Aula 01
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Aula 01
Autor:
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de
Carvalho Oliveira
19 de Julho de 2023
Sumário
MOTIVAÇÃO DA AULA ..................................................................................................................... 2
1. CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................................................. 3
2. PLANEJAMENTO .......................................................................................................................... 7
Planejamento da Auditoria Independente .............................................................................. 7
Planejamento da Auditoria Governamental .......................................................................... 19
Planejamento da Auditoria Operacional ......................................................................................... 19
MOTIVAÇÃO DA AULA
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir.
LISTA DE PERGUNTAS
1) O que é planejamento de auditoria?
2) Quais as atividades que devem ser realizadas pelo auditor no início do trabalho de auditoria
corrente?
3) Como o planejamento de auditoria está dividido?
4) Qual a relação existente entre plano de auditoria e estratégia global?
5) Quais as obrigações do Auditor ao definir a estratégia global?
6) Quais as obrigações do Auditor ao definir o plano de auditoria?
7) O planejamento de auditoria é imutável?
8) Quais as obrigações do Auditor antes de começar os trabalhos de auditoria inicial?
9) O planejamento deve ser encerrado antes de iniciados os trabalhos?
10) Cite aspectos que o planejamento deve considerar antes da identificação e avaliação pelo
auditor dos riscos de distorções relevantes?
11) Caracterize o plano de auditoria.
12) O que é Documentação de Auditoria?
13) Como (em que contexto) o auditor deve preparar a documentação de auditoria?
14) A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de quais
fatores?
15) A documentação de auditoria substitui os registros contábeis da entidade?
16) Qual o período de retenção da documentação de auditoria?
17) Qual o limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria?
18) De quem é a propriedade da documentação de auditoria?
Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se
preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje!
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Podemos dividir o trabalho da auditoria em 3 (três) ou 4 (quatro) grandes fases: o planejamento; a
execução; a emissão do relatório (opinião) do auditor, e – a depender do referencial normativo que
tomarmos por base – o monitoramento.
Essa divisão é utilizada em grande parte pela doutrina, até por servir a fins didáticos. As normas de
auditoria independente não fazem essa separação (ou categorização) de forma expressa. As normas
de auditoria governamental, por sua vez, versam sobre esse fluxo de trabalho (planejamento;
execução; relatório; e monitoramento).
Pois bem, na aula de hoje iremos abordar a primeira fase da auditoria – o Planejamento (além da
Documentação). Essa é uma etapa de fundamental importância em qualquer processo
administrativo. Afinal, por meio do planejamento definem-se os objetivos a serem atingidos e como
alcançá-los.
Segundo o glossário de termos do controle externo do TCU, “auditoria é processo sistemático,
documentado e independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para
determinar a extensão na qual os critérios aplicáveis são atendidos, obter evidências quanto a esse
atendimento e relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário predeterminado”.
Cada uma das etapas da auditoria é integrada por atividades, iniciando-se com o planejamento,
seguindo com a fase de execução, e terminando com a emissão do relatório. Ressalta-se, todavia,
que o planejamento não é uma fase estanque ou isolada, devendo ser atualizado a qualquer
momento, inclusive durante a execução do trabalho de coleta de evidências que dão suporte às
conclusões do auditor. Além dessas etapas, considera-se que alguns aspectos são transversais e
perpassam por todas as fases do processo de auditoria, tais como: controle de qualidade,
documentação, comunicação, dentre outros. Estes aspectos contribuem para garantir a eficácia e a
credibilidade do trabalho da auditoria.
Vejamos o esquema a seguir, que ilustra bem as etapas do fluxo do trabalho da auditoria:
Fonte: Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público – Normas da Intosai: ISSAI 100
2. PLANEJAMENTO
Finalidades do planejamento:
[...]
9. O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco, conforme
estabelecido na NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente;
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de
afirmação, conforme previsto na NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados;
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em
conformidade com as normas de auditoria. [grifos nossos]
Ao definir a Estratégia Global, o auditor deve identificar as características do trabalho de maneira a
definir seu alcance; definir os objetivos do relatório; dentre outros fatores.
Há algumas atividades (chamadas de “atividades preliminares”) que o auditor deve executar antes
mesmo do planejamento, ou seja, logo no início do trabalho da auditoria corrente, como por
(FGV/ ISS Recife – 2014) Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das
demonstrações contábeis. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada às áreas importantes da auditoria.
II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas potenciais tempestivamente.
III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho para que a auditoria seja realizada
de forma eficaz e eficiente.
IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de
capacidade e competência para responderem às evidências esperadas e aloque apropriadamente
os recursos.
Assinale:
(FCC – SEFAZ MA – AFRE – 2016) O documento que inclui a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho é
denominado de
(A) roteiro de auditoria.
(B) plano de auditoria.
(C) papeis de trabalho.
(D) normas de auditoria.
(E) estratégia para execução dos trabalhos.
Comentários:
De acordo com o item 9 da NBC TA 300 (R1), além da Estratégia Global, o auditor deve ainda
desenvolver o plano de auditoria, que inclui a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos PROCEDIMENTOS planejados de avaliação de risco;
(b) a natureza, a época e a extensão dos PROCEDIMENTOS adicionais de auditoria planejados no
nível de afirmação;
(c) outros PROCEDIMENTOS de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em
conformidade com as normas de auditoria.
Vejam que, de maneira geral, o desenvolvimento do Plano de Auditoria está intimamente
relacionado à descrição da natureza, época e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
Gabarito: B.
