Instrumentalizando Profissionais de Enfermagem Nanda i

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Adriene da Silva Belchior

Gabrielle Peroto Lopes


Pâmela Cristina Martins da Silva
Paulo Eduardo Lima Moreira
Yasmim Ribeiro Fracaroli
Geovana Tosatti Petraccone
Alice Silva Costa
Andréia Cristina Barbosa Costa
Lucélia Terra Chini
Isabelle Cristinne Pinto Costa

INSTRUMENTALIZANDO PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: NANDA-I

1ª ed.

Piracanjuba-GO
Editora Conhecimento Livre
Piracanjuba-GO
Copyright© 2024 por Editora Conhecimento Livre

1ª ed.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Belchior, Adriene da Silva


B427I INSTRUMENTALIZANDO PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: NANDA-I

/ Adriene da Silva Belchior. Gabrielle Peroto Lopes. Pâmela Cristina Martins da Silva. Paulo
Eduardo Lima Moreira. Yasmim Ribeiro Fracaroli. Geovana Tosatti Petraccone. Alice Silva Costa.
Andréia Cristina Barbosa Costa. Lucélia Terra Chini. Isabelle Cristinne Pinto Costa. – Piracanjuba-
GO
Editora Conhecimento Livre, 2024
54 f.: il
DOI: 10.37423/2024.edcl927
ISBN: 978-65-5367-476-9
Modo de acesso: World Wide Web
Incluir Bibliografia
1. enfermagem 2. processo-de-enfermagem 3. diagnóstico-de-enfermagem I. Belchior, Adriene da
Silva II. Lopes, Gabrielle Peroto III. Silva, Pâmela Cristina Martins da IV. Moreira, Paulo Eduardo
Lima V. Fracaroli, Yasmim Ribeiro VI. Petraccone, Geovana Tosatti VII. Costa, Alice Silva VIII.
CDU:Pinto
Costa, Andréia Cristina Barbosa IX. Chini, Lucélia Terra X. Costa, Isabelle Cristinne 613 XI.
Título

https://doi.org/10.37423/2024.edcl927

O conteúdo dos artigos e sua correção ortográfica são de responsabilidade exclusiva dos seus
respectivos autores.
EDITORA CONHECIMENTO LIVRE

Corpo Editorial
MSc Edson Ribeiro de Britto de Almeida Junior
MSc Humberto Costa
MSc Thays Merçon
MSc Adalberto Zorzo
MSc Taiane Aparecida Ribeiro Nepomoceno
PHD Willian Douglas Guilherme
MSc Andrea Carla Agnes e Silva Pinto
MSc Walmir Fernandes Pereira
MSc Edisio Alves de Aguiar Junior
MSc Rodrigo Sanchotene Silva
MSc Wesley Pacheco Calixto
MSc Adriano Pereira da Silva
MSc Frederico Celestino Barbosa
MSc Guilherme Fernando Ribeiro
MSc. Plínio Ferreira Pires

MSc Fabricio Vieira Cavalcante


PHD Marcus Fernando da Silva Praxedes
MSc Simone Buchignani Maigret
Dr. Adilson Tadeu Basquerote
Dra. Thays Zigante Furlan
MSc Camila Concato
PHD Miguel Adriano Inácio
MSc Anelisa Mota Gregoleti
PHD Jesus Rodrigues Lemos
MSc Gabriela Cristina Borborema Bozzo
MSc Karine Moreira Gomes Sales
Dr. Saulo Cerqueira de Aguiar Soares
MSc Pedro Panhoca da Silva
MSc Helton Rangel Coutinho Junior
MSc Carlos Augusto Zilli
MSc Euvaldo de Sousa Costa Junior
Dra. Suely Lopes de Azevedo
MSc Francisco Odecio Sales
MSc Ezequiel Martins Ferreira
MSc Eliane Avelina de Azevedo Sampaio
MSc Carlos Eduardo De Oliveira Gontijo
MSc Rainei Rodrigues Jadejiski
Dr. Rodrigo Couto Santos
Dra. Milena Gaion Malosso
PHD Marcos Pereira Dos Santos

Editora Conhecimento Livre


Piracanjuba-GO
2024
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 .......................................................................................................... 5
INSTRUMENTALIZANDO PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: NANDA-I
Adriene da Silva Belchior
Alice Silva Costa
Andréia Cristina Barbosa Costa
Gabrielle Peroto Lopes
Geovana Tosatti Petraccone
Isabelle Cristinne Pinto Costa
Lucélia Terra Chini
Pâmela Cristina Martins da Silva
Paulo Eduardo Lima Moreira
Yasmim Ribeiro Fracaroli
DOI 10.37423/240308844

