APOPTOSE
APOPTOSE
APOPTOSE
Muitas das vezes ouvimos sobre a morte das células presentes no nosso
organismo, realçando que existe vários tipos de morte celular. E nesse trabalho iremos
abordar sobre as principais mortes celulares sendo elas apoptose e a necrose.
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DESENVOLVIMENTO
Nem todas as células morrem por apoptose; portanto, o processo de apoptose
não é sinônimo de morte celular. A morte celular pode ocorrer de várias maneiras, e
uma delas é a apoptose, que é uma morte programada, também tratada como suicídio
celular. Outra maneira muito frequente de morte celular é a necrose. Esta é uma
morte acidental de células animais – processo chamado de necrose celular,
desencadeada após trauma, falta de suprimento sanguíneo, injúria aguda, dentre
outras. As células necrosadas se expandem e sofrem lise, espalhando, assim, seu
conteúdo nas vizinhas e acarretando uma resposta inflamatória, diferentemente da
apoptose.
Mecanismos Apoptóticos
Os mecanismos da apoptose são extremamente complexos e sofisticados,
envolvendo cascatas de eventos moleculares dependentes de energia. Há duas
principais vias de sinalização da apoptose:
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Via Extrínseca
O mecanismo da via extrínseca consiste na indução externa por associação de
outra célula àquela que sofrerá apoptose. Essa interação ocorre por meio de
receptores localizados na membrana celular e proteínas sinalizadoras (ou ligantes).
Tais receptores são homotrímeros pertencentes à superfamília dos receptores de
necrose tumoral (rTNF). Eles são compostos por um domínio extracelular rico em
cisteína, que se associa ao ligante; um domínio transmembrana; e um "domínio de
morte" intracelular, que tem o papel crucial de transmitir a sinalização de morte para
as vias intracelulares. Os ligantes referidos também são homotrímeros e pertencentes
à família TNF de proteínas sinalizadoras.
Via Intrínseca
As vias intrínsecas de sinalização da apoptose envolvem diversos estímulos que
produzem sinais intracelulares iniciados na mitocôndria que irão agir diretamente em
alvos na célula. Esses estímulos podem ser separados em duas principais categorias:
sinais positivos e sinais negativos. Sinais negativos são aqueles que estão relacionados
com a perda da supressão da apoptose e subsequente ativação deste processo, como
a ausência de certos fatores de crescimento, hormônios ou citocinas. Os sinais
positivos são aqueles que induzem a apoptose, como radiação, toxinas, hipóxia,
infecções virais, radicais livres, erros no material genético, etc.
Via perforina-granzima
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Embora linfócitos T citotóxicos (CTLs) sejam capazes de matar células-alvo
ativando a via extrínseca e a interação FasL/FasR seja o principal método de apoptose
induzida por CTLs, existe uma outra via que permite que a apoptose seja ativada.
Via de Execução
Tanto as vias extrínsecas, intrínseca e parte da via perforina-granzina levam à
via de execução, considerada a via final da apoptose. Essa fase é iniciada com a
ativação das caspases executoras (caspase-3,-6,-7), que ativam endonucleases
citoplasmáticas, degradando o material nuclear, e proteases que degradam proteínas
nucleares e citoplasmáticas.
Causas da Apoptose
1. Apoptose por Estímulos Fisiológicos
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A apoptose é um mecanismo útil para manter o equilíbrio interno dos organismos
multicelulares e pode ocorrer fisiologicamente em humanos em alguns casos, como:
Nas células fibrosas que darão origem ao cristalino. Essas células sofrerão
apoptose nuclear (apenas o núcleo é destruído), enquanto o citoplasma
permanece intacto.
2. Apoptose por Causas Patológicas
Indução à apoptose por lesão do material genético celular,[8] que pode ser causada
por estímulos radioativos, químicos ou virais. Quando a lesão causada ao DNA é
maior que a capacidade da célula de revertê-la, é mais seguro para o organismo
que o programa de morte celular seja ativado, já que a multiplicação de uma célula
mutante pode dar origem a neoplasias.
