Resumo Materia Direito Tributário
Resumo Materia Direito Tributário
Resumo Materia Direito Tributário
1) Obrigação Tributária
3) Lançamento
Definição: Lançamento é o procedimento administrativo pelo qual a autoridade
fiscal verifica a ocorrência do fato gerador, calcula o tributo devido, identifica o
sujeito passivo e formaliza a obrigação tributária (art. 142 do CTN).
Natureza Jurídica: O lançamento é declaratório, constitutivo ou híbrido,
dependendo da espécie tributária.
Exemplo Prático:
A Receita Federal realiza o lançamento do IRPF ao verificar as informações
declaradas e notifica o contribuinte do montante devido.
4) Espécies de Lançamento
Conforme o art. 149 do CTN, existem três modalidades de lançamento:
1. Lançamento Direto (de Ofício):
Realizado pela autoridade administrativa, independentemente da colaboração
do contribuinte.
Ex.: Multas de trânsito ou IPTU, quando a Prefeitura calcula o tributo e envia a
guia de pagamento.
2) Elisão Fiscal
É uma prática lícita e consiste em planejar operações ou organizar atividades
econômicas de forma a pagar menos tributos, utilizando-se dos meios previstos
na lei.
Exemplos de elisão fiscal:
1. Escolha da forma jurídica mais vantajosa:
Hipótese: Uma empresa opta por abrir como Simples Nacional, ao invés do
regime de lucro real, porque a carga tributária será menor.
Espécie: Planejamento tributário preventivo.
3) Elusão Fiscal
A elusão fiscal está em um ponto intermediário entre a elisão (lícita) e a evasão
(ilícita). Consiste em utilizar mecanismos que, embora não sejam ilegais de
forma direta, desvirtuam a finalidade da norma tributária, configurando abuso
de direito.
Exemplos de elusão fiscal:
1. Operações artificiais para evitar tributos:
Hipótese: Uma empresa realiza cisão societária fictícia para fragmentar seu
faturamento e se enquadrar no Simples Nacional.
Espécie: Redução artificial da base tributável.
Elisão fiscal: É uma prática lícita de planejamento tributário para reduzir a carga
tributária, utilizando meios permitidos por lei. Exemplos: optar por regimes
tributários mais vantajosos ou aproveitar incentivos fiscais.
Elusão fiscal: É uma prática questionável ou ilícita que abusa de formas legais
para desvirtuar a finalidade da norma tributária, podendo ser desconsiderada
pelas autoridades fiscais. Exemplos: realizar operações artificiais para reduzir
tributos ou transformar rendas tributáveis em rendas menos oneradas.
4) fato gerador
4) Fato Gerador
Conceito:
É a situação jurídica ou econômica descrita na norma tributária que, ao ocorrer,
gera a obrigação tributária. Divide-se em:
Fato gerador material: Exemplo: venda de mercadoria (ICMS).
Fato gerador temporal: Exemplo: 1º de janeiro (IPTU).
Fato gerador espacial: Exemplo: localização do imóvel em determinado
município (IPTU).
7) Hipóteses de Lançamento
Modalidades (art. 142 e seguintes do CTN):
1. De ofício: Realizado pela autoridade sem intervenção do
contribuinte. Exemplo: IPTU.
2. Por declaração: Depende de informações fornecidas pelo
contribuinte. Exemplo: IRPF.
3. Por homologação: O contribuinte apura e paga, e a autoridade
apenas homologa. Exemplo: ICMS.
Consequências:
Define o montante devido.
Autoriza a cobrança e inscrição em dívida ativa.
Evasão Fiscal:
Conceito: Fraude ou descumprimento de obrigação para evitar o pagamento.
Exemplo: Falsificação de notas fiscais.
Consequências: Multas e crimes tributários.
Elusão Fiscal:
Conceito: Uso de meios aparentemente legais para dissimular fatos geradores
e evitar tributos.
Exemplo: Simulação de operações para escapar da tributação.
Consequências: Penalidades após desconsideração pelo fisco.
1. Crime Tributário
Os crimes tributários configuram ilícitos penais e podem resultar em:
Consequências Penais:
Pena de reclusão, que pode variar de 2 a 5 anos, dependendo do crime (Lei nº
8.137/1990, artigos 1º e 2º).
Multa cumulativa, proporcional à gravidade do ilícito.
Consequências Administrativas:
Lançamento de ofício do tributo devido.
Multas tributárias que podem ultrapassar o valor do débito.
Exemplo: Um comerciante que sonega ICMS (crime de sonegação fiscal) pode
ser condenado à prisão e terá que pagar o tributo devido com acréscimos.
2. Infração Tributária
As infrações tributárias geram penalidades administrativas, mas não
configuram crime.
Consequências Administrativas:
Multa proporcional ao valor do tributo devido (variável conforme a infração).
Juros de mora e correção monetária sobre o valor devido.
Impedimento de obter certidões negativas de débito (CND).
Consequências Patrimoniais:
Inscrição do débito em dívida ativa.
Bloqueio judicial de bens em caso de execução fiscal.
Exemplo: Um contribuinte que atrasa o pagamento do IPTU será penalizado
com multa e juros sobre o valor em atraso.
3. Elisão Fiscal
Por ser lícita, a elisão fiscal não gera penalidades, desde que respeite os
limites da legislação.