SUMÁRIO
INSTRUMENTALIZANDO PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: NANDA-I

Capítulo 1
10.37423/240308844

INSTRUMENTALIZANDO PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM: NANDA-I

Adriene da Silva Belchior Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Alice Silva Costa Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Andréia Cristina Barbosa Costa Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Gabrielle Peroto Lopes Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Geovana Tosatti Petraccone Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Isabelle Cristinne Pinto Costa Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Lucélia Terra Chini Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Pâmela Cristina Martins da Silva Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Paulo Eduardo Lima Moreira Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG

Yasmim Ribeiro Fracaroli Escola de Enfermagem. Universidade Federal


de Alfenas – MG
CURSO DE ATUALIZAÇÃO
Organizado por : Adriene da Silva Belchior; Gabrielle Peroto
Lopes; Pâmela Cristina Martins da Silva; Paulo Eduardo Lima
Moreira; Yasmim Ribeiro Fracaroli; Geovana Tosatti
Petraccone; Alice Silva Costa; Andréia Cristina Barbosa Costa;
Lucélia Terra Chini; Isabelle Cristinne Pinto Costa

INSTRUMENTALIZANDO
PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM

NANDA-I
Curso de atualização que busca um
aprofundamento de enfermeiros e técnicos de
enfermagem acerca do Processo de Enfermagem e
das Linguagens padronizadas da NANDA-I, NIC E
NOC

APEC
AUTORES

Adriene da Silva Belchior Isabelle Cristinne Pinto Costa


Acadêmica do curso de graduação em Doutora. Enfermeira. Docente na Escola
Enfermagem. Escola de Enfermagem. de Enfermagem da Universidade Federal
Universidade Federal de Alfenas de Alfenas (UNIFAL/MG).
(UNIFAL/MG).

Alice Silva Costa Lucélia Terra Chini


Enfermeira. Doutoranda do Programa de Doutora. Enfermeira. Técnico
Pós-graduação em Enfermagem. pela Administrativo em Educação na Escola
Universidade Federal de Alfenas de Enfermagem da Universidade Federal
(UNIFAL/MG). de Alfenas (UNIFAL/MG).

Pâmela Cristina Martins da Silva


Andréia Cristina Barbosa Costa
Acadêmica do curso de graduação em
Doutora. Enfermeira. Docente na Escola
Enfermagem. Escola de Enfermagem.
de Enfermagem da Universidade Federal
Universidade Federal de Alfenas
de Alfenas (UNIFAL/MG).
(UNIFAL/MG).
Gabrielle Peroto Lopes Paulo Eduardo Lima Moreira
Acadêmica do curso de graduação em Acadêmico do curso de graduação em
Enfermagem. Escola de Enfermagem. Enfermagem. Escola de Enfermagem.
Universidade Federal de Alfenas Universidade Federal de Alfenas
(UNIFALMG). (UNIFAL/MG).

Geovana Tosatti Petraccone Yasmim Ribeiro Fracaroli


Acadêmica do curso de graduação em Acadêmica do curso de graduação em
Enfermagem. Escola de Enfermagem. Enfermagem. Escola de Enfermagem.
Universidade Federal de Alfenas Universidade Federal de Alfenas
(UNIFAL/MG). (UNIFAL/MG).
CURSO DE ATUALIZAÇÃO

NANDA-I

Curso de atualização que busca um


aprofundamento de enfermeiros e técnicos de
enfermagem acerca do Processo de Enfermagem e
das Linguagens padronizadas da NANDA-I, NIC E
NOC