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Mudanças Morfológicas na Célula Apoptótica
Algumas mudanças só podem ser vistas quando a célula é analisada em
microscopia eletrônica, mas, de maneira geral, os fenômenos que culminam com a
morte celular programada são:
Funções
A apoptose é responsável, por exemplo, por delinear nosso desenho anatômico
durante o desenvolvimento intrauterino. Especialmente nesse caso é interessante o
fato de não haver resposta inflamatória, pois como o corpo da mãe está trabalhando
sob condições de imunossupressão – a fim de não expulsar o corpo estranho que se
instalou no endométrio, gerar a ação do sistema imune para responder a fatores pró-
inflamatórios poderia acarretar em perda do embrião ou feto.
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Durante o desenvolvimento, a apoptose pode realizar algumas funções básicas,
como: esculpir e eliminar estruturas, regular a quantidade de células e eliminar células
defeituosas.
Esculpir estruturas
A apoptose tem papel fundamental na organogênese e no remodelamento de
tecidos. Abaixo estão alguns exemplos desta função da apoptose:
Formação de dígitos
Durante o desenvolvimento de camundongos, os dígitos já começam a se formar
unidos por meio de membranas interdigitais. Essas membranas são, então,
gradualmente eliminadas ao longo dos estágios seguintes. [13] Contudo, em
camundongos knock-out para o gene da proteína Bak, as membranas interdigitais
foram mantidas em todas as patas na fase adulta, [14] revelando a necessidade da
apoptose no processo de formação dos dígitos livres.
Modelamento de órgãos
A apoptose também auxilia no modelamento de outros órgãos durante o
desenvolvimento, como a orelha interna e o coração, por exemplo. No caso do
desenvolvimento da orelha interna de galinha, é sugerido que a apoptose ajuda, não
somente na formação do padrão celular de células ciliadas e de células de suporte,
como também na formação do labirinto, durante os estágios iniciais do
desenvolvimento. Quanto ao coração, a apoptose auxilia na regulação do tamanho e
da forma da almofada cardíaca no embrião, sendo importante, junto com os processos
de proliferação e diferenciação celular, para a formação das câmaras do coração.
Eliminação de estruturas
Ao longo do desenvolvimento, várias estruturas temporárias são formadas e
depois eliminadas por meio de apoptose quando não mais necessárias, como
estruturas juvenis ou estruturas restritas a apenas um dos sexos. Um exemplo clássico
desse processo ocorre durante a metamorfose de sapos, evento em que há aumento
na taxa do hormônio tiroxina (T3), estimulando a apoptose nas células da cauda e,
consequentemente, ajudando na reabsorção da estrutura. Pode-se citar também a
metamorfose em insetos, evento em que há eliminação de grande parte dos tecidos
larvais – como as glândulas salivares, o trato digestivo e o sistema nervoso, por meio
de apoptose regulada por esteroides, para dar lugar aos tecidos adultos. Outro
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exemplo da apoptose sendo empregada na eliminação de estruturas envolve os ductos
de Müller e os ductos de Wolff. O primeiro é responsável pela formação dos ovidutos e
do útero em fêmeas, sendo, portanto, eliminados em machos, enquanto que o
segundo forma o ducto deferente, o epidídimo e a vesícula seminal em machos, sendo,
portanto, degenerados em fêmeas.
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por apoptose (no caso, aquelas menos afetadas pela limitação de suprimento
sanguíneo).
Apoptose reduzida
O processo de morte celular controlada é importante para eliminar células
velhas, danificadas ou que apresentem riscos ao sistema corporal como um todo.
Apesar de seus malefícios quando acionado demasiadamente, a falta deste mecanismo
biológico também traz sérias consequências.
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estes linfócitos que atacam o próprio sistema. Todavia, caso haja intercorrências na
morte celular, os linfócitos defeituosos passarão por um amadurecimento inadequado
no timo, já que não serão eliminados e, consequentemente, trarão injúrias ao
organismo. O mecanismo de apoptose inibida, neste caso, relaciona-se com mutações
em genes que codificam a proteína Fas ou o ligante Fas.
Por fim, alguns tipos de vírus desenvolveram estratégias para evitar a apoptose
nas células infectadas. Por exemplo, o vírus da varíola bovina consegue inibir
a ICE (enzima conversora de interleucina-1), que é um tipo de caspase. Há patógenos
que codificam proteínas semelhantes ao Bcl2 ou que elevam a sua expressão como
inibidores de apoptose (vírus Epstein-Barr e o da peste suína africana).
