Analise Horizontal e Vertical
Analise Horizontal e Vertical
Analise Horizontal e Vertical
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pela
empresa, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução
apresentada e as tendências futuras.
A análise de balanços é considerada por alguns autores como “uma arte”, pois, apesar
das técnicas desenvolvidas, não há um critério ou metodologia formal de análise válidos
nas diferentes situações e aceitos unanimemente pelos analistas. Dessa forma, torna-se
impossível estabelecer uma seqüência metodológica ou instrumental científico capazes
de fornecer diagnósticos sempre precisos da empresa (ASSAF NETO). Isso faz com que
os indicadores de análise sejam vistos de maneira particular por quem faz a análise,
sobressaindo-se, além do conhecimento técnico, a experiência e a própria intuição do
analista.
Dois analistas podem chegar a conclusões diferentes sobre a mesma empresa, mesmo
tendo trabalhado com os mesmos dados e utilizados as mesmas técnicas de análise. Isso
significa que cada analista concentra-se nas demonstrações financeiras da sociedade,
das quais extrai suas conclusões a respeito de sua situação econômico-financeira, e toma
(ou influencia) decisões com relação a conceder ou não crédito, investir ou não em seu
capital acionário, alterar determinadas políticas financeiras, avaliar se a empresa está
sendo bem administrada, identificar sua capacidade de solvência (se irá falir ou não),
avaliar sua lucratividade ou se tem condições de saldar suas dívidas com recursos
gerados internamente etc.
Obrigatórios são aqueles definidos pela legislação societária, sendo mais conhecidos
como “demonstrações contábeis” ou “demonstrações financeiras”.
A atual Lei das Sociedades por Ações determina que ao final de cada exercício social
(12 meses) toda empresa deve apurar, com base nos fatos registrados pela contabilidade,
as seguintes demonstrações contábeis:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou das Mutações do
Patrimônio Líquido;
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ( atualmente opcional)
Atualmente o Fluxo de Caixa se tornou obrigatório para as empresas S.As.
capital aberto
Em um exemplo podemos dizer que numa partida de futebol da sel. Brasileira x sel.
Boliviana teve uma renda de R$ 286.400,00 e 36.000 pagantes, isso seria um dado, já
com a divisão da arrecadação pelo n.º de pagantes obteríamos o preços médio por
ingresso o que já se transformou em informação.
Esse pode ser um importante e justificado motivo para se transformar parte desses
dados em informações capazes de levar os dirigentes da empresa a uma decisão.
O INÍCIO DA ANÁLISE
O Contador
A função básica do contador é compilar os dados decorrentes das operações da
empresa mediante os registros contábeis. E suas matérias-primas, são os fatos de
significado econômico-financeiro expressos em moeda e os seus produtos finais são as
demonstrações financeiras.
O analista
O analista de balanços por sua vez preocupa-se com as demonstrações financeiras, que
necessitam ser transformadas em informações, que permitam concluir se a empresa
merece ou não crédito, se é lucrativa, se possui dívidas acima de sua capacidade, se vem
evoluindo ou regredindo ou até mesmo se sobreviverá ou irá a falência.
Linguagem
O resultado da análise de balanços é demonstrado através de relatórios escritos em
linguagem descomplicada, com uso de gráficos representativos como auxiliares,
objetivando simplificar as conclusões mais complexas. Devem ser elaborados como se
fossem destinados a leigos mesmo que não o sejam.
- Situação financeira;
- Situação econômica;
- Desempenho;
- Eficiência na utilização dos recursos;
- Pontos fracos e fortes;
- Tendências e perspectivas;
- Quadro evolutivo;
- Adequação das fontes às aplicações de recursos
- Causas das alterações na situação financeira;
- Causas das alterações na rentabilidade;
- Evidência de erros da administração;
- Providências que deveriam ser tomadas e não foram;
- Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras.
GRUPOS DE INTERESSE
- Diretores/Acionistas;
- Clientes;
- Fornecedores;
- Instituições financeiras (instituições de crédito, bancos, corretoras de valores,
etc.)
- Governo.
