Terapia combinada

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TERAPIA COMBINADA:

Ultrassom e Corrente Interferencial


O QUE É TERAPIA COMBINADA?
A aplicação simultânea de duas modalidades terapêuticas, envolvendo
o uso de recursos físicos, é chamada de terapia combinada. A associação
do ultrassom terapêutico com alguma forma de eletroestimulação é a
combinação mais frequente.
A Terapia Combinada soma os efeitos individuais de cada modalidade.
Ao aplicar duas terapias simultâneas, há o ganho de tempo e ainda a
potencialização do resultado final do tratamento.
O uso do ultrassom associado a corrente interferencial potencializa o
efeito analgésico e anti-inflamatório.
ULTRASSOM
O ultrassom terapêutico (UST) é um recurso comumente aplicado nos
distúrbios do sistema musculoesquelético, como na aceleração do reparo
tecidual de lesões musculares. A possibilidade de usar diferentes frequências
entre 1 e 3MHz é importante na medida em que as frequências mais altas
(3MHz) são absorvidas mais intensamente, tornando-as mais específicas para
o tratamento de tecidos superficiais, enquanto que as frequências mais
baixas (1MHz) penetram mais profundamente, devendo ser usadas para os
tecidos mais profundos.
EFEITOS PRODUZIDOS
Reações químicas – As vibrações do ultrassom estimulam o tecido a aumentar as
reações e os processos químicos locais, assegura a circulação dos elementos e
radicais necessários por recombinação.
Respostas biológicas - A permeabilidade das membranas fica aumentada pelo
ultrassom, o que acentua a transferência dos fluídos e nutrientes aos tecidos.
Efeitos mecânicos - Em consequência das vibrações longitudinais, elementos da
célula são obrigados a se moverem, sentindo assim um efeito de micromassagem.
Este efeito aumenta o metabolismo celular, o fluxo sanguíneo e o suprimento de
oxigênio.
EFEITOS PRODUZIDOS
Cavitação - Irradiar ultrassom em líquidos leva à formação de microbolhas que
aumentam e diminuem de tamanho (cavitação estável), ou podem colapsar (cavitação
transitória). Ambos os tipos de cavitação produzem movimento nos líquidos ao redor
da microbolha. A cavitação estável pode ser terapêutica e a transitória pode causar
danos teciduais.
A vibração em alta frequência do ultrassom deforma a estrutura molecular das
substâncias não fortemente unidas. Esse fenômeno é terapeuticamente útil para
produzir efeitos esclerolíticos, na tentativa de reduzir espasmos, aumentar a
amplitude de movimentos devido à ação em tecidos aderidos e quebrar depósitos de
cálcio, mobilizando aderências, tecidos cicatriciais.
EFEITOS PRODUZIDOS
Efeitos térmicos - Ocorre uma elevação na temperatura resultante da conversão de
energia cinética em calor pelos tecidos. Este efeito pode produzir um aumento na
extensibilidade do colágeno e, portanto, é recomendado onde há limitações de
movimento.
A técnica aceita é manter o transdutor em movimento durante o tratamento, e assim,
um aquecimento desejável poderá ocorrer de acordo com a intensidade usada. A
escolha pelo uso do ultrassom contínuo ou pulsado deve estar de acordo com a
avaliação do quadro clínico e respeitar o processo de reparo e regeneração tecidual.
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
Artrose Útero na gravidez
Bursite Globo ocular
Neurites e neuralgias Áreas de Tromboflebite e TVP
Mialgias e miosites Coração e órgãos reprodutores
Reumatismos Dispositivo Eletrônico Implantado
Edemas Implante metálico
Dores agudas e crônicas Sistema neurovegetativo
Pós-operatório imediato e tardio Infecções agudas
Cicatrizes e retrações teciduais Áreas tratadas por radioterapia
Lesões ligamentares e tendíneas Tumores
Locais com alterações sensitivas
CORRENTE INTERFERENCIAL
A corrente interferencial é uma corrente alternada de média frequência
despolarizada que apresenta forma de onda sinusoidal. Nos modos tetrapolar com
vetor normal ou automático e no modo bipolar contínuo esta corrente é indicada
para tratamentos na área de reabilitação física com o objetivo de drenagem de
edema, analgesia, aumento do metabolismo e vascularização local.