(CESPE/ Perito Criminal (PC PE) – 2016) A respeito das atividades preliminares ao trabalho de
auditoria das demonstrações contábeis, assinale a opção correta.
b) Havendo incompatibilidade ou imprevisto, o plano de auditoria deve ser alterado, uma vez que
a estratégia global de auditoria é inalterável.
Comentários:
A assertiva em análise está errada, uma vez que tanto o plano de auditoria quanto a estratégia
global devem ser alterados, sempre que necessário, no curso dos trabalhos. É o que prevê o item
10 da NBC TA 300 (R1) – acima apresentado.
Gabarito: errado.
Geralmente, as bancas costumam cobrar o que o auditor deve documentar quando estiver na fase
de planejamento. Segue o mapa mental que resume essa informação.
A partir de agora, iremos explorar a Sessão “Aplicação e outros materiais explicativos”. Trata-se de
detalhamentos das informações contidas na introdução e no corpo da norma. Essas aplicações serão
identificadas pela letra “A” (A1; A2; A3, etc.).
Inicialmente, a norma nos alerta que as atividades de planejamento variam conforme os seguintes
aspectos (item A1):
✓ Porte e a complexidade da entidade;
✓ Experiência anterior dos membros-chave da equipe com a entidade;
✓ Mudanças nas circunstâncias que ocorrem durante o trabalho.
Chamamos a sua atenção para o item A2 abaixo (muito explorado). Ele nos diz que o planejamento
não é uma fase isolada, mas um processo dinâmico, contínuo e iterativo, que se inicia logo após (ou
em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, seguindo até a conclusão do trabalho de
auditoria atual. Na sequência, o item A3 chama sua atenção de que o auditor pode, muito bem,
discutir elementos do planejamento com a administração da entidade. Isso não modifica o fato de
que a responsabilidade pelo planejamento da auditoria é do auditor (firma de auditoria) apenas!
Veja:
A2. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que
muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando
até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Entretanto, o planejamento inclui a consideração da
época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes da realização
de procedimentos adicionais de auditoria. Por exemplo, o planejamento inclui a necessidade de
considerar, antes da identificação e avaliação pelo auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos
como:
(a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco;
(b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à entidade
e como a entidade cumpre com os requerimentos dessa estrutura;
(c) a determinação da materialidade;
(d) o envolvimento de especialistas;
(e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco. [grifos não constantes no original]
A3. O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a administração da
entidade, de forma a facilitar a condução e o gerenciamento do trabalho de auditoria (por exemplo,
coordenar alguns dos procedimentos de auditoria planejados com o trabalho do pessoal da entidade).
Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem, a estratégia global de auditoria e o plano de
auditoria continuam sendo de responsabilidade do auditor. Na discussão de temas incluídos na
estratégia global de auditoria ou no plano de auditoria deve-se atentar para não comprometer a
eficácia dessa auditoria. Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da época de
procedimentos de auditoria detalhados pode comprometer a eficácia da auditoria ao tornar tais
procedimentos demasiadamente previsíveis
(FGV - ISS Cuiabá – AFTRM – 2016) O planejamento da auditoria deve definir a estratégia do
trabalho e desenvolver o plano de auditoria. Sobre o planejamento da auditoria, assinale a
afirmativa correta.
a) O planejamento é uma fase isolada, que termina com o início do trabalho de auditoria.
b) A experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade não
influenciam a natureza e a extensão das atividades de planejamento.
c) A estratégia global e o plano de auditoria são de responsabilidade do auditor e da administração
da entidade auditada.
d) A estratégia global deve definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o
desenvolvimento do plano.
e) Uma vez iniciada a auditoria, devem permanecer inalterados a estratégia global e o plano de
auditoria.
Comentários:
A: ERRADA: como vimos acima, o planejamento da auditoria NÃO é uma fase isolada, mas um
processo contínuo e interativo que vai da conclusão da auditoria anterior até o fechamento da
auditoria atual.
B: ERRADA: a natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme a
experiência anterior dos membros-chave da equipe com a entidade (além do porte e
complexidade da entidade e mudanças ocorridas durante o trabalho).
C: ERRADA. A responsabilidade pela definição da Estratégia Global e pelo Plano de Auditoria é
apenas do auditor.
D: CORRETA, nos termos do item 7 da NBC TA 300 (R1) – acima apresentado.
E: ERRADA: como já vimos mais uma vez nesta aula, o auditor deve – sempre que necessário –
atualizar e alterar a Estratégia Global e o Plano de Auditoria (portanto nem um nem outro devem
permanecer inalterados).
Gabarito: D.
(FCC/ TCE RS - Auditor Público Externo - Administração Pública - 2018) O controle que funciona
é o controle preventivo, o controle substantivo, que elege prioridades e acompanha paripassu a
execução de projetos. O controle que funciona é aquele que orienta, esclarece e alerta, que
concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é essencial, mediante critérios de
materialidade, relevância, risco e oportunidade. (LIMA, Luiz Henrique. O Controle da
Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os Tribunais de Contas em Tempos de Crise. In: LIMA,
Vejamos, na sequência, outros itens importantes da NBC TA 300 (R1), com destaque para os itens
A10 e A16:
A8. O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo da
conclusão dos procedimentos de avaliação de risco, temas como:
(a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe com
experiência adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de especialista em temas complexos;
(b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe
alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do
trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas de
auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco;
(c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria ou
em determinada data-base de corte; e
(d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo, para quando
estão previstas as reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer as revisões do sócio e
do gerente do trabalho (por exemplo, em campo ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de
controle de qualidade do trabalho.
