MODULAÇÃO...terminada

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INTRODUÇÃO A MODULAÇÃO

Para que se ouça uma tonalidade, é necessário que a Tônica seja


estabelecida como ponto de partida e ponto de chegada; para que se
entenda este acorde como Tônica, é preciso comparar estes pontos com
os de contraste ou de conflito, representados pelas funções de
Dominante e de Subdominante. Durante o percurso, podem acontecer
situações que apresentem outras Dominantes de passagem, cujas
resoluções se relacionam à Tônica e por isso não saem da tonalidade
principal, pois elas tonicalizam os acordes diatônico da tonalidade
principal... São as chamadas Dominantes Individuais.
A impressão temporária de uma nova tonalidade conseguida através das
Dominantes individuais pode ser ampliada em dimensão e tempo com o
conceito de regiões tonais. É quando se considera a MODULAÇÃO.
A prática da tonalidade desenvolveu vários tipos de Modulação, como
veremos a seguir.
Conforme o tipo de modulação empregada haverá a possibilidade de se
modular para tonalidades que estão mais próximas ou mais distantes no
círculo das quintas.

MODULAÇÃO

MODULAÇÃO – é a mudança de um tom para outro durante um trecho


musical.
Quase sempre o trecho que modula termina no tom original, e raramente
num tom diferente.
Quando um trecho musical não tem modulação, chama-se Unitônico
(monotonalidade).
Quando um trecho musical tem modulação, chama-se Modulante.

Pode-se modula para os tons vizinhos e os tons afastados.

A música tonal tem como uma das suas maiores características a


utilização de um centro tonal, a tônica, que define um ponto de
referência sonora para o ouvinte. No entanto, um dos aspectos mais
enriquecedores do sistema tonal é justamente o fato que propõe a
troca, ou mudança de centro tonal dentro de uma mesma peça ou
obra musical. Por exemplo, se ouvirmos uma peça que tem DÓ maior
como sua tônica, a peça iniciará e terminará em DÓ maior, e teremos a
impressão de encontrar um ponto de apoio e de referência (tonal) para
toda a peça independentemente de sua duração. Mas dentro desta
tonalidade de DÓ maior, ou monotonalidade como chama Schoenberg,
podemos encontrar outras áreas (regiões) tonais, por exemplo, um
trecho em sol maior. Estas áreas tonais geralmente são referidas como
regiões tonais. Assim, uma região tonal pode ser definida como uma
passagem que apresenta uma outra tendência tonal que não a da tônica.
O conceito de região tonal é útil para o entendimento do aspecto da
tonalidade que lida com desvios tonais a partir da tônica. Portanto,
quando tivermos pequenas passagens que claramente apresentam outra
tendência tonal, vamos nos referir a esta passagem como estando em
outra região tonal.

PORTANTO, TEMOS 3 NÍVEIS DE ENTENDIMENTO EM RELAÇÃO À


TROCA DE CENTRO TONAL:

1. Um nível local em que um acorde é tonicalizado.


2. Um nível um pouco maior e mais longo, onde um trecho é
apresentado com outra tendência tonal (região).
3. Um nível mais duradouro quando de fato ocorre a mudança de tônica
(modulação com troca de tônica).

RELAÇÃO ENTRE TONALIDADES

Devemos considerar as várias possibilidades de relação entre duas


tonalidades, ou tônicas.

Em primeiro lugar, as relações tonais onde não existe uma troca de


tônica apesar de serem tonalidades com nomes diferentes. Um primeiro
caso refere-se às tonalidades que são enarmônicas, isto é, são
tonalidades que têm nomes distintos, mas que na realidade são
equivalentes entre si, ou seja, têm notas enarmônicas. Por exemplo, a
tonalidade de DÓ# maior é uma tonalidade enarmônica de Réb maior.
Assim, se encontrarmos uma passagem ou uma obra onde o compositor
reescreveu um trecho de DÓ# maior para RÉb maior, não podemos nos
referir a esta passagem como uma modulação porque não houve troca
de tônica. De fato, a tônica foi somente enarmonizada.
ENARMÔNIA

Um segundo caso envolve as tonalidades que são homônimas, ou


seja, aquelas que têm o mesmo nome, mas diferem quanto ao modo, por
exemplo, DÓ maior e DÓ menor. Uma passagem dentro de uma obra e
que nela ocorre uma mudança de modo, digamos de lá maior para lá
menor, não implica em modulação porque não houve mudança de
tônica; a tônica continua sendo lá. No entanto, nestes dois primeiros
casos indica-se a mudança de região tonal.
Nos modos que estão abaixo, todos eles estão em DÓ, podemos ver que
todos têm a mesma tônica, DÓ, mais todos eles te regiões tonais
(áreas tonais) diferentes.

