02 Teleconexoes No Cerrado Brasileiro Slides Carpenedo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 203

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

INSTITUTO DE ESTUDOS SOCIOAMBIENTAIS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA

O Cerrado no Contexto da
Emergência Climática

Profa. Dra. Camila Carpenedo


camila.carpenedo@ufpr.br
O Cerrado no Contexto da
Emergência Climática
Profa. Camila Carpenedo
o Bacharel em Geografia (UFRGS)
o Mestre e Doutora em Meteorol ogia (IAG/USP)
o Atuação: Climatologia, Interação Oceano -Cri osfera-
Atmosfera, Gelo Marinho, Variabilidade Climática,
Teleconexões, Eventos Extremos, Desastres Naturais e
Mudanças Climáticas
o Pesquisadora do Programa Antártico Brasileiro
(PROANTAR), do INCT da Criosfera, do Centro Polar e
Climático (UFRGS), do Interdisciplinary Climate
Investigation Center (USP), do Grupo de Estudos
Climáticos (USP)
o Docente Permanente do PPGEA e Docente
Colaboradora do PPGEO
@nuvem.ufpr
o Coordenadora do NUVEM - Núcleo de Estudos sobre
Variabilidade e Mudanças Climáticas
https://nuvem.ufpr.br
Unidade 2

Sistema de Circulação Secundária e


influência no Clima do Cerrado -
Tópicos Especiais em Engenharia Ambiental I:
a

Variabilidade Climática e Sistemas atmosféricos atuantes no Brasil


Teleconexões no Cerrado Brasileiro

Profa. Dra. Camila Bertoletti Carpenedo

O Cerrado no Contexto da
Emergência Climática
Dipolo do Oceano Oscilação de
Índico (IOD) Madden-Julian
(MJO)
El Niño-Oscilação Modo Anular
Sul (ENOS) Sul (SAM)

Dipolo do
Atlântico Dipolo do
Tropical (TAD) Atlântico Sul
Oscilação (SAD)
Oscilação Decenal do
Multidecenal do Pacífico (PDO)
Atlântico (AMO)
Forçante humana
Aquecimentos dos oceanos e
aumento da umidade atmosférica

Fonte: Garcia-Soto et al. (2021).


Maior frequência e/ou intensidade dos eventos
climáticos extremos
Extremos climáticos futuros

Fonte: IPCC (2021).


Cerrado brasileiro
2.1. Dinâmica atmosférica
da América do Sul -
teleconexões
Sistemas atmosféricos
atuantes na
América do Sul

2.1. Dinâmica atmosférica da América do Sul - teleconexões


Sistemas atmosféricos atuantes na América do Sul

Baixa troposfera
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico

Baixa troposfera
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico

2-3º latitude
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico: ciclo anual

Evolução mensal da posição


média da ZCIT no Atlântico
(linha preta), com o
sombreamento indicando o
desvio padrão de ±1 em
relação à média nos respectivos
meses
Fonte: Pottapinjara et al. (2019)

Fonte: Tomaziello (2014)


Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico

Confluência dos alísios e Máxima cobertura de


convergência de massa nuvens convectivas

Cavado equatorial Máxima TSM


Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico: variabilidade interanual

Período seco no N e NE do Período chuvoso no N e NE do


Brasil Brasil
ZCIT ao norte de sua posição ZCIT ao sul (até 5-6°S) de sua
climatológica no verão e posição climatológica no verão
outono e outono

Fonte: Giannini et al. (2000)


Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico: seca na Amazônia em 2010

Déficit de chuva
em 3 milhões km²
de floresta
Déficit de chuva
em 57% da
Amazônia
Emissão de 5
bilhões toneladas
de CO2

63 mil famílias
afetadas
Fonte: Lewis et al. (2011) Menor nível
anual do rio
Negro
(Manaus) desde
Fauna 1902
aquática
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico: seca na Amazônia em 2010

Posição
ATSM (ºC) média da
ZCIT

-ASAN
ZCIT p/ norte
A
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico: seca na Amazônia em 2010

ATSM (ºC)

ATSM no Atlântico Norte


tropical (TNA)

Fonte: Marengo et al. (2011)

Maior
aquecimento
no TNA em
110 anos
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
do Atlântico: seca na Amazônia em 2010

Hovmoller da precipitação pluvial


mensal (1951-2010) para o sul da
Amazônia (mm/mês)

Isoieta de 100 mm/mês indica os meses secos

Fonte: Marengo et al. (2011).


Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS)

Baixa troposfera
Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS)

CENTRO DE ALTA PRESSÃO


NOAA (2015)

Movimentos descendentes / condições de tempo


ensolarado e seco
Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS)

NOAA (2015)
Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS):
posição e intensidade
ERAI 1979–2015 climatological
monthly 850-hPa scaled
geopotential height (gpm). The
values are scaled by removing
the annual mean of the area-
averaged geopotential height
(1517.16 gpm) over the South
Atlantic region bounded by
45ºS-0º and 45ºW-10ºE. The
10- and 28-gpm values are
marked by black contours.

Fonte: Sun et al. (2017).


Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS):
precipitação pluvial

Percentual de precipitação anual média


VERÃO
Posição mais
a sul e a
leste

INVERNO
Posição mais
a norte e a
oeste

Fonte: Silva e Kousky (2012).


Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS):
extremos secos no início da estação chuvosa
R1 R2
Climatologia (1982-2009) de
pressão ao nível médio do mar
(colorido), vento em 925hPa
(setas) na primavera
R3 R4

R5

Fonte: Pampuch (2014).


Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS):
extremos secos no início da estação chuvosa
Climatologia (1982-2009) de
pressão ao nível médio do mar
(colorido), vento em 925hPa
(setas) na primavera

R1 R2

R3 R4

R5
Fonte: Pampuch (2014).
Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS): extremos
secos no fim da estação chuvosa
R1 R2
Climatologia (1982-2009) de
pressão ao nível médio do mar
(colorido), vento em 925hPa
(setas) no outono
R3 R4

R5

Fonte: Pampuch (2014).


Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS): extremos
secos no fim da estação chuvosa
Climatologia (1982-2009) de
pressão ao nível médio do mar
(colorido), vento em 925hPa
(setas) no outono

R1 R2

R3 R4

R5
Fonte: Pampuch (2014).
Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS):
crise hídrica na Região Sudeste (2014-15)

Fonte: Coelho et al. (2016)


Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS):
seca no Estado de São Paulo (2018)
Anomalias de
frentes em
superfície
(frentes mês-1)

Fonte: Gozzo et al. (2022)


Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS):
extremo chuvoso no RS (2024)
Circulação de grande escala fortalece
a ASAS, que bloqueia as frentes frias

Fonte: Reboita et al. (2024).

Frente fria
estacionária

Fonte: Clarke et al. (2024); Reboita et al. (2024).


Frentes frias

Baixa troposfera
Frente

Faixa de transição entre duas massas de ar com temperatura e umidade


distintas

▪ Valor mínimo de pressão,


variações abruptas de
temperatura e umidade,
ventos intensos que mudam
de direção, nebulosidade e
precipitação

▪ Classificação baseada no
seu deslocamento e de
acordo com as mudanças
de temperatura que causa
Frentes frias

NOAA (2015)
Frentes frias
Frentes frias: condições de tempo
Frentes frias: Sudeste do Brasil
características típicas da circulação atmosférica (exemplo)
Frentes frias: Sul do Brasil
características típicas da circulação atmosférica (exemplo)
Frentes frias: climatologia sazonal (1979-2005)

Menos
frequentes

Ocorrem durante
todo o ano ao
sul de ~21ºS

Mais
frequentes

Fonte: Cavalcanti e Kousky (2009)


Frentes frias: friagens

Intrusão de ar frio polar na Amazônia, geralmente associada ao


desenvolvimento de um anticiclone pós frontal, que se move para norte
(Parmenter, 1976; Marengo et al., 1997; Ricarte et al., 2015)
Jato de baixos níveis (JBN)

Baixa troposfera
Jato de baixos níveis (JBN)

integrated vapor transport (ITV)


Cinza: topografia acima de 1500 m Fonte: Montini et al. (2019)
Jato de baixos níveis (JBN)

Modelo conceitual da circulação dos Jatos de baixos níveis

Seta azul: JBNAS de verão


Seta verde: JBNAS de inverno
Fonte: Marengo et al. (2009)
Jato de baixos níveis (JBN)

Northerly low-
level jet types.
Composites of
winds at 850-hPa
during (a) Central,
(b) Northern, (c)
Andes types and
Central (1, 2, 12, 23 ou 123) Northern (4, 5, 45, 34 ou 345)
(d) Andes-X LLJ
sub-type.

*Andes X: LLJ is substantially


Andes (12345, 1234, 234 Andes X* (12345, 1234, intense and cover the entire
ou 2345) 234 ou 2345) extension of the eastern Andes

Fonte: Jones et al. (2023).