USO DA INFORMAÇÃO
São utilizadas por todos os grupos de interesse relacionado para os mais diferentes fins.
EXEMPLOS:
Governos – Este é o sócio de todas as pessoas jurídicas e físicas, pelo menos na hora de
computar o lucro tributável (importo de Renda).
METODOLOGIA DE ANÁLISE
Etapas:
1. Escolha de indicadores
2. Comparação com padrões
3. Diagnóstico ou conclusões
4. Decisão
Obs.: Todos os tipos de profissionais têm um padrão estatístico ou não para comparar
níveis satisfatórios para dar sustentação a suas decisões. A análise se compõe através
das três primeiras etapas.
As vezes, por falta de padrões ou por não se saber construí-los, deixam-se de fazer
comparações e a análise fica comprometida por falta de elementos de referência.
TÉCNICAS DE ANÁLISE
Existem hoje, muitos índices surgidos de 1915 até então. Porém, com o passar do
tempo, seguindo a tendência natural da sociedade, as técnicas vêm se aprimorando,
sofrendo refinamentos como objetos de estudos nas universidades.
Elas são mais detalhadas, envolve todos os itens das demonstrações e revelam falhas
responsáveis por anomalias encontradas.
VERTICAL – também chamada por análise por coeficientes, é aquela através da qual
se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto.
Evidencia a porcentagem de participação de cada elemento no conjunto.
Exemplo:
Em uma DRE onde as Despesas Administrativas são R$ 257.000 e a Receita
Operacional é R$ 1.480.000:
HORIZONTAL – também denominada por alguns analistas como análise por índices,
tem por finalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao
longo do ano.
Por meio deste tipo de análise, é possível acompanhar o desempenho de todas as contas
que compõe a demonstração analisada.
Por comparar o custo das diferentes alternativas de capital de terceiros com o custo do
capital próprio, a análise da “alavancagem financeira” é imprescindível para as decisões
de subscrição de ações e muito recomendável nas decisões de financiamento de longo
prazo.
ANÁLISE PROSPECTIVA
A análise de balanço é realizada com base em dados contidos em demonstrações
financeiras passadas.
Saber analisar balanços está se tornando uma necessidade para grande número de
pessoas.
O Diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa Análise de
Balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de
imediato, apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas.
FORNECEDORES
BANCOS COMERCIAIS
Esses bancos que trabalham com créditos de curto-prazo, preocupam-se com o grau de
endividamento do cliente e sua rentabilidade e capitalização.
BANCOS DE INVESTIMENTOS
Estes se preocupam muito mais com análise de tendência e fazer previsões, que é muito
mais importante para o banco de investimento. Ou seja, eles estão mais preocupados é
com a situação futura da empresa.
CORRETORAS DE VALORES
SOCIEDADES FINANCEIRAS
CONCORRENTES
GOVERNO
Muitas empresas e até mesmo bancos, quebram simplesmente por não acompanhar a
situação de seus clientes/fornecedores periodicamente, faz análise inicial e depois
esquece.
QUESTÕES
1. Qual a diferença entre dado e informação?
2. Que relação se pode estabelecer entre a Contabilidade e a Análise de Balanços?
3. Que características devem ter um bom relatório de Análise de balanços?
4. Quais a etapas básicas do processo de Análise de Balanços?
5. Relacione os principais usuários de Análise de Balanços e por quê?
6. Quais as áreas internas de uma empresa que elaboram Análise de Balanços?
Detectar os objetivos a que se propõe tal análise.
7. Para que um fornecedor faria análise de balanços de nossa empresa? Justifique.
8. Quais os objetivos da análise de balanços?
9. O que análise vertical?
10. O que é análise horizontal?
EXERCÍCIO PRÁTICO
2. Quase toda a política financeira de uma empresa tem reflexo nas Demonstrações
Financeiras e é através destas que poderemos conhecer os objetivos de cada uma.
Estas informações são de especial relevância em mercados muito concorridos.
Suponha que você tivesse ingressado no cargo de assistente financeiro de uma
loja de departamentos e a sua função fosse a de acompanhar os concorrentes.
