Psicologia Social e Saúde

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Psicologia Social e Saúde

Apresentação

A psicologia da saúde reconheceu, desde sempre, a importância das relações sociais na saúde.
Todavia, falta os conhecimentos sobre os processos de interação social, de funcionamento dos
grupos ou de influência social, para poder intervir de forma eficaz neste domínio. É essa lacuna que
a psicologia social da Saúde procura preencher. Parte-se do modelo biopsicossocial, reconhecendo
o papel ativo do indivíduo no processo de resposta à doença, mas vai além dele, uma vez que
aborda o indivíduo como ser social, que, em interação com outros, dá sentido ao seu estado de
saúde, toma decisões acerca da doença e vive os problemas do seu corpo.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre o campo da psicologia social que atua
sobre a saúde e compreender como podem ser desenvolvidas práticas em políticas de ação e
prevenção, visando à promoção da saúde.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Relacionar a psicologia social e saúde coletiva.


• Reconhecer o papel da psicologia social nas políticas de ação em saúde, prevenção de doenças
e promoção de saúde.
• Analisar a importância da criação do modelo psicologia social da saúde crítica.
Desafio

A psicologia da saúde crítica objetiva analisar como o poder, os processos macrossociais e


econômicos influenciam e/ou estruturam a saúde, a atenção à saúde, a psicologia da saúde e a
sociedade como um todo. Defende a liberdade de pensamento e é consciente da interdependência
dos seres humanos como agentes sociais. Seu contexto de estudo é a sociedade como um todo, as
políticas públicas e as relações de mercado. Essa abordagem faz uso de análise teórica, pensamento
crítico, ação social e política, foca a promoção da saúde como principal estratégia. Utilizando esse
conceito, observe a situação descrita a seguir:

Imagine que você foi contratado para trabalhar em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e,
no seu primeiro dia, o gerente da UPA lhe chama para conversar e expõe uma demanda que tem
observado: o grande número de jovens que têm procurado a UPA, nos finais de semana, em virtude
do uso abusivo de álcool. São jovens entre 15 e 20 anos de idade, muitas delas, inclusive,
acompanhadas dos pais.

Faça um análise da situação apresentada e realize uma proposta de intervenção.


Infográfico

No infográfico, você vai estudar sobre as diferenças e atuação do psicólogo nos campos da
promoção, prevenção e atenção em saúde.
Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
conteúdo ou clique no
código para acessar.
Conteúdo do Livro

A constituição da psicologia como campo de conhecimento e profissão faz-se no entrelaçamento


de diversos saberes e acontecimentos de ordem social, política e econômica, como bem demonstra
a história da psicologia. Cruzamentos estes que foram produzindo diversos desdobramentos,
gerando multiplicidade em termos de teorias e de práticas, na tentativa de dar conta das diferentes
demandas cotidianas (Saldanha, 2004).

A psicologia, embora intimamente relacionada ao conceito de saúde (definida pela Organização


Mundial de Saúde como bem-estar físico, mental e social), como disciplina, chega tardiamente à
área da saúde. O desenvolvimento da psicologia da saúde estimulou o trabalho do psicólogo no
âmbito da prevenção e da promoção da saúde, assim como sua participação em equipes
interdisciplinares, tanto em instituições de saúde quanto em sua atuação no trabalho comunitário,
tornando-se um espaço importante de prevenção e promoção de saúde.

Faça a leitura do capítulo Psicologia social e saúde, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Nele, você se aprofundará no universo de psicologia social e sua relação com a saúde.

Boa leitura.
PSICOLOGIA
SOCIAL
Daiane Duarte Lopes
Psicologia social e saúde
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Contextualizar psicologia social e saúde coletiva.


„„ Compreender o papel da psicologia social nas políticas de ação em
saúde, prevenção de doenças e promoção da saúde.
„„ Analisar a importância da criação do modelo de psicologia social da
saúde crítica.