A10. Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para
tratar dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a
necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor. A
definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são
necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados, uma vez que
as mudanças em um podem resultar em mudanças no outro.
Esclarecendo: a primeira interpretação a que chegamos, a partir da leitura da norma, é de que a
estratégia global e o plano de auditoria são etapas sequenciais. Ocorre que há uma ressalva
importante, e por isso explorada em provas, de que essas etapas NÃO são necessariamente
sequenciais. Isso advém, dentre outros, do fato de que tanto a estratégia global quanto o plano de
auditoria podem ser alterados a qualquer tempo. Por esse motivo, uma eventual alteração no plano
de auditoria pode ocasionar uma mudança na estratégia global – e é justamente por esse motivo que
esses estágios não são necessariamente sequenciais.
A12. O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da
equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da auditoria,
à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido.
A14. A consideração das divulgações no início da auditoria ajuda o auditor a dar a devida atenção e
planejar o tempo adequado para tratar as divulgações da mesma forma que as classes de transações,
de eventos e de saldos contábeis. Considerações preliminares também podem ajudar o auditor a
determinar os efeitos sobre a auditoria de:
• divulgações significativas novas ou revisadas necessárias em decorrência de mudanças no ambiente,
nas condições financeiras ou nas atividades da entidade (por exemplo, mudança na identificação de
segmentos e de comunicação de informações sobre segmentos decorrentes de combinação de negócios
significativa);
• divulgações significativas novas ou revisadas decorrentes de mudanças na estrutura de relatório
financeiro aplicável;
• necessidade de envolvimento de especialista para ajudar nos procedimentos de auditoria
relacionados com divulgações específicas (por exemplo, divulgações relacionadas com obrigações com
previdência e outros benefícios de aposentadoria); e
• assuntos relacionados com divulgações que o auditor pode querer discutir com os responsáveis pela
governança. (Incluído pela NBC TA 300 (R1))
A área da auditoria
Nesse momento, iremos explorar as linhas gerais do planejamento segundo o Manual de Auditoria
Operacional do TCU. Mais detalhes sobre o tema serão abordados na aula que versará,
especificamente, sobre o Manual.
Segundo a International Organization of Supreme Audit Institution (Intosai), o planejamento deve
ser realizado de modo a assegurar que uma auditoria de alta qualidade seja conduzida de maneira
econômica, eficiente, efetiva e com tempestividade (ISSAI 3000/3.3, 2004).
As auditorias operacionais devem ser precedidas de planejamento detalhado que ofereça claro
senso de direção ao trabalho, proporcione estrutura lógica consistente e auxilie a controlar custos e
cumprimento de prazos
equipe a sugerir um determinado tema e enfoque, caso estes não tenham sido previamente
definidos na deliberação que determinou a realização da auditoria.
MATRIZ DE PLANEJAMENTO
A Portaria Segecex 26/2009 (Padrões de Auditoria de Conformidade do TCU) define que titular da
Unidade Técnica Coordenadora deve assegurar que o tempo disponível para a fase de planejamento
seja suficiente para a consecução dos objetivos desta fase, de forma a garantir os seguintes aspectos
básicos:
• Nível de detalhamento suficiente, de modo a maximizar a relação entre o provável benefício
da fiscalização e o seu custo total;
• Obtenção e análise das informações disponíveis e necessárias sobre o objeto fiscalizado,
inclusive quanto aos sistemas informatizados e aos controles internos a ele associados;
• Suficiente discussão, no âmbito da equipe de auditoria e entre esta e o supervisor, a respeito
da definição do escopo, dos procedimentos e técnicas a serem utilizados;
• Teste e revisão dos formulários, questionários e roteiros de entrevista, a serem utilizados na
fase de execução.
Conhecer o objeto a ser fiscalizado é de fundamental importância para o planejamento e para a
auditoria como um todo. Afinal, não se pode examinar aquilo que não se conhece. Por meio do
conhecimento do objeto a ser fiscalizado, bem como de discussões entre a equipe de auditoria e o
suspervisor do trabalho, é possível definir o escopo, os procedimentos e as técnicas a serem
utilizadas no decorrer da auditoria.
A Portaria reforça, ainda, que, na fase de planejamento, deve ser elaborada a Matriz de
Planejamento. Quando da elaboração da Matriz de Planejamento, a equipe fará a estimativa de
custo do trabalho a ser realizado.
De maneira ampla, risco em uma entidade é a possibilidade de que seus objetivos não venham a ser
cumpridos. Por esse motivo, é necessário um controle de riscos, o que inclui a tomada de decisões
orientadas a esse propósito.
Segundo Castro (2009, p.178), “Auditoria Baseada em Risco busca direcionar o foco do trabalho, a
fim de avaliar as tendências e as condições que a entidade possui para atingir seus resultados”. A
Auditoria Baseada em Riscos tem como principal objetivo identificar os riscos mais significativos da
entidade. Uma vez que os principais riscos identificados, pode-se priorizar as áreas a serem
auditadas.
Ainda de acordo com Castro (2009), o mapeamento das áreas a serem auditadas segundo a
priorização feita com base nos riscos identificados fornece uma nova perspectiva para a Auditoria,
uma vez que lança um olhar prospectivo (para o futuro), diferente da auditoria tradicional – centrada
no passado e na detecção e correção de erros.