APEC
CONTEÚDO
ÍNDICE
06 APRESENTAÇÃO

08 O PROCESSO DE
ENFERMAGEM E O NANDA-I

10 ESTRUTURA

25 TIPOS DE DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM

32 ESTRUTURAS DO DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM

37 INDICADORES DOS DIAGNÓSTICOS DE


ENFERMAGEM

42 COMPONENTES ESTRUTURAIS POR TIPO


DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

48 REFERÊNCIAS
Apresentação

APRESENTAÇÃO DO E-BOOK
AO PROFISSIONAL DE
ENFERMAGEM
06
APRESENTAÇÃO

É com grande entusiasmo que Este material foi desenvolvido por


apresentamos o e-book "Processo de docentes e discentes da Universidade
Enfermagem e os Sistemas de Federal de Alfenas (UNIFAL-MG),
Linguagem Padronizadas - NANDA-I, vinculados ao Programa de Extensão
NIC e NOC". Este material foi "Aplicação do Processo de
desenvolvido como um recurso de apoio Enfermagem no Cuidado - APEC", com
essencial para enfermeiros e técnicos de colaboração: Grupo de Estudo do
enfermagem que estão participando o Processo de Enfermagem no Cuidado
"Curso de Atualização" e que desejam (GEPEC); Projetos de Extensão (APEC-
aprofundar seu conhecimento e APS; APEC-EDUC; APEC-H; APEC-TEC); e
aprimorar suas práticas no campo da Liga Acadêmica do Processo de
enfermagem. Enfermagem (LIGAPE/UNIIFAL-MG).
O objetivo principal deste e-book é
fornecer um guia abrangente sobre o
Processo de Enfermagem, assim como
uma exploração detalhada dos sistemas
de linguagem padronizadas mais
utilizados: NANDA-I (Diagnósticos de
Enfermagem), NIC (Intervenções de
Enfermagem) e NOC (Resultados de
Enfermagem). Com isso, buscamos
capacitar os profissionais de
enfermagem a utilizar esses sistemas de
forma eficaz em seu dia a dia,
contribuindo para uma prática mais
embasada e de qualidade.

07
NANDA-I

Introdução
O Processo de
Enfermagem e a
Nanda-I

ONDE A NANDA-I SE INSERE NO


PROCESSO DE ENFERMAGEM?
08
NANDA-I NO PROCESSO
DE ENFERMAGEM

Neste módulo será possível aprofundar seus


conhecimentos da NANDA - North American Nursing
Diagnosis Association International.
A taxonomia dele é destinada à segunda etapa no
processo de enfermagem, o diagnóstico de enfermagem.
Este sistema de classificação é utilizado em todo o
mundo, sendo referência para a padronização das
linguagens utilizadas na enfermagem.

A NANDA-I (Associação Norte-Americana de


Diagnósticos de Enfermagem Internacional) é uma
organização sem fins lucrativos que se dedica ao
desenvolvimento e atualização de uma classificação
internacional de diagnósticos de enfermagem. Essa
classificação, conhecida como Taxonomia II da NANDA-I,
é uma ferramenta essencial para enfermeiros e
profissionais de saúde, pois auxilia na identificação e
comunicação dos problemas de saúde dos pacientes.

09
NANDA-I

Estrutura
NANDA-I

QUAL A PRINCIPAL FUNÇÃO


DA ESTRUTURA DO NANDA-I
10
Estrutura NANDA-I
A principal função da estrutura do NANDA-I é fornecer um
vocabulário comum para a descrição de diagnósticos de
enfermagem. Isso é fundamental para garantir a
comunicação efetiva entre os profissionais de saúde,
facilitando a compreensão das necessidades dos
pacientes.

Além disso, a NANDA-I também auxilia na identificação


de intervenções de enfermagem adequadas para cada
situação, contribuindo para a melhoria da qualidade do
cuidado prestado.

11
A estrutura da NANDA-I é composta por três elementos
principais: o diagnóstico de enfermagem, os fatores
relacionados e as características definidoras.

Fatores Relacionados

São os eventos ou condições que contribuem para o


desenvolvimento do problema. Esses fatores podem ser
fisiológicos, psicológicos, sociais ou ambientais.
Por exemplo, se um paciente apresenta dor no peito, os
fatores relacionados podem ser a presença de obstrução
das artérias coronárias, histórico familiar de doenças
cardíacas ou estilo de vida sedentário.

12
Diagnóstico de Enfermagem (DE)
É uma descrição clara e concisa do problema de saúde do
paciente, baseado em sinais e sintomas observados.

Características Definidoras
São as evidências clínicas ou comportamentais que
indicam a presença do problema de saúde. Essas
características podem incluir sintomas, sinais físicos,
resultados de exames laboratoriais ou relatos do
paciente.

No caso da dor no peito, as características


definidoras podem ser dor opressiva no peito,
sudorese, falta de ar e palidez, e os fatores de
risco são os eventos ou condições que
aumentam a vulnerabilidade do paciente a um
diagnóstico específico.