Jato de baixos níveis (JBN):
anomalias de precipitação pluvial

IMERG
Andes (12345, 1234, 234
Central (1, 2, 12, 23 ou 123) ou 2345)
Northern (4, 5, 45, 34 ou 345)

CHIRPS
Andes (12345, 1234, 234 ou
Central (1, 2, 12, 23 ou 123) Northern (4, 5, 45, 34 ou 345) 2345)

Composites of precipitation anomalies (mm day −1) and winds (850-hPa)


(m s−1) during Central, Northern and Andes LLJ types. Panels (a–c) show
composites based on IMERG and (d–f) on CHIRPS data. Fonte: Jones et al. (2023).
Jato de baixos níveis (JBN):
extremos de precipitação pluvial
Percentual de eventos extremos de precipitação ao sul de 20ºS em dias de JBNAS

Percentual de eventos
extremos de precipitação
ao sul de 20ºS em dias de
JBNAS

30-50% Até 70%

Até 70% Até 70%

Fonte: Marengo et al. (2009)


Jato de baixos níveis (JBN):
exemplo (17-19/08/2019)
Campo de vento do modelo Global
Forecast System(GFS) em 700hPa

Campo de vento do modelo Global


Forecast System(GFS) em 1000hPa

Carta sinótica de superfície do CPTEC

Simulação de material particulado


pelo modelo BRAMS

Fonte: Lemes et al. (2020).


Jato de baixos níveis (JBN):
exemplo (17-19/08/2019)

Fonte: Lemes et al. (2020).


Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)

Baixa troposfera
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)

o Principal sistema de grande escala


responsável pelo regime de chuvas sobre
a região tropical do Brasil na primavera e
verão;

o Banda de nebulosidade orientada no


sentido NW-SE, que se estende desde o
centro-sul da Amazônia, regiões Centro-
Oeste e Sudeste, centro-sul da Bahia,
norte do Pará e estendendo-se em
direção ao Atlântico sudoeste (Ferreira et
al., 2004);

o Banda de nebulosidade estacionária por


períodos ≥ 3 dias → muita chuva.
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)
Vento médio em
850 hPa (m/s)
Alísios de NE

JBN Alísios de SE FONTE DE UMIDADE

ASAS 1) Alísios de NE (Atlântico Norte)


e Amazônia → jatos de baixos
níveis (JBN) → região Sudeste
do Brasil

2) Atlântico Sul → alísios de


Vento médio em

sudeste (Alta Subtropical do


200 hPa (m/s)

Atlântico Sul - ASAS) → Brasil


Cavado do NE
AB
3) Aquecimento continental
JST
(convecção)
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)

Incursão de frentes frias até latitudes baixas → reforço da atividade


convectiva no W-SW da Amazônia → estende-se sobre ZCAS

✓ Frente → advecção
quente/úmida no
flanco leste da Alta da
Bolívia

✓ Convecção profunda
→ liberação de calor
latente → aumento da
temperatura
troposférica →
fortalece a Alta da
Bolívia → amplificação
do cavado do NE
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)

-ATSM:
enfraquecimento
da ZCAS

Retroalimentação negativa
1) +ATSM Atlântico Sul
2) Intensifica ZCAS
+ATSM:
3) Aumenta nebulosidade
fortalecimento da
ZCAS 4) Diminui radiação solar em
superfície
5) -ATSM
6) Enfraquece ZCAS

Fonte: Chaves e Nobre (2004)


Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS):
exemplo
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS):
exemplo (11-16/01/2011)

Dias 11 e 12: 166 mm em Nova


Friburgo-RJ, o que corresponde a mais
que 70% do valor médio histórico para
janeiro (232,1 mm).
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS):
exemplo (11-16/01/2011)
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS):
exemplo (11-16/01/2011)
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS):
exemplo (23-25/01/2020)

+90 mil desabrigados


+R$1,3 bi em perdas
56 mortes

Fonte: Dalagnol et al. (2021)


Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS):
exemplo (23-25/01/2020)

+400 mm
BH: 320,9 mm (3 dias) → 97% da
precipitação climatológica de janeiro
(329,1 mm)
Variabilidade climática e
teleconexões na
América do Sul

2.1. Dinâmica atmosférica da América do Sul - teleconexões


Variabilidade climática
Variabilidade climática
Variabilidade climática

Refere-se a variações no estado médio e outras estatísticas do


clima (como desvio padrão, ocorrência de extremos, etc.) ao
longo de um determinado período de tempo (como um mês,
estação ou ano) quando comparado com estatísticas de longo
prazo para o mesmo período de calendário, além de eventos
climáticos individuais.

A variabilidade climática é medida por estes desvios, que


geralmente são denominados de anomalias.

Fonte: IPCC (2013)

Fonte: IPCC (2013)


Variabilidade climática

Forçantes
naturais externas
Variabilidade climática

Forçantes Forçantes
naturais externas naturais internas
Variabilidade climática

Forçantes Forçantes
naturais externas naturais internas

Forçantes
antropogênicas
Variabilidade climática
Oscilação Dipolo do
Multidecadal do Atlântico
Atlântico (AMO) Tropical (TAD) Dipolo do Oceano
Oscilação Decadal Índico (IOD)
do Pacífico (PDO)

El Niño-Oscilação Dipolo do Atlântico Modo Anular Oscilação de


Sul (ENSO) Sul (SAD) Sul (SAM) Madden-Julian (MJO)

Fonte: elaborado por Carpenedo (2022), baseado em Reboita et al. (2021)


Teleconexões

Conexão à distância, tipicamente


da ordem de 1.000 km,
descrevendo como anomalias em
uma determinada região estão
relacionadas com anomalias de
regiões remotas

Padrão recorrente e persistente de


anomalias de uma determinada
variável (e.g., pressão, circulação
de grande escala), que cobre
vastas áreas geográficas.
(Cavalcanti; Ambrizzi, 2009)
Teleconexões: forçante

Aumenta divergência

Aumenta
convecção
Aumenta fluxos de
calor e umidade
Aumenta convergência
Teleconexões

Como o sinal da forçante afeta regiões remotas?

Células de circulação zonal Células de circulação meridional


Ondas de Rossby
(Walker) (Hadley, Ferrel e Polar)

Fonte: Karoly (1989).


Teleconexões

Como o sinal da forçante afeta regiões remotas?

Correntes de jato: guias de


Ondas de Rossby
ondas de Rossby

Fonte: Karoly (1989)


Teleconexões

Como o sinal da forçante afeta regiões remotas?

Correntes de jato: guias de


Ondas de Rossby
ondas de Rossby

Fonte: Ambrizzi et al. (1995)

Fonte: Karoly (1989)


Oscilação Dipolo do Atlântico
Multidecadal do Tropical (TAD)
Atlântico (AMO)
Oscilação Decadal Dipolo do Oceano
do Pacífico (PDO) Índico (IOD)

El Niño-Oscilação Dipolo do Atlântico Modo Anular Sul


Sul (ENSO) Sul (SAD) (SAM)

Fonte: elaborado por Carpenedo (2022), baseado em Reboita et al. (2021)


Oscilação de Madden-Julian
(MJO)

Modo equatorial mais importante na


escala intrassazonal.

Célula de circulação zonal direta no


plano equatorial, que se propaga para
leste a partir do Oceano Índico, em um
período de 30-60 dias, afetando os
padrões tropicais e subtropicais de
precipitação pluvial

Fonte: Madden e Julian (1994)


Oscilação de Madden-Julian
(MJO)
Propagação

Composição das fases do ciclo de vida da MJO através da OLR na escala intrassazonal
movimento para leste

Início dos
eventos
de MJO movimento
ascendente
movimento
descendente

Equador
ensolarado e seco
tempestuoso e úmido

Término
dos eventos
de MJO

Fonte: cortesia Dr. Charles Jones


Composite anomalies of daily precipitation rate
(mm/day) filtered in the 20-90 day band

-Z
CA
S
-Z

+Z
CA

CA
S

S
(MJO)
Precipitação (DJF)

Ratio between the probability of occurrence of extreme


precipitation events (90th percentile) and the mean
probability
Oscilação de Madden-Julian

Fonte: Grimm (2019)


Jato de baixos níveis (JBN):
Oscilação de Madden-Julian (MJO)
Central (1, 2, 12, 23 ou 123)

Distributions of LLJ types and MJO phases.


Anomalous frequencies of LLJ occurrences as a
function of MJO phases during (a) Central, (b)
Northern and (c) Andes types. Anomalies were
computed as [number of occurrences in a given
phase – mean occurrences in all phases] / [mean
Northern (4, 5, 45, 34 ou 345) occurrences in all phases].

Andes (12345, 1234, 234 ou 2345)

Fonte: Jones et al. (2023).


