedida empreitada de atua‑
lização e reconstrução do direito processual civil brasileiro, acreditamos que existe a compreensão
de muitos de que o Código de Processo Civil de 2015 tem duas grandes marcas: a primeira é a forma
democrática e plural como foi construído; a segunda é a qualidade de seu conteúdo.
O livro que agora temos a honra de prefaciar é importante contributo da comunidade aca‑
dêmica e de profissionais de diferentes carreiras jurídicas à interpretação e à aplicação da Lei no
13.105/2015. Com muita habilidade e elegância, diversos autores se dedicaram a destacar as virtudes,
enfrentar algumas polêmicas e apontar as imperfeições do Código de Processo Civil. Estão, todos, de
parabéns pelo belo trabalho oferecido à consulta da comunidade jurídica.
Além dos trabalhos acadêmicos e do texto da Lei Federal no 13.105/2015 atualizado pelas
Leis Federais nos 13.256/2016, 13.363/2016, 13.465/2017, 13.793/2019, 13.894/2019, 14.133/2021 e
14.195/2021, o livro ainda reúne enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC),
da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM) e das Jornadas de Di‑
reito Processual Civil do Conselho da Justiça Federal (CJF). É, portanto, ferramenta importante para
todos os estudiosos e operadores do Direito.
Por fim, só nos resta, de público, efusivamente agradecer aos coordenadores, aos autores e à
Editora Rideel pela oportunidade de prefaciar esta obra e desejar, de forma franca, que o livro alcance
o grande sucesso que merece.
Fábio Trad
Deputado Federal
Foi presidente da Comissão Especial do Projeto de Lei do
Código de Processo Civil na Câmara dos Deputados
Paulo Teixeira
Deputado Federal
Foi relator‑geral da Comissão Especial do Código de
Processo Civil na Câmara dos Deputados
XXVII
XXIX
“Sou testemunha ocular da história”, pois tive a felicidade e a honra de participar do Grupo
Nacional de Trabalho – Processo Civil e Seguro, sob o brilhante e incansável comando do Dr. Giam‑
paulo. Organizou reuniões e trabalhos com muita competência, produziu, junto com os demais cole‑
gas de grupo de estudo, material de excelência, mas não se contentou, foi além, buscou junto ao Poder
Legislativo expor as ideias produzidas no seio da AIDA Brasil com o intuito de participar, de forma
proativa, do momento histórico legislativo de nosso país.
Esta obra é, sem dúvida, um marco para a AIDA Brasil, eis que reúne nomes consagrados
do processo civil brasileiro, bem como estudiosos do direito de seguro e processo, demonstra que o
esforço, a dedicação e o estudo valem a pena, dá exemplo para as novas gerações e contribui de forma
decisiva para o aperfeiçoamento da legislação processual brasileira.
Márcio Alexandre Malfatti
Presidente no biênio 2012/2014
Os Grupos de Trabalho da AIDA são os melhores meios de divulgação para todos os estudos
que são efetuados pela associação.
Quando estes grupos os materializam em uma obra completa e de estudo tão aprofundado
como o presente trabalho, esta missão se consagra.
O estudo do processo civil num ambiente litigante como o brasileiro é revestido de extrema
necessidade, eis que, numa relação conflituosa de uma lide judicial, o processo não precisa ser meio de
acirramento, ao reverso, sua natureza deve ser de instrumento de paz e segurança jurídica.
Traz esperança ver teses que nasceram neste grupo sendo reconhecidas pelas cortes superiores
e textos com atualização tão cabíveis quanto nos foram os originais.
Que o trabalho seja contínuo e que inspire os outros grupos à mesma atitude.
Ana Rita R. Petraroli
Presidente no biênio 2015/2016
XXXI
XXXII
A Associação Internacional de Direito de Seguros (AIDA) – Seção Brasileira uma vez mais ofe‑
rece ao público em geral e, em especial, aos advogados, magistrados e estudiosos do direito de seguro,
mais uma produção intelectual do Grupo Nacional de Trabalho de Processo Civil, sob o comando do
incansável, competente e estudioso Dr. Luís Antônio Giampaulo Sarro, que acompanhou a reforma do
referido código desde o anteprojeto.
A exemplo da edição anterior, temos convicção do sucesso da obra, diante da inegável quali‑
dade do trabalho e da sua notável equipe de coordenadores e autores, que, com pontual objetividade
e precisão técnico‑científica, trataram os temas abordados.
Na qualidade de Presidente da AIDA – Brasil, e sobretudo testemunha, por longos anos, da
qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Grupo Nacional de Trabalho de Processo Civil, sinto‑me
orgulhoso, honrado e grato pela primorosa obra.
XXXIII
A atualização da obra jurídica elaborada pelo Grupo Nacional de Trabalho de Processo Civil e
Seguro da AIDA, intitulada Código de Processo Civil anotado e comentado e publicada pela Editora Ri‑
deel vem ao mundo jurídico em precioso momento, no qual grande parte da comunidade do Direito
se sente na obrigação de conhecer e compreender os novos institutos processuais.
O presente estudo, atualizado, precioso juridicamente e profundamente didático, é fruto do
esforço gratuito de seleto grupo de profissionais, coordenados pelo competentíssimo Dr. Luís Antônio
Giampaulo Sarro, que, na condição de Presidente do referido GNT Processo Civil e Seguro da AIDA
Brasil, soube focar com perfeita objetividade os pontos de grande interesse, especialmente aqueles
ligados, direta ou indiretamente, ao campo do Direito do Seguro.
Tenho absoluta certeza do sucesso da obra no mundo acadêmico e profissional, especialmente
junto à comunidade jurídica do seguro, pela inquestionável qualidade de seu texto, pela raridade e
ineditismo do estudo, ou mesmo pela precisão técnica com que os autores mostram os detalhes que
cercam o tema central, com evidente compromisso científico, representado pela riqueza dos assuntos
tratados, pela profundidade dos debates e das premissas utilizadas.
Na qualidade de Vice‑Presidente da AIDA Mundial, tenho orgulho de apresentar a presente
nota e de reconhecer a bela publicação como fruto de trabalho coletivo, de alta categoria jurídica e
originado no seio da Associação Internacional de Direito de Seguro (AIDA), cujo objetivo final é
exatamente contribuir para o desenvolvimento do direito do seguro, com vistas a atingir a segurança
jurídica fundamental para as relações securitárias.
