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Advento
Advent
dvento
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E-book de Natal. ADVENTO.
Autor: Manoel Gonçalves Delgado Junior.
Prefácio: Sauro de Almeida Queiroz
Publicação: Palavra de Esperança/Charis Publicações.
Ilustrações e Revisão: Manoel G. Delgado Jr com uso do Copilot.
Cuiabá, 2023 – Todos os direitos Reservados.

Introdução.
Prefácio.
Índice das ilustrações.
Lista de Versículos
Sobre o Ministério
4 5
Introdução.

Esta obra é um presente de Natal!


Tudo começou quando comecei a refletir as razões pelas quais
muitas pessoas tem dificuldades, ou rejeitam a celabração Natalina. Isto
é particularmente uma característica dentro do movimento evangélico.
Como vocês verão existem até algumas justificativas plausíveis, porém
o Natal como Advento, é uma celebração perfeitamente justificável.
E diria mais, a encarnação de Jesus Cristo, é o acontecimento
mais extraordinário que se tem notícia. Deus entre os homens assumin-
do a forma de servo para a redenção da humanidade, seu povo eleito e
precioso.
Nesta pequena obra, apresento doze reflexões natalinas em que
procuro refletir sobre esta grande obra de Deus. O advento.
Que esta singela reflexão bíblica possa iluminar a sua mente,
aquecer o seu coração e dar um sentido bíblico para a sua celebração
natalina, pois Jesus é o Natal.

Advento
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Prefácio.
Conheço Pr. Manoel desde os tempos de colégio, década de 90.
Uma coisa sempre me chamou atenção nele, é que salvo raríssi-
mos momentos, sua mente parecia sempre estar fervilhando de ideias.
Claro, digo isso no bom sentido. Não falo de mente ansiosa, falo de men-
te fértil, e isso foi algo que sempre admirei nele.
É próprio das mentes férteis pensarem sobre diversos temas, o
que poderia tornar qualquer um, possuidor dessa “mente”, um palpiteiro
descompromissado. No caso do Manoel, além de sua inteligência e amplo
repertório literário, conta a seu favor o ponto de referência que permeia
tudo o que reflete e escreve – sua fé fundamentada na Palavra de Deus.
Então, num tempo onde Natal é sinônimo de Papai Noel e com-
pras de presentes, e onde Jesus é lembrado, no máximo como uma men-
ção honrosa em brevíssimas orações antes da ceia, na companhia de uma
representação sem vida em forma de presépio comprado na promoção,
faz-se necessário que mentes férteis firmemente ancoradas na fé bíblica,
ajudem-nos a repensar o que muitos consideram já bem resolvido.
O Natal tem um significado muito maior, mais profundo e bené-
fico do que o senso comum nos demonstra! Não apenas para um indiví-
duo, mas para toda a família, amigos e grupos que podem ser agregados,
afinal, Natal é celebrado no coletivo, não na solidão!
Deixe-se guiar pelo Pr. Manoel e seu levantamento de razões que
valem mesmo à pena discernir o Natal como um tempo de benção de
Deus para todos nós!

Essa jornada valerá cada minuto de leitura investido!

Pr. Sauro Queiroz.


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Razão 01
DEUS SE MANIFESTOU AO MUNDO NO ROSTO DE UM BEBÊ.
“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado.” Isaías 9.6a NVI