TONS HOMÔNIMOS
TONICALIZAÇÃO

1ª). um nível local em que um acorde é tonicalizado.


Um ponto que refere-se à tonicalização. Entende-se por tonalicalização
a aplicação imediata de um acorde de dominante individual (dominante
secundária) que funciona em nível localizado e dentro de um contexto
tonal maior. Por exemplo, entendemos por tonalização a progressão (em
dó maior) I–V/V, em que o acorde V/V é uma dominante secundária (ou
individual) da dominante da tônica, diz-se então que o acorde V foi
tonicalizado, isso enrique mais a tonalidade de DÓ maior.

EXEMPLOS DE TÔNICALIZAÇÃO:
Assim, tonicalização funciona para todos os acordes alterados vistos até
agora, e que tem um efeito puramente local e imediato, o que não
implica necessariamente em mudança de região tonal ou modulação.

ÁREAS TONAIS/REGIÕES TONAIS

2°). um nível um pouco maior e mais longo, onde um trecho é


apresentado com outra tendência tonal (mudança de região tonal ou
áreas tonais).
Estas áreas tonais geralmente são referidas como regiões tonais.
Assim, uma região tonal pode ser definida como uma passagem que
apresenta uma outra tendência tonal que não a da tônica. O conceito de
região tonal é útil para o entendimento do aspecto da tonalidade que lida
com desvios tonais a partir da tônica. Portanto, quando tivermos
pequenas passagens que claramente apresentam outra tendência tonal,
vamos nos referir a esta passagem como estando em outra região tonal.

Exemplos de: áreas tonais/regiões tonais

II cadencial do IV grau diatônico, (regiões tonais de FÁ maior).

II cadencial do IIIm grau diatônico, (regiões tonais de MI menor).

II cadencial do IIm grau diatônico, (regiões tonais de RÉ menor).


Mas dentro da tonalidade de DÓ maior, ou monotonalidade, podemos
encontrar estas áreas tonais e muitas outras.

MODULAÇÃO

3°). Um nível mais duradouro quando de fato ocorre a mudança de


tônica. Modulação por outro lado, implica em uma mudança de centro
tonal, ou tônica, i.e. Por uma duração maior do que uma simples
mudança passageira de região.

MODULAÇÃO PARA OS TONS VIZINHOS

NOTAS CARACTERÍSTICAS:

Ambas as notas situadas no (4° e 7° grau de uma escala diatônica) são


consideradas como características de uma tonalidade, pois elas previnem
a expressão de outras áreas tonais vizinhas. De acordo com o círculo de
5as em DÓ, a dominante uma 5a acima, SOL maior, e a subdominante
uma 5ª abaixo, FÁ maior, são as tonalidades mais próximas da tônica.
Portanto estas tonalidades vizinhas são neutralizadas quando utilizamos
e reafirmamos uma tonalidade com o acorde de V7. A sensível (7ª) em
Dó maior, SI, previne a expressão da região tonal da subdominante
(que tem SIb na sua armadura de clave); e a subdominante (4ª)
previne a expressão da região da dominante (que tem FÁ# na sua
armadura de clave). Em conclusão, o acorde de sétima da dominante
(V7) que possui esses dois graus (7ª e 4ª) na sua formação, é
importante para a reafirmação da tonalidade de uma obra.

De modo geral, para modular, é preciso fazer ouvir uma nota da nova
tonalidade que seja estranha à anterior. Esta nota será a nota
característica da nova tonalidade: FÁ# na modulação de DÓ maior
para SOL maior, SIb na modulação de DÓ maior para FÁ maior.
Se elevarmos meio tom uma subdominante, ela se tornará uma
sensível de um tom vizinho, e se abaixarmos meio tom uma sensível
ele se tornará uma subdominante de um tom vizinho.

O processo não oferece aqui qualquer dificuldade. Faz-se ouvir a nota


característica da nova tonalidade que é: ou a sua subdominante, se
modular para os bemois (isto é, para uma tonalidade que comporte um
bemol a mais ou um sustenido a menos) ou então a sua SENSÍVEL, se
modular para os sustenidos (isto é, para uma tonalidade que comporte
um sustenido a mais ou um bemol a menos). Se nos encontramos, por
exemplo, em LÁ maior (três sustenidos), o aparecimento de RÉ#
sustenido indica geralmente uma modulação a MI maior; de SOL natural
para RÉ maior; de um MI sustenido para FÁ# sustenido menor.
Em Mib bemol maior, RÉb indica uma modulação a Láb bemol maior;
um LÁb natural uma modulação para SIb maior e Si natural uma
modulação para DÓ menor. Podemos verificar que a SUBDOMINANTE e
a SENSÍVEL são graus tonais por excelência. Juntas, não podem
pertencer senão a uma única tonalidade. Ambas estão presentes no
acorde de sétima da Dominante.