Apresento aqui os meus sinceros votos de sucesso, cujo êxito já se mostra pela própria escolha
dos temas e dos autores.
São Paulo, 25 de junho 2019.
XXXV
XXXVII
XXXVIII
XXXIX
O Grupo Nacional de Trabalho de Processo Civil e Seguro da AIDA Brasil, a partir do momen‑
to em que o Anteprojeto de Novo Código de Processo Civil foi apresentado à sociedade brasileira pela
Comissão de Juristas, instituiu Subgrupos de Trabalho para o estudo e acompanhamento de todas as
propostas apresentadas tanto pelos juristas que compuseram as citadas Comissões, quanto pelas 220
Emendas oferecidas pelos Senadores Federais.
Como já se disse, assim que o Senado Federal aprovou o Substitutivo e o encaminhou à Câ‑
mara dos Deputados, os Subgrupos de Trabalho do GNT de Processo Civil e Seguro elaboraram um
resumo das principais modificações nele contidas, que deu origem ao livro Novo CPC – Resumo geral
do substitutivo aprovado pelo Senado Federal, publicado pela MP Editora, São Paulo, 2012, que foi
entregue aos magistrados (juízes e desembargadores) daquela comarca e a todos os participantes do
VI Congresso Brasileiro de Direito de Seguro e Previdência da AIDA Brasil, realizado em março de
2012 em Recife, em parceria com a Escola Superior da Magistratura Pernambucana.
Em consequência do resultado dos estudos desenvolvidos por seu Grupo Nacional de Traba‑
lho de Processo Civil e Seguro, a AIDA Brasil apresentou ao Deputado Paulo Teixeira, antes ainda dele
substituir o Relator Geral do Projeto de Lei de Novo Código de Processo Civil, quatro propostas de
Emendas ao Projeto de Lei de Novo Código de Processo Civil, as quais foram formalmente propostas
pelo Deputado Paes Landim, mantendo, na íntegra, os textos elaborados pelo referido grupo de tra‑
balho, e receberam voto de aprovação pelos relatores parciais e relator geral do Projeto de Lei de Novo
Código de Processo Civil.
A primeira delas foi a Emenda Aditiva no 74/2011, contendo proposta de inserção do princípio
da causalidade no Diploma Processual Civil.
Constituída a primeira Comissão de Juristas pelo Senado Federal, presidida pelo Min. Luiz
Fux, então do STJ (hoje Ministro do STF), tendo como relatora a Professora Teresa Arruda Alvim
Wambier, foram realizadas várias audiências públicas nos principais Estados brasileiros, antes ainda
da apresentação da primeira proposta de redação do novo Código de Processo Civil.
Na audiência pública realizada em São Paulo, foram entregues pelo Presidente do GNT de
Processo Civil e Seguro em mãos da relatora várias propostas de aprimoramento do Novo Código de
Processo Civil, entre as quais a de expressa previsão do princípio da causalidade. Como a proposta
foi apresentada uma semana antes da entrega do Anteprojeto ao Senado Federal, o PLS no 166/2010
não contemplou o princípio da causalidade, que foi posteriormente inserido, ainda que de forma mais
restrita, no Substitutivo aprovado pelo Senado Federal, que passou a estabelecer no § 6o do art. 87
(posteriormente § 10 do art. 85) que: “Nos casos de perda do objeto os honorários serão devidos por
quem deu causa ao processo”.
Posterior à entrega do Anteprojeto ao Presidente do Senado, que deu origem ao PLS
no 166/2010, o GNT de Processo Civil e Seguro apresentou, então, proposta que resultou na Emenda
Aditiva no 74/2011, com o objetivo de inserir um parágrafo no art. 87 (posteriormente renumerado
para art. 85) do PL no 8.046/2010, com a seguinte redação:
Poderá o juiz deixar de condenar o vencido no pagamento das despesas processuais e dos
honorários advocatícios, quando verificar que ele não deu causa à ação judicial, ou até mes‑
mo impor ao vencedor da ação os ônus sucumbenciais, quando, não tendo o vencido ofere‑
cido resistência, constatar que a lide poderia ter sido resolvida extrajudicialmente.
Entre as justificativas da mencionada Emenda, o reconhecimento do princípio da causalidade
pela doutrina e jurisprudência (Súm. no 303 do STJ; Recursos Especiais nos 165.332, 264930, 303.597,
334.786 e 439.573) e o fato noticiado pela Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), por via
eletrônica, no sentido de que em cerca de 50% dos litígios envolvendo Seguro de Danos Pessoais
Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) o pedido judicial de indenização
é formulado diretamente ao Poder Judiciário sem que a parte jamais tenha pedido à Seguradora Lí‑
der o pagamento da indenização a que tem direito, por exemplo, em março de 2011, de um total de
14.550 ações ajuizadas, 6.951 não foram precedidas de pedido de recebimento de indenização direto
às seguradoras.
Tal notícia demonstra a criticável prática que leva ao desnecessário acionamento da Justiça
com o exclusivo objetivo de se obter também a condenação da Seguradora Líder ao pagamento de
honorários advocatícios, o que poderá deixar de ser incentivado pela expressa previsão do princípio
da causalidade, no novo Diploma Processual Civil.
Durante a tramitação do Projeto de Novo Código de Processo Civil pela Câmara dos Depu‑
tados, o relator parcial lançou voto pela aprovação da Emenda Aditiva no 74/2011, todavia, o relator
geral manteve a mesma redação aprovada no Senado Federal.
Outra contribuição do GNT de Processo Civil e Seguro foi a Emenda Modificativa no 75/2011,
redigida com o objetivo de aprimorar a sistemática adotada para a obtenção do efeito suspensivo ao
recurso de apelação, que no Substitutivo do Senado Federal deixaria de ter o efeito suspensivo, como
regra geral, e o pedido de efeito suspensivo seria apresentado por petição autônoma, devidamente
instruída, diretamente ao Tribunal.
Sob o título “O novo direito processual civil brasileiro e os efeitos do recurso de apelação.
Proposta de emenda para alterar o art. 949 do PL no 8.046/2010”, o estudo foi objeto de tese, aprovada
por unanimidade, durante o 15o Congresso Brasileiro de Advocacia Pública e 3o Congresso Sul‑Ame‑
ricano de Direito de Estado, realizados simultaneamente em Bento Gonçalves‑RS, no dia 26-4-2011,
tendo sido submetida ainda a debates durante o II Encontro do Cone Sul, ocorrido nos dias 17 e
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar‑se com base em recipro‑
cidade, manifestada por via diplomática.