Eu amo o Natal e me interesso por tudo associado a esta grande ce-


lebração. Alguns têm objeções a comemoração desta festa. E convenha-
mos, tem até alguns fundamentos para isto, para mim em nada se com-
param as razões bíblicas que justificam a festa. Sem querer ser exaustivo
gostaria de apresentar doze razões para celebrarmos o nascimento de Je-
sus. Espero que elas cooperem para você ter um feliz natal.
Aqui neste verso do capítulo nono do profeta Isaías encontramos a
primeira razão para celebramos o Natal. O nascimento de um menino, de
um filho que nos foi concedido; e este menino não é uma criança qual-
quer, mas sim o Deus encarnado. O Natal como advento significa que
Deus se manifestou ao mundo no rosto de um bebê. Esta criança repre-
sentada em cantatas e presépios é Deus, messias e salvador. Que forma
mais impressionante do Rei do universo entrar no mundo por ele criado.
Vemos nesta singela imagem a onipotência divina revelada na fragili-
dade de uma criança. Os mais sublimes tesouros do conhecimento e da
sabedoria de Deus anunciados numa simples expressão infantil. O Natal
me lembra que Deus visitou o mundo, e se revelou no rosto de um bebê.
Oremos ao Senhor. Deus, graças te damos por esta sublime revelação. O
Senhor visitou o mundo assumindo a condição humana. Pensar no meni-
no Jesus e no fato de que o verbo um dia nasceu é algo que enche nosso
coração de maravilha, assombro e exultação. Que neste Natal possamos
refletir e celebrar o menino que nos foi dado, o filho que nasceu. Amém!
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Razão 02
O SOL INVICTUS DEU LUGAR AO SOL NASCENTE DAS ALTURAS.
“...graças à profunda misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visita-
rá o sol nascente das alturas.” Lucas 1.78

Muitos não têm esta informação, mas não sabemos a data exata do
nascimento de Jesus. Segundo as nossas melhores estimativas Jesus te-
ria nascido entre março e setembro, entre os meses de Adar e Tishrei do
calendário judaico. O novo testamento não apresenta uma data, apenas
registra o nascimento de Jesus, e a sua grande importância. O dia 25 de
dezembro foi escolhido em período posterior, por ser a data do solstício
de inverno no hemisfério norte. Esta data era a ocasião de antigas cele-
brações do sol invictus para os romanos. Quando o cristianismo cresceu
e o império declarou-se cristão, estas festas antigas foram substituídas
pela celebração do nascimento de Jesus. Para os antigos cristãos, isto fez
total sentido.
Cristo é muito superior aos astros e sua pretensa influência. Maior do
que todos os equinócios e solstícios, eclipses e luas novas. Estes, longe
de serem divindades ou exercerem influência, não passam de luzeiros,
(instrumentos da mecânica celeste, com finalidade previamente defini-
da), como afirmou Moisés no Gênesis, logo após o triunfo absoluto de
Yahveh e dos israelitas sobre as divindades do Egito. Jesus é maior que
todo o panteão do Olimpo e todas as divindades do mundo pagão. Para os
cristãos, Cristo é Deus assumindo a condição humana, o ápice da revela-
ção de Deus, o brilho mais esplendoroso do sagrado. Com advento de Je-
sus, o sol invictus perde, se rende, e dá lugar ao SOL NASCENTE DAS
ALTURAS. Como bem profetizou o Sacerdote Zacarias, pai de João Ba-
tista, Jesus veio ao mundo como a aurora, para iluminar os que jazem nas
trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.
Oremos ao Senhor. Deus, graças te rendemos por Jesus Cristo. Ele é o
sol nascente das alturas. A manifestação mais perfeita de tua misericór-
dia. O rei prometido da casa de Davi, o messias esperado o Senhor de
todos os povos. O único Deus e Senhor a quem servimos e adoramos. O
autor da nossa salvação. Amém!
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Razão 03
A ENCARNAÇÃO DO UNIGÊNITO FILHO DE DEUS.
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.” João1.14