Oscilação de Madden-Julian
(MJO)
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Verão austral
(DJF)

Fonte: Fernandes (2021)


Oscilação de Madden-Julian
(MJO)
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Verão austral
(DJF)

Fonte: Fernandes (2021)


El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Fenômeno de interação oceano-atmosfera

Componente oceânica: Componente atmosférica:


El Niño/La Niña Oscilação Sul
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Aquecimento/resfriamento anômalo da temperatura da


superfície do mar (TSM) no Oceano Pacífico Equatorial.

La Niña: anomalias negativas de


TSM (resfriamento)

El Niño: anomalias positivas de


TSM (aquecimento)
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Características típicas

• Duração típica de 12 a 18
meses

• Reaparece normalmente em
intervalos de 3 a 7 anos

• Evolução típica:
• inicia no começo do ano
(abril-maio)
• atinge máxima
intensidade em dezembro
do mesmo ano (e janeiro
do próximo ano)
• enfraquece na metade do
segundo ano
ASPS/ ASPN
Ressurgência e corrente do
na costa do Transporte Peru e
Peru de Ekman Califórnia
El Niño: componente oceânica

Eventos de La Niña

Fortalecido
ASPS/ ASPN
Ressurgência e corrente do
na costa do Transporte Peru e
Peru de Ekman Califórnia
El Niño: componente oceânica

Eventos de El Niño

Enfraquecido
Oscilação Sul:
componente atmosférica

Relação inversa entre a pressão atmosférica em superfície entre Tahiti


(Pacífico Sul) e Darwin (Austrália).

Darwin
Tahiti
Efeito “gangorra”: quando
um local apresenta a
pressão mais alta do que o
normal, o outro apresenta
pressão mais baixa.
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Componente oceânica e atmosférica: El Niño-Oscilação Sul


Mudanças na célula de circulação zonal (leste-oeste): célula de Walker
Condição Neutra

Condição de La Niña Condição de El Niño


El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Primeiro modo de
Condição de La Niña variabilidade interanual da
precipitação pluvial anual

Condição de El Niño

Explica 19%
da variância

Fonte: Grimm e Ambrizzi (2009)


Fonte: Cai et al. (2020)
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Eventos com
intensidades de ATSM
diferentes
Sempre
eventos de El
Niño e La
Niña irão El Niño fraco
(0,5ºC ≤ ATSM
resultar no ≤ 0,9ºC)

padrão El Niño muito


forte
espacial de (ATSM ≥ 2ºC)

dipolo de
chuvas?
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Eventos com ATSM em posições


diferentes
Sempre
eventos de El
Niño e La
Niña irão
resultar no
Regiões do Niño:
padrão
• Niño 1+2 (0o-10oS/90oW-80oW)
espacial de
• Niño 3 (5oN-5oS/150oW-90oW)
dipolo de • Niño 3.4 (5oN-5oS/170oW-120oW)
chuvas? • Niño 4 (5oN-5oS/160oE-150oW)
Correlação entre ATSM no
Niño 4 e anomalia de
chuva

Correlação entre ATSM no


Niño 1+2 e anomalia de
chuva
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Fonte: Silva e Carpenedo (2021)


El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Sempre Eventos com ATSM em posições


diferentes
eventos de El El Niño Pacífico Central ou Madoki
Niño e La
Niña irão
resultar no
padrão El Niño Pacífico Leste ou Canônico
espacial de
dipolo de
chuvas?
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Pacífico Leste ou
ASAS ZCIT Canônico
La Niña fraca p/ S
-TAD

Reg. NE
úmida
-ASAS
Zona de
Convergência
Intertropical
(ZCIT)

Fonte: Rodrigues et al. (2011); Rodrigues e McPhaden (2014); Rodrigues et al. (2015)
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Pacífico Leste ou
ASAS ZCIT Canônico
La Niña fraca p/ S
-TAD

Reg. NE
úmida
-ASAS
Zona de
Convergência
Intertropical
(ZCIT)

ASAS ZCIT p/
El Niño fortalecida N
+TAD
+TAD

Reg. NE
úmida
+ASAS
Zona de
Convergência
Intertropical
(ZCIT)
Fonte: Rodrigues et al. (2011); Rodrigues e McPhaden (2014); Rodrigues et al. (2015)
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Pacífico Central ou
ASAS ZCIT Madoki
La Niña fortalecida p/ N

-SAD

Reg. NE
seca
+ASAS
Zona de
Convergência
Intertropical
(ZCIT)

Fonte: Rodrigues et al. (2011); Rodrigues e McPhaden (2014); Rodrigues et al. (2015)
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Pacífico Central ou
ASAS ZCIT Madoki
La Niña fortalecida p/ N

-SAD

Reg. NE
seca
+ASAS
Zona de
Convergência
Intertropical
(ZCIT)

El Niño ASAS fraca ZCIT p/ S

+SAD

Reg. NE
úmida
-ASAS
Zona de
Convergência
Intertropical
(ZCIT)
Fonte: Rodrigues et al. (2011); Rodrigues e McPhaden (2014); Rodrigues et al. (2015)
El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

El Niño Pacífico Central (CP)

El Niño Pacífico Leste (EP)

Fonte: Cai et al. (2020)


El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Pacífico Central menos Pacífico Leste


Primavera

Outono
Diferença na
frequência de
EN LN EN LN
eventos extremos
chuvosos -

Inverno
Verão

percentil de 90%
(eventos/mês)
EN LN EN LN

Fonte: Tedeschi et al. (2014; 2016)


El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Jato de baixos níveis

Transporte de vapor integrado Transporte de vapor integrado


(EN menos Neutro) (LN menos Neutro)

Fonte: Montini et al. (2019)


Padrão climatológico

Ar Ar
frio quente
Modo Anular Sul (SAM):
fase positiva

A
Fonte: Fogt e Marshall (2020)

A B A
Anomalias de pressão
Fortalecimento dos opostas entre as
ventos de oeste latitudes médias e
circumpolar
altas do HS
Modo Anular Sul (SAM):
fase negativa

B A B
Enfraquecimento dos
ventos de oeste
circumpolar
Modo Anular Sul (SAM)

Fase positiva Fase negativa


(+SAM) (-SAM)
https://www.noaa.gov/sites/default/files/styles/no_style/public/thumbnails/image/GRAPHIC%20-%20polarvortex_explained_updated%20012919%20-%204034x2912.png?itok=4YZfZ0tg

Mais frio

Menos frio
Mais
quente
Menos
quente

Similar no Hemisfério Sul


-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
Modo Anular Sul (SAM)

Evento de friagem em julho de 2021

01/01/2021

01/02/2021

01/03/2021

01/04/2021

01/05/2021
Diagrama

01/06/2021
Descrição gerada automaticamente

01/07/2021
SAM index

01/08/2021

01/09/2021

01/10/2021

01/11/2021

01/12/2021
Modo Anular Sul (SAM)

Fase positiva (+SAM) e ciclones extratropicais

Verão Outono Inverno Primavera


Densidade de
ciclones
Anomalia de
chuva (mm)

Fonte: Reboita et al. (2009)


Modo Anular Sul (SAM)

Fase negativa (-SAM) e ciclones extratropicais

Verão Outono Inverno Primavera


Densidade de
ciclones
Anomalia de
chuva (mm)

Fonte: Reboita et al. (2009)


Modo Anular Sul (SAM)

Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)

-SAM / -ZCAS +SAM / +ZCAS


Precipitação pluvial Precipitação pluvial
acumulada (mm/evento) acumulada (mm/evento)

Zona de Convergência
do Atlântico Sul (ZCAS)

Fonte: Rosso et al. (2018)


Modo Anular Sul (SAM)

Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)

-SAM / -ZCAS +SAM / +ZCAS


Extremos secos no Sudeste Extremos úmidos no Sudeste
do Brasil no verão (mm/dia) do Brasil no verão (mm/dia)

Zona de Convergência
do Atlântico Sul (ZCAS)

Fonte: Andrade e Cavalcanti (2018)


Modo Anular Sul (SAM)

El Niño-Oscilação Sul (ENOS)


-SAM
+SAM

Fonte: Carvalho et al. (2005)


Modo Anular Sul (SAM)

Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS)

Predomínio em +SAM Predomínio em -SAM


Alta Subtropical do Atlântico
Sul (ASAS)

Fonte: Carpenedo e Ambrizzi (2020); Sun et al. (2017)


Modo Anular Sul (SAM)

SAM x CWD (n°


máx. de dias SAM x CDD (n° máx. Fase positiva (+SAM)
de dias secos
úmidos
consecutivos)
consecutivos)

Zona de

* *
Convergência
do Atlântico
Sul (ZCAS)
Fonte: Rosso et al. (2018)

* Região Sudeste:
CWD (n° CDD (n°
máx. de dias máx. de dias
Fonte: Iacovone et al. (2024) úmidos secos
consecutivos) consecutivos)
Dipolo do Atlântico Tropical
(TAD)

Fase negativa (-TAD) Fase positiva (+TAD)