Possíveis Aplicações
A apoptose possui potencial uso terapêutico, pois sua modulação pode ser
utilizada para tratamento de doenças. Diversos estudos nesse sentido buscam
alternativas para atuar em problemas como o câncer, usando também outras
ferramentas biológicas como micro-RNAs. Acredita-se que eles estejam relacionados
com uma modulação negativa da sensibilidade às drogas pelas células de mieloma
múltiplo.
Micro-RNAs são pequenas moléculas de RNA não codificantes que têm papel na
regulação pós-transcricional de alguns genes humanos, como oncogenes e supressores
de tumor (essa regulação pode ter caráter positivo ou negativo). Eles também podem
regular a resposta de células tumorais da modulação dos processos de apoptose, anti-
apoptose ou de vias proliferativas.
NECROSE
A necrose é um tipo de morte celular no organismo vivo, onde as células
sofrem um insulto que resulta no aumento do volume celular, agregação da cromatina,
desorganização do citoplasma e consequentemente ruptura celular.
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da cromatina), cariólise (digestão da cromatina, observando a ausência dos núcleos
nas células) e cariorrexe (dispersão do núcleo no citoplasma).
CAUSAS DA NECROSE
Podemos dividir as causas em agentes físicos, agentes químicos e agentes
biológicos que alterem as funções vitais da célula. Os agentes físicos estão
relacionados a trauma mecânico, variações de temperatura, variações de pressão
atmosférica, radiação e choque elétrico.
Os agentes químicos são drogas que podem gerar lesão celular, como formol,
fenol, os acais e entre outros.
A causa mais comum relacionada aos agentes biológicos é a toxina tetânica que
atua no sistema nervoso central e a aflotoxina produzida pelo fungo Aspergillus,
levando à necrose hepática. Todos esses agentes participam das alterações na
mitocôndria, membranas celulares, na síntese proteica e no processo de manutenção
da integridade do DNA.
O aspecto morfológico da necrose vai depender do tipo de tecido e do fator
etiológico atingido. Eles irão determinar os mecanismos que causam a morte celular,
levando ao organismo produzir uma inflamação e eliminando o tecido necrótico, o
substituindo por tecido fibroso. Necroso por coagulação O processo de coagulação é o
resultado da transformação do estado sólido coloidal das proteínas celulares em um
estado mais sólido. Com isso haverá desnaturação das proteínas, com inativação das
enzimas proteolíticas, tornando o tecido firme, pálido e ressecado.
É característico da morte celular decorrente de hipóxia das células, como o que
ocorre no infarto agudo do miocárdio.
Tipos de necrose
Os tipos de necrose variam de acordo com a causa e a localização da lesão:
1. Necrose caseosa: Este tipo de necrose pode surgir em casos de infecções
causadas por bactérias ou fungos, como acontece na tuberculose, sífilis e
histoplasmose, que é uma infecção causada por fungos transmitidos principalmente
por pombos e morcegos. Conheça mais sobre a histoplasmose.
2. Necrose de coagulação: A necrose de coagulação acontece quando a
circulação de sangue para as células diminui, podendo surgir em qualquer parte do
corpo, exceto no cérebro, e sendo causada por condições como aterosclerose, infarto,
hérnias, tumor e coágulos de sangue.
3. Necrose liquefativa: Nesse tipo de necrose, as células danificadas perdem a
sua estrutura, ficando em estado líquido e formando um pus. A necrose liquefativa
acontece principalmente no cérebro e na medula espinhal, podendo ser causada por
bactérias, fungos, vírus ou parasitas. Além disso, a necrose liquefativa também pode
ser causada por um AVC, causando a morte de tecidos no cérebro.
4. Necrose pulpar: A necrose pulpar acontece quando as células da polpa, ou
carne, de dentro do dente morrem. Este tipo de necrose pode ser causado por
situações como cárie, dente rachado, procedimentos mal feitos, traumas ou desgaste
do esmalte dos dentes.