EXEMPLOS DE ALGUMAS MODULAÇÕES OS TONS VIZINHOS

Finalmente, ainda no mesmo raciocínio, é interessante comparar os


acordes diatônicos em comum entre duas (ou mais) tonalidades vizinhas.
Uma tonalidade se aproxima de outra, em termos de afinidade tonal, se
apresentar acordes diatônicos comuns entre si. Por exemplo, se
considerarmos as tonalidades de dó maior e sol maior, veremos que
existem 4 acordes diatônicos entre as duas tonalidades. As tríades de dó
maior (I em dó maior, e IV em sol maior); mi menor (IIIm em dó
maior, e VIm em sol maior); sol maior (V em dó, e I em sol); e lá menor
(VIm em dó, e IIm em sol).
MODULAÇÃO ATRAVÉS DE ACORDES-COMUNS

Uma das maneiras mais eficazes de se realizar uma modulação ou troca


de região tonal é a utilização de acordes diatônicos comuns entre as
tonalidades envolvidas. Como vimos acima, entre tonalidades vizinhas (à
distância de uma 5a ascendente) os I, IIIm, V e VIm são acordes
diatônicos comuns entre as tonalidades. Assim, se queremos passar de
DÓ maior para SOL maior utilizamos estes acordes comuns para fazer
uma passagem mais convincente. Naturalmente que devemos reafirmar a
nova tonalidade ou região tonal usando a progressão (IIm–)V(7)–I
(segundo cadêncial), equivalente, da nova tonalidade ou região. No
seguinte exemplo temos uma modulação de SIb maior para DÓ menor. A
troca de centro tonal se dá através de um acorde em comum: o IIm de
SIb maior que é o I de dó menor. No entanto, para confirmar a troca de
centro tonal a nota sensível de DÓ menor (si natural) é introduzida já no
próximo acorde (VIIm(b5), o primeiro acorde característico de dó
menor.

Desta forma a troca de centro tonal é realizada de maneira mais


convincente. Finalmente, é importante lembrarmos que para se fazer
uma mudança de centro tonal o processo de introdução do novo centro
tonal pode ser gradativo, isto é, os acordes característicos da nova região
podem aparecer aos poucos.

NOTAÇÃO
Para melhor identificarmos em nossos exercícios as trocas de região tonal
adotamos a convenção de que cada região ou tonalidade nova deve ser
indicada abaixo da tonalidade ou região principal da obra ou trecho
musical. Assim, se temos um trecho que inicia em DÓ maior com a
progressão I–II–V–VI e que através deste último acorde (VI) ocorre
uma modulação para a dominante (tom de SOL maior) que segue com a
progressão II–V–I, devemos indicar da seguinte forma:
A identificação do acorde inicial da nova região tonal ou nova tonalidade
muitas vezes é imprecisa e pode ser variável. No entanto, nos casos mais
simples é fácil identificá-los. No exemplo acima, também teríamos uma
outra possibilidade de identificar o acorde inicial da região de sol maior:

Esta notação talvez seja até mais precisa e convincente do que a


primeira, mas as duas podem ser consideradas corretas. Portanto, é
importante tomar cuidado quando da indicação de acordes que
pertençam a uma nova região tonal ou tonalidade.

Outro exemplo, com o acorde IIm em DÓ maior, através desse acorde se


pode iniciar a modulação do tom de DÓ maior para RÉ menor.
Esse acorde (Dm), por pertencer a ambas as escalas, a partir do uso
dele se passa a usar acordes da escala de RÉ menor, e acabará por
definir a modulação do novo tom que, no caso, por mera coincidência, é
o acorde Dm.