-ATSM +ATSM

+ATSM -ATSM

TNA: Tropical Northern Atlantic (5,5ºN-23,5ºN e 15ºW-57,5ºW)


TSA: Tropical Southern Atlantic (0º-20ºS e 10ºE-30ºW)
Dipolo do Atlântico Tropical
(TAD)

Fase negativa (-TAD) Fase positiva (+TAD)

ASAN ASAN

ZCIT p/ sul ZCIT p/ norte


B A
Zona de
Convergência
Intertropical
(ZCIT)

Fonte: Giannini et al. (2000)


Dipolo do Atlântico Tropical
(TAD)
Extremos secos e chuvosos na Reg. Nordeste

Incluindo
anos com
ENOS

Fonte: Cavalcanti (2015)


Dipolo do Atlântico Tropical
(TAD)
Extremos secos e chuvosos na Reg. Nordeste

Excluindo
anos com
ENOS

Fonte: Cavalcanti (2015)


Dipolo do Atlântico Tropical
(TAD)
Extremos secos e chuvosos na Reg. Nordeste

Excluindo
anos com
ENOS

Onda 1 -SAM

Onda 3 +NAM Fonte: Cavalcanti (2015)


Dipolo do Atlântico Tropical
(TAD)
Extremos secos e chuvosos na Reg. Nordeste

Predomínio em -SAM
ASAN

ZCIT p/ norte
A

Alta Subtropical do Atlântico


Fonte: Giannini et al. (2000)
Sul (ASAS)

Fonte: Sun et al. (2017)


Dipolo do Atlântico Tropical
(TAD)
Pacífico Atlântico
Precipitação (mm) simulada
(MAM) para a condição seca
menos condição úmida no
Nordeste do Brasil com ATSM
somente no Pacífico, Atlântico,
Atlântico N Atlântico S Atlântico Norte ou Atlântico Sul

Atlântico N Atlântico S

Fonte: Rodrigues et al. (2011)


Dipolo do Atlântico Sul
(SAD ou SAOD)

Fase negativa (-SAD) Fase positiva (+SAD)

-ATSM +ATSM
(NEP) (NEP)

+ATSM -ATSM
(SWP) (SWP)

NEP: Polo Nordeste do Atlântico Sul (20ºW-10ºE e 0º-15ºS)


SWP: Polo Sudoeste do Atlântico Sul (10º-40ºW e 25ºS-40ºS)
Dipolo do Atlântico Sul
(SAD ou SAOD)

Fase negativa (-SAD) Fase positiva (+SAD)

Fonte: Bombardi et al. (2014)


Dipolo do Atlântico Sul
(SAD ou SAOD)

Fase negativa Fase positiva


(-SAD) (+SAD)

Ciclones
extratropicais

Fonte: Bombardi et al. (2014)


Dipolo do Atlântico Sul
(SAD ou SAOD)
Extremos secos e chuvosos na Reg. Sudeste
Fase negativa Fase positiva
(-SAD) (+SAD)

Extremos chuvosos na região Sudeste Extremos secos na região Sudeste

Anomalia de vento Anomalia de vento


em 850 hPa em 850 hPa

Jato de baixos
níveis da
América do
Sul Fonte: Muza et al. (2009)
Dipolo do Atlântico Sul
(SAD ou SAOD)
Monção da América do Sul

Fase negativa Fase positiva


(-SAD) (+SAD)

Início da estação chuvosa


adiantado atrasado
na Região SE (outubro)

Região SE (abril) chuvoso seco

Fim da estação chuvosa na


atrasado adiantado
Região SE (maio)
Início da estação chuvosa
atrasado adiantado
na Região NE (outubro)

Região NE (abril) seco chuvoso

Fim da estação chuvosa na


Região NE e Amazônia adiantado atrasado
(maio)

Fonte: Bombardi e Carvalho (2011)


Dipolo do Oceano Índico (IOD)

✓ Niño Indiano

✓ É um modo de variabilidade climática


centrado no Oceano Índico tropical
(costa de Sumatra e da África);

✓ EOF2 da TSM no oceano Índico (12%


da variância);

✓ Escala temporal ≥ 2 anos

Fonte: Saji et al. (1999)


Dipolo do Oceano Índico (IOD)

Fase negativa (-IOD) Fase positiva (+IOD)

-ATSM +ATSM +ATSM -ATSM


(oeste) (leste) (oeste) (leste)

Western Indian Tropical south-eastern


Ocean (50ºE- Indian Ocean (90ºE-
70ºE, 10ºS-10ºN) 110ºE, 10ºS-Equator)

Fonte: Saji et al. (1999)


Dipolo do Oceano Índico (IOD)

El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Fase negativa (-IOD) Fase positiva (+IOD)

Fonte: Lau e Nath (2003)

Favorecido por eventos de La Niña Favorecido por eventos de El Niño

Only 32% of the IOD events occur independently of ENSO events (Stuecker et al., 2017)
Dipolo do Oceano Índico (IOD)

El Niño-Oscilação Sul (ENOS)

Regression between September-November-October IOD,


rainfall (shading) and 200-mb stream function (contours)

Fase negativa (-IOD): amplifica Fase positiva (+IOD): amplifica


(atenua) o efeito dos eventos de La (atenua) o efeito dos eventos de El
Niña (El Niño) Niño (La Niña)

Fonte: Cai et al. (2020)


Dipolo do Oceano Índico (IOD)

Precipitação pluvial

Fase positiva (+IOD)

+JBNAS
+ASAS

Fonte: Chan et al. (2008)


2.2. Características
climáticas do Cerrado
Climatologia da precipitação pluvial

Fonte: Ferreira e Reboita (2022)

Fonte: Ferreira e Reboita (2022)


Monção da América do Sul
(MAS)

2.2. Características climáticas do Cerrado


Monções

Reversão sazonal na circulação de grande escala governada pelo


aquecimento diferencial entre continentes e oceanos
(Zhou e Lau, 1998; Grimm et al., 2005; Vera et al., 2006)
Monções

Fator do clima: Continentalidade

Aquecimento diferencial entre continentes e corpos d’água.

Água: calor específico = Rocha: calor específico =


1,0 cal/g˚C 0,2 cal/g˚C (média)
Monções

Fator do clima: Continentalidade

Brisa marítima Brisa terrestre


Monções

Fator do clima: Altitude

Levantamento orográfico
Contorno de um obstáculo
Monções

Fatores do clima: Continentalidade e Altitude

Monção de verão Monção de inverno


Monção da América do Sul

Caracterizada pela reversão na direção dos ventos em baixos níveis entre verão e
inverno, quando a média anual é removida da circulação média sazonal, devido ao
aquecimento diferencial entre a América do Sul e o Atlântico Sul
(Mechoso et al., 2005; Silva e Kousky, 2012; Carvalho e Cavalcanti, 2016; Silva Dias e Carvalho, 2016).
Verão (DJF)

Transporte anômalo
de umidade do
Atlântico tropical
Inverno (JJA)

Reversão do
transporte anômalo
de umidade do
Atlântico tropical

Fonte: Ferreira e Reboita (2022) Fonte: Zhou e Lau (2001)


Vetor vento médio
em 200 hPa, linhas
de corrente e ROL

Verão

do Sul
América

Vetor vento médio


em 200 hPa, linhas
de corrente e ROL
Monção da América do Sul

Inverno

do Sul
América

Fonte: Silva e Kousky (2012).


Monção da América do Sul

Verão Inverno

América América
do Sul do Sul
precipitação anual média

precipitação anual média


Percentual de
Percentual de

> 45% < 5%

Fonte: Silva e Kousky (2012).


Ciclo de vida da MAS

Verão

Linhas de corrente
Cavado do

em 200 hPa e
precipitação
Nordeste

A
Alta da
Bolívia

Jato de
baixos níveis
ZCIT
Vento em 925

precipitação

ZCIT
hPa e

JBN
ZCAS
B

ASPS Baixa do ASAS


A
A
Chaco

Fonte: Silva e Kousky (2012).


Ciclo de vida da MAS

ZCAS

Pico

Alta da
Bolívia Alta da
Bolívia

ZCAS ZCAS

Pico

Alta da Alta da
Bolívia Bolívia

ZCAS

Pico Decaimento

Alta da Alta da
Bolívia Bolívia

ZCAS

Início Pico Decaimento

Alta da
Bolívia

Fonte: Silva e Kousky (2012).


Fase ativa e inativa (“break”) da MAS

Fase ativa: 20 dias mais chuvosos Fase inativa: 20 dias mais secos
entre 1979 e 1997 entre 1979 e 1997

B A
-JBN +JBN

Anomalias Anomalias
de ventos de ventos
de oeste de leste

Fonte: Gan et al. (2009).


Mudanças observadas na MAS

Expansão tropical

Fonte: Yang et al. (2020).