E se Deus fosse um de nós? Esta indagação de uma música de sucesso


internacional, fórmula precisamente uma das maiores reivindicações da
fé cristã. O Logos divino, o Verbo vivo, a Palavra criadora que estava no
princípio de tudo assumiu a condição humana. Este “mistério tremendo”
é o que torna a mensagem do evangelho única, singular, especial. Jesus
Cristo é o unigênito filho de Deus que entrou na história, identificando-se
conosco. Veio por nossa redenção. Tornou-se um de nós!
O apóstolo João faz um paralelo entre o relato da criação em Gênesis
e desenvolve a ideia do Deus Trino. O Verbo é a Palavra criadora que
Deus usou para trazer à luz toda a existência. Este verbo divino é antes de
todas as eras, e fez todas as coisas. Ele estava com Deus, e era Deus. Esta
Palavra não é uma força impessoal, mas uma pessoa divina, a segunda
pessoa da santíssima Trindade. Celebrar o Natal como advento significa
reconhecer este mistério: Jesus é Deus entre os homens. Ele é homem,
mesmo sendo Deus. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de
graça e verdade, e vimos a sua Glória, Glória como do unigênito do Pai.”
Oremos ao Senhor. Deus, graças te damos pelo mistério tremendo da en-
carnação. Jesus o unigênito filho de Deus é Rei e Senhor, que com o Pai
e o Espírito, é Deus eterno e autor de nossa salvação. E que, ao mesmo
tempo, assumiu a condição humana, sendo nosso irmão, representante e
cabeça do pacto. O Senhor assumiu a nossa natureza para redimi-la. Se-
nhor, graças te damos porque em Jesus, O Senhor se identificou conosco
para sempre! Amém!
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Razão 4
O UNIVERSO SINALIZOU A VINDA DO REI.
“E eis que a estrela que viram no Oriente os precedia.” Mateus 2.9 ARA
“...Uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro...”
Números 24:17 NAA

Qual é o tamanho do universo? Uma matéria da revista Galileu


apresentou a impressionante cifra de 156 bilhões de anos-luz de extensão
e de acordo com uma fonte do INPE que consultei para este devocional,
estima-se que a nossa galáxia, a Via-Láctea, possui de 200 a 400 bilhões
de estrelas. [...] e as estimativas também apontam para centenas de bi-
lhões de galáxias no Universo. Isto resultaria na existência de mais de
10 sextilhões de estrelas. Pensar na grandeza do universo nos enche de
expectação e assombro. Como diria o salmista os céus proclamam a Gló-
ria de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. Agora imagine
se o Criador de toda e extensão do cosmos viesse a este mundo? Qual
seria a importância deste evento? No Natal o próprio universo
se curvou em reverência ao Rei que nascia. Uma estrela marcava o lo-
cal exato do seu nascimento. Muitos especulam qual o sinal exato desta
ocorrência extraordinária. Uma estrela nova? Um cometa? Uma conjun-
ção astronômica que ocasionou um brilho mais intenso no céu, ou um
evento miraculoso realizado apenas por ocasião do nascimento de Jesus?
Qual ocorrência celestial haveria guiado os Magos do Oriente, aqueles
peregrinos adoradores? Isto pouco importa, pois, o Criador das Plêiades
e Galáxias estava tomando lugar entre os homens. O menino que nasceu
é Senhor sobre os céus, Deus, antes de todos os séculos, como Messias, e
Rei prometido, deve ser adorado. Mas tu, Belém Efrata, embora sejas pe-
quena entre os milhares de Judá, sairá de ti para mim aquele que reinará
sobre Israel, cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade. Miqueias 5:2 AS21
Oremos ao Senhor. Senhor, os céus proclamam a tua Glória, e uma es-
trela em Belém apontou o tempo e o local da vinda do Teu filho. Louvado
sejas por Jesus, o Rei bendito, o menino esperado. Eu não sei qual o ta-
manho do universo, e desconheço muitas coisas nesta terra, mas sei que
uma estrela em Belém revelou a grandiosidade do Natal. Amém!
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Razão 05
FOI CUMPRIDA A PROMESSA PARA TODAS AS NAÇÕES,
REALIZOU-SE A ESPERANÇA DE ISRAEL.
“Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: Senhor, agora
podes deixar ir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; pois os meus
olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os po-
vos; luz para revelação aos gentios, e para a glória do teu povo Israel.”
Lucas 2:28-32