13
Taxonomia

A Taxonomia II da NANDA-I é composta por 13


domínios, cada um abrangendo uma área específica da
prática de enfermagem.
Esses domínios são:

promoção da saúde
nutrição
eliminação e troca
atividade e repouso
percepção e cognição
autopercepção
papel e relacionamentos
sexualidade
adaptação e tolerância ao estresse
valores e crenças
segurança e proteção
crescimento e desenvolvimento
conforto.

14
Nele podem ser encontrados 7 eixos, que podem
ser combinados uns entre os outros e que facilitam
o desenvolvimento do diagnóstico.

Estes eixos podem ser definidos em:

Foco do Diagnóstico;
Sujeito do Diagnóstico - Podendo ser relacionado ao
próprio paciente, família, grupo (s), cuidador (es) e
até mesmo a comunidade;
Julgamento - Dividido em ineficaz, prejudicado e
melhorado;
Localização - Cerebral, tissular ou periférica;
Idade - Neonato, criança, lactente e idoso;
Tempo - Agudo, crônico e
intermitente;
Categoria do Diagnóstico - Problema,
risco, síndrome e promoção da saúde.

15
É importante ressaltar que a estrutura do NANDA-I é
constantemente atualizada e revisada por especialistas
da área da enfermagem. Isso garante que os diagnósticos
de enfermagem estejam alinhados com as evidências
científicas mais recentes e reflitam as necessidades dos
pacientes. Além disso, a NANDA-I também promove a
colaboração entre os profissionais de saúde, incentivando
a troca de conhecimentos e experiências.

A última edição do NANDA-I, 2020-2023, contém 267


diagnósticos de Enfermagem em que cada um possui o
próprio código, o que facilita a busca por determinado
diagnóstico dentro dele:

16
Além de possuir 13 domínios e 47 classes. Que são
divididos em:

Domínio 1 - Promoção à saúde

Os diagnósticos de enfermagem estão relacionados à


prevenção de doenças e à promoção de um estilo de vida
saudável.
Classe 1 - Percepção da Saúde;
Classe 2 - Controle da Saúde.

Domínio 2 - Nutrição

Os diagnósticos estão relacionados à ingestão


insuficiente ou excessiva de nutrientes.
Classe 1 - Ingestão;
Classe 2 - Digestão;
Classe 3 - Absorção;
Classe 4 - Metabolismo;
Classe 5 - Hidratação.

17
Domínio 3 - Eliminação e Troca

Estão relacionados à alterações no sistema


gastrointestinal, renal, respiratório e outros sistemas de
eliminação do corpo.
Classe 1 - Função Urinária;
Classe 2 - Função Gastrointestinal;
Classe 3 - Função Tegumentar;
Classe 4 - Função Respiratória.

Domínio 4 - Atividade/ Repouso

Os diagnósticos estão relacionados à alterações no


padrão de sono, fadiga, mobilidade e outros aspectos
relacionados à atividade física.
Classe 1 - Sono e Repouso;
Classe 2 - Atividade e Exercício;
Classe 3 - Equilíbrio de Energia;
Classe 4 - Respostas Cardiovasculares ou
Pulmonares;
Classe 5 - Autocuidado.

18
Domínio 5 - Percepção/ Cognição

Os diagnósticos estão relacionados a alterações na


percepção sensorial, cognição, memória e outros
aspectos relacionados ao funcionamento cerebral.
Classe 1 - Atenção;
Classe 2 - Orientação;
Classe 3 - Sensação e Percepção;
Classe 4 - Cognição;
Classe 5 - Comunicação.

Domínio 6 - Autopercepção

Os diagnósticos estão relacionados à baixa autoestima,


percepção alterada do corpo e autoimagem.
Classe 1 - Autoconceito;
Classe 2 - Autoestima;
Classe 3 - Imagem Corporal.

19
Domínio 7 - Papéis e Relacionamentos

Estão relacionados a dificuldades no desempenho de


papéis sociais e problemas nos relacionamentos
interpessoais.
Classe 1 - Papéis do Cuidador;
Classe 2 - Relações Familiares;
Classe 3 - Desempenho de Papéis.

Domínio 8 - Sexualidade

Os diagnósticos estão relacionados a problemas


sexuais e de identidade de gênero.
Classe 1 - Identidade Sexual;
Classe 2 - Função Sexual;
Classe 3 - Reprodução.

20
Domínio 9 - Enfrentamento/ Tolerância ao Estresse

Estão relacionados a dificuldades em lidar com


situações estressantes e problemas de adaptação.
Classe 1 - Respostas Pós Traumas;
Classe 2 - Respostas de Enfrentamento;
Classe 3 - Estresse Neurocomportamental.

