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Lyaria Thalindor Lunarisyl

Lyaria nasceu na grande capital Esmerith (Coração Esmeraldino), do magnífico reino oculto de
Galadhryin (O Reino das Árvores e Rios), localizado na região da Floresta de Galya. O reino, de tamanho
médio, era habitado majoritariamente por dríades e dahllans, com uma pequena população de humanos,
sendo cerca de 95% feminina.
O reino vivia em completa harmonia com a natureza, retirando apenas o necessário dela e cuidando-a
como ela merecia ser cuidada.

Lyaria nasceu no final da época de ouro do reino, filha direta da rainha dríade Serenys Lunarisyl.
Cresceu até a maioridade sendo treinada para suceder o trono, criada perto dos druidas mais poderosos
do reino, onde aprendeu as técnicas místicas necessárias para se tornar uma grande líder. Durante a
grande invasão da Floresta de Glaya, Esmerith caiu nas mãos de colonizadores que, ao tomarem a
capital, aprisionaram a mãe de Lyaria.

No dia da queda da capital, Esmerith ardeu. As chamas laranja refletiam no céu escuro, e o som do
combate ecoava nas florestas, enquanto os colonizadores se infiltravam pelos caminhos ocultos que
conectavam a cidade às árvores ancestrais. Lyaria estava prestes a perder tudo. Ela correu pelas ruas
desertas, com o coração batendo freneticamente, até chegar ao palácio, onde encontrou sua mãe,
Rainha Serenys Lunarisyl, de pé diante do salão principal, seu semblante sereno, embora marcado pela
tristeza. A velha dríade, uma figura imponente e graciosa, estava rodeada pelas últimas defesas do reino,
os olhos verdes de Serenys brilhando com a luz da lua que atravessava as grandes janelas de vidro.

"Lyaria, você precisa ouvir-me", disse sua mãe, com uma voz suave, mas cheia de urgência. A rainha se
aproximou de sua filha, cujos olhos estavam marejados de lágrimas, e segurou suas mãos com força. O
vento da floresta sussurrava ao redor, como se a própria terra estivesse sentindo a dor da perda
iminente.

"Os invasores já tomaram Esmerith", disse Serenys, com pesar. "O palácio cairá, e não há mais tempo.
Lyaria, minha filha, você é a última esperança para o nosso reino. A guerra será longa e dolorosa, e eu
preciso que você seja forte, mais forte do que qualquer outro. Há uma guilda de rebeldes no coração dos
reinos. Eles são nossos últimos aliados e possuem os meios para formar um exército. Procure por Aelira,
uma amiga minha. Ela é a líder, e ela saberá como te ajudar a encontrar o caminho. Você precisa treinar,
crescer, aprender tudo o que puder. O nosso reino não será o mesmo sem você, mas você não pode
fazer isso sozinha."

Lyaria, com a respiração entrecortada, tentou falar, mas as palavras falharam. A dor da perda e a
pressão da responsabilidade eram esmagadoras.

"Escute, minha filha", continuou a rainha, as palavras de Serenys tomando um tom mais firme. "Eu já
tomei a decisão de me entregar para dar a você uma chance. Eles precisam de um líder forte, mas não
de uma rainha... isso é algo que você herdou de mim, de nossa linhagem. Você será a guardiã do nosso
povo e a espada que irá cortar a tirania. Apenas lembre-se de uma coisa: não desista. Nunca se esqueça
de quem você é. Com um grande exército, liderado por uma mulher de sangue azul, nosso reino voltará
a prosperar."

Com uma última troca de olhares, Serenys beijou a testa de Lyaria e a empurrou suavemente para fora,
para a escuridão que tomava a cidade. A rainha se virou, dirigindo-se aos soldados invasores que
estavam se aproximando, oferecendo-se como sacrifício para que sua filha tivesse a chance de escapar.

Com o coração pesado, Lyaria fugiu, e a última imagem de sua mãe foi de uma dríade altiva e serena, se
entregando aos conquistadores para garantir a sobrevivência da esperança de um reino perdido.

Lyaria procurou a guilda, como sua mãe a instruíra. Ela encontrou Aelira, que a aceitou como aprendiz e
prometeu treiná-la. Juntas, elas reuniram um exército de rebeldes, e Lyaria cresceu, não apenas em
força, mas também em sabedoria, até que se tornasse a líder que seu povo precisava. Sua jornada
estava apenas começando, mas ela sabia, no fundo de seu coração, que a profecia se realizaria. Ela
devolveria a coroa ao seu povo.

O reino de Galadhryin não caiu completamente; apenas a capital e algumas cidades fora da floresta
foram invadidas. Por ser um reino camuflado, as notícias dessa guerra não se espalharam. Contudo, o
reino agora vive uma grande guerra civil contra a tirania, com a população evitando as áreas dominadas
e realizando ataques para cortar suprimentos dos inimigos. Muitos morreram e muitos ainda morrerão,
mas o povo não cessará a luta até que a profecia, que circula entre as pessoas, se cumpra: "Com um
grande exército, liderado por uma mulher de sangue azul, nosso reino voltará a prosperar".
Essa é a missão de Lyaria.

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