Mudanças observadas na MAS

Zona de Sistemas
Convergência Convectivos
do Atlântico de Mesoescala
Sul (ZCAS ou (SCM ou MCS)
SACZ)

Sul da Amazônia

Alta Subtropical do Jato de


Atlântico Sul baixos níveis
(ASAS ou SASH) da América do
Sudeste da América Sul (JBNAS
do Sul ou SALLJ)

Fonte: Zilli et al. (2019); Pascale et al. (2019).


Mudanças observadas na MAS

Número de frentes entre 30°-50°S (linha azul) e


entre 50°-70°S (linha vermelha)

Fonte: Rudeva e Simmonds (2015).


Mudanças observadas na MAS

Período seco Início do período Período chuvoso


(JJA) chuvoso (ON) (DJFM)

+Seco +S +S
ec ec
o +C o
+Seco hu
vo
s o

Fonte: Hofmann et al. (2023).


2.3. Eventos extremos no
Cerrado
Extremos climáticos e Desastres naturais

Extremo climático Desastre natural

1) 2.1)

2) 2.2)
Extremos climáticos e Desastres naturais

Extremo climático Desastre natural

▪ Ocorrência de um valor de uma variável ▪ Resultado de eventos adversos naturais


meteorológica ou climática acima (ou sobre grupos sociais localizados em áreas
abaixo) de um valor limite próximo às específicas, causando prejuízos às
extremidades superiores (ou inferiores) da atividades econômicas, ambientais ou
faixa de valores observados da variável humanas
▪ A característica que é denominada de tempo ▪ Qualificação “natural” indica que força motriz
extremo varia de lugar pra lugar provém de um ou mais dos seguintes
▪ Quando um padrão de tempo extremo componentes: geofísico, biológico,
persiste por algum tempo, como em uma extraterrestre, meteorológico, climatológico
estação, pode-se classificar como um e hidrológico
evento climático extremo
▪ Impactos de um desastre natural: depende
▪ Para simplificar, tanto eventos extremos de de fatores socioeconômicos (falta de
tempo, quanto eventos extremos climáticos, planejamento urbano, implementação de
são referidos coletivamente como extremos políticas públicas para a prevenção de
climáticos (IPCC, 2022) desastres) (SAITO et al., 2015; EMDAT)
Desastres naturais

Extremo climático Desastre natural

▪ Ocorrência de um valor de uma variável ▪ Resultado de eventos adversos naturais


meteorológica ou climática acima (ou sobre grupos sociais localizados em áreas
abaixo) de um valor limite próximo às específicas, causando prejuízos às
extremidades superiores (ou inferiores) da atividades econômicas, ambientais ou
faixa de valores observados da variável humanas
▪ A característica que é denominada de tempo ▪ Qualificação “natural” indica que força motriz
extremo varia de lugar pra lugar provém de um ou mais dos seguintes
▪ Quando um padrão de tempo extremo componentes: geofísico, biológico,
persiste por algum tempo, como em uma extraterrestre, meteorológico, climatológico
estação, pode-se classificar como um e hidrológico
evento climático extremo
▪ Impactos de um desastre natural: depende
▪ Para simplificar, tanto eventos de tempo de fatores socioeconômicos (falta de
extremos quanto eventos climáticos planejamento urbano, implementação de
extremos são referidos coletivamente como políticas públicas para a prevenção de
extremos climáticos (IPCC, 2022) desastres) (SAITO et al., 2015; EMDAT)
Desastres naturais

Meteorológicos Climatológicos
(de minutos a dias)
(de intrassazonal a Hidrológicos
multidecadal)

secas
inundação

tempestade

incêndios espontâneos
movimento de massa (úmido)

ondas de calor

ondas de frio
ação de ondas
Desastres naturais

Enxurrada é o escoamento
superficial concentrado e com alta
energia de transporte, que pode ou
não estar associado a áreas de
domínio dos processos fluviais.
Consequências das mudançasDe
doacordo
climacom o
nº de mortes
reportados
Desastres naturais
Inundações: 90%

De acordo com as
perdas econômicas
reportadas

Inundações: 41%

Fonte: WMO (2021).


Desastres naturais
meteorológicos

2.2. Características climáticas do Cerrado


Desastres naturais meteorológicos

Meteorológicos Climatológicos
(de minutos a dias)
(de intrassazonal a Hidrológicos
multidecadal)

secas
inundação

tempestades

incêndios espontâneos

movimento de massa (úmido)

ondas de calor

ondas de frio

ação de ondas
Desastres naturais meteorológicos

Eventos extremos (1961-2018)

Fonte: Avila-Diaz et al. (2020).


Desastres naturais meteorológicos:
ondas de calor (1961-2016)

Intensidade Frequência

Fonte: Bitencourt et al. (2020).


Desastres naturais meteorológicos:
onda de calor (set-out de 2020)
Warm Spell Duration
Index (WSDI)

SPI-3

(Extremamente seco)
(Severamente seco)

Fonte: Marengo et al. (2022).


Desastres naturais meteorológicos:
onda de calor (set-out de 2020)

Fonte: Marengo et al. (2022).


Desastres naturais meteorológicos:
ondas de calor e secas no Sudeste do Brasil

Percent change (%) in


the occurrence of
summer (DJF)
compound drought
and heatwave events
during 1999/00-
2017/18 relative to
1980/81-1998/99

Fonte: Geirinhas et al. (2021).


Desastres naturais meteorológicos:
ondas de frio (1961-2016)

Intensidade Frequência

Fonte: Bitencourt et al. (2020).


Desastres naturais
climatológicos

2.2. Características climáticas do Cerrado


Desastres naturais climatológicos

Meteorológicos Climatológicos
(de minutos a dias)
(de intrassazonal a Hidrológicos
multidecadal)

secas
inundação

tempestade

incêndios espontâneos

movimento de massa (úmido)

ondas de calor

ondas de frio

ação de ondas
Desastres naturais climatológicos: secas
Deficiência de precipitação durante
um período prolongado, o que
resulta em escassez de água para
algumas atividades humanas,
grupos ou setor ambiental
(National Drought Mitigation Center, 2006)

Seca meteorológica
ou estiagem
(1 mês)

Seca agrícola
(3 meses)

Seca hidrológica
(6 a 12 meses)

Seca
socioeconômica
(> 12 meses)
Efeitos cumulativos: impactos dependem da duração da seca
Fonte: Wilhite (2000); Ribeiro Neto (2017).
Desastres naturais climatológicos: secas

Dias consecutivos secos (2011-2020 em


relação à 1961-1990)

Fonte: INPE/MCTI
Desastres naturais climatológicos:
seca na Região Sudeste (2014-15)

Abastecimento
público
(caminhões- Turismo e
pipa) lazer

Aumento nos
preços dos
Aumento nas alimentos
até tarifas de (por ex., até 30%
-300 mm tomate e alface)
energia
(até 25%)

Aumento do
n° de focos de
Fauna queimadas
(150%)
aquática
(morte de 20 t de
Fonte: Coelho et al. (2016) peixes no Rio
Piracicaba)
Desastres naturais climatológicos:
seca na Região Sudeste (2014-15)

Onda de
calor
marinha de
moderada a
Fonte: Rodrigues et al. (2019) severa

Fonte: Coelho et al. (2016)


Desastres naturais climatológicos:
seca na Região Sudeste (2014-15)

Fonte: Bombardi et al. (2014)

Fonte: Coelho et al. (2016)


Desastres naturais climatológicos:
seca na Região Sudeste (2014-15)

Fonte: Rodrigues et al. (2019) Fonte: Coelho et al. (2016)


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

2° evento de
seca mais
severo na
América do
Sul
Reg. Sul:
perdas > 70%
na produtivi-
dade da soja
Reg. Sul:
impacto na
Hidrelétricas geração
nos rios Paraná hidrelétrica e
e Iguaçu com abastecimento
níveis históricos de água
mais baixos
Aumento do n°
de focos de
queimadas
Fonte: Gomes et al. (2021). (maior desde
1999)
Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

Santa Fé do Sul - SP (20,3ºS/51ºW) Pantanal - MT/MS (16,7ºS/57,5ºW)

Fonte: Naumann et al. (2021).


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

Fonte: Naumann et al. (2021).


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

Anomalia de umidade
do solo para o primeiro
período de dez dias de
setembro de 2021

Anomalia de
armazenamento total
de água em julho de
2021

Fonte: Naumann et al. (2021).


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

Índice Padronizado de Vazão (SSFI)

Fonte: Naumann et al. (2021).


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

La Niña -PDO +AMO +IOD


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

La Niña Pacífico Leste ou Canônica

+ZCIT
-ASAS
-Chuvas
Alta Zona de
Subtropical Convergência
do Atlântico Intertropical
-ZCIT Sul (ASAS) (ZCIT)
+ASAS -Chuvas

La Niña Pacífico Central ou Madoki (*)

La Niña -PDO +AMO +IOD

Fonte: Rodrigues e McPhaden (2014).