Domínio 10 - Princípios da Vida

Os diagnósticos estão relacionados a conflitos de


valores e crenças pessoais e culturais.
Classe 1 - Valores;
Classe 2 - Crenças;
Classe 3 - Coerência Entre Valores, Crenças e
Atos.

21
Domínio 11 - Segurança/ Proteção

Os diagnósticos estão relacionados a riscos de lesões,


infecções e outros problemas relacionados à segurança
do paciente.
Classe 1 - Infecção;
Classe 2 - Lesão Física;
Classe 3 - Violência;
Classe 4 - Riscos Ambientais;
Classe 5 - Processos Defensivos;
Classe 6 - Termorregulação.

Domínio 12 - Conforto

Os diagnósticos estão relacionados à dor, desconforto e


outros aspectos relacionados ao bem-estar físico e
emocional do paciente.
Classe 1 - Conforto Físico;
Classe 2 - Conforto Ambiental;
Classe 3 - Conforto Social.

22
Domínio 13 - Crescimento e Desenvolvimento

Os diagnósticos estão relacionados a problemas no


desenvolvimento físico, emocional e social.
Classe 1 - Crescimento;
Classe 2 - Desenvolvimento.

Além disso, a NANDA-I também fornece diretrizes para a


formulação dos diagnósticos de enfermagem, com o
objetivo de garantir uma linguagem padronizada e
precisa. Essas diretrizes incluem a utilização de termos
claros e objetivos, evitando ambiguidades e
interpretações errôneas.

Também é recomendado que os


diagnósticos sejam baseados em evidências
científicas e em uma avaliação completa do
paciente, considerando seus sintomas,
histórico médico e fatores de risco.

23
Em suma, a estrutura do NANDA-I e sua taxonomia
desempenham um papel fundamental na prática da
enfermagem. Essa classificação padronizada de diagnósticos
de enfermagem permite que os profissionais de saúde
identifiquem de forma precisa os problemas de saúde dos
pacientes e implementem as intervenções adequadas.
Através do uso do NANDA-I, os enfermeiros podem fornecer
cuidados individualizados e baseados em evidências,
melhorando assim os resultados para os pacientes.
É essencial que os profissionais de enfermagem se
familiarizem com essa estrutura e utilizem-na de forma
adequada para garantir a qualidade e segurança dos cuidados
prestados.
A implementação eficaz da NANDA-I pode contribuir
para uma prática de enfermagem mais eficiente e
eficaz, promovendo assim a excelência na
assistência ao paciente. A constante atualização e
revisão da NANDA-I garantem a sua relevância e
eficácia na prática clínica.

24
NANDA-I

Tipos de
Diagnósticos de
Enfermagem

QUAIS OS TIPOS DE
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM?
25
DIAGNÓSTICO DE
ENFERMAGEM

Um diagnóstico de enfermagem consiste em uma avaliação


clínica que analisa a reação de um indivíduo, família, grupo ou
comunidade a condições de saúde ou processos de vida, bem
como sua suscetibilidade a tais respostas.
Essa avaliação é fundamental para direcionar a escolha de
intervenções de enfermagem que visem alcançar
resultados pelos quais os enfermeiros são responsáveis.

Também desempenha um papel crucial na prática da


enfermagem, pois são fundamentais para o planejamento,
implementação e avaliação dos cuidados de enfermagem.
Através de uma comunicação e linguagem padronizada eles
fornecem uma linguagem comum para os profissionais de
enfermagem se comunicarem sobre a condição de saúde do
paciente. Isso facilita o entrosamento efetivo entre os
membros da equipe de saúde e melhora a continuidade dos
cuidados.

26
Através do foco nos problemas reais e potenciais do paciente, os
diagnósticos de enfermagem permitem uma avaliação
sistemática e abrangente das respostas do paciente às
condições de saúde ou processos de vida. Eles ajudam a
identificar problemas reais ou potenciais que exigem
intervenções de enfermagem para melhorar o bem-estar do
paciente.

Tendo-os como base para o planejamento de


cuidados de enfermagem podem estabelecer
metas e desenvolver um plano de cuidados
personalizado para cada paciente. Os
diagnósticos orientam a seleção das
intervenções mais apropriadas para tratar os
problemas identificados.