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estrangeira.
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que
produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
§ 4 o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação
específica.
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
I – citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
II – colheita de provas e obtenção de informações;
III – homologação e cumprimento de decisão;
IV – concessão de medida judicial de urgência;
V – assistência jurídica internacional;
VI – qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
O art. 16 do CPC estabelece que a jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território
nacional. Em razão dessa limitação territorial, o Título II, do Livro II, do CPC, logo em seguida à disciplina sobre os
limites da jurisdição nacional (a competência internacional), veicula regras referentes à cooperação internacional
(arts. 26 a 41), texto sem correspondente no Código de Processo Civil de 1973.
O Projeto de Lei do Senado no 166/2010, originariamente, em seu art. 25, restringia‑se a propor que os pedi‑
dos de cooperação jurídica internacional para obtenção de provas no Brasil, quando tivessem de ser atendidos em
conformidade com decisão de autoridade estrangeira, seguissem o procedimento da carta rogatória. O texto final
aprovado no Senado incorporou a ideia de que a cooperação jurídica internacional deve ser regida por tratado do
qual a República Federativa do Brasil seja parte, podendo, na ausência de tratado, realizar‑se com base em recipro‑
cidade, manifestada por via diplomática. Foi no Substitutivo da Câmara que o projeto ganhou os contornos que, ao
final, tornaram‑se os atuais arts. 26 e 27 do CPC.
Como bem explanado pelo então Ministro do STJ Teori Albino Zavascki, em seu voto como relator da Rcl
no 2.645/SP, a cooperação jurídica internacional, tal como estabelecida no conjunto de acordos regionais e multi‑
laterais de que o Brasil é parte, adota um modelo padronizado em nível internacional, que tem como característica
a indicação, em cada Estado, de uma autoridade central, responsável pelo trâmite burocrático dos pedidos de
assistência em face de outro Estado, tanto no que diz respeito à cooperação passiva (o Brasil é o Estado requerido)
quanto à cooperação ativa (o Brasil como Estado requerente), e o estrito respeito às normas de direito interno de
cada Estado‑Parte, o que inclui cláusula de recusa à assistência quando incompatível com essas normas.43
O Código de Processo Civil disciplina o tema seguindo esse padrão. Dispõe o art. 26 que a cooperação jurídica
internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte, podendo, na ausência de tratado, realizar‑se com
base em reciprocidade, manifestada por via diplomática, não exigida para homologação de sentença estrangeira, e
observará: 1. o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente; 2. a igualdade de tratamento
entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos pro‑
cessos, assegurando‑se assistência judiciária aos necessitados; 3. a publicidade processual, exceto nas hipóteses
de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; 4. a existência de autoridade central para
recepção e transmissão dos pedidos de cooperação, cabendo ao Ministério da Justiça e Segurança Pública exercer
as funções de autoridade central na ausência de designação específica; e 5. a espontaneidade na transmissão de
informações a autoridades estrangeiras, não sendo admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam
resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
Perceba‑se que as normas do Código de Processo Civil são complementares àquelas contidas nos tratados de
cooperação jurídica internacional de que o Brasil seja parte, o que resulta na conclusão de que são normas que serão
inteiradas por aquelas previstas nos tratados e, por outro lado, aplicar‑se‑ão subsidiária e supletivamente, consoante
o art. 15 do CPC, a outras hipóteses de cooperação jurídica internacional previstas na legislação extravagante, a
exemplo daquela instituída pelos art. 77 e 78 da Lei 9.605/1998, que dispõe sobre crimes ambientais.
A cooperação deve preservar o sistema de competências estabelecido no Código de Processo Civil, não sendo
permitida, portanto, a medida de cooperação envolver questões de competência exclusiva da autoridade judiciária
brasileira, previstas no art. 23 do CPC.
43
STJ, Corte Especial, Rcl no 2.645/SP, rel. Min. Teori Albino Zavascki, j. 18-11-2009, DJe 16-12-2009.
42
O sistema de cooperação jurídica internacional não engloba apenas o cumprimento de atos de natureza ju‑
risdicional. Na reclamação mencionada anteriormente, o Min. Teori Albino Zavascki destacou que há uma gama
enorme de medidas solicitadas por um Estado soberano a outro que não são oriundas ou intermediadas por órgãos
ou autoridades do Poder Judiciário e que, portanto, não são submetidas ao procedimento da carta rogatória, com
as formalidades próprias desse instrumento processual. A cooperação, ademais, não se dá apenas entre autoridades
judiciárias. Permite‑se que se realize, também, com autoridades não jurisdicionais, a exemplo do Ministério Público,44
prescindindo, inclusive, da existência de processo judicial no estrangeiro, embora a cooperação pela via adminis‑
trativa só possa se dar no caso de pedido que não exija, no direito brasileiro, submissão a procedimento judicial.
O art. 26, I, do CPC preceitua que a cooperação jurídica internacional observará o respeito às garantias do devido
processo legal no Estado requerente. O devido processo legal deve ser lido em suas dimensões formal e substancial,
daí decorrendo o dever de observância de todos os direitos fundamentais, a exemplo da publicidade e da igualdade
de tratamento entre nacionais e estrangeiros, referidas nos dois incisos seguintes (II e III), e da vedação da coope‑
ração para obtenção de provas produzidas por meios ilícitos (exemplo de aplicação do § 3 o do art. 26). O inc. II,
especialmente, ao preceituar que a cooperação jurídica internacional deve observar a igualdade de tratamento entre
nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos,
assegurando‑se assistência judiciária aos necessitados, está em consonância com a jurisprudência do STF, que, em
interpretação extensiva do caput do art. 5o da Constituição, garante também ao estrangeiro sem domicílio no Brasil
os direitos básicos que resultam do postulado do devido processo legal.45
O Código prevê, como visto, a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de coo‑
peração, função que, na ausência de designação específica, incumbe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública,
que a exerce por intermédio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional da
Secretaria Nacional de Justiça, cuja competência está prevista no art. 14 do Dec. no 9.662/2019.