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5. Necrose gangrenosa: A necrose gangrenosa, conhecida como gangrena,
pode surgir devido a falta de oxigenação nas células ou causada por uma infecção
bacteriana, atingindo principalmente a pele, os pulmões e o intestino. Conheça mais
sobre a necrose gangrenosa. Esse tipo de necrose é classificado em gangrena seca, que
causa a perda de água nas extremidades do corpo, deixando os tecidos escuros e com
coloração escura; úmida, quando as células são danificadas por bactérias,
apodrecendo e amolecendo os tecidos; e gasosa, causada por bactérias que danificam
os músculos, liberando gases no organismo.
6. Necrose gordurosa: Nesse tipo de necrose, a morte do tecido adiposo
acontece devido a uma lesão ou perda de circulação de sangue, podendo ser causado
por um trauma ou complicação de cirurgias. A necrose gordurosa pode surgir
principalmente em pessoas com seios, pessoas com mais de 50 anos ou que passaram
por cirurgias de enxerto de gordura nas mamas.
7. Necrose fibrinóide Este tipo de necrose acontece na parte interna dos vasos
sanguíneos, podendo surgir como consequência de uma doença ou ser causada por
infecções de vírus ou bactérias.
8. Necrose tubular aguda A necrose tubular aguda é uma condição que causa
falta de oxigênio e baixo fluxo de sangue para os rins, danificando-os. Este tipo de
necrose pode ser causado por situações como AVC e infarto, ou ainda pelo uso de
contraste, anestésicos ou antibióticos.
Como é feito o diagnóstico A necrose deve ser diagnosticada por um clínico
geral que vai avaliar os sinais e sintomas apresentados e o histórico de saúde da
pessoa.
necrose são hérnias, tumor, doenças no fígado ou o uso de contraste, anestesia
ou antibióticos.
Diferença entre necrose e apoptose
A apoptose é um processo saudável e normal no qual as células com defeitos e
sem finalidade morrem para equilibrar as funções e a saúde do corpo. A apoptose
raramente precisa ser tratada. Já na necrose, a morte das células é causada por
doenças, infecções e outras condições que causam danos, impedindo o funcionamento
adequado das células.
A necrose muitas vezes precisa ser tratada devido ao risco de complicações
como a sepse, uma resposta exagerada do organismo a uma infecção, alterando as
funções normais do corpo.
TRATAMENTO
O tratamento da necrose deve ser recomendado por um médico e varia conforme
a causa dessa condição, como indicado a seguir:
Necrose liquefativa, caseosa e gangrenosa: o médico geralmente indica o uso
de antibióticos. Além disso, a drenagem do pus, a amputação e o
desbridamento também podem ser indicados;
Necrose tubular aguda: o uso de medicamentos diuréticos e para controle de
potássio no organismo podem ser indicados. Além disso, a diálise também
pode ser recomendada
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Necrose de coagulação: o tratamento tem o objetivo de prevenir complicações
e melhorar as funções dos órgãos, podendo ser indicados remédios para
controlar a pressão arterial, baixar o colesterol e evitar coágulos;
Necrose gordurosa: geralmente o tratamento indicado inclui a aspiração para
drenar os nódulos, biópsia por agulha ou por corte;
Necrose pulpar: o tratamento é geralmente feito com o uso de antibióticos ou
tratamento de canal, que é um procedimento no qual o dentista limpa e
desinfeta os canais dentro da raiz do dente, removendo a sua polpa.
Nos casos mais graves em que o tratamento de canal não é indicado, a extração
dentária deve ser realizada. Além disso, o médico também poderá recomendar
algumas mudanças no estilo de vida, como controlar a diabetes, manter uma
alimentação saudável, diminuir o estresse, manter o peso adequado e parar de fumar.
COMPLICAÇÕES
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CONCLUSÃO
Tendo em conta as pesquisas feitas concluímos que nem todas as células
morrem por apoptose; portanto, o processo de apoptose não é apenas sinonimo de
morte celular, apoptose é um mecanismo útil para manter o equilíbrio interno dos
organismos multicelulares e pode ocorrer fisiologicamente em humanos, Já na
necrose, a morte das células é causada por doenças, infecções e outras condições que
causam danos, impedindo o funcionamento adequado das células.
A necrose muitas vezes precisa ser tratada devido ao risco de complicações
como a sepse, uma resposta exagerada do organismo a uma infeção, alterando as
funções normais do corpo.
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