Dessa forma, através do monitoramento e


avaliação dos resultados, os diagnósticos
de enfermagem permitem que os
enfermeiros monitorem e avaliem os
resultados dos cuidados prestados.

27
Em resumo, os diagnósticos de enfermagem são essenciais
para a prática clínica, fornecendo uma estrutura sistemática para
a identificação, tratamento e avaliação dos problemas de saúde
dos pacientes. Eles promovem uma abordagem centrada no
paciente, melhorando a qualidade dos cuidados de enfermagem
e contribuindo para melhores resultados de saúde.

Há 4 tipos de Diagnósticos de Enfermagem de acordo com o


Nanda-I:

FOCO NO PROBLEMA
Uma avaliação clínica que envolve o julgamento sobre uma
resposta humana indesejável diante de uma condição de saúde
ou processo de vida presente em um indivíduo, família, grupo ou
comunidade;

Ao realizar um diagnóstico com foco no problema, é necessário


identificar características definidoras, que consistem em
manifestações, sinais e sintomas agrupados em padrões de
indicadores ou inferências relacionadas. Além disso, são
essenciais os fatores relacionados ou etiológicos, que
referenciam, contribuem ou precedem o problema diagnosticado.

28
PROMOÇÃO DA SAÚDE

É uma avaliação clínica que envolve o julgamento


sobre a motivação e o desejo de melhorar o bem-estar e
alcançar o potencial humano de saúde.

Podem ser aplicadas


independentemente do
estado de saúde.

No caso de pessoas que não conseguem


expressar sua própria disposição de melhorar
seus comportamentos de saúde, cabe ao
enfermeiro identificar a presença de uma
condição favorável à promoção da saúde e agir
em prol do indivíduo.

As respostas relacionadas à promoção da saúde


podem ser observadas tanto em indivíduos como em
famílias, grupos ou comunidades.

29
DIAGNÓSTICO DE RISCO

É julgamento clínico sobre a vulnerabilidade, seja de um


indivíduo, família, grupo ou comunidade em relação ao
desenvolvimento de uma resposta humana indesejável diante
de uma condição de saúde ou processo de vida.
Para a realização de um diagnóstico de risco, é essencial
que este esteja respaldado por fatores de risco que ampliem a
suscetibilidade.

DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME

uma avaliação clínica que envolve o julgamento sobre um


conjunto específico de diagnósticos de enfermagem que
ocorrem de forma simultânea, sendo mais efetivamente
levados em consideração agrupados e por meio de
intervenções aproximadas.

30
DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME

Ao realizar um diagnóstico de síndrome, é necessário que


estejam presentes as seguintes condições: pelo menos dois
diagnósticos de enfermagem devem ser utilizados como
características definidoras, e também devem estar presentes
fatores relacionados.

Cada tipo de diagnóstico fornece uma


perspectiva única sobre as necessidades
de saúde do paciente e orienta os
cuidados de enfermagem apropriados
para cada situação. É importante que os
diagnósticos de enfermagem sejam
precisos, específicos e baseados em
evidências para garantir a melhor
assistência ao paciente.

31
NANDA-I

Estruturas do
Diagnósticos de
Enfermagem

QUAIS AS ESTRUTURAS QUE


COMPOĒM O DIAGNÓSTICO DE
ENFERMAGEM?
32
ESTRUTURA DOS DE

Considerando que o diagnóstico de enfermagem é um


julgamento clínico realizado pelo profissional a respeito
das respostas do paciente a determinadas questões de
saúde, podemos entende-lo como sendo o resultado do
raciocínio diagnóstico deste profissional.

As habilidades de raciocínio clínico e


pensamento crítico associadas à
coleta de dados são essenciais e
permitem ao enfermeiro, inferir seus
julgamentos e traçar metas e
intervenções.

Nesse sentido, o processo de enfermagem


segue de forma contínua e deliberada e, uma
vez realizada a análise e observação dos
achados clínicos, os diagnósticos levantados
deverão ser destacados e documentados.

33
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

Para isso, ao escrever um diagnóstico, o profissional


deve reconhecer que ele geralmente está estruturado em
duas partes: (1) descritor, ou modificador
(2) foco do diagnóstico, ou conceito chave.

O título diagnóstico será composto pelo foco (que


representa qual o conceito relacionado ao indivíduo está
sendo tratado naquele diagnóstico) associado ao
modificador (que representa uma espécie de julgamento
relacionado às condições daquele conceito analisado).