A exigência de espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras (inc. V do art. 26)
significa, nas palavras de Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery, que “o Brasil, quando necessária a comu‑
nicação com autoridade estrangeira, deve executá‑la sem qualquer premeditação e atenção a questões políticas ou
econômicas (para ficarmos em dois exemplos)”.46
A cooperação jurídica internacional, por fim, segundo o art. 27 do CPC, terá por objeto: 1. citação, intimação e
notificação judicial e extrajudicial; 2. colheita de provas e obtenção de informações; 3. homologação e cumprimento
de decisão; 4. concessão de medida judicial de urgência; 5. assistência jurídica internacional; e 6. qualquer outra
medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira. Vê‑se que os tratados dispõem de certa liberdade
para fixação do objeto da cooperação, sendo regidos por cláusula de não contradição à lei, posto que é suficiente
que se trate de medida de cooperação não proibida pela lei brasileira.
MARCELO FARIAS PAIVA FILHO
Nota: Sobre o tema, veja, nesta obra, na Parte IV – Artigos de Processualistas Civis, artigo sob o titulo Coope‑
ração judiciária internacional e cumprimento de diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente:
facilidades e a nova prática trazida pelo CPC/2015, de autoria de Maristela Basso.
43
do respectivo cálculo, nos termos dos §§ 4o e 5o do art. 525 do CPC. É insuficiente, portanto, o Executado apenas
afirmar existir excesso sem demonstrá‑lo.
Regra semelhante existia no Código de Processo Civil de 1973, desde a chamada Reforma da Execução Civil.
Foi uma das novidades trazidas na Lei no 11.232/2005, que incluiu o § 2o no então art. 475‑L, que assim determina‑
va: “quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante
da sentença, cumprir‑lhe‑á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa
impugnação”. Inovou o legislador do Código de Processo Civil ao incrementar o ônus, exigindo do Executado a
formulação de cálculos em demonstrativo discriminado e atualizado. Da mesma forma, reforça a necessidade de
rejeição imediata da Impugnação que verse apenas sobre excesso de execução, permitindo a análise dos demais
fundamentos porventura cumulados, frisando, porém, que, nesta hipótese, está vedado ao magistrado examinar a
alegação de excesso, que ficará rejeitada de imediato.
Há um rigor excessivo do legislador com a matéria, a ponto de, em tese, impedir que o Executado traga os cál‑
culos enquanto, por exemplo, é examinado uma alegação de pagamento ou novação, conquanto prejuízo algum daí
decorra ao Exequente ou à marcha processual. Aliás, quando o excesso de execução decorrer de outro fundamento
da Impugnação, em especial daqueles previstos nos incs. III e VII do § 1o do art. 525 do CPC, entendemos inevitável
reconhecer o primeiro se qualquer outro prosperar. Imaginemos a alegação de pagamento superveniente à senten‑
ça, dando azo ao excesso. Ou, ainda, uma obrigação inexigível por ausência da implementação de uma condição,
também provocando excesso de execução. Prosperando a tese de pagamento ou a inexigibilidade, a execução terá
seu valor reduzido proporcionalmente. É impensável que se deixe de analisar o excesso apenas porque o Executado
deixou de informar o valor correto da execução, subtraído o valor que pagou ou que era inexigível. O ônus de indicar
valor incontroverso e de apresentar os cálculos é, portanto, restrito ao excesso de execução decorrente de vícios nos
cálculos apresentados pelo Exequente (§ 5o do art. 525 do CPC), jamais prejudicando a discussão sobre os demais
pontos suscitados na Impugnação.
Estamos diante de hipótese na qual o legislador processual preferiu aplicar regras de preclusão para justificar
uma decisão processual em vez de viabilizar uma “solução integral do mérito”, direito das partes, inclusive na ativi‑
dade satisfativa, estampado na parte final do art. 4o do CPC. O legislador processual autoriza a ampla correção da
representação processual (art. 76 do CPC), sana vícios recursais de toda sorte (art. 932, parágrafo único, do CPC),
porém, na alegação de excesso de execução, a negativa de exame do argumento é liminar, ou seja, sem cálculo a
alegação deve ser rejeitada liminarmente, sem chance alguma de correção posterior. Há entendimento jurispru‑
dencial em sentido contrário, permitindo a análise se prejuízo não houve (TJSP, 32a Câm. de Direito Privado, ApCív
no 1040520-54.2015.8.26.0100, rel. Luis Fernando Nishi, j. 9-11-2017), porém o entendimento é minoritário.
Sempre tivemos dificuldade em concordar com interpretações processuais que contrariem o entendimento clás‑
sico de Giuseppe Chiovenda, segundo o qual “Il processo deve dare per quanto é possibile praticamente a chi ha un
diritto tutto quello e proprio ch’egli ha diritto di conseguire”, ou seja, o processo não deveria inventar ou desparecer
com direitos, apenas reconhecer aqueles já existentes. Imaginar a criação de crédito acima do previsto no título ape‑
nas por ausência de cumprimento dos requisitos processuais de impugnação tem o condão de ferir a coisa julgada, o
devido processo legal e a inafastabilidade da jurisdição. Noutra banda de raciocínio, o processo precisa dar segurança
às partes e à sociedade, valor materializado pelas regras de preclusão. Essa colisão de garantias e valores deve ser
sopesada no caso concreto pelo princípio de desempate, a proporcionalidade. Excepcionalmente, sobretudo quan‑
do houver ofensa à coisa julgada (por exemplo, aplicar juros de mora do vencimento do título quando a sentença
determina desde a citação) entendemos ser possível tratar do tema precluso na via da Impugnação ao Cumprimento
de sentença pelo caminho de simples petição ou rotulada de exceção ou objeção de pré‑executividade. Perderá o
Executado o direito ao efeito suspensivo, exclusivo da Impugnação, mas poderá discutir a adequação da execução
ao título. Sempre analisando o caso em concreto.
Discriminar cálculos não é um ato discricionário. Interpretando sistematicamente o Código de Processo Civil
de 2015, encontraremos em pelo menos quatro oportunidades a exigência de o credor indicar em seus cálculos
o índice de correção, a taxa de juros, seus respectivos termos iniciais e finais, capitalização de juros e descontos.
Nesse sentido: arts. 491, 524, 534 e 798 do CPC. Por isonomia no tratamento das partes, razoabilidade e boa‑fé,
os cálculos do Executado devem seguir as mesmas exigências impostas ao exequente.