A promessa de Deus para todos os povos é a redenção por meio do


messias esperado. Esta magnífica promessa atravessa as escrituras, co-
meçando no protoevangelho em Gênesis 3.15, progredindo na promessa
de preservação e reconstrução com Noé, passando pela aliança abraâmi-
ca e mosaica, culminando com a promessa de um reino teocrático sob a
linhagem de Davi. Segundo o teólogo bíblico Chris Wright existe uma
promessa de redenção no Antigo Testamento e ela encontra o seu cumpri-
mento, na figura de Jesus de Nazaré. Simeão entre muitos outros judeus
piedosos naqueles dias, aguardava a concretização da promessa.
Dentre os muitos aspectos da vida deste santo servo de Deus desta-
ca-se o fato de que Simeão era um homem genuinamente espiritual. De
acordo com o evangelista Lucas, Simeão era alguém sobre quem o Espí-
rito estava, com quem o Espírito se revelava, e a quem o Espírito movia.
Todo este movimento espiritual na vida de Simão apontou em uma única
direção: Jesus Cristo, aquele que é a esperança de Israel e o Salvador de
todos os povos da Terra. Aprendemos com Simeão que o Espírito Santo
é o Espírito de Jesus Cristo. O teólogo J.I. Packer destaca este fato e
nos ensina que o propósito dos dons do Espírito Santo e de sua obra é a
exaltação de Jesus Cristo, para que ele seja adorado, celebrado e expres-
sado na vida da Igreja. O Espírito como um holofote ilumina os homens
para contemplarem o salvador. Que as luzes do Natal nestes dias festivos,
ilustrem esta mensagem do Espírito Santo. Cumpriu-se a esperança de
redenção. O messias chegou.
Oremos ao Senhor. Deus eterno. Graças te damos pela revelação de Je-
sus Cristo, a quem preparaste como salvador e redentor. Louvamos-te
porque a tua magnífica promessa se cumpriu, enviaste nossa salvação.
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Razão 06
ANJOS E PASTORES CELEBRAM A VINDA DO FILHO DE DEUS.
“Naquela mesma região, havia pastores que estavam no campo, à noite,
tomando conta do rebanho. E um anjo do Senhor apareceu diante de-
les, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; e ficaram com muito
medo.” Lucas 2:8-9

Que tremenda imagem temos aqui. A corte celestial celebra solene-


mente a vinda do Rei. O nascimento de Jesus é a vitória da luz contra as
trevas; a visitação do reino celestial entre os homens. A quem foi reve-
lado o espetáculo celestial? A simples pastores nas cercanias de Belém.
Esta forma de Deus darse a conhecer é emblemática, pois o exército ce-
lestial não compareceu em palácios, mas revelou-se no tabernáculo da
criação, sob manto da noite iluminada, aos humildes pastores de Belém.
O louvor dos anjos tinha uma mensagem clara: “Glória a Deus nas
maiores alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele quer bem.” Os
pastores cheios de expectativa e júbilo foram ao presépio vivo, encontra-
ram José e Maria e o menino na manjedoura. Em seus corações ecoavam
o louvor dos anjos. Glória e Paz por meio de Jesus.
Oremos ao Senhor. Deus de graça e misericórdia. Glorificado seja o teu
santo nome, pois nos revelastes Jesus, senhor nosso, a quem os exércitos
dos céus adoram. Que a semelhança dos pastores entoemos louvor ao
salvador de Belém, e a semelhança dos anjos adoremos dizendo Glória a
Deus nas alturas e paz na terra aos homens a quem ele quer bem. Amém!
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Razão 07
DESPOJOU-SE DE SUA GLÓRIA. (ADVENTO)
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que,
existindo em forma de Deus, não considerou o fato de ser igual a Deus
algo a que devesse se apegar,7mas, pelo contrário, esvaziou-se a si mes-
mo, assumindo a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens.”
Filipenses 2:5-7