CADA DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM


TEM UM TÍTULO E UMA DEFINIÇÃO

(NANDA-I, 2021)

34
Como exemplo podemos tomar o diagnóstico
“Mobilidade física prejudicada”. Neste caso, o termo
‘Mobilidade física’ representa o foco diagnóstico, o
conceito que está sendo analisado, enquanto a palavra
‘prejudicada’ infere julgamento sobre como está o
conceito analisado naquele paciente.

(NANDA-I, 2021)

Já o diagnóstico “Risco de infecção” tem como foco a


palavra ‘infecção’ e seu modificados é ‘Risco de’.

35
Vale ressaltar que alguns diagnósticos
são compostos apenas por um termo,
como por exemplo o diagnóstico de
“Fadiga” ou “Constipação”, nesses casos
o modificador e o foco são inerentes ao
termo utilizado.

Além do título, os diagnósticos da taxonomia


da NANDA-I possuem uma definição precisa,
necessária para que sejam levantados os
diagnósticos corretos em cada caso, e
indicadores diagnósticos importantes para a
identificação e a distinção entre os
diagnósticos para cada caso.

36
NANDA-I

Indicadores dos
Diagnósticos de
Enfermagem

COMO INDIVIDUALIZAR O
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM?
37
INDICADORES DIAGNÓSTICOS
Os indicadores diagnósticos, são as informações
na qual ajudam na escolha do melhor diagnóstico para o
paciente, o tornando totalmente individualizado, são elas:
características definidoras, fatores relacionados ou de
risco, população em risco e condições associadas.
Informações usadas
para Distinguir um
diagnóstico do outro

CARACTERÍSTICAS
DEFINIDORAS
São sinais, sintomas ou apresentações clínicas observáveis no
paciente e, quando adicionadas ao título diagnóstico conferem-
lhe maior acurácia.

São indicadores/inferências observáveis que se agrupam


como manifestações de um diagnóstico.

38
FATORES
RELACIONADOS

São condições ou fatores antecedentes que predispõem


ao surgimento da resposta observada e abordada
naquele dado diagnóstico.
Podem ser causas diretas ou fatores contribuintes para
a condição observada e devem ser o alvo direto das
intervenções de enfermagem, objetivando extinguir as
causas subjacentes do diagnóstico de enfermagem.

FATORES RISCO

São fatores antecedentes que tornam o indivíduo,


cuidado, família, grupo ou comunidade suscetível ao
surgimento da condição e devem ser citados no título
dos diagnósticos de risco.

39
POPULAÇÃO EM RISCO

Grupos de pessoas que partilham alguma característica e


são suscetível à determinada resposta humana, como:
características demográficas, história de saúde/familiar,
estágios de crescimento/desenvolvimento ou exposição a
determinados eventos/ experiências.

São dados úteis aos enfermeiros na consideração


dos diagnósticos.

CONDIÇÕES ASSOCIADAS

Diagnósticos médicos, lesões, procedimentos,


dispositivos médicos ou agentes farmacêuticos.
*Essas condições não são independentemente
modificáveis pelo enfermeiro.

Podem dar apoio à


precisão nos diagnósticos
de enfermagem.

40
IMPORTANTE

Conforme orienta a NANDA-I, as condições associadas


devem ser evitadas para a formulação de Diagnósticos de
Enfermagem, uma vez que o enfermeiro deve colocar
como fatores relacionados àqueles que eles conseguem
resolver de forma independente.

Tanto a "POPULAÇÃO EM RISCO" quanto as


"CONDIÇÕES ASSOCIADAS" devem ser analisadas
para o enfermeiro com o escopo de apoiar o
diagnóstico de enfermagem, aumentando assim a
acurácia diagnóstica do mesmo.

41
NANDA-I

Componentes
estruturais por
tipo de Diagnóstico
de Enfermagem

QUAL A FORMA DE ESCREVER


UMA AFIRMATIVA DIAGNÓSTICA?
42
COMPONENTES ESTRUTURAIS
POR TIPO DE DIAGNÓSTICO

Para a elaboração dos títulos diagnósticos direcionados ao


caso do paciente assistido, garantir a comunicação efetiva
entre os profissionais de saúde, facilitando a compreensão
das necessidades dos pacientes.

Diagnósticos de Risco, o indicado é que sejam


estruturados da seguinte forma:
(Diagnóstico de enfermagem) + Conforme
evidenciado por + (Fatores de risco).

(NANDA-I, 2021)

Risco de solidão evidenciado pela privação de


sono e isolação social.

