Aula 08-1 - MM - TPM

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ENGENHARIA MECÂNICA

DISCIPLINA MANUTENÇÃO MECÂNICA

MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL


(Espinha de Peixe – PERT – CPM)

Faculdade UNIVERTIX – Matipó – MG

Prof.: Carlos Eduardo Cerqueira


Objetivos da TPM:
O objetivo global da TPM é a melhoria da estrutura da
empresa em termos materiais (máquinas, equipamentos,
ferramentas, matéria-prima, produtos etc.) e em termos
humanos (aprimoramento das capacitações pessoais
envolvendo conhecimento, habilidades e atitudes).

A meta a ser alcançada é o rendimento operacional


global.
As melhorias devem ser conseguidas por meio
dos seguintes passos:

a) Capacitar os operadores para conduzir a manutenção


de forma voluntária.

b) Capacitar os mantenedores a serem polivalentes.

c) Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos


que dispensem manutenção, isto é; o “ideal” da
máquina descartável.

d) Incentivar estudos e sugestões para modificação dos


equipamentos existentes a fim de melhorar seu
rendimento,
Aplicar o programa dos oito S:

1-Seiri= organização; implica eliminar o supérfluo.

2-Seiton= arrumação; implica identificar e colocar tudo em


ordem.

3-Seiso = limpeza; implica limpar sempre e não


sujar.

4-Seiketsu= padronização; implica manter a arrumação, limpeza


e ordem em tudo.

5-Shitsuki= disciplina; implica a autodisciplina para fazer tudo


espontaneamente.

6-Shido= treinar; implica a busca constante de


capacitação pessoal.

7-Seison= eliminar as perdas.

8-Shikaro yaro= realizar com a determinação e união.


Eliminar as seis grandes perdas:

1. Perdas por quebra.

2. Perdas por demora na troca de ferramentas e regulagem.

3. Perdas por operação em vazio (espera).

4. Perdas por redução da velocidade em relação ao padrão


normal.

5. Perdas por defeitos de produção.

6. Perdas por queda de rendimento.


Aplicar as cinco medidas para obtenção da “quebra zero”:

1. Estruturação das condições básicas.

2. Obediência às condições de uso.

3. Regeneração do envelhecimento.

4. Sanar as falhas do projeto (terotecnologia).

5. Incrementar a capacitação técnica.


A ideia da “quebra zero” baseia-se no conceito de que a
quebra é a falha visível. A falha visível é causada por uma
coleção de falhas invisíveis como um iceberg.

Logo, se os operadores e mantenedores estiveram


conscientes de que devem evitar as falhas invisíveis, a
quebra deixará de ocorrer.
As falhas invisíveis normalmente deixam de ser
detectadas por motivos físicos ou psicológicos.

Motivos físicos:

As falhas não são visíveis por estarem em local de


difícil acesso ou encobertas por detritos e sujeiras.

Motivos psicológicos:

As falhas deixam de ser detectadas devido à falta de


interesse ou de capacitação dos operadores ou
mantenedores.
O serviço de manutenção de máquinas é indispensável e
deve ser constante. Por outro lado, é necessário manter a
produção, conforme o cronograma estabelecido.

Esses dois aspectos levantam a questão de como conciliar o


tempo com a paradas das máquinas para manutenção sem
comprometer a produção.

OBJETIVO:

Ver como as empresas conciliam o tempo com a paradas


das máquinas, considerando a produção.
Rotina de planejamento

O setor de planejamento recebe as requisições de serviço, analisa o que e


como deve ser feito, quais as especialidades e grupos envolvidos, e os
materiais e ferramentas a serem utilizados. Isso resulta no plano de
operações, na lista de materiais para empenho ou compra de estoque e
outros documentos complementares como relação de serviços por grupo,
ordens de serviço etc.

Quando há necessidade de estudos especiais, execução de projetos e


desenhos ou quando o orçamento de um trabalho excede determinado valor,
o setor de planejamento requisita os serviços da Engenharia de Manutenção.
Ela providencia os estudos necessários e verifica a viabilidade econômica.

Se o estudo ou projeto for viável, todas as informações coletadas pelo


planejamento são enviadas ao setor de programação, que prepara o
cronograma e os programas diários de trabalho coordenando a movimentação
de materiais.
Sequência para planejamento:

É o rol de atividades para o planejador atingir o plano de operação e


emitir os documentos necessários.

Esse rol de atividades consiste em:

➢ Listar os serviços a serem executados;


➢ Determinar o tempo, especialidades e número de profissionais;
➢ Determinar a sequência lógica das operações de trabalho por meio
do diagrama espinha de peixe;
➢ Construir PERT-CPM;
➢ Construir diagrama de barras (Gantt), indicando as equipes de
trabalho;
➢ Emitir as ordens de serviço, a lista de materiais, a relação de serviços
por grupo e outros documentos que variam conforme a empresa.
Diagrama espinha de peixe:

É uma construção gráfica simples que permite construir e


visualizar rapidamente a sequência lógica das operações.
Em planejamento simples e para um único grupo de trabalho,
pode-se passar da espinha de peixe ao diagrama de barras ou
diagrama de Gantt.

Diagrama de Gantt:
È um cronograma que permite fazer a programação das tarefas
mostrando a dependência entre elas. Usado desde o inicio do século,
consiste em um diagrama onde cada barra tem um comprimento
diretamente proporcional ao tempo de execução real da tarefa. O
começo gráfico de cada tarefa ocorre somente após o término das
atividades das quais depende,

As atividades para elaboração do diagrama são a determinação


das tarefas, das dependências, dos tempos e a construção gráfica.