Elabore um breve relatório dizendo o que planeja realizar na sua atividade.
PADRONIZAÇÃO
DAS
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS –
“As demonstrações financeiras devem ser preparadas para análise, da mesma forma
que um terreno deve ser preparado e modelado para a construção de um prédio”.
O primeiro passo para análise é verificar se estamos de posse de todas a DF’s (inclusive
notas explicativas). Também seria desejável Df’s de três períodos. Com as publicações
em colunas comparativas teremos, de posse de uma única publicação, dois períodos
(exercício atual e anterior).
O segundo passo é preparar as DF’s de forma conveniente para a análise. Esta etapa
denomina-se Reclassificação de itens nas Demonstrações Financeiras.
Muitas vezes o contador visa, através do seu agrupamento de contas nas DF’s melhorar
a situação econômico-financeira da empresa usando de uma certa subjetividade.
Exemplo:
Se a empresa se dispõe a vender um imóvel que está classificado do Ativo Permanente,
a atitude do contador visando melhorar a situação financeira da empresa reclassifica este
imóvel no Ativo Circulante. Neste caso, estaria melhorando a situação de liquidez da
empresa a curto prazo.
Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas DF’s,
sobretudo no Balanço Patrimonial e DRE. São alguns ajustes para melhorar a eficiência
da análise.
É necessário que o analista responsável por esta tarefa conheça bem o que representa
cada uma das contas das demonstrações financeiras, que tenha domínio do mecanismo
contábil utilizado pelas empresas, sabendo como aqueles valores surgiram, o que eles
representam e como serão liquidados. Precisa ainda saber interpretar a nomenclatura
utilizada pelas empresas, convertendo-a para planilhas internas. É fundamental que o
analista tenha condições de avaliar a relevância de cada item, à medida que tal item
possa apresentar dificuldade. Os fatores mais importantes devem ser esclarecidos,
enquanto os menos relevantes muitas vezes não justificam tempo que podem absorver.
Precisão na classificação das contas – Consiste na adequação das contas segundo suas
próprias naturezas. Ë comum encontrarmos falhas de classificação de contas tanto no
balanço como nas demais demonstrações.
Descoberta de erros – existe caso de erros que podem ser intencionais ou não:
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
Fornecedores
Outras Obrigações
SOMA
FINANCEIRO
Empréstimos Bancários
Dupl. Descontadas
SOMA
Total do Passivo Circulante
EXIGÍVEL A L. PRAZO.
Empréstimos
Financiamentos
Total do Exig. A L. Prazo
P. LÍQUIDO
Capital e Reservas
Lucros Acumulados
Total do P. Líquido
TOTAL DO PASSIVO
Modelo do DRE Padrão
Obs.:
A partir deste ponto, todos as análise exemplificadas, serão feitas com base nos dados
(através de demonstrações e dados adicionais) da empresa hipotética denominada Cia.
BIG, cujos dados foram adaptados a um caso real.