Cálculo sem os requisitos legais não devem caracterizar a rejeição liminar da Impugnação. Em se tratando de
norma limitante do direito de ação e acesso ao Poder Judiciário, sua interpretação deve ser igualmente restritiva.
Havendo cálculos, ainda que sem um ou outro requisito legal, deve o juiz dar a oportunidade de complementação da
conta, fixando prazo razoável para tanto. Primando pelo princípio da boa‑fé e colaboração processual, é recomenda‑
do ao juiz apontar os vícios da conta que deseja sejam sanados. Por tais razões, discordamos das decisões que rejei‑
426
tam liminarmente alegações de excesso de execução desprovidas dos “motivos pelos quais os cálculos apresentados
pelo embargado estão incorretos” (TJSP, 9 a Câm. de Direito Privado, ApCív n o 1004684-49.2017.8.26.0003, rel.
Des. Edson Luiz de Queiróz, j. 19-7-2019). No caso de impossibilidade de o juiz compreender o acerto ou desacerto
desta ou daquela conta, deve enviar os autos ao contador ou nomear perito, jamais penalizando a parte por ônus
que a lei não lhe impôs.
Outro tema a merecer maior reflexão são as contas cuja elaboração dependa de documentos ou informações
na posse do devedor ou de terceiros ou, ainda, cálculos complexos que dependam de perícia. Em ambas as hipótese
entendemos que deve ser mitigado o ônus de apresentar o valor incontroverso e os respectivos cálculos. Não é razoá‑
vel impor à parte um ônus que ela não pode se desincumbir, então, explicada a impossibilidade de apontar o valor
incontroverso e os cálculos, deve a impugnação processar regularmente com a ordem de exibição dos documentos
necessários ou prestação das informações essenciais e/ou nomeação de perito judicial.
Por fim, a gratuidade da justiça interfere no ônus em exame. Conforme determinado no inc. VII do § 1 o do
art. 98 do CPC, a “gratuidade da justiça compreende (...) o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando
exigida para instauração da execução”. A partir de uma interpretação isonômica da norma, se o beneficiário da
gratuidade está isento de custear a memória de cálculo para instaurar a execução, também deve ser com relação
à impugnação ao cumprimento de sentença. Por mais questionável que seja a opção legislativa, pois os cálculos
exigidos pelo legislador processual são aqueles do conhecimento de qualquer homem médio, o que inclui um ad‑
vogado ou defensor público.
ANDRÉ GUSTAVO SALVADOR KAUFFMAN
427
897
I – Da introdução
Como é de conhecimento de todos, em 2010, uma Comissão de Juristas,1288 presidida pelo
Ministro Luiz Fux e tendo como relatora a Professora Teresa Arruda Alvim Wambier, nomeada pelo
Presidente do Senado Federal, entregou àquela Casa Legislativa uma proposta de Anteprojeto de Lei
de Novo Código de Processo Civil, que deu origem ao Projeto de Lei do Senado no 166/2010.
Cerca de seis meses depois e após a apresentação de 220 emendas, outra Comissão de
Juristas,1289 de Apoio ao Relator Geral Senador Valter Pereira, elaborou um Substitutivo, mantendo e
aprimorando a essência do Anteprojeto, que foi aprovado pelo Senado Federal e remetido à Câmara
dos Deputados Federais em dezembro do mesmo ano.
Na Câmara, o Projeto de Lei recebeu o número 8.046/2010 e 900 emendas e, três anos e três
meses depois, o seu Plenário aprovou, no dia 26-3-2014, o seu Substitutivo, elaborado por outra Co‑
missão de Juristas de Apoio ao Relator Geral,1290 primeiro, Sérgio Barradas Carneiro, substituído pelo
Deputado Paulo Teixeira, o qual retornou ao Senado Federal no dia 27-3-2014.
Nessa fase final, o Senado Federal realizou a consolidação dos textos dos Substitutivos daquela
Casa Legislativa e da Câmara de Deputados e, em seguida a deliberar acerca de 186 emendas, embora
várias delas contendo propostas idênticas, bem como sobre vários Destaques, aprovou em seu Plená‑
rio, em sessão realizada no dia 17-12-2014, o CPC/2015.
Aprovado o Código de Processo Civil/2015 pelo Plenário do Senado Federal, ele não seguiu
imediatamente para a sanção presidencial, para passar por um cuidadoso processo de revisão, pois a
tarefa de consolidar um texto coerente passa pela consistência da redação na busca por contradições
internas da lei, exigindo verificação de todas as referências a outras normas ou a outros artigos dentro
do próprio Código, impondo‑se que tudo esteja de acordo com a técnica legislativa, nos termos da LC
no 95/1998, que trata da elaboração, da redação, da alteração e da consolidação de leis.
Nos termos do art. 66 da CF/1988,1291 o prazo para a Presidência da República vetar total ou
parcialmente é de 15 dias úteis a contar da data do recebimento do projeto de lei, importando o silên‑
cio em sanção e, uma vez sancionado, o veto é apreciado em sessão conjunta, dentro de 30 dias a con‑
tar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Sena‑
dores. Se o veto não for mantido, o projeto é enviado, para promulgação, à Presidência da República.
1288
Além do Presidente, Min. Luiz Fux, e da Relatora, Professora Teresa Arruda Alvim Wambier, a comissão foi integrada
pelos seguintes juristas: Adroaldo Furtado Fabrício, Benedito Cerezzo Pereira Filho, Bruno Dantas, Elpídio Donizetti
Nunes, Humberto Theodoro Júnior, Jansen Fialho de Almeida, José Miguel Garcia Medina, José Roberto dos Santos
Bedaque, Marcus Vinicius Furtado Coelho e Paulo César Pinheiro Carneiro.
1289
A comissão de apoio ao Relator Sen. Valter Pereira foi integrada pelos seguintes juristas: Athos Gusmão Carneiro,
Cássio Scarpinella Bueno, Dorival Renato Pavan e Luiz Henrique Volpe Camargo.
1290
A comissão de apoio ao Relator‑Geral na Câmara dos Deputados foi integrada pelos seguintes processualistas civis:
Alexandre Freitas Câmara, Antônio Carlos Marcato, Fredie Didier Júnior, José Manoel de Arruda Alvim Netto, Luiz
Henrique Volpe Camargo, Paulo Henrique Lucon e Sérgio Muritiba.