Exemplo ➔ considerando a fabricação de uma polia e um eixo. A


primeira providência é listar as tarefas, dependências e
tempo envolvidos.
MS PROJECT

O diagrama de Gantt é um auxiliar importante do planejador e


do programador, pois apresenta facilidade em controlar o tempo
e em reprogramá-lo.

Apesar desta facilidade, o diagrama de Gantt não resolve


todas as questões, tais como:

a) Quais tarefas atrasariam se a terceira tarefa (C) se atrasar um


dia?

b) Como colocar de forma clara os custos no diagrama?

e) Quais tarefas são criticas para a realização de todo o


trabalho?
Métodos PERT – CPM:

Para resolver as questões que o diagrama de Gantt não consegue


solucionar, foram criados os métodos PERT CPM.

Os métodos PERT (Programa de Avaliação e Técnica de Revisão)


e CPM (Método do Caminho Critico) foram criados em 1958.

O PERT foi desenvolvido pela NASA com o fim de controlar o


tempo e a execução de tarefas realizadas pela primeira vez.

O CPM foi criado na empresa norte-americana Dupont com o


objetivo de realizar as paradas de manutenção no menor prazo
possível e com o nível constante de utilização dos recursos.

Os dois métodos são quase idênticos; porém, as empresas, em


termos de manutenção, adotam basicamente o CPM.
Método CPM:

O CPM se utiliza de construções gráficas simples como flechas,


círculos numerados e linhas tracejadas, que constituem,
respectivamente:

a) o diagrama de flechas;

b) a atividade fantasma;

c) o nó ou evento,
Diagrama de flechas – É um gráfico das operações, em que
cada operação é representada por uma flecha. Cada flecha tem
uma ponta e uma cauda. A cauda representa o início da operação
e a ponta marca o seu final.

As flechas são usadas para expressar as relações entre as


operações e definir uma ou mais das seguintes situações:
– a operação deve preceder algumas operações;
– a operação deve suceder algumas operações;
– a operação pode ocorrer simultaneamente a outras operações.
Atividade fantasma – É uma flecha tracejada usada
como artifício para identificar a dependência entre
operações. É também chamada de operação imaginária e
não requer tempo. Observe a figura:

A figura exemplifica as seguintes


condições:
· W deve preceder Y;
· K deve preceder Z;
· Y deve seguir-se a W e K.

Assim, as atividades W, Y, K e Z são operações físicas como


tornear, montar, testar etc.
Cada uma dessas operações requer um tempo de execução,
enquanto a atividade fantasma é um ajuste do cronograma, isto
é, depende apenas da programação correta.
Nó ou evento – São círculos desenhados no início e no final
de cada flecha.
Têm o objetivo de facilitar a visualização e os cálculos de
tempo. Devem ser numerados e sua numeração é aleatória.

O nó não deve ser confundido com uma atividade que


demande tempo. Ele é um instante, isto é, um limite entre
o início de uma atividade e o final de outra.
Construção do diagrama CPM:

Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista das


atividades, os tempos e a sequência lógica.

Em seguida, vai-se posicionando as flechas e os nós


obedecendo a sequência lógica e as relações de dependência.

Abaixo de cada flecha, coloca-se tempo da operação.

Acima de cada flexa, a identificação da operação.


Exemplo:

Um torno apresenta defeitos na árvore e na bomba de lubrificação e é preciso


corrigir tais defeitos.
O que fazer?
Primeiramente, listam-se as tarefas, dependências e tempos, numa
sequência lógica:
A seguir constrói-se o diagrama:

O caminho crítico:
É um caminho percorrido através dos eventos (nós) cujo somatório dos
tempos condiciona a duração do trabalho. Por meio do caminho critico
obtém-se a duração total do trabalho e a folga das tarefas que não controlam
o término do trabalho.

No diagrama há três caminhos de atividades levando o trabalho do evento


O (zero) ao evento 5:

➢ A — B — D — F, com duração de 11 horas;


➢ A—C—E— F, com duração de 9 horas;
➢ A — B — imaginária — E — F, com duração de 10 horas.
Há, um caminho com duração superior aos demais, que condiciona a
duração do projeto. É este o caminho critico.

A importância de se identificar o caminho crítico fundamenta-se nos


seguintes parâmetros:

a) permitir saber, de imediato, se será possível ou não cumprir o


prazo anteriormente estabelecido para a conclusão do plano;
b) identificar as atividades criticas que não podem sofrer atrasos,
permitindo um controle mais eficaz das tarefas prioritárias;
c) permitir priorizar as atividades cuja redução terá menor impacto,
antecipação da data final de término dos trabalhos, para o caso de ser
necessária uma redução desta data final;
d) permitir o estabelecimento da primeira data do término da atividade;
e) permitir o estabelecimento da última data do término da atividade.

Frequentemente, o caminho critico é tão maior que os demais que basta


acelerá-lo para acelerar todo o trabalho.

Tendo em vista o conceito do caminho crítico, pode-se afirmar que as


tarefas C e E do diagrama anterior podem atrasar até duas horas sem
comprometer a duração total.
Resultado final da aplicação do CPM

O método do caminho crítico permite um balanceamento dos


recursos, principalmente mão-de-obra. O departamento de
manutenção possui um contingente fixo e não é desejável ter um perfil
de utilização desse contingente com carência em uns momentos e
ociosidade em outros.

Para evitar este problema, o planejador joga com o atraso das tarefas
com folga e o remanejamento do pessoal envolvido nas tarefas
iniciais.

Nas paradas para reformas parciais ou totais, após o balanceamento


dos recursos físicos e humanos com programação de trabalho em
horários noturnos e em fins de semana, pode ocorrer ainda a carência
de mão-de-obra. Neste caso, a solução é a contratação de serviços
externos ou a ampliação do quadro de pessoal. Essas decisões só
podem ser tomadas após a análise e comprovação prática das
carências.

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