A norma traz ainda diversas finalidades adicionais da documentação de auditoria – todas elas
importantes e comumente cobradas em provas. São elas: auxiliar a equipe de trabalho no
planejamento e na execução da auditoria; assistir aos membros responsáveis pela direção no
cumprimento de suas responsabilidades; permitir que a equipe de trabalho possa ser
responsabilizada; manter registro de assuntos importantes para auditorias futuras; permitir
revisões, controle de qualidade e inspeções externas.
Apresentamos a seguir – “na veia” – os dispositivos mais cobrados da NBC TA 230 (R1). Veja:
6. Para fins das normas de auditoria, os seguintes termos possuem os significados atribuídos abaixo:
(a) Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência
de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada
a expressão “papéis de trabalho”).
(b) Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento, em
forma física ou eletrônica que contêm os registros que constituem a documentação de trabalho
específico.
(c) Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência
prática de auditoria e conhecimento razoável de:
(i) processos de auditoria;
(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e
(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.
[grifos não constantes no original]
Esquematizando as finalidades – principais e adicionais – da documentação
de auditoria:
O auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria, que seja suficiente para
permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles
e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
Atenção ao termo “suficiente” utilizado acima (vira e mexe é objeto de cobrança em questões);
atente-se também ao fato de que a documentação de auditoria deve ser preparada de maneira que
um auditor experiente (e não um usuário qualquer) entenda os procedimentos executados, as
evidências e as conclusões obtidas. Não seria “justo” exigir que o auditor preparasse documentação
suficiente para que qualquer pessoa no mundo compreendesse o que foi feito ao longo dos
trabalhos (procedimentos aplicados, evidências coletadas e conclusões alcançadas).
Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados, o
auditor deve registrar ainda:
(a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados;
(b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído; e
(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão.
Cabe ressaltar que, durante a execução da auditoria, o auditor deve documentar, também, as
discussões de assuntos significativos com a administração, responsáveis pela governança e outros,
incluindo a natureza dos assuntos significativos discutidos, e quando e com quem as discussões
ocorreram. Se forem identificadas informações referentes a um assunto significativo que sejam
inconsistentes com a sua conclusão final, deve-se documentar como essa inconsistência foi tratada.
Adicionalmente, se – em circunstâncias excepcionais – o auditor julgar necessário não atender um
requisito relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos alternativos de
auditoria executados cumprem a finalidade desse requisito, e as razões para o não atendimento.
Se, também em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais
ou chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:
(a) as circunstâncias identificadas;
(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas
conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas
e revisadas.
Vamos compreender que a situação acima é uma exceção à regra, segundo a qual o auditor executa
procedimentos, obtém evidências e chega a conclusões apenas até a data do relatório. Por ser uma
situação excepcional, há que se documentar as circunstâncias identificadas, quais procedimentos
foram executados e quem os aplicou e revisou.
No fluxo normal do trabalho, o auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e
completar o processo administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente
após a data do relatório. Após a montagem desse arquivo, ele não apaga nem descarta
documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda dessa
documentação (5 anos, no mínimo).
Destacamos o termo “após” acima pelo seguinte motivo: após a montagem do arquivo final não há
que se falar em alteração (de nenhuma natureza) na documentação pelo período de guarda (ou
custódia) da documentação. Como veremos mais à frente na aula (item A22 da NBC TA 230), durante
(reparem na diferença) o processo de montagem do arquivo final, podem ser feitas alterações na
documentação, desde que tais alterações sejam de natureza administrativa!
Outro item da norma muito cobrado em provas é o período de retenção da documentação de
auditoria. Fiquem atentos porque as bancas costumam modificar, ou o período de retenção (não
inferior a 5 anos), ou o termo inicial da contagem desse prazo (data do relatório). Veja:
Para finalizar, iremos explorar itens que já foram objeto de cobranças por diversas bancas e, em
seguida, apresentaremos esquemas com as principais informações a eles correspondentes. Veja:
A3. A documentação de auditoria pode ser registrada em papel, em formatos eletrônicos ou outros.
Exemplos de documentação de auditoria incluem:
(a) programas de auditoria;
(b) análises;
(c) memorandos de assuntos do trabalho;
(d) resumos de assuntos significativos;
(e) cartas de confirmação e representação;
(f) listas de verificação;
(g) correspondências (inclusive correio eletrônico) referentes a assuntos significativos.
O auditor pode incluir resumos ou cópias de registros da entidade (por exemplo, contratos e acordos
significativos e específicos) como parte da documentação de auditoria. A documentação de auditoria,
porém, não substitui os registros contábeis da entidade.
Cuidado: reparem que a documentação pode ser registrada em diferentes formatos como papel, meio
eletrônico e outros. Apesar de o auditor poder utilizar resumos ou cópias de registros da entidade
como parte da documentação, ela jamais substitui os registros contábeis da entidade!
A5. Explicações verbais do auditor, por si só, não representam documentação adequada para o
trabalho executado pelo auditor ou para as conclusões obtidas, mas podem ser usadas para explicar
ou esclarecer informações contidas na documentação de auditoria.