Kenosis é uma palavra grega com muito significado para a compreensão


sobre Jesus Cristo. Este termo traduzido significa que Cristo, sendo Deus,
esvaziouse (despojou-se) de sua glória assumindo a forma de servo, a sua
voluntária humilhação.
Não cabe nestas poucas linhas, toda a reflexão sobre este mistério tre-
mendo, contudo, podemos encontrar aqui o sentido do Natal. Cristo Jesus
assumiu a humanidade, e mesmo sendo Deus bendito eternamente, veio
entre nós para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.
As implicações deste fato são inúmeras. Em primeiro lugar, devemos ter
o mesmo sentimento, a mesma atitude de Cristo Jesus. Em segundo lu-
gar, podemos louvar a Jesus por sua grande obra de identificação conos-
co. E por fim, precisamos nós também encontrarmos no despojamento e
serviço abnegado, o caminho de Cristo.
E você? Está disposto a segui-lo?
Oremos ao Senhor: Amado Senhor, obrigado pelo teu divino exemplo
revelado em Jesus. Que ao refletir sobre o exemplo de Jesus, eu também
encontre um caminho de humildade, despojamento e serviço motivado
pelo amor. Amém!
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Razão 08
OS MAGOS VIERAM DO ORIENTE PARA ADORÁ-LO.
“Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, a
eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.” [...]“Entrando na
casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram;
e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso
e mirra.” Mateus 2:1,11

Nesta bela passagem, continuamos nossa reflexão sobre o nasci-


mento de Jesus e a visita dos magos do Oriente. Jesus nasceu em Belém
na Judéia, nos dias do Rei Herodes, conhecido como Herodes o grande,
este, foi um rei de origem edomita, descendente de Esaú, que deu origem
a uma dinastia de monarcas sob a dominação romana. Por não pertencer
ao povo judeu, e não ser um descendente de Davi, sentiu-se ameaçado
pela alegação de um recémnascido rei dos judeus. Esta era inclusive a
razão dos descendentes da tribo de Judá estarem distantes de Jerusalém
naqueles dias. Os sábios do oriente causaram verdadeiro alvoroço no pa-
lácio e no templo.
Os magos, não sabemos quantos, embora uma antiga tradição cristã
considere que seriam três, a saber Gaspar, Balthasar e Melchior, nada
disto, porém, tem respaldo bíblico. Podemos inferir que os magos tinham
alguma influência judaica, pois conheciam antigas profecias sobre o rei
dos Judeus. talvez uma influência do judaísmo no período persa. O fato é
que antes mesmo dos mestres e teólogos judeus, eles reconheceram a di-
vindade de Jesus. O evangelista Mateus afirma que chegando à presença
de Jesus, prostrando-se o adoraram.
Oremos ao Senhor. Jesus reconhecemos a tua divindade. Tu nos revelas
o Pai e com o Espírito Santo, tu és o Trino Deus. A tua vinda ao mundo é
salvação para o mundo e esperança para os povos da terra. Amém!
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Razão 9
EIS QUE UMA VIRGEM CONCEBERÁ. O REI DA LINHAEM
DE DAVI ESTÁ ENTRE NÓS!
“...A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele se chamará Ema-
nuel.” Isaías 7:14