Vamos mostrar um trecho qualquer, pelo qual se pode fazer a modulação


do tom de DÓ maior para o tom de RÉ menor:

Baseando-nos no fato de um acorde ser comum a duas ou mais escalas,


vamos fornecer uma tabela construída a parti dos acordes comuns a uma
ou mais escalas. Nesse esquema a 2ª coluna é o tom chave, tom de DÓ
maior, a coluna 1ª são dos tons vizinhos maiores e a 3ª coluna dos tons
vizinhos menores. Exemplo:


Esta é a coluna pertencente à os acordes comum entre DÓ maior


tonalidade principal com suas tonalidades vizinhas. A título de exercício,
o aluno pode passar entre os tons que se encontram na coluna, fazendo
modulação por meio de acordes comuns.
A tabela a seguir é uma seqüência de colunas. Os tons chaves, todos
maiores, estão na seguinte ordem: DÓ, REb, RE, MIb, MI, FÁ, etc.
MODELO E SEQÜÊNCIA

Modelo e seqüência é um dos processos mais comuns e fáceis de se


produzir uma mudança de centro tonal. O procedimento é bastante
simples e geralmente ocorre quando o compositor apresenta uma idéia
musical em um determinado centro tonal e reapresenta a mesma idéia
transposta para um outro centro tonal. É óbvio que ao apresentar a
mesma idéia musical em outra região tonal ocorre uma mudança de
tendência tonal que poderá produzir uma modulação ou simplesmente
uma troca de região tonal. No seguinte exemplo temos uma idéia musical
apresentada primeiramente em DÓ MAIOR nos 3 primeiros compassos e
uma seqüência em RÉ MENOR nos 3 compassos seguintes.

Exemplo:
MODULAÇÃO AOS TONS AFASTADOS

Duas tonalidades estão tanto mais afastadas quanto mais diferirem no


número de acidentes, Encontra-se no seu maior afastamento quando
houver uma relação de TRÍTONO (quarta aumentada ou quinta
diminuta).
Por vezes, a procura de efeitos dramáticos justifica a passagem
brusca (a falta de uma precisa e cuidadosa modulação) de uma
tonalidade para outra mais afastada. Eis alguns métodos simples,
inspirados neste princípio, para a modulação aos tons afastados:

Uma determinada escala pode não possuir acordes comuns com uma
outra. Nesse caso, podemos usar um artifício, que é a utilização de uma
escala ponte, ou passageira, para fazer este tipo de modulação.
Vamos dar como exemplo a modulação da escala de DÓ maior para LÁ
maior que não possuem entre si acordes comuns. Usaremos, nesse caso,
um artifício a que se pode chamar utilização da “escala de passagem”,
que no exemplo que segue será LÁ menor.

Tom inicial ou tom antecedente (escala de A): escala de DÓ maior.

Escala ponte ou escala de passagem (escala B): escala de LÁ menor.

Nesta escala de DÓ maior, escala inicial, a um acorde comum com a


escala ponte ou de passagem de LÁ menor, esse acorde é o acorde de lá
menor (lá-dó-mi).
Nesta escala ponte ou de passagem alem de ter esse acorde comum com
a escala de DÓ maior é (lá-dó-mi) tem também um acorde comum com
escala de LÁ maior que é (mi-sol#-si).

Tom “final” ou tom conseqüente (escala C): Escalas de LÁ maior.

Nesta escala, um acorde comum com a escala de LÁ menor é mi-sol#-


si.
Pelo exemplo acima o leitor pode ver que um acorde de uma escala A
pode ser comum com uma escala B e essa escala B pode ter outro
acorde comum com uma escala C, mas, entre as escalas A e B não
existem acordes comuns
Empregando-se os dois acordes da escala B, comuns, respectivamente,
às outras duas escalas, podemos modular facilmente entre os três tons
ou, especificamente, do tom A para o tom C.
Como se pode deduzir, a escala B funciona como uma escala de
passagem.

Exemplo das cifras

É importante esclarecer que a mera utilização dos acordes da escala de


passagem pode não permitir uma modulação suficientemente
consonante. Torna-se necessário, às vezes, caracterizar ou definir o tom
intermediário que chamamos escala de passagem.