A7. A documentação de auditoria fornece evidências de que a auditoria está em conformidade com as
normas de auditoria. Contudo, não é necessário nem praticável para o auditor documentar todos os
assuntos considerados ou todos os julgamentos profissionais exercidos na auditoria. Além disso, é
desnecessário o auditor documentar separadamente (como em lista de verificação, por exemplo) a
conformidade em assuntos já demonstrada por documentos incluídos no arquivo de auditoria. Por
exemplo:
• a existência de plano de auditoria adequadamente documentado demonstra que o auditor planejou
a auditoria;
• a existência de carta de contratação assinada no arquivo de auditoria demonstra que o auditor e a
administração concordaram com os termos do trabalho de auditoria, ou, quando apropriado, junto aos
responsáveis pela governança;
• o relatório do auditor que contém opinião com ressalva demonstra que o auditor cumpriu o requisito
de expressar opinião com ressalva sob as circunstâncias especificadas nas normas;
• em relação às exigências que se aplicam geralmente ao longo de toda a auditoria, podem haver várias
maneiras pelas quais a conformidade a elas pode ser demonstrada no arquivo de auditoria.
A21. A NBC PA 01, item 45, requer que as firmas de auditoria estabeleçam políticas e procedimentos
para a conclusão tempestiva da montagem dos arquivos de auditoria. Um limite de tempo apropriado
para concluir a montagem do arquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60 dias após a
data do relatório do auditor (NBC PA 01, item A54).
A22. A conclusão da montagem do arquivo final de auditoria após a data do relatório do auditor é um
processo administrativo que não envolve a execução de novos procedimentos de auditoria nem novas
conclusões. Contudo, novas modificações podem ser feitas na documentação de auditoria durante o
processo final de montagem se essas forem de natureza administrativa. Exemplos de tais modificações
incluem:
(a) apagar ou descartar documentação superada;
(b) selecionar, conferir e acrescentar referências cruzadas aos documentos de trabalho;
(c) conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido os passos relativos ao processo de
montagem do arquivo;
(d) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve, discutiu e com a qual concordou junto aos
membros relevantes da equipe de trabalho antes da data do relatório de auditoria.
A23. A NBC PA 01, item 47, requer que as firmas estabeleçam políticas e procedimentos para a retenção
da documentação de trabalhos. O período de retenção para trabalhos de auditoria geralmente não é
inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor ou, se posterior, da data do relatório do
auditor do grupo (NBC PA 01, item A61). [grifos não constantes no original]
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles
e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões. [grifo
nosso]
III. Item errado. Não há respaldo para tal afirmação nas normas. Entendemos que é necessário
estar explícito o nome do profissional que executou a auditoria.
IV. Item correto. É possível aceitar o item como correto a partir da definição de documentação
de auditoria (registro das conclusões alcançadas pelo auditor) e do item que trata dos assuntos
surgidos após a data do relatório:
b) da documentação de auditoria.
c) do planejamento da auditoria.
d) dos registros contábeis fidedignos.
e) do relatório de auditoria.
Comentários:
Questão aborda as finalidades adicionais da documentação da auditoria, segundo a NBC TA 230
(R1). Veja:
3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:
• assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
• assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão (...);
• permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
• manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;
• permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em conformidade com a
NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (...);
• permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.[grifo nosso]
Assim, todos os itens enumerados na questão são finalidades adicionais da documentação de
auditoria.
Portanto, alternativa correta é B.
Essa questão poderia ser anulada, pois a própria NBC TA 230 (R1) esclarece que a documentação
de auditoria é usualmente utilizada com a expressão “papéis de trabalho”, o que levaria a questão
apresentar duas alternativas corretas.
Em regra, questões desse tipo não são anuladas porque a banca “blindou” o enunciado com a
expressão “nos termos na NBC TA 230” e se prendeu à literalidade da norma. Vejam que, de fato,
a nomenclatura “oficial” é Documentação de Auditoria, que também é conhecida como Papéis de
Trabalho.
Gabarito: B.
(FGV - ISS Cuiabá – AFTRM – 2016) De acordo com a NBC TA 230, Documentação de Auditoria, o
auditor deve preparar documentação suficiente para que um auditor experiente, sem nenhum
envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
I. a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
II. os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida.
Segundo o autor, são exemplos de papéis de trabalho correntes: caixas e bancos, contas a receber,
estoques, aplicações financeiras, receitas e despesas, demonstrações financeiras, etc. Por outro
lado, são exemplos de papéis de trabalho permanente: estatuto ou contrato social, cópias de
contrato bancário de financiamento de longo prazo, manuais de procedimentos internos, legislações
aplicáveis à entidade auditada, etc.
De forma semelhante, as Normas de Auditoria do TCU (NAT) classificam os papéis de trabalho em
transitórios (ou correntes) e permanentes. De acordo com o normativo, ao final da auditoria, todos
os papéis de trabalho obtidos devem ser classificados em transitórios ou permanentes:
Transitórios são aqueles necessários ao trabalho somente por um período limitado, para assegurar
a execução de um procedimento ou a obtenção de outros papéis de trabalho subsequentes;
Todos os demais papéis de trabalho obtidos, não classificados como transitórios, são considerados
como papéis de trabalho permanentes.