Introdução
A psicologia sempre reconheceu a importância das relações sociais na
saúde. No entanto, a ela faltam os conhecimentos sobre os processos de
interação social, de funcionamento dos grupos ou de influência social para
poder intervir de forma eficaz neste domínio. É esta lacuna que a psicologia
social da saúde procura preencher. Ela parte do modelo biopsicossocial,
reconhecendo o papel ativo do indivíduo no processo de resposta à do-
ença, mas vai além dele, uma vez que aborda o indivíduo como ser social,
que, em interação com outros, dá sentido ao seu estado de saúde, toma
decisões acerca da doença e vive os problemas do seu corpo.
A psicologia social pode ser flexível em sua diversidade de possibili-
dades, e a sua atuação se constitui em torno da promoção e ampliação
das potencialidades de ser e existir em cada sujeito como ser social.
Neste capítulo, você vai estudar sobre o campo da psicologia social que
atua sobre a saúde e vai compreender como podem ser desenvolvidas
práticas em políticas de ação e prevenção visando à promoção da saúde.

Psicologia social e saúde coletiva


Ao compreendermos a amplitude subjetiva de cada sujeito em sua constituição
social, podemos perceber o contexto no qual está inserido, como produtor
de construções representativas do universo interior de cada um. Ou seja, a
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criação e a conservação de sintomas falam sobre a saúde coletiva disponi-


bilizando perspectivamente o sentido de comunidade. As atividades da vida
cotidiana, executadas de maneira consciente, direcionam tanto a formação do
sujeito na sociedade quanto a própria sociedade em seu trajeto constitutivo
(VYGOTSKY, 1998).
Assim, podemos entender que a saúde carrega consigo as marcas dos
modos de viver, da história, das crenças e das ideologias de cada comunidade,
produzindo e replicando memória por meio da cotidianidade e na cotidianidade
(LUKÁCS, 1978). E assim entendemos a saúde como originária de um ensaio
dialético no qual os sujeitos configuram e reconfiguram suas condições de
viver e a si mesmos em um ciclo constante e permanente.
Em um ir e vir constante na autocriação individual e coletiva, a saúde
coletiva é um “vir a ser”. O conceito de “vir a ser” ou Devir, como usado por
diversos autores, dentre os quais estão Platão, Heráclito e Nietzsche, tem sua
origem do latim devenire, que significa chegar e expressa uma construção
constante, um “se tornar” permanente e inerente ao viver de cada sujeito. Saúde
coletiva pode ser compreendida como um infinito devir, no qual somente a
mudança e a transformação são permanentes.

Devir é, a partir das formas que se tem, do sujeito que se é dos órgãos
que se possui ou das funções que se preenche, extrair partículas, entre
as quais instauramos relações de movimento e repouso, de velocidade
e lentidão, as mais próximas daquilo que estamos em vias de tornar-
mos, e através das quais nos tornamos. É nesse sentido que o devir é o
processo do desejo. Esse princípio de proximidade ou de aproximação
é inteiramente particular, e não reintroduz analogia alguma. Ele indica o
mais rigorosamente possível uma zona de vizinhança ou de co-presença
de uma partícula quando entra nessa zona. Ele é da ordem da aliança
(DELEUZE; GUATTARI, 1997, p.18-19).

Devir é movimento de compor nos corpos o inusitado a partir do encontro


com o outro, definindo em cada sujeito uma lista de afetos e devires em uma
multiplicidade de acontecimentos que nunca cessam. Assim, todo devir se
dá no encontro e no acaso (DELEUZE; GUATTARI, 1997). A psicologia
social entende a saúde em sua multiplicidade subjetiva, na qual reflete a vida
cotidiana, influente e influenciada pelo coletivo. E considera, por meio da
análise dos modos de viver, o que pode ser refletido na doença e na morte de
cada sujeito, o que é possível identificar por meio da saúde e do adoecimento
dos sujeitos sua qualidade de vida, como exemplificado na Figura 1.
Psicologia social e saúde 3

Figura 1. O homem é definido por sua qualidade de vida.


Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.com.

A saúde coletiva significa os modos de viver conforme a cultura e o tempo


histórico e leva em conta as particularidades de cada comunidade. É planejada
e estruturada dentro do sistema de saúde de cada região. Assim, no Brasil,
como política pública de saúde e política de inclusão social, temos o sistema
único de saúde (SUS), construído pela constituição vigente desde 1988, como
um direito de todos os cidadãos que deve ser garantido pelo poder público, o
estado. O SUS surgiu de um movimento social que visava a redemocratização
do país nos anos 1980, com base política e pública, garantindo a cidadania e
a universalidade de acesso aos serviços de saúde e priorizando a prevenção e
promoção de saúde (BRASIL, 1990).
A psicologia social convoca a saúde coletiva a se conectar de maneira
mais fluídica com a cultura local, na busca pelo protagonismo de cada sujeito,
encerrando a distinção entre corpo biológico/corpo emocional/corpo social,
pois entende a existência de uma colagem entre os diversos aspectos do ser.
A compreensão do mundo parte da compreensão e do conhecimento acerca
de si mesmo do lugar que o sujeito ocupa.
4 Psicologia social e saúde