1291
CF: “Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que,
aquiescendo, o sancionará. § 1o Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucio‑
nal ou contrário ao interesse público, vetá‑lo‑á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data
do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2o O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. § 3o Decorrido o
prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará em sanção. § 4o O veto será apreciado em sessão
conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos
Deputados e Senadores. § 5o Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da
República. § 6o Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4o, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. § 7o Se a lei não for promulgada dentro de quarenta
e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § § 3o e 5o, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não
o fizer em igual prazo, caberá ao Vice‑Presidente do Senado fazê‑lo”.
898
1143
Vejamos quais as regras processuais novas para o uso do “auxílio direto” e como interagem
com o disposto no Regimento Interno do STJ:
CPC/1973 CPC/2015 REGIMENTO INTERNO DO STJ
Sem correspondentes Art. 28. Cabe auxílio direto Art. 216‑O.
quando a medida não decorrer (...)
diretamente de decisão de auto‑ § 2o Os pedidos de cooperação
ridade jurisdicional estrangeira a jurídica internacional que
ser submetida a juízo de deliba‑ tiverem por objeto atos que
ção no Brasil. não ensejem juízo deliberatório
do Superior Tribunal de Justiça,
ainda que denominados de carta
rogatória, serão encaminhados
ou devolvidos ao Ministério da
Justiça para as providências
necessárias ao cumprimento por
auxílio direto.
Art. 29. A solicitação de auxílio
direto será encaminhada pelo
órgão estrangeiro interessado
à autoridade central, cabendo
ao Estado requerente assegurar
a autenticidade e a clareza do
pedido.
Art. 30. Além dos casos previs‑
tos em tratados de que o Brasil
faz parte, o auxílio direto terá os
seguintes objetos:
I – obtenção e prestação de in‑
formações sobre o ordenamento
jurídico e sobre processos admi‑
nistrativos ou jurisdicionais fin‑
dos ou em curso;
II – colheita de provas, salvo se a
medida for adotada em proces‑
so, em curso no estrangeiro, de
competência exclusiva de auto‑
ridade judiciária brasileira;
III – qualquer outra medida judi‑
cial ou extrajudicial não proibida
pela lei brasileira.
1206
PARTE GERAL
TÍTULO II – DO LITISCONSÓRCIO
Arts. 113 a 118 . . .............................................................................................................................................. 1241
1211
1212
PARTE ESPECIAL
1213
1214
1215
Livro III – Dos Processos nos Tribunais e dos Meios de Impugnação das Decisões Judiciais
1216
Código de Processo Civil. República Federativa do Brasil, tração Pública e o contratado cele‑
• Publicada no DOU de 17-3-2015. observando‑se as disposições brem convenção arbitral. (Grupo:
Arbitragem)
A Presidenta da República deste Código.
FPPC – Enunciado n o 572: (art. 1 o,
FPPC – Enunciado no 369: (arts. 1o a
Faço saber que o Congresso Na‑ 12) O rol de normas fundamentais
§ 1o, da Lei no 9.307/1996) A Admi‑
cional decreta e eu sanciono a nistração Pública direta ou indireta
previsto no Capítulo I do Título Úni‑
pode submeter‑se a uma arbitragem
seguinte Lei: co do Livro I da Parte Geral do CPC
ad hoc ou institucional. (Grupo:
não é exaustivo. (Grupo: Normas
fundamentais) Arbitragem)
Parte Geral
FPPC – Enunciado no 370: (arts. 1o a § 2 O Estado promoverá, sempre
o
Livro I – Das Normas 12) Norma processual fundamental que possível, a solução consen‑
pode ser regra ou princípio. (Grupo:
Processuais Civis sual dos conflitos.
Normas fundamentais)
FPPC – Enunciado n o 485: (art. 3 o,
TÍTULO ÚNICO – DAS Art. 2 o O processo começa por §§ 2 o e 3 o; art. 139, V; art. 509;
NORMAS FUNDAMENTAIS iniciativa da parte e se desenvol‑ art. 513) É cabível conciliação ou
E DA APLICAÇÃO DAS ve por impulso oficial, salvo as mediação no processo de execução,
no cumprimento de sentença e na
NORMAS PROCESSUAIS exceções previstas em lei.
liquidação de sentença, em que será
Capítulo I Art. 3 o
Não se excluirá da apre‑ admissível a apresentação de plano
ciação jurisdicional ameaça ou de cumprimento da prestação. (Gru‑
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS po: Execução; redação revista no VII
lesão a direito.
DO PROCESSO CIVIL FPPC‑São Paulo)
Art. 1 o O processo civil será § 1 É permitida a arbitragem, na
o
FPPC – Enunciado n o 573: (arts. 3 o,
forma da lei. §§ 2o e 3o; 334) As Fazendas Públicas
ordenado, disciplinado e inter‑
devem dar publicidade às hipóteses
pretado conforme os valores e FPPCo – Enunciado n o 571: (art. 1 o,
em que seus órgãos de Advocacia
§§ 1 e 2 o, da Lei n o 9.307/1996) A
as normas fundamentais esta‑ previsão no edital de licitação não Pública estão autorizados a aceitar
belecidos na Constituição da é pressuposto para que a Adminis‑ autocomposição. (Grupo: Impacto do
1217
1218
a diferença, cabendo ao juiz deter‑ prorrogação, suspensão ou interrup‑ mental produzida. (Grupo: Negócios
minar a sua complementação. (Gru‑ ção do prazo recursal a justificar a Processuais)
po: Impacto do CPC no Processo do tempestividade do recurso. (Grupo: FPPC – Enunciado n o 235: (arts. 7 o,
Trabalho) Recursos (menos os repetitivos) e 9o e 10, CPC; arts. 6o, 7o e 12 da Lei
FPPC – Enunciado no 373: (arts. 4o e reclamação) no 12.016/2009) Aplicam‑se ao pro‑
6 o) As partes devem cooperar entre FPPC – Enunciado n o 619: (arts. 6 o, cedimento do mandado de seguran‑