Ainda de acordo com Crepaldi, quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor deverá levar
em consideração alguns pontos essenciais, a saber:
• Concisão: os papéis de trabalho devem ser concisos, de forma que todos entendam sem a
necessidade de explicações por parte da pessoa que os elaborou. Qualquer pessoa com
conhecimento razoável de auditoria deve ser capaz de interpretar a maneira com que foi conduzido
o trabalho;
• Objetividade: os papéis de trabalho devem ser objetivos, de forma que se entenda aonde o auditor
pretende chegar. Não se deve divagar nas conclusões e observações obtidas no decorrer da
auditoria, para que seja possível manter a objetividade do trabalho;
• Limpeza: os papéis de trabalho devem ser limpos, de forma a não prejudicar o entendimento
destes. Excesso de informações, fontes de pesquisa, ao invés de demonstrar a profundidade dos
exames, pode transparecer falta de planejamento, o que pode prejudicar o entendimento do
trabalho realizado;
• Lógica: os papéis de trabalho devem ser elaborados de forma lógica de raciocínio, na sequência
natural do objetivo a ser atingido. A “abertura” de papéis de trabalho com rigor lógico e
desencadeamento de etapas favorece a revisão e entendimento do que foi executado pelo auditor;
• Completude: os papéis de trabalho devem ser completos por si só, evitando assim que o revisor
destes tenha que recorrer a novas informações para fundamentar o que foi executado pelo
auditor.
Todo o trabalho de auditoria deve ser documentado de modo a assegurar a sua revisão e a
manutenção das evidências obtidas. Todas as informações relevantes para dar suporte às
conclusões e aos resultados da auditoria devem ser registradas.
Os papéis de trabalho constituem a documentação que evidencia todo o trabalho desenvolvido pelo
auditor, contendo registro de todas as informações utilizadas, das verificações a que procedeu e das
conclusões a que chegou, independentemente da forma, do meio físico ou das características
intrínsecas ou extrínsecas.
Auditores devem preparar a documentação de auditoria em detalhes suficientes para fornecer uma
compreensão clara do trabalho realizado, incluindo a fundamentação e o alcance do planejamento,
a natureza, a oportunidade, a extensão e os resultados dos procedimentos de auditoria executados,
os achados de auditoria e as suas evidências.
Consideram-se papéis de trabalho aqueles preparados pelo auditor, pelo auditado ou por terceiros,
tais como, planilhas, formulários, questionários preenchidos, fotografias, arquivos de dados, de
vídeo ou de áudio, ofícios, memorandos, portarias, documentos originais ou cópias de contratos ou
de termos de convênios, confirmações externas, programas de auditoria e registros de sua execução
em qualquer meio, físico ou eletrônico, como matrizes de planejamento, de achados e de
responsabilização.
O auditor deve ter em mente que o conteúdo e a organização dos papéis de trabalho refletem o seu
grau de preparação, experiência e conhecimento. Os papéis de trabalho devem ser suficientemente
completos e detalhados para permitir a um auditor experiente, sem prévio envolvimento na
auditoria, entender o trabalho que foi realizado para fundamentar as opiniões e conclusões do
auditor.
Embora não existam padrões rígidos quanto à forma dos papéis de trabalho, já que, servindo para
anotações ou memórias do planejamento e da execução, são elaborados a critério do auditor, os
seguintes aspectos devem ser observados:
Transitórios são aqueles necessários ao trabalho somente por um período limitado, para
assegurar a execução de um procedimento ou a obtenção de outros papéis de trabalho
subsequentes;
Todos os demais papéis de trabalho obtidos, não classificados como transitórios, são
considerados como papéis de trabalho permanentes.
4. LISTA DE QUESTÕES
Planejamento da Auditoria
10. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
O planejamento para a realização de auditorias deve ser documentado e os programas de
trabalho formalmente preparados, sendo necessário constar nesse planejamento informações
suficientes para a compreensão dos procedimentos que deverão ser executados pelos
auditores.
11. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Na fase de planejamento, um dos aspectos a serem considerados na análise de risco é a
extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.
12. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Os principais aspectos não atrelados aos riscos, mas que deverão ser observados na fase de
planejamento incluem a verificação e a comunicação de eventuais limitações relacionadas aos
procedimentos da auditoria interna, tendo em vista o volume ou a complexidade das
transações e das operações.
13. (CESPE – Auditor (FUB) – 2013)
De acordo com as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria Interna e com a Resolução
CFC n.º 986/2003, julgue o item que se segue.
No planejamento dos trabalhos da auditoria interna, cabe ao próprio setor definir a extensão
e profundidade dos exames, mas é a administração que determina a época da realização de
cada trabalho.
14. (CESPE – Perito Criminal (PC PE)/Ciências Contábeis / Área 8 - 2016)
A respeito das atividades preliminares ao trabalho de auditoria das demonstrações contábeis,
assinale a opção correta.
a) É vedada a realização de auditoria com apenas um profissional, ainda que ele seja o
responsável pela entidade de auditoria.
b) Havendo incompatibilidade ou imprevisto, o plano de auditoria deve ser alterado, uma vez
que a estratégia global de auditoria é inalterável.
c) A supervisão dos membros da equipe deve ser realizada ao final dos trabalhos de
levantamento.
d) No caso de auditorias recorrentes, os procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após
— ou em conexão com — a conclusão da auditoria anterior.
e) O plano de auditoria deve ser definido antes das discussões a respeito da estratégia global
de auditoria.
15. (CESPE – Contador (DPU) - 2015)
A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro,
dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue o próximo item.
No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das
normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da
auditoria, ainda que tais normas não sejam consideradas na avaliação da materialidade de
distorções encontradas.
16. (FCC / ALAP – 2020)
Uma boa auditoria fundamenta-se em uma etapa de planejamento adequada. As normas
técnicas buscam as melhores práticas quanto a esse importante expediente preparatório. A
NBC TA 300 estabelece que
a) o planejamento da auditoria é responsabilidade exclusiva da administração da entidade, sem
interferência do auditor.
b) o planejamento da auditoria é responsabilidade exclusiva do controle interno.
c) apenas excepcionalmente o auditor deve discutir elementos do planejamento com a
administração da entidade.
d) há a possibilidade de o auditor discutir os elementos do planejamento com a administração
da entidade.
e) há o dever de o auditor discutir os elementos do planejamento com a administração da
entidade.