Acrescentamos mais exemplos que julgamos úteis ao leitor para efeitos


de modulações.
MODULAÇÃO COM NOTA COMUM ENTRE ACORDES

Muitas modulações são realizadas através de uma nota em comum entre


os acordes que realizam a troca de centro tonal. Este procedimento é
diferente da modulação através de acordes em comum entre dois centros
tonais. Neste caso, um acorde é considerado como pertencente a dois
centros tonais distintos e exerce uma função de ligação na troca de
tônica ou região tonal. No caso da nota em comum, apenas uma nota
realiza a troca de centro tonal, ou seja, uma das notas de um
determinado acorde é sustentada e através dela a modulação ou troca de
região tonal é realizada.
No seguinte exemplo temos uma modulação simples entre SI MENOR e
RÉ MAIOR. Os 2 primeiros compassos ilustram uma progressão simples
em si menor com os seguintes acordes: i–V6/5–i–V4/3–i6–iiº6–V, sendo
que a nota fá# do terceiro compasso é sustentada e torna-se a nota
comum entre os dois centros tonais.
Assim a modulação é realizada sem problemas. Observe como no trecho
em si menor a forma ascendente da escala melódica é usada, o LÁ# (a
sensível de si menor) sempre resolve na tônica, mesmo no segundo
compasso, na voz de soprano segundo e terceiro tempos, o LÁ#3 é
seguindo de mi4 que por sua vez é seguido de ré4 e resolve em SI3. No
mesmo compasso e na mesma voz o LÁ3 é seguido por SOL3 e FÁ#3, da
forma descendente da escala menor melódica.
Quando temos este tipo de modulação, geralmente, encontramos uma
relação de mediante entre os acordes. Isto é, os acordes, ou regiões, ou
tonalidades envolvidas estão à uma distância de 3a maior ou menor. No
seguinte exemplo temos algumas das possíveis relações entre duas
tonalidades, partindo de dó maior: DÓ maior e LÁ menor, nota comum
MI; DÓ maior e LÁ maior, nota comum MI; DÓ maior e LÁb maior, nota
comum DÓ; DÓ maior e MI menor, nota comum MI; DÓ maior e MI
maior, nota comum MI; e DÓ maior e MIb maior, nota comum SOL.

No entanto, estas não são as únicas possibilidades de modulação


utilizando notas comuns. É possível utilizarmos uma nota comum para
realizarmos uma modulação a um centro tonal distante da tônica original.
No seguinte exemplo temos uma modulação de MI MAIOR para FÁ
MENOR, portanto duas tonalidades extremamente distantes, mas que a
nota em comum mi natural, aproxima os dois centros tonais. Para MI
MAIOR, a nota MI é a tônica, mas para FÁ menor a nota MI natural faz
parte do acorde de dominante (V(7)).

Sucessão de modulação a tons vizinhos. Iremos, por exemplo, de DÓ a


FÁ# sustenido passando por SOL, RÉ, LÁ, MI, SI: ou por FÁ, Sib, Mib,
Láb, Réb, SOLb (= FÁ# sustenido POR ENARMONIA). Este método é fácil
e natural, mas não permite as modulações rápidas.
Mudança de modo. Iremos, por exemplo, de DÓ maior para FÁ#
sustenido maior passando por LÁ menor (relativo de DÓ maior), LÁ maior
(mudança de modo: LÁ menor para LÁ maior), FÁ# sustenido menor
(relativo de LÁ maior), FÁ sustenido maior (mudança de modo: FÁ menor
para FÁ maior).

Os acordes usados para modulação podem ser de empréstimo modal,


dominante secundária, auxiliar, estendida, dominante substituta (SubV7),
diminutos em geral ou mesmo um acorde diatônico.
Logo, as resoluções passageiras (acordes diatônicos ou de empréstimo
modal preparados por seus dominantes individuais) não são considerados
modulações como mudança de centro tonal, assunto que já tratemos.
Exemplos regiões tonais:

São três os tipo de modulação: direta, por acorde comum ou pivô e


transicional ou mahca harmônica modulante.

A) Modulação DIRETA: quando a modulação é feita a partir de


qualquer acorde da segunda tonalidade, isto é, indo de uma
tonalidade para outra de uma maneira direta, sem que nenhum
acorde faça parte de ambas às tonalidades.

Ex. 1 – Modulação direta partindo do II grau da segunda tonalidade:


Modulação direta partindo do I grau da segunda tonalidade:

B) Modulaçaõ por acorde comum ou pivô: é quando se passa da


primeira para a segunda tonalidade usando acordes comuns e
possíveis de serem analisados em ambas as tonalidades.

1) Modulação por acorde comum, diatônico em ambas as tonalidades:

O acorde Am7 ao mesmo tempo em que é um acorde diatônico á


tonalidade DÓ maior (VIm7) é também IIm7 da nova tonalidade de SOL
maior.

2) Modulação por acordes comum não diatônico em uma ou ambas


tonalidade:

a) Por dominante secundário


b) Por dominante substituto

O acorde de G7 é ao mesmo tempo SubV7 de SOL bemol maior e V7 da


primeira tonalidade.
d) Por #IVm7(b5)

O acorde F#m7(b5) é #IVm7(b5) na tonalidade de DÓ maior e


VIIm7(b5) na tonalidade de SOL maior.

e) Por acorde diminuto


C) Modulação transicional ou marcha harmônica modulante.
Consiste de uma série de pequenas modulações. Cada modulação
componente recebe a denominação de MÓDULOS. Os módulos se
repetem por intervalos iguais até chegarem à tonalidade desejada.

No exemplo acima os módulos estão indicados por uma chave


. Observe nos módulos a presença constante de acordes de
sétima da dominante

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