Em todos os capítulos abordados adiante será abordado a Cia. BIG para efeito de
conformidade das técnicas de análise e como elas se relacionam.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA EXEMPLOS
EM US$
BALANÇOS EM
CIA. BIG
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
Disponível 34.665 26.309 25.000
Aplicações Financeira 128.969 80.915 62.000
SOMA 163.634 107.224 87.000
OPERACIONAL
Clientes 1.045.640 1.122.512 1.529.061
Estoques 751.206 1.039.435 1.317.514
SOMA 1.796.846 2.161.947 2.846.575
Total do Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 2.933.575
Exercício
CIA. BIG
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
Receita Líquida 4.793.123 4.425.866 5.851.586
Custo dos Produtos Vendidos (3.621.530) (3.273.530) (4.418.671)
Lucro Bruto 1.171.593 1.152.336 1.632.915
Despesas Operacionais (495.993) (427.225) (498.025)
Outras Receitas Operacionais 8.394 17.581 27.777
Lucro Oper. Antes do Imposto de Renda 683.994 742.692 1.162.667
Receitas Financeiras 10.860 7.562 5.935
Despesas Financeiras (284.308) (442.816) (863.298)
Lucro Operacional 410.546 307.438 305.304
Resultado não Operacional 1.058 0 0
Lucro antes do Imposto de Renda 411.604 307.438 305.304
Lucro Líquido 223.741 167.116 165.956
Reserva Legal +
Capital Social e
lucros Total
reservas
Acumulados
Saldo em 31.12.x0 577.605 244.222 821.827
Lucro líquido do Exercício de 19x1 0 223.741 223.741
Aumento de Capital 79.478 (30.000) 49.478
Dividendos 0 (24.185) (24.185)
Saldo em 31.12.x1 657.083 413.778 1.070.861
Lucro Líq. Do Exercício de 19x2 0 167.116 167.116
Aumento de Capital 537.074 (281.634) 255.440
Dividendos 0 (86.232) (86.232)
Saldo em 31.12.x2 1.194.157 213.028 1.407.185
Lucro Líq. Do Exercício de 19x3 165.956 165.956
Aumento de Capital 156.673 0 156.673
Dividendos 0 (61.987) (61.987)
Saldo em 31.12.x3 1.350.830 316.997 1.667.827
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
Exercício
CIA. BIG
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
ORIGENS
DAS OPERAÇÕES
Lucro Líquido 223741 167.116 165.956
Depreciação 20.300 101.511 167.477
Resultado da Equivalência Patrimonial (5.508) (10.541) (20.277)
DOS ACIONISTAS
Aumento de Capital 49.478 255.440 156.673
DE TERCEIROS
Novos Empréstimos e Financiamentos 124.756 906.528 857.443
Total das Origens 412.667 1.420.054 1.327.272
APLICAÇÕES
Dividendos 24.185 86.232 61.987
Reduções Emp. Longo Prazo 0 50.100 0
Aquisição Investimentos 6.104 73.684 51.323
Aquisição Imobilizado 0 40.896 49.141
Total das Aplicações 64.769 1.176.483 1.214.068
VARIAÇÃO DO CAPITAL
CIRCULANTE LÍQUIDO 347.898 243.571 113.204
DADOS ADICIONAIS:
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
1- Receita Bruta de Vendas 6.113.052 6.227.390 8.069.229
(-) Devoluções e Abatimentos 152.825 184.276 249.086
Vendas Realizadas 5.960.227 6.043.114 7.820.143
(-) Impostos 1.107.104 1.617.248 1.968.557
Receita Líquida 4.793.123 4.425.866 5.851.586
5- Estoques
Matérias-primas 264.132 269.385 317.413
Produtos em Processo 263.713 386.643 466.271
Produtos Acabados 223.361 383.407 533.830
751.206 1.039.435 1.317.514
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Operacional 1.378.133 Operacional 839.522
Financeiro 122.756 Fornecedor 570.520
1.500.889 Outras Obrigações 269.002
Financeiro 389.742
1.229.264
2- A Depreciação Acumulada é:
(a) Uma Reserva.
(b) Uma provisão somada às demais contas do P. Líquido.
(c) Uma conta retificadora de Ativo Permanente.
(d) Um fundo para reposição de máquinas.
(e) Nenhuma das alternativas.
5- O que é padronização?
Conceito
É um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar
uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no
mesmo demonstrativo, ou seja, o primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a
participação relativa de cada item de uma demonstração financeira em relação a
determinado referencial.
De maneira mais simples podemos ver que a AV mostra a importância que cada conta
em relação o valor total do conjunto. No balanço calcula-se o percentual de cada conta
em relação ao ativo total e ao passivo total, dentro de suas respectivas naturezas.
A Análise Vertical, também denominada por alguns analistas como “Análise por
Coeficientes”, é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto
em relação ao total do conjunto. Ela evidencia a porcentagem de participação de cada
elemento no conjunto.
O cálculo do percentual que cada elemento ocupa em relação ao conjunto é feito por
meio de regra de três, em que o valor-base é igualado a 100, sendo os demais calculados
em relação a ele.