Exemplo: Um empresário que opta pelo regime do Simples Nacional para
pagar menos impostos não sofre nenhuma sanção, pois está dentro da lei.
4. Elusão Fiscal
A elusão fiscal, embora não tipificada como crime, pode ser desconsiderada
pelas autoridades fiscais por meio de:
Desconsideração de atos jurídicos (art. 116, parágrafo único, do CTN):
A Receita Federal ou o fisco estadual pode invalidar operações que configurem
abuso de forma.
Lançamento de tributo devido com acréscimos legais (multa e juros).
Possibilidade de responsabilização judicial:
Dependendo do caso, o contribuinte pode ser responsabilizado por abuso de
direito.
Exemplo: Uma empresa que fragmenta receitas artificialmente pode ter suas
operações desconsideradas e os tributos recalculados.
5. Evasão Fiscal
A evasão fiscal é sempre ilícita e gera severas consequências administrativas,
civis e penais.
Consequências Administrativas:
Multa sobre o valor do tributo omitido, que pode variar de 75% a 150% (ou
mais, em casos de reincidência).
Juros de mora e correção monetária.
Inscrição na dívida ativa e cobrança judicial.
Consequências Penais:
Dependendo da gravidade, pode configurar crime tributário, levando à reclusão.
Exemplo: Omissão de receitas pode ser enquadrada como sonegação fiscal
(art. 1º da Lei nº 8.137/1990).
Consequências Patrimoniais:
Bloqueio e penhora de bens para quitar a dívida tributária.
Elisão fiscal: Por ser uma prática lícita, não há consequências administrativas,
penais ou patrimoniais, desde que respeite os limites da legislação tributária.
Elusão fiscal: Pode acarretar a desconsideração do ato jurídico pelo fisco, o
que leva à cobrança retroativa do tributo devido com multas e juros. Em casos
graves, pode ser interpretada como crime tributário, com sanções penais.
Patrimonialmente, pode gerar execução fiscal e bloqueio de bens.
Questões:
A sociedade empresária Faz Tudo Ltda., localizada no estado Ômega, sempre cumpriu
regularmente com suas obrigações tributárias. Entretanto, entre os meses de janeiro e
junho de 2023, apesar de ter mensalmente encaminhado eletronicamente para a
Fazenda Estadual a sua Escrituração Fiscal Digital do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (EDF/ICMS), tudo de acordo com o Sistema Público de
Escrituração Digital – SPED, por um lapso do seu setor financeiro, as guias de
recolhimento deste imposto foram emitidas e pagas com valores bastante inferiores ao
efetivamente declarado. Em agosto do mesmo ano, ao requerer uma certidão fiscal,
foi-lhe fornecida uma certidão positiva de débito. Seu departamento jurídico recorreu
administrativamente daquele ato, sob a alegação de não ter ainda sido notificada para
o pagamento da diferença do tributo recolhido a menor, e requereu que ao menos
naquele momento lhe fosse fornecida uma certidão positiva com efeitos de negativa
(CPEN), até que fosse quitada a dívida tributária.
O Município ABC instituiu, por meio de lei ordinária, uma taxa de serviços públicos
exclusivamente de coleta domiciliar, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou
resíduos domiciliares, com base de cálculo atrelada à área do imóvel, e previu a
isenção da referida taxa para funcionários públicos municipais. Diante de tal quadro,
responda aos itens a seguir.
A) O crédito tributário foi constituído com a entrega de declaração pelo contribuinte (ou
com o vencimento do tributo, o que ocorrer por último), reconhecendo o débito fiscal,
dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco, nos termos da Súmula 436
do Superior Tribunal de Justiça.
B) Sim. O benefício da denúncia espontânea (Art. 138 do CTN) não se aplica aos
tributos sujeitos a lançamento por homologação, regularmente declarados, mas pagos
após o vencimento, conforme Súmula 360 do Superior Tribunal de Justiça.
Confira quais as causas da suspensão da exigibilidade do crédito tributário
Moratória
No que tange a essa hipótese, é importante ressaltar que o depósito deve ser em
dinheiro, isto é, não pode se dar na forma de bens ou outras garantias; e integral,
considerado o valor exigido pelo Fisco e não aquele entendido como devido pelo
contribuinte.
Para tanto, o impetrante deve, nos termos do art. 7º da Lei n. 12.016/09, expor
fundamento relevante e possibilidade de ineficácia da medida caso mantido o ato
coator.
Parcelamento
Sim, uma vez suspensa a exigibilidade do crédito tributário, não pode o Fisco utilizar
de meios coercitivos para exigir o pagamento do tributo.
Assim, ainda que haja, por exemplo, medida liminar determinando que o fisco se
abstenha de exigir determinado tributo, é possível que o Fisco lance o tributo, sem,
contudo, utilizar medida para demandar o pagamento.
Por fim, interessa ressaltar que o crédito tributário suspenso permite que o contribuinte
obtenha Certidão Positiva com Efeitos de Negativa, isto é, que atesta sua regularidade
fiscal e possui os mesmos efeitos de uma Certidão Negativa de Débitos (CND).
Exemplos:
Características:
Exemplos:
Características:
Não abrange infrações decorrentes de dolo, fraude ou simulação (Art. 180 do CTN).
Conclusão