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

La Niña Pacífico Leste ou Canônica

+ZCIT
-ASAS
-Chuvas
Alta Zona de
Subtropical Convergência
do Atlântico Intertropical
-ZCIT Sul (ASAS) (ZCIT)
+ASAS -Chuvas

La Niña Pacífico Central ou Madoki (*)

La Niña -PDO +AMO +IOD

Fonte: Rodrigues e McPhaden (2014).


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

Fase fria da
Oscilação Decadal
do Pacífico
(-PDO)

+ATSM
(NE)

-ATSM
(Trópico)

Fortalece La Niña e
enfraquece El Niño

La Niña -PDO +AMO +IOD


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

Fase quente da
Oscilação
Multidecadal do
ZCIT p/ norte Atlântico (+AMO)

+ASAS

Zona de Alta
Convergência Subtropical
Intertropical do Atlântico
(ZCIT) Sul (ASAS)

La Niña -PDO +AMO +IOD

Fonte: Alexander et al. (2014).


+JBNAS
Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)
Set-Out

+JBNAS +ASAS Fase positiva do Dipolo


do Oceano Índico (+IOD)

+ATSM -ATSM
Nov-Dez (oeste) (leste)

Jato de baixos Alta


níveisda Subtropical
América do Sul do Atlântico
(JBNAS) Sul (ASAS)

La Niña -PDO +AMO +IOD

Fonte: Chan et al. (2008); Sena e Magnusdottir (2021).


Desastres naturais climatológicos:
seca na bacia do Prata (2019-2021)

Correlação entre precipitação pluvial e


índices climáticos

+AMO +IOD La Niña -PDO

Fonte: Gomes et al. (2021).


Desastres naturais
hidrológicos

2.2. Características climáticas do Cerrado


Desastres naturais hidrológicos

Meteorológicos Climatológicos
(de minutos a dias)
(de intrassazonal a Hidrológicos
multidecadal)

secas
inundação

tempestade

incêndios espontâneos

movimento de massa (úmido)

ondas de calor

ondas de frio

ação de ondas
Desastres naturais hidrológicos

Estação chuvosa Total


sazonal
Média
diária
% dias
chuvosos
(out-mar)

Nº dias Máxima Percentil


com chuva precipitação de 95%
leve diária

Frequência Intensidade
eventos dos
extremos extremos

Fonte: Zilli et al. (2016)


Desastres naturais hidrológicos

Estação chuvosa Total


sazonal
Média
diária
% dias
chuvosos
(out-mar):
tendência

Nº dias Máxima Percentil


com chuva precipitação de 95%
leve diária

Frequência Intensidade
eventos dos
extremos extremos

Fonte: Zilli et al. (2016)


Desastres naturais hidrológicos: extremos chuvosos
na bacia do rio da Prata

15ºS-25ºS/55ºW-45ºW

25ºS-35ºS/60ºW-50ºW

Fonte: Cavalcanti et al. (2015).


Desastres naturais hidrológicos: extremos chuvosos
na bacia do rio da Prata

15ºS-25ºS/55ºW-45ºW

PSA-type

25ºS-35ºS/60ºW-50ºW

Fonte: Cavalcanti et al. (2015).


Desastres naturais hidrológicos: extremos chuvosos
na bacia do rio da Prata

Dipolo do Oceano Índico


(fase negativa)

PSA-type

Fonte: Gomes et al. (2021).

Fonte: Cavalcanti et al. (2015).


Desastres naturais hidrológicos: extremos chuvosos
na bacia do rio da Prata

Differences between observed numbers

El Niño Canônico (ENPE)

El Niño Madoki (ENPC)


of extreme precipitation events in ENSO
years and neutral years, for SON

La Niña Canônico (LNPE)

La Niña Madoki (LNPC)


Fonte: Cavalcanti et al. (2015).
Desastres naturais hidrológicos: extremos chuvosos
em Uberlândia - MG

Fonte: Carpenedo e Lima (2022).


Desastres naturais hidrológicos: extremos chuvosos
em Uberlândia – MG (dezembro)

Fonte: Carpenedo e Lima (2022).


Desastres naturais hidrológicos: extremos chuvosos
em Uberlândia – MG (janeiro)

Fonte: Carpenedo e Lima (2022).