A redução do Lucro Líquido de um período para outro pode ser resultado do aumento
indesejado de alguns itens de despesa, o que é facilmente verificado através da análise
vertical.
Conceito
É a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em
diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal,
desenvolvido por meio de números-índices.
A Análise Horizontal, também denominada por alguns analistas como “Análise por
meio de números-índices”, tem por finalidade evidenciar a evolução dos itens das
demonstrações financeiras ao longo do tempo.
O analista não pode desprezar em sua análise a influência da inflação, que pode
concorrer para um crescimento ou redução dos valores em análise.
REPETINDO
Através da regra de três obtem-se os valores dos anos seguintes;
A variação é o que exceder a 100 ou o que faltar para 100.
Exemplo:
Suponhamos que a Demonstração do Resultado do Exercício de uma determinada
empresa apresente os seguintes valores da Receita Operacional Líquida:
Exercício de x1 = 4.280.000
Exercício de x2 = 8.200.000
Exercício de x3 = 9.680.000
Escolhendo o exercício de x1 como base, faremos:
Para fins de Análise Horizontal, podemos elaborar uma tabela com base nos dados
apurados. Veja:
VEJAM QUE:
Na construção dos percentuais para elaboração da Análise Horizontal se usa a
técnica dos números-índices, onde no 1º. Ano todos os valores são considerados
iguais a 100.
A análise pode ser feita inicialmente comparando-se os índices obtidos em cada ano
sempre em relação ao ano-base. Pode ser feita especificamente em cada item e depois
em conjunto, possibilitando verificar a influência de cada item um sobre o outro.
Nota:
A anual não deve ser feita em substituição a encadeada, uma vez que pode causar
alguma confusão. Veja exemplos:
Conclui-se que a empresa teve uma redução de estoques em 19x2; tal redução passou a
representar 40% dos estoques iniciais. Em 19x3 os estoques subiram para o nível de
67% dos iniciais e em 19x4 voltaram exatamente ao nível inicial.
A análise horizontal anual mostra os seguintes números (observe-se que neste processo
em cada ano só aparece o percentual de variação em relação ao ano anterior).
A empresa sofreu uma redução de 60% no seu estoque no 1º ano e apresentou aumento
de 66% e 50% respectivamente, nos dois seguintes.
Isto sugere que a redução inicial teria sido inteiramente compensada em 19x3 e ainda
havido um aumento dos estoques em 19x4, o que não corresponde a realidade.
Ou seja, a redução de 60% de 19x2 foi calculada sobre uma base muito maior do que a
base usada para o crescimento em 19x3 e 19x4.
Na DRE, pequenos percentuais podem ser significativos, visto que o lucro líquido
costuma representar também percentuais pequenos em relação as vendas em análise
vertical, porém em uma análise horizontal pode representar variações de grandes
proporções.
A análise Vertical/Horizontal desce a um nível de detalhes que não permite essa visão
ampla da empresa, mas possibilita localizar pontos específicos de falhas, problemas e
características da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada
situação.
Análise Vertical:
Análise Horizontal:
Mostrar a evolução de cada conta das Demonstrações. Financeiras e, pela comparação
entre si, permitir conclusões sobre a evolução da empresa.
QUESTÕES
5) Pode se dizer que a falta de dinheiro a curto prazo se deve a cinco motivos básicos.
Quais são eles?
EXERCÍCIOS RESOLVIDO E COMENTADOS.
ANÁLISE VERTICAL
- O único grupo patrimonial que proporcionalmente cresceu ao longo dos anos foi o
ativo permanente:
Da mesma forma, observa-se que em X1 60,7% dos ativos da empresa eram financiados
por capital próprio. Em X3, esse percentual caiu para 53,4%, significando que a
empresa deve a terceiros os outros 46,6% (100%-53,4) de seus ativos.
Vejam:
Receitas de Vendas 830.000 100,0 1.260.000 100,0 2.050.000 100,0
(-) Custos (524.167) 63,2 (840.500) 66,7 (1.594.600) 77,8
(=) Lucro Bruto 305.833 36,8 419.500 33,3 455.400 22,2
.Nota-se também que apesar de haver ocorrido uma redução proporcional das despesas
operacionais e financeiras na estrutura de resultados, a empresa teve de assumir um
prejuízo de $8.100 em X3 equivalente a 0,4 de suas vendas.