A doutrina do nascimento virginal é uma das maiores alegações do


cristianismo histórico, e um dos maiores desafios para os céticos. Por
esta doutrina estamos afirmando que Deus realizou o impossível no nas-
cimento de Jesus. Maria era muito jovem, e jovens moças não concebem
bebês espontaneamente. O nascimento virginal soa aos nossos ouvidos
modernos como contraintuitivo e antinatural. O assunto foi um desafio
tão sério que o próprio José, no princípio teve sérias dúvidas sobre este
milagre. Foi necessária uma manifestação de Gabriel, um anjo do Se-
nhor, para conduzi-lo a fé.
Se para os que duvidam esta doutrina representa um desafio insu-
perável, para os que creem, no entanto, ela representa um sinal. Pois, o
próprio Deus havia anunciado com séculos de antecedência esta verdade.
No livro do profeta Isaías o nascimento virginal encontra-se anunciado
não como um exagero retórico, uma simples hipérbole, mas sim como a
evidência do caráter singular do menino que haveria de nascer. O filho
desta virgem será Emanuel, Deus conosco, Deus entre os homens. Os
que duvidam precisam recuar suas críticas ao Antigo Testamento, pois o
nascimento virginal também era uma esperança de Israel. Existem uma
série de promessas extraordinárias que se cumpriram literalmente no nas-
cimento de Jesus, e a partir delas temos uma base para confiar em Deus. E
por falar em Deus, quem crê na sua existência, não tem dificuldades para
considerar que o Eterno possa intervir em sua própria criação. Por isto,
com as escrituras do antigo e novo testamento podemos dizer que uma
virgem concebeu, o rei da linhagem de Davi está entre nós!
Oremos ao Senhor. Senhor graças te rendemos por tua magnífica reve-
lação. O impossível para os homens é possível para Deus. Assim com
poderosos sinais tu visitas-te a história vindo a nós, com a tua redenção.
Te adoramos e rogamos para que tragas a esperança para aqueles que
aguardam o impossível através de Jesus. Amém!
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Razão 10
O INFINITO SE FEZ PRESENTE. O ETERNO TANGENCIOU A
HISTÓRIA.
“...e o seu nome será:“Maravilhoso Conselheiro”,“Deus Forte”, “Pai
da Eternidade”,“Príncipe da Paz”. Isaías 9:6

Infinito do latim infinítu, é um adjetivo que denota algo que não


tem início nem fim, inumerável. Usado em sentido figurado pode signi-
ficar Deus, o Absoluto ou o Eterno. [1] É um conceito usado em vários
campos, como a matemática, filosofia e teologia. É representado com o
símbolo (∞) e, na matemática, é uma noção usada em proposições. O in-
finito pode ser visto sob muitas perspectivas. A intuição percebe-o como
uma espécie de “número” maior do que qualquer outro.
No sentido teológico, reconhece-se em Deus o atributo da infini-
tude. Deus é o criador de tudo o que existe e ele mesmo é para além da
criação. O Deus eterno, onipotente, onisciente e onipresente. Um Deus
infinito, é muito maior do que a nossa linguagem e/ou compreensão. O
natal celebra um mistério ainda maior. Em Jesus o infinito se faz presen-
te: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo esta-
rá sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro,
Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Do aumento do seu governo
e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o
estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para
sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso. Isaías 9:6,7 No natal,
celebramos a realidade extraordinária de que o menino que nasceu é, na
verdade, o Pai da eternidade, o Deus forte, o Maravilhoso Conselheiro e
o Príncipe da Paz. Ele é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Ele é o
eterno visitando a história, o infinito que se faz presente para salvar.
Oremos ao Senhor. Senhor nós te louvamos por tua divina manifesta-
ção. Tu que és o Deus eterno, visitaste-nos em Jesus. Ele é o infinito que
se fez presente para a nossa salvação. Nós te adoramos por tua grandeza
e poder insondáveis e por tua graça e perdão acima de toda extensão.
Amém!
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Razão 11
A TERRA QUE ESTAVA AFLITA NÃO PERMANECERÁ NA
ESCURIDÃO.
“Mas para a terra que estava aflita não continuará a escuridão.” Isaías 9:1

A vinda de Jesus a este mundo aconteceu num cenário de aflição. A


encarnação do filho de Deus ocorre num contexto de escuridão e morte.
Quando os homens cegos e perdidos por densas trevas espirituais se en-
contravam desprovidos de qualquer esperança veio o verbo vivo como a
luz para os que jazem nas trevas.
O livro do profeta Isaías é talvez um dos mais enigmáticos testemu-
nhos de Jesus no antigo testamento. Não importa sob qual prisma da-
temos as profecias aqui, sabemos que com séculos de antecedência foi
anunciado o filho de Deus. Este evangelho do antigo testamento, esta bí-
blia dentro da bíblia, previu o nascimento de Jesus, a crucificação, o local
do seu nascimento, e a própria divindade de Jesus. Assim, o testemunho
do livro de Isaías serve de lembrete para todos aqueles que duvidam da
autoridade e poder das profecias. O natal como advento recorda-nos que
as trevas deste mundo, foram colapsadas pela luz da revelação divina. As
nossas aflições foram sublimadas pela esperança!
Oremos ao Senhor. Deus que as luzes de Natal nos recordem que Jesus
a luz das nações esteve entre nós e que o seu advento trouxe esperança
e graça a este mundo inclemente e cruel. Que esta luz brilhe em nós por
meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!
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Razão12
O NATAL UNE FAMÍLIAS E JESUS É A ESPERANÇA PARA
TODAS AS FAMÍLIAS DA TERRA.
“... e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura...” Lucas 2:16
“...Em você serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 12:3