O modo bipolar sincronizado ou recíproco permite a estimulação motora com o
objetivo de fortalecimento e tonificação muscular.
MODO TETRAPOLAR NORMAL (NML)
- CARRIER (portadora) - neste caso o equipamento gera uma portadora de média
frequência de 2.000 Hz, 4.000 Hz ou 8.000 Hz.
- AMF (frequência de modulação ou frequência de batimento) - variável de 1 Hz a
100 Hz em “steps” de 1 Hz.
- SWEEP MODE – modo de varredura:
- SWEEP FREQ ( ∆AMF) – faixa de varredura da AMF: variável de 1 Hz a 100 Hz
em “steps” de 1 Hz.
- VETOR “ROTACIONAL” ou “DINÂMICO” – possibilidade de rotação manual do
campo interferencial.
- Tempo de aplicação: ajustável na faixa de 1 a 30 minutos.
- Intensidade: deve ser ajustada segundo a sensibilidade e tolerância do paciente,
e a sensação no local de aplicação é de formigamento.
MODO TETRAPOLAR AUTOMÁTICA (AUT)
- CARRIER (portadora) - neste caso o equipamento gera uma portadora de média
frequência de 2.000 Hz, 4.000 Hz ou 8.000 Hz.
- AMF (frequência de modulação ou frequência de batimento) - variável de 1 Hz a
100 Hz em “steps” de 1 Hz.
- SWEEP MODE – modo de varredura:
- SWEEP FREQ ( ∆AMF) – faixa de varredura da AMF: variável de 1 Hz a 100 Hz
em “steps” de 1 Hz.
- VETOR “ROTACIONAL” ou “DINÂMICO” – -possibilidade de rotação automática
do campo interferencial (vetor automático).
- Tempo de aplicação: ajustável na faixa de 1 a 30 minutos.
- Intensidade: deve ser ajustada segundo a sensibilidade e tolerância do paciente,
e a sensação no local de aplicação é de formigamento.
MODO BIPOLAR CONTÍNUO
- CARRIER (portadora) - neste caso o equipamento gera uma portadora de média
frequência de 2.000 Hz, 4.000 Hz ou 8.000 Hz.
- AMF (frequência de modulação ou frequência de batimento) - variável de 1 Hz a
100 Hz em “steps” de 1 Hz.
- SWEEP MODE – modo de varredura:
- SWEEP FREQ ( ∆AMF) – faixa de varredura da AMF: variável de 1 Hz a 100 Hz
em “steps” de 1 Hz.
- Tempo de aplicação: ajustável na faixa de 1 a 30 minutos.
- Intensidade: deve ser ajustada segundo a sensibilidade e tolerância do paciente,
e a sensação no local de aplicação é de formigamento.
MODO BIPOLAR SINCRONIZADO
- CARRIER (portadora); AMF; SWEEP MODE; SWEEP FREQ ( ∆AMF) - IDEM contínuo
- RISE - tempo de subida do pulso, variável de 1 a 9 segundos.
- DECAY - tempo de descida do pulso, variável de 1 a 9 segundos.
- ON TIME (tempo ligado) - tempo de máxima contração muscular, variável de 1 a 60
segundos.
- OFF TIME (tempo desligado) - tempo de repouso da contração muscular, variável de
1 a 60 segundos.
- Tempo de aplicação: ajustável na faixa de 1 a 30 minutos.
- Intensidade: deve ser ajustada segundo a sensibilidade e tolerância do paciente. Com
a estimulação em modo sincronizado, os canais 1 e 2 funcionam juntos, ao mesmo
tempo, ou seja, todos os canais executam simultaneamente o tempo escolhido de Rise,
On, Decay e Off.