Ou seja, em X1, 94,4% da receita de vendas foram para cobrir os custos e despesas, no
exercício seguinte esse percentual foi de 96,7% e em X3 a empresa utilizou toda a sua
receita e mais 0,4 do P.L (representado por prejuízo).
EXERCÍCIOS
ANÁLISE HORIZONTAL
Visando fixar melhor a teoria, desenvolvam, utilizando as técnicas apresentadas a
análise horizontal das demonstrações abaixo:
Vejam:
Ativo Circulante 100.000 100,0 110.000 110,0 95.000 95,0
Passivo Circulante 70.000 100,0 90.300 129,0 106.400 152,0
Nota-se que está decaindo de ano a ano a diferença entre ativo circulante e passivo
circulante tanto em valores absolutos como em valores relativos o que provoca uma
redução em sua capacidade de liquidez, tanto que em X3 essa diferença assume valores
negativos.
Observações importantes:
Vejam que coloco junto a informações levantadas partes dos quadros apenas para
que tenham a visão que está sendo informado.
Espero que este material complemente os esclarecimentos para que façam, por
exemplo, o exercício solicitado na última aula.
OUTRO EXERCÍCIO COM SOLUÇÃO
19X6/19X5 19X8/19X5
Vendas: 100.434 x 100 = 95,7 Vendas: 113.925 x 100 = 108,6
104.899 104.899
Lucro Líquido 23.896 x 100 = 75,2 Lucro Líquido 53.658 x 100 = 168,9
31.777 31.777
19X7/19X5
31.777
NÚMEROS-ÍNDICES (onde o exercício-base, é o exercício anterior).
Calculo:
19X6/19X5
Vendas: 100.434 x 100 - 100 = (4,3%)
104.899
31.777
19X7/19X6
23.896
19X8/19X7
49.150
INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS:
Através destas análises podemos ver que as vendas diminuíram 4,3% em X6 em relação
a X5. Em X7, apesar de terem crescido em relação ao ano imediatamente anterior,
regrediram em relação ao ano X5. A redução das vendas de X7 foi de 1,8% (98,2 – 100)
em relação a X5. Entretanto, no exercício de X8 observou-se um crescimento de 8,6%
nas vendas em relação a X5, ou seja, estão 1,086 vezes maiores que as obtidas em X5
X1 X2 X3 X4
Disponibilidade 3.000 4.300 7.400 18.400
Ativo Total 70.000 120.000 170.000 350.000
Anál. Vertical
Anál. Horizontal
Anual
Anál. Horizontal
Encadeada
2) Na construção dos percentuais para elaboração da Análise Horizontal usa-se a técnica
conhecida pelo nome de números-índices onde no primeiro ano todos os valores são
considerados iguais a 100.
Comente o resultado:
3- Construa a Análise Horizontal da conta Lucro Bruto sabendo-se que:
RECEITA TOTAL
- Análise Horizontal Encadeada
Comente o resultado:
4- Prepare a Análise Vertical/Horizontal completa das demonstrações da
COTRADE S/A COMERCIAL EXPORTADORA.
Comente aspectos relevantes, com hipóteses, quando for necessário.
Balanço Patrimonial
ATIVO 31/12/X3 31/12/X2
CIRCULANTE 370.856 360.546
- Disponivel 755 299
- Dupl. A Receber 131.240 155.247
- Estoques 160.000 140.000
- Outros Créditos 37.861 28.000
- Desps do Exercício Seguinte 41.000 37.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 400.000 100.000
Reservas 800.000 200.000
Prejuizos Acumulados (819.174) (421.372)
Total do P. Líquido 380.826 (121.372)
ANO RESULTADOS
OPERACIONAIS
19X4 663.200
19X5 759.400
19X6 129.700
19X7 44.900
19X8 98.000
19X9 210.100