si; devem atuar com ética e lealdade, 138, 982, II, 983, §1 o) O processo ça os arts. 7o, 9o e 10 do CPC. (Grupo:
agindo de modo a evitar a ocorrência coletivo deverá respeitar as técnicas Impactos do CPC nos Juizados e nos
de vícios que extingam o processo de ampliação do contraditório, como procedimentos especiais de legisla‑
sem resolução do mérito e cumprin‑ a realização de audiências públicas, a ção extravagante)
do com deveres mútuos de esclareci‑ participação de amicus curiae e ou‑ FPPC – Enunciado no 379: (art. 7o) O
mento e transparência. (Grupo: Nor‑ tros meios de participação. (Grupo: exercício dos poderes de direção do
mas fundamentais) Impacto do novo CPC e os processos
processo pelo juiz deve observar a pa‑
FPPC – Enunciado n o 378: (arts. 5 o, coletivos)
ridade de armas das partes. (Grupo:
6 o, 322, § 2 o, e 489, § 3 o) A boa fé FPPC – Enunciado no 657: (arts. 976, Poderes do juiz)
processual orienta a interpretação 6o, 10, 317 e 938, § 1o) O relator, an‑
FPPC – Enunciado no 659: (arts. 983,
da postulação e da sentença, permi‑ tes de considerar inadmissível o inci‑
7 o, 1.038, I, 927, III, 928 e 138) O
te a reprimenda do abuso de direito dente de resolução de demandas re‑
relator do julgamento de casos re‑
processual e das condutas dolosas de petitivas, oportunizará a correção de
petitivos e do incidente de assunção
todos os sujeitos processuais e veda vícios ou a complementação de infor‑
de competência tem o dever de zelar
seus comportamentos contraditórios. mações. (Grupo: IRDR, Recursos Re‑
petitivos e Assunção de competência) pelo equilíbrio do contraditório, por
(Grupo: Normas fundamentais) exemplo solicitando a participação,
FPPC – Enunciado no 433: (arts. 496, FPPC ‑Enunciado no 667: (arts. 6o, 8o e na condição de amicus curiae, de
§ 4o, IV, 6o, 927, § 5o) Cabe à Admi‑ 18; art. 6o, § 3o, da Lei no 4.717/1965) pessoas, órgãos ou entidades capa‑
nistração Pública dar publicidade às Admite‑se a migração de polos nas zes de sustentar diferentes pontos de
suas orientações vinculantes, prefe‑ ações coletivas, desde que compa‑ vista. (Grupo: IRDR, Recursos Repe‑
rencialmente pela rede mundial de tível com o procedimento. (Grupo: titivos e Assunção de competência)
computadores. (Grupo: Impacto do Processo Coletivo)
novo CPC e os processos da Fazenda FPPC – Enunciado no 676: (arts. 357, Art. 8 o Ao aplicar o ordena‑
Pública) § 3 o, e 6 o, CPC) A audiência de sa‑ mento jurídico, o juiz atenderá
FPPC – Enunciado n o 519: (art. 450; neamento compartilhado é momento aos fins sociais e às exigências
art. 319, § 1 o; art. 6 o) Em caso de adequado para que o juiz e as partes
do bem comum, resguardando
impossibilidade de obtenção ou de deliberem sobre as especificidades do
desconhecimento das informações litígio coletivo, as questões fáticas e e promovendo a dignidade da
relativas à qualificação da testemu‑ jurídicas controvertidas, as provas ne‑ pessoa humana e observando a
nha, a parte poderá requerer ao juiz cessárias e as medidas que incremen‑ proporcionalidade, a razoabilida‑
providências necessárias para a sua tem a representação dos membros do
grupo. (Grupo: Processo Coletivo)
de, a legalidade, a publicidade e
obtenção, salvo em casos de inadmis‑
sibilidade da prova ou de abuso de CJF – Enunciado n o 95: O juiz, antes
a eficiência.
direito. (Grupo: Direito probatório) de rejeitar liminarmente a impug‑ FPPC – Enunciado no 106: (arts. 6o, 8o,
FPPC – Enunciado n o 550: (art. 932, nação ao cumprimento de sentença 1.007, § 2o) Não se pode reconhecer
parágrafo único; art. 6 o; art. 10; (art. 525, § 5o, do CPC), deve intimar a deserção do recurso, em processo
art. 1.029, § 3 o ; art. 1.033; o impugnante para sanar eventual ví‑ trabalhista, quando houver recolhi‑
art. 1.035) A inexistência de reper‑ cio, em observância ao dever proces‑ mento insuficiente das custas e do
cussão geral da questão constitucio‑ sual de cooperação (art. 6o do CPC). depósito recursal, ainda que ínfima
nal discutida no recurso extraordiná‑ a diferença, cabendo ao juiz deter‑
Art. 7 o É assegurada às partes minar a sua complementação. (Gru‑
rio é vício insanável, não se aplicando
o dever de prevenção de que trata o
paridade de tratamento em rela‑ po: Impacto do CPC no Processo do
parágrafo único do art. 932, sem pre‑ ção ao exercício de direitos e fa‑ Trabalho)
juízo do disposto no art. 1.033. (Gru‑ culdades processuais, aos meios FPPC – Enunciado n o 380: (arts. 8 o,
po: Recursos (menos os repetitivos) e de defesa, aos ônus, aos deveres 926, 927) A expressão “ordenamen‑
reclamação) to jurídico”, empregada pelo Código
e à aplicação de sanções proces‑ de Processo Civil, contempla os pre‑
FPPC – Enunciado n o 551: (art. 932,
suais, competindo ao juiz zelar cedentes vinculantes. (Grupo: Prece‑
parágrafo único; art. 6 o; art. 10;
art. 1.003, § 6 o) Cabe ao relator, pelo efetivo contraditório. dentes, IRDR, Recursos Repetitivos e
antes de não conhecer do recurso FPPC – Enunciado n o 107: (arts. 7 o, Assunção de competência)
por intempestividade, conceder o 139, I. 218, 437, § 2 o) O juiz pode, FPPC – Enunciado n o 396: (art. 139,
prazo de cinco dias úteis para que o de ofício, dilatar o prazo para a parte IV; art. 8o) As medidas do inciso IV do
recorrente prove qualquer causa de se manifestar sobre a prova docu‑ art. 139 podem ser determinadas de
1219
A • contas de inventariante, tutor, curador, depo‑ • medida para evitar nova turbação ou esbu‑
sitário ou outro administrador; condenação a lho: art. 555, par. ún., I
ABUSO DO DIREITO DE DEFESA pagar saldo não cumprida no prazo; destitui‑ • pedido cumulado com indenização dos fru‑