43
A elaboração do diagnóstico com foco no problema
consiste no seguinte formato:
(Diagnóstico de enfermagem) + relacionado a +
(causas/fatores relacionados) + caracterizado por
(sintomas/características definidoras).

(NANDA-I, 2021)

Conforto prejudicado relacionado a estímulos


ambientais desagradáveis e controle inadequado
sobre o ambiente caracterizado por ansiedade,
dificuldade de relaxar e fome.

44
(Diagnóstico de enfermagem) + relacionado a +
(causas/fatores relacionados) + caracterizado por
(sintomas/características definidoras).

(NANDA-I, 2021)

Náusea relacionado a ansiedade e estímulos


sensoriais desagradáveis caracterizado por aversão
alimentar, sabor azedo e sensação de engasgo.

45
Para os diagnósticos de promoção da saúde, será
utilizado:
(Diagnóstico de enfermagem) + caracterizado por +
(características definidoras)

(NANDA-I, 2021)

Prontidão para sono melhor caracterizado por


expressar desejo de melhorar o sono-ciclo de
vigília

Esta é considerada uma forma correta de documentação


dos diagnósticos de enfermagem nos prontuários dos
pacientes e também uma forma muito utilizada no processo
de ensino para aprendizagem e avaliação.
Sobre a documentação, segundo a NANDA-I ela pode ser
feita apenas com o diagnósticos desde que os indicadores
estejam descritos no relatório de enfermagem.

46
Para os diagnósticos de síndrome:
(Diagnóstico de enfermagem) + relacionado a
(Fatores relacionados) + caracterizado por (Demais
diagnósticos envolvidos).

(NANDA-I, 2021)

Síndrome de dor crônica relacionado ao distúrbio


do sono medo da dor e o efeito negativo
caracterizado por Fadiga (00093), Insônia (00095),
Ansiedade (00146) e Padrão de sono perturbado
(00198).

47
NANDA-I

Referências

LIVROS, ARTIGOS E
PUBLICAÇÕES UTILIZADAS
48
BARROS, Alba Lucia Bottura Leite. Classificações de diagnóstico e
intervenção de enfermagem: NANDA-NIC. [S. l.], 2009. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ape/a/WWmMHhNDkdzH79LTFdBvCXv/.
Acesso em: 30 jun. 2023.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução COFEN nº


736-2024 - Dispõe sobre a implementação do Processo de Enfermagem
em todo contexto socioambiental onde ocorre o cuidado de
enfermagem. In: Conselho Federal de Enfermagem [legislação na
internet]. Brasília; 2024. [citado 2024 jan 17]. Disponível em:
<http://www.portalcofen.gov>. Acesso em: 02 de fev de 2024.

GALLAGHERILEPAK, Susan; LOPES, Camila Takáo. Fundamentos do


diagnóstico de enfermagem. In: HERDMAN, Heather T.. Diagnósticos de
enfermagem da nanda-I: definições e classificações 2021-202, cap. 5, pg
57, 12ª Edição, publicado em Thieme Medical Publishers, New York,
2021.

HERDMAN, T. Heather; KAMITSURU, Shigemi. Diagnósticos de


enfermagem da NANDA-1. 11. ed. rev. [S. l.]: Artmed, 2018. 1187 p.

49
MATERIAL COMPLEMENTAR

Azevedo, C; Moura, CC; Salgado, PO; Mata, LRF; Domingos, CS; Ercole, FF;
Chianca, TCM e Toledo, LV. Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I®
em pacientes críticos adultos portadores de COVID-19. Disponível em:
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2010/01/SAE-
web.pdf. Acesso em: 11 de jul. 2023 .

Santana, Edileuza T.; Coutinho, Gabriella G.; Silva, Daniel; Bernardes,


Tatielle A. ; Camisasca, Luiza R. ; Araújo, Diego; Gusmão, Ricardo.
Diagnósticos de enfermagem da taxonomia NANDA-I para idosos em
instituição de longa permanência. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ean/a/dc3V6npfLbWYM7xJdmJS9fP/?lang=pt.
Acesso em: 11 de jul. 2023.

HERDMAN, Heather T.. Diagnósticos de enfermagem da nanda-I:


definições e classificados 2018-2020. 11. PORTO ALEGRE: ARTMED,
2018, 462ort p. Disponível em:
https://www.podiatria.com.br/uploads/trabalho/149.pdf. Acessado em:
11 de jul. 2023.

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