MODO BIPOLAR RECÍPROCO
- CARRIER (portadora); AMF; SWEEP MODE; SWEEP FREQ ( ∆AMF) - IDEM contínuo
- RISE - tempo de subida do pulso, variável de 1 a 9 segundos.
- DECAY - tempo de descida do pulso, variável de 1 a 9 segundos.
- ON TIME (tempo ligado) - tempo de máxima contração muscular, variável de 1 a 60
segundos.
- OFF TIME (tempo desligado) - tempo de repouso da contração muscular, variável de
1 a 60 segundos.
- Tempo de aplicação: ajustável na faixa de 1 a 30 minutos.
- Intensidade: deve ser ajustada segundo a sensibilidade e tolerância do paciente.
Com a estimulação em modo recíproco, os canais 1 e 2 funcionam alternadamente, ou
seja, enquanto o canal 1 executa o tempo de Rise e On, o canal 2 executa o tempo de
Decay e Off.
PROTOCOLOS TERAPIA COMBINADA
CONTROLE DE DOR RESIDUAL E REGENERAÇÃO TECIDUAL:
Corrente Interferencial Bipolar no modo contínuo com frequência portadora igual a 4 KHz,
AMF = 10 Hz, ΔAMF = 20 Hz e SWEEP 6/6.
A intensidade de corrente deve ser uma estimulação sensorial intensa.
O eletrodo deve ser posicionado a uma distância máxima de 5 cm da região da dor.
O cabeçote do ultrassom fechará o campo para a passagem da corrente elétrica.
O ultrassom deve ser utilizado no modo pulsado com frequência igual a 48 Hz e ciclo de
trabalho igual a 50%.
A frequência do transdutor deve ser de 3 MHz para tratamentos de lesões superficiais e
para procedimentos estéticos e 1 MHz para tratamentos de lesões profundas envolvendo
os sistemas osteomioarticular como ligamentos, cápsulas, tendões e músculos.
O tempo deve ser calculado dividindo-se a área da lesão pela ERA do cabeçote.
A intensidade do ultrassom deve ser igual a 1,5 W/cm2 de área.
PROTOCOLOS TERAPIA COMBINADA
CONTROLE DE DOR AGUDA E REGENERAÇÃO TECIDUAL:
Corrente Interferencial Bipolar no modo contínuo com frequência portadora igual a 4 KHz,
AMF = 80 Hz, ΔAMF = 100 Hz e SWEEP 6/6.
A intensidade de corrente deve ser uma estimulação sensorial intensa.
O eletrodo deve ser posicionado a uma distância máxima de 5 cm da região da dor.
O cabeçote do ultrassom fechará o campo para a passagem da corrente elétrica.
O ultrassom deve ser utilizado no modo pulsado com frequência igual a 48 Hz e ciclo de
trabalho de 50%.
A frequência do transdutor deve ser de 1 MHz para tratamentos de lesões profundas e 3
MHz para tratamentos de lesões superficiais e para procedimentos estéticos.
O tempo deve ser calculado dividindo-se a área da lesão pela ERA do cabeçote. A
intensidade do ultrassom deve ser igual a 1,5 W/cm2 de área.
PROTOCOLOS TERAPIA COMBINADA
CONTROLE DE DOR MIOFASCIAL (TRATAMENTO DE DOR MIOFASCIAL POR
MEIO DA TÉCNICA DE ALTA POTÊNCIA ATÉ O LIMIAR DOLOROSO:
Corrente Interferencial Bipolar no modo continuo com frequência portadora igual a 4 KHz,
AMF = 70 Hz, ΔAMF = 80 Hz e SWEEP 6/6.
A intensidade deve ser uma estimulação sensorial intensa.
O eletrodo deve ser posicionado no dermátomo correspondente ao local do Trigger Point,
a uma distância de no mínimo 5 cm do mesmo.
O transdutor do ultrassom fechará o campo com a corrente elétrica.
O ultrassom deve ser utilizado na frequência de 1 MHz, modo contínuo e intensidade
variando de acordo com os princípios da técnica.

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