• tutela de evidência: art. 311, I ção do cargo: art. 553, par. ún. tos: art. 555, II
AÇÃO • contas do autor; apresentação: art. 551, § 2o • pedido cumulado com perdas e danos:
• propositura: art. 312 • impugnação: art. 550, § 3o art. 555, I
• valor da causa: arts. 291 a 293 • impugnação pelo autor; prazo para o réu dar
AÇÃO POSSESSÓRIA IMOBILIÁRIA
justificativa: art. 551, § 1o
AÇÃO ACESSÓRIA • pedido não contestado: art. 550, § 4o • competência: art. 47, § 2o
• propositura no juízo competente para a ação • petição inicial: art. 550, § 1o AÇÃO RESCISÓRIA
principal: art. 61 • prestação de contas; prazo para manifesta‑ • admissibilidade: art. 966
AÇÃO ANULATÓRIA ção do autor: art. 550, § 2o • concessão de tutela provisória: art. 969
• partilha: art. 657, par. ún. • procedência do pedido: art. 550, § 5o • decadência: art. 975
• requerimento: art. 550 • delegação de competência: art. 972
AÇÃO DE ALIMENTOS • sentença; constituição de título executivo • indeferimento de petição inicial: art. 968,
• vide ALIMENTOS judicial: art. 552 § 3o
AÇÃO DECLARATÓRIA AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE FAZER OU NÃO • legitimidade: art. 967
• violação de direito; cabimento: art. 20 FAZER • partilha; julgamento por sentença: art. 658
• sentença: art. 497 • petição inicial; requisitos: art. 968
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
AÇÃO DE RECONHECIMENTO • razões finais: art. 973
PAGAMENTO
• causa relativa ao mesmo ato jurídico; cone‑ • relatório: art. 971
• vide CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
xão: art. 55, § 2o, I ACAREAÇÃO
AÇÃO DE DEMARCAÇÃO • art. 461, II
• auto de demarcação; lavratura e homologa‑ AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO
ção: arts. 586 e 587 • vide REPARAÇÃO DE DANO ACIDENTE DE VEÍCULOS
• citação: arts. 576 e 577 AÇÃO MONITÓRIA • reparação de dano; competência: art. 53, V
• colocação de marcos: arts. 582 a 584 • ação rescisória: art. 701, § 3o AÇÕES DE FAMÍLIA
• elaboração de laudo: art. 580 • adimplemento de obrigação de fazer ou de • abuso ou alienação parental: art. 699
• legitimidade: arts. 569, I, e 575 não fazer: art. 700, III • acordo não aceito; regras do procedimento
• pedido cumulado com divisão: art. 570 • citação: art. 700, § 7o comum: art. 697
• peritos: art. 579 • competência: art. 700 • audiência de mediação e conciliação:
• constituição de título executivo judicial: art. 696
• petição inicial: art. 574
art. 701, § 2o • citação: art. 695, §§ 1o a 4o
• planta: art. 583
• embargos: art. 702 • citação do réu: art. 695
• procedimento comum: art. 578 • entrega de bem móvel ou imóvel: art. 700, II
• sentença: art. 581 • citação do réu; comparecimento a audiência
• entrega de coisa fungível ou infungível: de mediação e conciliação: art. 695
• sentença; efeito meramente devolutivo: art. 700, II
art. 1.012, § 1o, I • divórcio; processo contencioso: art. 693
• evidência do direito do autor: art. 701
• guarda: art. 693
AÇÃO DE DIVISÃO • Fazenda Pública: art. 700, § 6o
• mediação extrajudicial ou atendimento mul‑
• auto de divisão: art. 597 • Fazenda Pública como ré: art. 701, § 4o
tidisciplinar: art. 694, par. ún.
• benfeitorias; confinantes: art. 593 • pagamento de quantia em dinheiro: art. 700,
I • Ministério Público; intervenção; interesse de
• citação: arts. 576 a 589 incapaz: art. 698
• condomínio; apresentação de títulos e qui‑ • petição inicial: art. 700, §§ 2o e 4o
• prova documental; dúvida sobre a idoneida‑ • solução consensual da controvérsia: art. 694
nhões: art. 591 • união estável; reconhecimento e extinção:
de: art. 700, § 5o
• confinantes; restituição de terreno usurpado: art. 698
• prova escrita: art. 700, § 1o
art. 594 • réu; cumprimento do mandado no prazo; ACÓRDÃO
• demarcação dos quinhões: art. 596, par. ún. isenção de custas processuais: art. 701, § 1o • definição: art. 204
• fundamentação do laudo: art. 595 • valor da causa: art. 700, § 3o • embargos de declaração: art. 1.022
• oitiva das partes: art. 592 • obediência à ordem cronológica de conclu‑
AÇÃO PARA ENTREGA DE COISA CERTA
• partilha: art. 596 são: art. 12
• sentença: art. 498
• pedido cumulado com demarcação: art. 570 • registro em arquivo eletrônico: art. 943
• pedido impugnado: art. 592, § 2o AÇÃO PAULIANA
• pedido não impugnado: art. 592, § 1o • embargos de terceiro: arts. 674 a 681 ADJUDICAÇÃO: arts. 876 a 878
• perícia; dispensa: art. 573 • fraude contra credores: art. 792 • auto; lavratura: art. 877
AÇÃO POSSESSÓRIA • bens penhorados: art. 904, II
• peritos; procedimentos: art. 595
• ampla publicidade: art. 554, § 3o • execução; bens do devedor: art. 825, I
• petição inicial: art. 588
• citação pessoal: art. 554, § 2o • exequente; oferecimento de preço não infe‑
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS: arts. 550 a 553 • conhecimento do pedido: art. 554 rior ao da avaliação: art. 876
• apresentação de contas pelo réu fora do pra‑ • contestação: art. 556 • requerimento: art. 878
zo previsto: art. 550, § 6o • demanda pendente; reconhecimento de do‑ ADVOCACIA‑GERAL DA UNIÃO
• apresentação de contas pelo réu no prazo mínio; impossibilidade: art. 557 • representação processual; União: art. 75, I
previsto: art. 550, § 6o • litisconsórcio passivo numeroso; citação pes‑
• apresentação pelo réu: art. 551 soal e por edital: art. 554, § 1o ADVOCACIA PÚBLICA: arts. 182 a 184
• contas de inventariante, tutor, curador, depo‑ • medida para cumprir‑se tutela provisória ou ADVOGADO
sitário ou outro administrador: art. 553 final: art. 555, par. ún., II • vide HONORÁRIOS DE ADVOGADO
1429