Dessa maneira, podemos pensar o termo “saúde coletiva”, em sua integralidade


de significâncias e significados, pois, ao refletirmos sobre saúde de forma mais
aprofundada, podemos costurar ao termo a ideia de global, integral, público, grupal
e comunitário. Saúde coletiva sob a ótica da psicologia social é resistência, empo-
deramento sobre si e sobre o espaço que ocupa, em uma luta por pertencimento
sobre si em toda a integralidade implicada ao ser e sobre o lugar que habita, com
os recursos disponíveis e sua construção social, objetivando a promoção da saúde.

O filme em forma de documentário Políticas de saúde no Brasil, com roteiro e direção


de Renato Tapajós, traça uma narrativa ficcional, mas com material de arquivo, sobre a
trajetória da construção do SUS, com a sua história de lutas e construção de identidades
sociais.

Psicologia social, políticas de ação em saúde e


promoção da saúde
Questões socioeconômicas, cultura, hábitos, rituais, crenças entre outras carac-
terísticas específicas de cada comunidade constituem a experiência cotidiana
em saúde coletiva, ao mesmo tempo em que é objeto de ocupação e estudo
da psicologia social. As políticas de ação e promoção em saúde estão atentas
às dimensões e experiências emergentes das comunidades, pois necessitam
das suas significações e contornos para determinar e direcionar suas práticas.
Considerando a pluralidade cultural de cada região, o cenário de atenção
em saúde se desenvolve no Brasil. Assim, nesse contexto, as condutas da
psicologia social seguem no sentido de acolher as demandas e convergências
provenientes de cada coletivo, a fim de garantir o efetivo acesso a universa-
lidade, integralidade e ampla assistência aos sujeitos.
Buscando contemplar integralmente as práticas em políticas de ação e promoção
em saúde, a psicologia social se mantém aberta, disponibilizando seu saber e fazer
a agregação de diferentes ângulos de atuação. Ou seja, se aliando à interdisciplina-
ridade, por meio do intercambio de conhecimentos, buscando soluções conjuntas
com as demais áreas da ciência que se disponibilizem a atuar com o social, dentre
elas: assistência social, enfermagem, medicina, educação, entre outras.
A psicologia social entende a necessidade de uma articulação intersetorial
para a compreensão dos contextos e sujeitos em sua subjetividade. Conceitos
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psicossocioculturais, que aliam características individuais, sociais e contex-


tuais, estão presentes costurados aos processos de adoecimento e necessitam
de uma ampla atenção, para conter agravos e delinear estratégias de contenção
e prevenção em saúde.
Dessa maneira, ao cuidado e atenção integral, se aderem o mapeamento das
questões que exigem uma amplitude de olhar sobre a comunidade e a organização
dos setores, objetivando o alcance das prioridades de ação tanto no âmbito indi-
vidual quanto no coletivo e ainda na estruturação de instâncias educacionais que
promovam a prevenção em saúde. Assim identificamos na prevenção o sentido
de se antecipar, visualizar antes, identificar previamente, por isso a importância
de ações conjuntas por meio de espaços de escuta e atenção, para que por meio da
prevenção possa ser possível se estruturar um caminho para a promoção em saúde.
Conforme Arendt (1999), ser ouvido e integralmente visto pelo outro
possibilita tanto uma expansão no alcance do olhar sobre si próprio como
uma variedade de ângulos de compreensão. Quando a cada sujeito é possível
ser visto por uma multiplicidade de olhares, é possível ser, sem alteração da
identidade, permitindo se manifestar de forma integral e real.
Por isso, ao pensarmos sobre atenção, prevenção e promoção de saúde,
precisamos atentar para a vinculação entre os serviços e os sujeitos. Pois é
na corresponsabilidade que se pode atuar efetivamente e integralmente sobre
as prioridades. E é por meio da interdisciplinaridade que se torna possível
entender cada sujeito, assim como sua comunidade, acolhendo a complexidade
de suas demandas de maneira global e em absoluto.