17. (FCC/ SEFAZ GO – AUDITOR FISCAL – 2018)
A estratégia global de auditoria
(A) orienta os esforços da equipe do trabalho, considerando fatores não significativos.
(B) não deve levar em conta resultados de atividades preliminares nem o conhecimento obtido
em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho.
(C) deve identificar características do trabalho, desde que não defina o seu alcance.
(D) define o alcance, época e direção de auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano
de auditoria.
(E) não pode, desde logo, definir objetivos do relatório do trabalho.
18. (FCC/ MPE PE –Analista Ministerial – Auditoria – 2018)
As normas de planejamento de auditoria das demonstrações contábeis determinam que se
documente
A) as versões superadas das demonstrações contábeis, plano de auditoria e cópias de
documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos.
B) eventuais alterações significativas ocorridas na estratégia global, notas que reflitam
entendimento preliminar e documentos em duplicata.
C) a estratégia global de auditoria, o plano de auditoria e cópias de documentos corrigidos em
decorrência de erros tipográficos.
D) a estratégia global de auditoria, o plano de auditoria e eventuais alterações significativas
ocorridas na estratégia global.
E) As notas que reflitam entendimento preliminar, o plano de auditoria e eventuais alterações
significativas ocorridas na estratégia global.
19. (FCC/ TCE RS - Auditor Público Externo - Administração Pública – 2018 - Adaptada)
O controle que funciona é o controle preventivo, o controle substantivo, que elege prioridades
e acompanha paripassu a execução de projetos. O controle que funciona é aquele que orienta,
esclarece e alerta, que concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é essencial,
mediante critérios de materialidade, relevância, risco e oportunidade. (LIMA, Luiz Henrique. O
Controle da Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os Tribunais de Contas em Tempos de
Crise. In: LIMA, Luiz Henrique; DE OLIVEIRA, Weder; CAMARGO, João Batista. Contas
Governamentais e Responsabilidade Fiscal: Desafios para o Controle Externo. Belo Horizonte:
Fórum, 2017, p.135)
Acerca da materialidade e planejamento em auditoria, assevera-se:
A) O planejamento, como etapa antecedente e isolada da auditoria, consiste primeiramente
na identificação dos riscos de distorções relevantes e subsequentemente na determinação da
materialidade.
[...]
20. (FCC/ SEFAZ MA – AFRE – 2016)
O documento que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a
serem realizados pelos membros da equipe de trabalho é denominado de
(A) roteiro de auditoria.
(B) plano de auditoria.
(C) papeis de trabalho.
Como regra geral, os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor. A seu critério,
partes ou excertos desses papéis podem ser postos à disposição do auditado, que deve
autorizar formalmente, salvo em situações legais específicas, a sua entrega a terceiros.
36. (CESPE – Auditor (FUB) – 2013)
Os papéis de trabalho podem referir-se à fase de planejamento ou de execução da auditoria.
Entre os primeiros, destacam-se os da avaliação dos controles internos e de revisão contábil.
37. (CESPE – Contador (DPU) - 2016)
Em relação aos papéis de trabalho, tipos de auditoria no setor público e eventos subsequentes,
julgue o item que se segue.
Os papéis de trabalho obtidos nas auditorias internas são semelhantes em suas finalidades e
importância aos papéis elaborados diretamente pelos auditores internos.
38. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP) / Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo à documentação de auditoria.
O término da montagem do arquivo final de auditoria, após a data do relatório do auditor, é
um processo administrativo que não envolve a realização de novos procedimentos de auditoria
nem novas conclusões.
39. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP) / Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo à documentação de auditoria.
A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria independem de fatores como
tamanho e complexidade da organização.
40. (CESPE - – TCE PR – ACE/Administração – 2016)
No que se refere à documentação de auditoria, assinale a opção correta.
a) Discussões entre auditor e administração devem ser mantidas em sigilo, devendo, portanto,
ser excluídas da documentação.
b) Procedimentos podem ser executados mesmo depois da conclusão do relatório de auditoria,
desde que sejam devidamente documentados.
c) A documentação de auditoria deve limitar-se aos registros elaborados pelo auditor, para fins
de confirmação da autenticidade.
d) De acordo com as normas em vigor, os termos arquivo de auditoria e documentação de
auditoria são sinônimos.
e) Por exigência da preservação probatória estabelecida nas normas de auditoria, a
documentação de auditoria deve incluir todos os documentos, inclusive versões superadas de
documentos e notas que reflitam entendimento incompleto.
41. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA) /Controle Externo - 2018)
Na documentação de auditoria, deve-se excluir
III. permite que a equipe de trabalho possa ser exonerada de responsabilidade por seu
trabalho, quando as conclusões apresentadas tiverem tido a participação de mais de um
especialista do auditor.
IV. fornece evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e III.
(B) I, III e IV.
(C) II e IV.
(D) I, II e IV.
(E) II e III
45. (FCC - AUDITOR FISCAL / SEFAZ GO - 2018)
A documentação de auditoria:
I. Também é conhecida como “papéis de trabalho”.
II. Deve ser preparada de modo que um leigo possa entender a natureza, época e extensão dos
procedimentos de auditoria executados.