O Natal é uma festa eminentemente familiar, e não é sem razão, pois é


uma oportunidade singular para reunirmos a família, e ao redor da mesa
celebrarmos juntos a graça da vida. A família é um projeto do Deus eter-
no. Nesta instituição repousam bençãos, dádivas e presentes, de inesti-
mável valor que precisam ser celebrados.
Deus prometeu a Abraão que através dele seriam benditas todas as
famílias da terra, e em Jesus, seu descendente esta promessa se cumpriu.
A família ao redor da manjedoura são um protótipo das famílias que ce-
lebram o Natal. Em Jesus Deus revela-se como filho e através dele o
Espírito nos revela o amor do Pai. O Natal une as famílias, e Jesus é a
esperança de todas as famílias da terra.
Oremos ao Senhor. Deus eterno. Obrigado por nos revelar a tua face
paternal, através da manifestação do teu filho unigênito. Que neste Natal
o Senhor renove a todas as famílias. Abençoe o lar daqueles que precisem
de união e lembre aos que estão distantes que o Senhor é nossa família,
por meio de Jesus oramos. Amém!
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LISTA DE VERSÍCULOS.

1 - Isaías 9.6a NVI


2 - Lucas 1.78
3 - João1.14
4 - Mateus 2.9 ARA; Números 24:17 NAA
5 - Lucas 2:28-32
6 - Lucas 2:8-9
7 - Filipenses 2:5-7
8 - Mateus 2:1,11
9 - Isaías 7:14
10 - Isaías 9:6
11 - Isaías 9:1
12 - Lucas 2:16; Gênesis 12:3
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E-book de Natal. ADVENTO.
Autor: Manoel Gonçalves Delgado Junior.
Prefácio: Sauro de Almeida Queiroz
Publicação: Palavra de Esperança/Charis Publicações.
Ilustrações e Revisão: Manoel G. Delgado Jr com uso do Copilot.
Cuiabá, 2023 – Todos os direitos Reservados.
Capa e Diagramação: Caio Mota / @caio.mjc
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SOBRE O AUTOR

Manoel Gonçalves Delgado Jr - É formado em Teologia pelo Ins-


titu- to Bíblico Augusto Araújo, IBAA em Cuiabá-MT, Graduado
e mestre em Teologia Prática pela Faculdade de Teologia Meto-
dista Livre, FTML,SP, graduado em Liderança Cristă Avançada
e Andragogia pelo Instituto Haggai, doutorando em ministério
pastor Seminário Servo de Cristo, SP. É ministro religioso e te-
ólog dor do ministério Palavra de Esperança e autor do livro 30
Esperança. Casado com Alzenir e pai de Anna Heler Delgado.
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Natal
Nascimento e comunhão.
Seria um solstício pagão,
ou um advento cristão?

Foi-se rapidamente a mais curta noite,


É vindo ao mundo o Rei!

Natal

Luzes frias da saudade


cujo brilho isolado, em fim de tarde,
avisa que alguns de nós
não estaremos juntos no Natal.

Natal

Do sol invictus nascente das alturas


trazem uma gentil lembrança
de uma luz fulgurante
que brilhou nos céus de Belém!

Natal

Distante, sem lugar, ou vez.


De ceias magras, e celebrações discretas.
Recordam a sagrada família
que também, na hospedaria, não encontrou lugar.

Natal

Que do comércio é findo


e das celebrações públicas, adiado.
Cujo verdadeiro significado
pede passagem, e faz questão nascer.

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