Referências
AMBRIZZI, T.; HOSKINS, B.J. AMBRIZZI T ; HSU, H. H. 1995. Rossby Wave Propagation And Teleconnection Patters In The Austral
Winter. Journal of the Atmospheric Sciences, Estados Unidos, v. 52, p. 3661-3672.
ANDRADE, K.M.; CAVALCANTI, I.F.A. 2018. Atmospheric characteristics that induce extreme precipitation in frontal systems over
Southeastern Brazil during summer: Observations and atmospheric model simulation. Int J Climatol 38: 5368-5385.
https://doi.org/10.1002/joc.5744
AVILA-DIAZ, A.; BENEZOLI, V.; JUSTINO, F. et al. 2020. Assessing current and future trends of climate extremes across Brazil based
on reanalyses and earth system model projections. Clim Dyn 55: 1403-1426. https://doi.org/10.1007/s00382-020-05333-z
BITENCOURT, D.P.; FUENTES, M.V.; FRANKE, A.E.; SILVEIRA, R.B.; ALVES, M.P.A. 2020. The climatology of cold and heat waves in
Brazil from 1961 to 2016. International Journal of Climatology 40: 2464-2478. https://doi.org/10.1002/joc.6345
BOMBARDI, R.J.; CARVALHO, L.M.V. 2011. The South Atlantic dipole and variations in the characteristics of the South American
Monsoon in the WCRP-CMIP3 multi-model simulations. Climate Dynamics 36:2091-2102. https://doi.org/10.1007/s00382-010-
0836-9
BOMBARDI, R.J.; CARVALHO, L.M.V.; JONES, C.; REBOITA, M. 2014. Precipitation over eastern South America and the South Atlantic
Sea surface temperature during neutral ENSO periods. Climate Dynamics 42: 1553-1568. https://doi.org/10.1007/s00382-013-1832-
7
CAI, W. et al. 2020. Climate impacts of the El Niño – Southern Oscillation on South America. Nature Reviews Earth Environ 1: 215-
231. https://doi.org/10.1038/s43017-020-0040-3
CAI, W. et al. 2021. Changing El Niño–Southern Oscillation in a warming climate. Nat Rev Earth Environ 2: 628-644 (2021).
https://doi.org/10.1038/s43017-021-00199-z
CARPENEDO, C.B.; AMBRIZZI,T. 2020. Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul Associado ao Modo Anular Sul e Impactos Climáticos
no Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia 35: 1-9. https://doi.org/10.1590/0102-77863540066
CARPENEDO, C.B.; LIMA, M.P. 2022. Padrões climáticos dos extremos chuvosos em Uberlândia - MG. Revista Brasileira de
Climatologia 31: 486-508. https://doi.org/10.55761/abclima.v31i18.15630
CAVALCANTI, I.F.A. 2015. The influence of extratropical Atlantic Ocean region on wet and dry years in North-Northeastern Brazil.
Front Environ Sci 3:34. https://doi.org/10.3389/fenvs.2015.00034
Referências
CAVALCANTI, I. A. F.; KOUSKY, V. E. 2009. Frentes Frias sobre o Brasil. In: Iracema FA Cavalcanti; Nelson J Ferreira, Maria Justi da
Silva; Maria Assunção S. Dias. (Org.). Tempo e Clima no Brasil. Sáo Paulo: Oficina de textos.
CAVALCANTI, I.F.A. 2015. The influence of extratropical Atlantic Ocean region on wet and dry years in North-Northeastern Brazil.
Front Environ Sci 3:34. https://doi.org/10.3389/fenvs.2015.00034
CAVALCANTI, Iracema F A ; Ambrizzi, Tércio . Teleconexões e suas Influências no Brasil. In: Iracema Fonseca de Albuquerque
Cavalcanti; Nelson Jesus Ferreira; Maria Gertrudes Alvarez Justi da Silva; Maria Assunção Faus da Silva Dias. (Org.). Tempo e Clima
no Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2009, v. , p. 317-335.
CHAN, S.C.; BEHERA, S.K.; YAMAGATA, T. 2008. Indian Ocean Dipole influence on South American rainfall. Geophys Res Lett 35:
L14S12. https://doi.org/10.1029/2008GL034204
CHAVES, R. R.; NOBRE, P. 2004. Interactions between sea surface temperature over the South Atlantic Ocean and the South Atlantic
Convergence Zone. Geophys Res Lett 31: L03204.
CLARKE et al. 2024. Climate change, El Niño and infrastructure failures behind massive floods in southern Brazil. Grantham Institute
for Climate Change. https://doi.org/10.25561/111882Coelho et al. (2016)
COELHO, C.A. S.; OLIVEIRA, C.P.; AMBRIZZI, T.; REBOITA, M.S.; CARPENEDO, C.B.; CAMPOS, J.L.P.S. et al. 2016. The 2014 southeast
Brazil austral summer drough: regional scale mechanisms and teleconnections. Clim Dyn 46: 3737-3752.
https://doi.org/10.1007/s00382-015-2800-1
DALAGNOL, R. et al. 2022. Extreme rainfall and its impacts in the Brazilian Minas Gerais state in January 2020: Can we blame climate
change? Climate Resilience and Sustainability 1: e15. https://doi.org/10.1002/cli2.15
FERNANDES, L.G. 2021. The interaction between El Niño-southern Oscillation and Madden-Julian Oscillation in South America:
observations and model simulations. 2021. 155 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental) – Setor de
Ciência e Tecnologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2021.
FERREIRA, G. W. S.; REBOITA, M. S.; 2022. A New Look into the South America Precipitation Regimes: Observation and Forecast.
Atmosphere 13: 873, 2022. https://doi.org/10.3390/atmos13060873
GAN, M. A.; RODRIGUES L R L; RAO, V. B. 2009. Monção na América do Sul. In: Iracema F. A. Cavalcanti; Nelson J. Ferreira; Maria
Assunção F. Dias; Maria Gertrudes A. Justi. (Org.). Tempo e Clima no Brasil. 1ed.São Paulo: Oficina de Textos 1: 297-316.
Referências
GARCIA-SOTO C, CHENG L, CAESAR L, SCHMIDTKO S, JEWETT EB, CHERIPKA A, RIGOR I, CABALLERO A, CHIBA S, BÁEZ JC,
ZIELINSKI T AND ABRAHAM JP (2021) An Overview of Ocean Climate Change Indicators: Sea Surface Temperature, Ocean Heat
Content, Ocean pH, Dissolved Oxygen Concentration, Arctic Sea Ice Extent, Thickness and Volume, Sea Level and Strength of the
AMOC (Atlantic Meridional Overturning Circulation). Front. Mar. Sci. 8:642372. https://doi.org/10.3389/fmars.2021.642372
GEIRINHAS, J.L.M.; RUSSO, A.; LIBONATI, R.; SOUZA, P.; MIRALLES, D.G.; TRIGO, R. 2021. Recent increasing frequency of compound
summer drought and heatwaves in Southeast Brazil. Environmental Research Letters 16(3): 1-10. https://doi.org/10.1088/1748-
9326/abe0eb
GIANNINI, A.; KUSHNIR, Y.; CANE, M. A. 2000. Interannual Variability of Caribbean Rainfall, ENSO, and the Atlantic Ocean. J Climate
13: 297-311.
GOMES, M.S.; CAVALCANTI, I.F.A.; MÜLLER, G.V. 2021. 2019/2020 drought impacts on South America and atmospheric and oceanic
influences. Weather and Climate Extremes 34: 100404. https://doi.org/10.1016/j.wace.2021.100404
GOZZO, L.F.; DRUMOND, A.R.M.; PAMPUCH, L.; AMBRIZZI, T.; CRESPO, N.M.; REBOITA, M.S.; BIER, A.A.; CARPENEDO, C.B.; BUENO,
P.G.; PINHEIRO, H.R.; CUSTODIO, M.S.; KUKI, C.A.C.; TOMAZIELLO, A.C.N.; GOMES, H.B.; DA ROCHA, R.P.; COELHO, C.A.S.;
PIMENTEL, R.M. 2022. Intraseasonal Drivers of the 2018 Drought Over São Paulo, Brazil. Frontiers in Climate 4: 852824.
https://doi.org/10.3389/fclim.2022.85282
GRIMM, A.M. 2019. Madden–Julian Oscillation impacts on South American summer monsoon season: precipitation anomalies,
extreme events, teleconnections, and role in the MJO cycle. Clim Dyn 53: 907-932. https://doi.org/10.1007/s00382-019-04622-6
GRIMM, A.M.; AMBRIZZI, T. 2009. Teleconnections into South America from the Tropics and Extratropics on Interannual and
Intraseasonal Timescales. In: Francoise Vimeux; Florence Sylvestre; Myriam Khodri. (Org.). Past Climate Variability in South
America and Surrounding Regions. 1ed.: Springer Netherlands, v. 14, p. 159-193.
HOFMANN, G.S. et al.2023. Changes in atmospheric circulation and evapotranspiration are reducing rainfall in the Brazilian
Cerrado. Sci Rep 13: 11236. https://doi.org/10.1038/s41598-023-38174-x
IPCC. 2013. Climate Change 2013: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fifth Assessment Report of
the Intergovernmental Panel on Climate Change [Stocker, T.F., D. Qin, G.-K. Plattner, M. Tignor, S.K. Allen, J. Boschung, A. Nauels, Y.
Xia, V. Bex and P.M. Midgley (eds.)]. Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA. 1535 p.
Referências
IPCC. 2021. Climate Change 2021: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Sixth Assessment Report of
the Intergovernmental Panel on Climate Change [Masson-Delmotte, V., P. Zhai, A. Pirani, S.L. Connors, C. Péan, S. Berger, N. Caud, Y.
Chen, L. Goldfarb, M.I. Gomis, M. Huang, K. Leitzell, E. Lonnoy, J.B.R. Matthews, T.K. Maycock, T. Waterfield, O. Yelekçi, R. Yu, and B.
Zhou (eds.)]. Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA, 2391 pp.
https://doi.org/10.1017/9781009157896
IPCC, 2022: Annex II: Glossary [Möller, V., R. van Diemen, J.B.R. Matthews, C. Méndez, S. Semenov, J.S. Fuglestvedt, A. Reisinger
(eds.)]. In: Climate Change 2022: Impacts, Adaptation and Vulnerability. Contribution of Working Group II to the Sixth Assessment
Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [H.-O. Pörtner, D.C. Roberts, M. Tignor, E.S. Poloczanska, K. Mintenbeck,
A. Alegría, M. Craig, S. Langsdorf, S. Löschke, V. Möller, A. Okem, B. Rama (eds.)]. Cambridge University Press, Cambridge, UK and
New York, NY, USA, pp. 2897–2930, https://doi.org/10.1017/9781009325844.029
JONES, C.; MU, Y.; CARVALHO, L.M.V. et al. 2023. The South America Low-Level Jet: form, variability and large-scale forcings. npj