No livro Saber cuidar, do escritor Leonardo Boff (1999), você pode se inspirar sobre o sentido
mais profundo de escutar, olhar e compreender o outro em sua essência e integralidade.
O livro convoca uma postura ética em valores e atitudes a todo e qualquer ser existente
no planeta, além de promover uma postura mais humilde e humana perante o próximo.

Psicologia social da saúde crítica


À denominação “psicologia social da saúde” se atribui uma conjunção entre
educação e condutas profissionais e científicas, com o objetivo de atuar sobre a
identificação de disfunções, promoção e prevenção em saúde, além de propor
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uma análise, buscando o melhoramento do sistema de atuação, bem como a


condução da formação de políticas em saúde (MATARAZZO, 1982).
A psicologia social da saúde crítica é um movimento que relaciona a intera-
ção entre os aspectos emocionais, comportamentais e contextuais conectados
às doenças e à saúde dos sujeitos, disponibilizando a atuação do psicólogo
social, assim como os demais membros da equipe de saúde, como agentes
facilitadores da transformação social. Para tanto, a psicologia social da saúde
crítica enfatiza o papel ético e político do fazer em psicologia social da saúde.
Associando conceitos de diferentes abordagens da psicologia, a psicologia
social da saúde crítica visa a traçar um esquema de intervenção que tenha
melhor alcance nos âmbitos individuais, grupais e na coletividade. Tal mo-
vimentação procura atingir além da reabilitação e tratamento de doenças,
investindo sobre a qualidade de vida dos sujeitos.
A psicologia social da saúde crítica se movimenta no sentido de escapar
do dualismo saúde/doença previamente colocado pela psicologia social da
saúde que tendia a focar suas práticas sobre as mudanças de comportamento.
Buscando promover a educação do sujeito a cerca de si e do meio em que habita.
Como estudado por Freire (1983) o mundo ao qual cada sujeito está inserido,
está intimamente relacionado com a consciência. Ou seja, a consciência que cada
sujeito tem sobre si e seu mundo vai refletir sobre suas escolhas e atitudes. Para isso,
é necessário que haja uma plena concepção de que cada consciência possui níveis
diferentes e tempos diferentes em cada sujeito. Dessa maneira, não é possível atingir
mudanças profundas e permanentes se não partirem da consciência de cada sujeito.
Exige-se da psicologia social da saúde crítica um posicionamento aberto e
humilde frente aos sujeitos, promovendo espaço para discussões, possibilitando
a criação de novas perspectivas e condutas éticas, disponibilizando-se como
agente social, mas também de ser humano para ser humano, igual e plural,
questionador, problematizador e empático.
A psicologia social da saúde crítica se movimenta por meio da conscien-
tização, em uma proposta dialógica, pela qual a atuação é, ela própria, uma
avaliação, traçando e refazendo estratégias de acordo com as mudanças das
demandas. Sempre buscando ser e estar o mais acessível e compreensível
possível, tanto para os que estiverem disponíveis, quanto para os excluídos,
como argumenta Guareschi (1998). Assim, os sujeitos que buscam atenção em
saúde são tão investigadores quanto o agente social de saúde atuante. Nesse
sentido, a visão de mundo do sujeito, sua consciência crítica, vai auxiliar
no engajamento sobre sua promoção e qualidade de vida, assim como em
melhorias e transformações na sua comunidade e sociedade.
Psicologia social e saúde 7

Para exemplificar a prática da psicologia social da saúde crítica, podemos usar como
analogia o ato de pensar. Pensar é sempre uma soma, uma união entre conhecimentos
prévios sobre fatos e realidades, articulados em meio a projeções e análises do presente
com relação ao futuro. Assim, a atuação em psicologia da saúde crítica articula uma costura
entre os mais variados conhecimentos, associados entre as interdisciplinas em busca de uma
transdisciplinaridade, em que os organismos de saberes e conhecimentos se conectam
em suas semelhanças e diferenças, mas considerando o todo como produtor de potências.

ARENDT H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitaria, 1999.


BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano & compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999.
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços corres-
pondentes e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm>. Acesso em: 09 ago. 2017.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro:
Editora 34, 1997. v. 4.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
GUARESCHI P. A. Ética. In: JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia social contemporânea.
Petrópolis: Vozes, 1998.
HELLER, A. O cotidiano e a história. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
JAPIASSU, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. São Paulo: Zahar, 1993.
LUKÁCS, G. As bases ontológicas do pensamento e da atividade do homem. São Paulo:
Ciências Humanas, 1978. (Temas de ciências humanas, n. 4).
MATARAZZO, J. D. Behavioural health’s challenge to academic, scientific and profes-
sional psychology. Americam Psychologist, v. 37, p. 1-14, 1982.
SPINK, M. J. Psicologia social e saúde. Petrópolis: Vozes, 2003.
VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Dica do Professor

No vídeo desta unidade, você vai conhecer o trabalho do psicólogo no Sistema Único de Saúde
(SUS), principalmente na atenção básica.

Assista!

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Exercícios

1) O que a saúde coletiva visa a significar?

A) Um meio de atender todos, em todas as regiões de forma igual.

B) Os modos de viver conforme a cultura e o tempo histórico, e leva em conta as


particularidades de cada comunidade.

C) Prevenção de doenças, mediante distribuição de vacinas.

D) Atendimentos nas unidades de saúde.

E) Atendimento médico especializado.

2) O que é saúde coletiva sob a ótica da psicologia social?

A) Disponibilização local para atendimento médico.

B) Empoderamento sobre si, mas não sobre o espaço que ocupa.

C) Uma luta por pertencimento sobre si em toda a integralidade implicada ao ser e sobre o lugar
que habita.

D) Uma organização social conforme preceitos preestabelecidos.

E) Uma técnica.

3) Como a interdisciplinaridade contribui para as políticas de prevenção e promoção em saúde?

A) Tornando possível entender cada sujeito, assim como sua comunidade, acolhendo a
complexidade de suas demandas, de maneira global e em absoluto.

B) Possibilitando que cada setor atenda individualmente, sem se comunicar.

C) Possibilitando a organização da fila de atendimentos.

D) Disponibilizando-se a entender o que a equipe médica quer para o paciente.


E) Atendendo o que a gestão pública disponibiliza para o paciente.

4) Segundo o capítulo estudado, o que seria a psicologia social crítica?

A) Uma teoria.

B) Um método a ser estudado.

C) Uma demanda à qual as unidades de saúde não aderem.

D) Uma forma de gestão.

E) Um movimento que relaciona a interação entre os aspectos emocionais, comportamentais e


contextuais conectados às doenças e à saúde dos sujeitos.

5) Para a psicologia social da saúde crítica, de que maneira o sujeito está implicado?

A) Conforme o investimento material que possui.

B) Está condicionado ao modo de viver e morrer, não podendo atuar sobre uma possível
mudança.

C) Não tem conhecimento para gerir sua saúde.

D) A visão de mundo do sujeito e sua consciência crítica auxiliarão no engajamento sobre sua
promoção e qualidade de vida, assim como em melhorias e transformações na sua
comunidade e sociedade.

E) Limitado pela gestão pública.


Na prática

Jonas, 16 anos, e Janete, 30 anos, procuram a unidade de saúde para conversar com a assistente
social e a psicóloga. Janete está com dificuldades em relação ao seu filho Jonas, pois ele soube, hà
poucos meses, que tem diabetes e precisará reorganizar sua alimentação e tomar insulina durante
toda sua vida. Janete relata que Jonas não tem tomado a insulina e recusa-se a seguir a prescrição
da nutricionista sobre sua alimentação. Na última semana, chamaram Janete na escola, pois Jonas
foi pego bebendo e fumando com os amigos. Janete está preocupa com o filho, pois tem medo que
sua saúde piore e que ele acabe por ser hospitalizado novamente.

Foi por meio de uma internação após um desmaio que Jonas foi diagnosticado com a doença. A
assistente social pergunta a Jonas como era sua alimentação antes de saber que estava doente.
Jonas conta que prefere comer lanches e adora refrigerante.

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Saiba mais

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Psicologia social da saúde: tornamo-nos eternamente


responsáveis por aqueles que cativamos

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A interface da psicologia social e saúde: perspectivas e desafios

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Psicologia da saúde crítica: breve revisão e perspectiva


existencialista

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