Clim Atmos Sci 6:175. https://doi.org/10.1038/s41612-023-00501-4
KAROLY, D.J. Southern Hemisphere circulation features associated with El Nin˜o-Southern Oscillation events, J. Climate, v.2, p.1239-
1252, 1989.
LAU, N.; NATH, M.J. 2003. Atmosphere–Ocean Variations in the Indo-Pacific Sector during ENSO Episodes. Journal of Climate 16(1):
3-20. https://doi.org/10.1175/1520-0442(2003)016<0003:AOVITI>2.0.CO;2
LEMES, M. C. R. ; REBOITA, M.S. ; CAPUCIN, B. C. 2020. Impactos das queimadas na Amazônia no tempo em São Paulo na tarde do
dia 19 de agosto de 2019. Revista Brasileira de Geografia Física 13: 983-993.
MADDEN, R.A.; JULIAN, P.R. 1994. Observations of the 40-50 day tropical oscillation - a review. Mon Wea Rev 122: 814-837.
MARENGO J. A.; AMBRIZZI, T ; SOARES, W. 2009. Jato de Baixos Niveis ao leste dos Andes. In: Eds I. Cavalcanti, N. ferreira, M. A. Silva
Dias, M. A. Justi. (Org.). Tempo e Clima no Brasil. 1ed.Sao Paulo: Oficina de Textos, p. 169-180.
MARENGO, J.A.; TOMASELLA, J.; ALVES, L.M.; SOARES, W.R.; RODRIGUEZ, D.A. 2011. The drought of 2010 in the context of historical
droughts in the Amazon region. Geophys Res Lett 38: L12703 https://doi.org/10.1029/2011GL047436
MARENGO, J.A.; AMBRIZZI, T.; BARRETO, N.; CUNHA, A.P.; RAMOS, A.M.; SKANSI, M.; MOLINA CARPIO, J.; SALINAS, R. 2022. The
heat wave of October 2020 in central South America. International Journal of Climatology 42(4): 2281-2298.
https://doi.org/10.1002/joc.7365
Referências
MONTINI, T.L.; JONES, C.; CARVALHO, L.M.V. 2019. The South American low‐level jet: A new climatology, variability, and changes.
Journal of Geophysical Research: Atmospheres 124: 1200-1218. https://doi.org/10.1029/2018JD029634
MUZA, M. N.; CARVALHO, L. M. V.; JONES, C.; LIEBMANN, B. 2009. Intraseasonal and Interannual Variability of Extreme Dry and Wet
Events over Southeastern South America and the Subtropical Atlantic during Austral Summer. J Climate 22: 1682-1699.
https://doi.org/10.1175/2008JCLI2257.1
NNAMCHI, H.; LI, J.; ANYADIKE, R. 2011. Does a dipole mode really exist in the South Atlantic Ocean? Journal of Geophysical
Research 116(D15). https://doi.org/10.1029/2010JD015579 NNAMCHI, H.C.; KUCHARSKI, F.; KEENLYSIDE, N.S.; FARNETI, R. 2017.
Analogous seasonal evolution of the South Atlantic SST dipole indices. Atmos. Sci. Lett., 18: 396-402.
https://doi.org/10.1002/asl.781
PAMPUCH, L. A., 2014: Características Sinóticas e Dinâmicas de Períodos Extremos Secos sobre o Sudeste do Brasil e sua
Relação com a TSM do Atlântico Sul. 184f. Tese (Doutorado) – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
PASCALE, S. et al. 2019. Current and Future Variations of the Monsoons of the Americas in a Warming Climate. Curr Clim Change
Rep 5: 125-144. https://doi.org/10.1007/s40641-019-00135-w
POTTAPINJARA, V.; M. S. GIRISHKUMAR; R. MURTUGUDDE; K. ASHOK; M. RAVICHANDRAN. 2019. On the Relation between the
Boreal Spring Position of the Atlantic Intertropical Convergence Zone and Atlantic Zonal Mode. J Climate 32:4767-
4781. https://doi.org/10.1175/JCLI-D-18-0614.1.
REBOITA MS, AMBRIZZI T & ROCHA RP. 2009. Relationship between the Southern annular mode and Southern hemisphere
atmospheric systems. Brazilian Journal of Meteorology 24(1): 48-55. https://doi.org/10.1590/S0102-77862009000100005
REBOITA, M.S.; AMBRIZZI, T.; CRESPO, N.M.; DUTRA, L.M.M.; FERREIRA, G.W.D.S.; REHBEIN, A.; DRUMOND, A.; DA ROCHA, R.P.;
SOUZA, C.A.D. 2021. Impacts of teleconnection patterns on South America climate. Ann NY Acad Sci 1504: 116-153.
https://doi.org/10.1111/nyas.14592
REBOITA, M.S.; MATTOS, ENRIQUE VIEIRA ; CAPUCIN, BRUNO CÉSAR ; SOUZA, DIEGO OLIVEIRA DE ; FERREIRA, GLAUBER WILLIAN
DE SOUZA . A Multi-Scale Analysis of the Extreme Precipitation in Southern Brazil in April/May 2024. Atmosphere, v. 15, p. 1123,
2024. https://doi.org/10.3390/atmos15091123
Referências
RIBEIRO NETO, G.G. 2017. Monitoramento e Caracterização de Secas da América do Sul com Sensoriamento Remoto.
Dissertação de Mestrado, Curso de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, Programa de Pós-Graduação em Recursos
Hídricos e Saneamento Ambiental, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 76 p.
RODRIGUES, R.R.; TASCHETTO, A.S.;, SEN GUPTA, A. et al. 2019. Common cause for severe droughts in South America and marine
heatwaves in the South Atlantic. Nat Geosci 12: 620-626. https://doi.org/10.1038/s41561-019-0393-8
RODRIGUES, R. R.; MCPHADEN, MICHAEL J. 2014. Why did the 2011-12 La Niña cause a severe drought in the Brazilian Northeast?.
Geophysical Research Letters 41(3): 1012-1018. https://doi.org/10.1002/2013GL058703
RODRIGUES, R. R.; CAMPOS, E. J. D.; HAARSMA, R. 2015. The Impact of ENSO on the South Atlantic Subtropical Dipole Mode. J.
Climate, 28, 2691–2705, https://doi.org/10.1175/JCLI-D-14-00483.1.
RODRIGUES, R.R.; HAARSMA, R.J.; CAMPOS, E.J.D.; AMBRIZZI, T. 2011. The impacts of inter-El Nino variability on the Tropical Atlantic
and Northeast Brazil climate. J Climate 24: 3402-3422. https://doi.org/10.1175/2011JCLI3983.1
ROSSO, F.V.; BOIASKI, N.T.; FERRAZ, S.E.T.; ROBLES, T.C. 2018. Influence of the Antarctic Oscillation on the South Atlantic
Convergence Zone. Atmosphere-Basel 9: 1-19. https://doi.org/10.3390/atmos9110431
RUDEVA, I.; SIMMONDS, I. 2015. Variability and Trends of Global Atmospheric Frontal Activity and Links with Large-Scale Modes of
Variability. J Climate 28: 3311-3330. https://doi.org/10.1175/JCLI-D-14-00458.1
SAITO, S.M.; SORIANO, É.; LONDE, L.R. 2015. Desastres Naturais. In: SAUSEN, T. M.; LACRUZ, M.S.P.. (Org.). Sensoriamento Remoto
para Desastres. 1ed.São Paulo: Oficina de Textos, v. 1, p. 1-285.
SAJI, N.; GOSWAMI, B.; VINAYACHANDRAN, P. et al. A dipole mode in the tropical Indian Ocean. Nature 401, 360–363 (1999).
https://doi.org/10.1038/43854
SENA, A.C.T.; MAGNUSDOTTIR, G. 2021. Influence of the Indian Ocean dipole on the large-scale circulation in South America. J
Climate 34: 6057-6068. https://doi.org/10.1029/2008GL034204
SILVA, C.B.; CARPENEDO, C.B. 2021. Teleconexões no Cerrado brasileiro. In: Diego Tarley Ferreira Nascimento; Alécio Perini
Martins; Gislaine Cristina Luiz; Regina Maria Lopes. (Org.). Climatologia do Cerrado: variabilidades, suscetibilidades e mudanças
climáticas no contexto do Cerrado brasileiro. 1ed.Goiânia: C&A Alfa Comunicação, p. 232-262.
Referências
SILVA, V.B.S.; KOUSKY, V.E. 2012. The South American Monsoon System: Climatology and Variability, Modern Climatology, Dr Shih-
Yu Wang (Ed.), InTech.
SUN, X.; COOK, K.H.; VIZY, E.K. 2017. The South Atlantic sub-tropical high: Climatology and interannual variability. J Climate 30(9):
3279-3296. https://doi.org/10.1175/JCLI-D-16-0705.1
Tedeschi et al. (2014
TEDESCHI, R.G.; GRIMM, A.M.; CAVALCANTI, I.F.A. 2016. Influence of Central and East ENSO on precipitation and its extreme events
in South America during austral autumn and winter. International Journal of Climatology 36(15): 4797-4814.
https://doi.org/10.1002/joc.4670
TOMAZIELLO, A. C. N. Variabilidade da Zona de Convergência Intertropical do Atlântico durante as estações seca e chuvosa da
América do Sul tropical. 2014. 192 f. Tese (Doutorado em Meteorologia) – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências
Atmosféricas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.
WILHITE, D.A. 2000. Drought as a natural hazard: concepts and definitions. In: WILHITE D.A. (ed.). Droughts: Global Assessment.
London: Routledge, p. 3-18.
WMO. The Atlas of mortality and economic losses from weather, climate and water extremes (1970–2019). n. 1267, 89 p.
Disponível em: https://obtienearchivo.bcn.cl/obtienearchivo?id=documentos/10221.1/83722/1/1267_Atlas_of_Mortality_en-final_-
_26.07.2021.pdf
YANG, H.; LOHMANN, G.; LU, J.; GOWAN, E.J.; SHI, X.; LIU, J.; WANG, Q. 2020. Tropical expansion driven by poleward advancing
midlatitude meridional temperature gradients. Journal of Geophysical Research: Atmospheres 125: e2020JD033158.
https://doi.org/10.1029/2020JD033158
ZHOU, J.; LAU, K.M. 2001. Principal modes of interannual and decadal variability of summer rainfall over South America. Int J
Climatol 21: 1623–1644. https://doi.org/10.1002/joc.700
ZILLI, M.T.; CARVALHO, L.M.V.; LIEBMANN, B.; SILVA DIAS, M.A. 2016. A comprehensive analysis of trends in extreme precipitation
over southeastern coast of Brazil. International Journal of Climatology 37(5): 2269-2279. https://doi.org/10.1002/joc.4840
ZILLI, M.T.; CARVALHO, L.M.V.; LINTNER, B.R. 2019. The poleward shift of South Atlantic Convergence Zone in recent decades. Clim
Dynam 52: 2545–2563. https://doi.org/10.1007/s00382-018-4277-1
Unidade 2

Sistema de Circulação Secundária e


influência no Clima do Cerrado -
Tópicos Especiais em Engenharia Ambiental I:
a

Variabilidade Climática e Sistemas atmosféricos atuantes no Brasil


Teleconexões no Cerrado Brasileiro

Profa. Dra. Camila Bertoletti Carpenedo

O Cerrado no Contexto da
Emergência Climática

Você também pode gostar