III. Deve ser sigilosa, ocultando, por exemplo, o nome do profissional que executou o trabalho
de auditoria.
IV. Trata-se de coleção de papéis para a elaboração do relatório final que pode,
excepcionalmente, conter documentos emitidos após a data desse relatório.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e IV.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) III e IV.
(E) II e IV.
46. (FCC/ ALESE – An. Legislativo/Contabilidade – 2018)
A NBC TA 230 estabelece, no tocante especificamente à forma, conteúdo e extensão da
documentação de auditoria, que o auditor deve preparar documentação de auditoria que seja
suficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com
a auditoria, entenda
a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com
as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis, devendo registrar,
inclusive, as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados, vedados
estes registros quando a entidade for instituição financeira.
c) da base para o auditor promover alterações nos registros contábeis de forma que possa ter
razoável segurança que, como um todo, as demonstrações contábeis estão livres de distorção
relevante.
d) de que o risco de auditoria foi eliminado, mesmo na existência de riscos de distorção
relevante e de detecção.
e) de que o auditor não exercitou o julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria
de demonstrações contábeis.
49. (FCC - Analista (DPE RS) / Contabilidade - 2017)
Considere os itens abaixo.
I. Assistir à equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria.
II. Assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão.
III. Permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho.
IV. Manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras.
V. Permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.
Nos termos da NBC TA 230, esses itens representam as denominadas finalidades adicionais
a) dos papéis de trabalho.
b) da documentação de auditoria.
c) do planejamento da auditoria.
d) dos registros contábeis fidedignos.
e) do relatório de auditoria.
50. (FCC/ TST – An. Jud. – Contador – 2017)
Um auditor independente, durante os trabalhos de auditoria, julgou necessário NÃO atender
um requisito relevante de uma norma. Nesse caso, nos termos da NBC TA 230, ele deve
a) trancar a auditoria e refazer o planejamento.
b) justificar ao auditado a opção do não atendimento.
c) reorganizar a extensão dos procedimentos de auditoria executados.
d) reavaliar os resultados dos procedimentos de auditoria executados.
e) documentar como os procedimentos alternativos executados cumprem a finalidade do
requisito não atendido.
51. (FCC/ SEFAZ MA – Auditor Fiscal – 2016)
c) II e III, apenas.
d) II, apenas.
e) I e III, apenas.
59. (FCC/ TCE GO – Analista de Controle Externo – Contabilidade – 2014)
No decorrer dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis da empresa Distribuidora
de Aços Rígidos do Brasil S/A, o auditor independente constatou que o valor do saldo da conta
duplicatas a receber, em 31.12.2013, apresentava uma diferença de R$ 150.000,00, referente
a três duplicatas, de um mesmo cliente, pagas no mês de novembro de 2013, não baixadas do
saldo. Quanto à evidência de auditoria, nos termos da NBC TA 230, o auditor deve registrá-la
a) no relatório da auditoria, expressando uma opinião com ressalvas.
b) no livro de ocorrências de achados de auditoria.
c) no relatório da auditoria, expressando uma opinião sem ressalvas.
d) em documentação de Auditoria (papéis de trabalho).
e) no relatório da auditoria, com abstenção de opinião.
60. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE -2014)
Na auditoria interna realizada na tesouraria de determinada empresa de produtos alimentícios,
referente à movimentação financeira do mês de agosto de 2014, o auditor constatou que a
empresa pagou três duplicatas sem a devida comprovação de compra ou recebimento do
material. A fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas,
sugestões e recomendações, as informações e provas obtidas no curso da auditoria serão
registrados
(A) nos papeis de trabalho.
(B) no certificado de auditoria.
(C) no relatório de auditoria.
(D) no programa de auditoria.
(E) na ata de conclusão da auditoria.
61. (FCC/ ALEPE – Contabilidade – 2014)
Os papéis de trabalho:
I. devem conter o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de
auditoria relevante obtida e das conclusões alcançadas pelo auditor.
II. devem ser preparados de forma suficiente para que sejam compreendidos por qualquer
usuário da informação contábil.
III. têm como objetivo auxiliar a execução dos exames, servir de suporte aos relatórios e como
prova em questões judiciais.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I.
B) II.
C) I e III.
D) I e II.
E) II e III.
62. (FCC/ ALEPE – Contabilidade – 2014)
Os papéis de trabalho devem ter abrangência e detalhamento para propiciar a compreensão
do planejamento de auditoria em grau
a) suficiente.
b) adequado.
c) relevante.
d) exato.
e) relativo.
63. (FCC/ TCE PR – Analista de Controle – Jurídica – 2011)
Sobre os papéis de trabalho é correto afirmar que são
a) de propriedade da empresa ou órgão auditado.
b) documentos elaborados pelo auditor na fase que antecede o planejamento da auditoria.
c) o conjunto de formulários que contém os apontamentos obtidos pelo auditor durante o seu
exame.
d) as atividades desempenhadas por cada integrante do grupo de auditoria.
e) os documentos, selecionados pelo auditor, que devem ficar arquivados por, pelo menos, dez
anos após a emissão do parecer de auditoria.
64. (FCC/ SEFAZ SP – APOFP – 2010)
Em auditoria, são considerados permanentes somente os seguintes papéis de trabalho:
a) guias de auditoria, questionários e diagramação de rotinas.
b) gráficos, questionários e diagramação de rotinas.
c) gráficos, tabelas estatísticas e guias de auditoria.
d) planilhas de cálculo, tabelas estatísticas e guias de auditoria.
e) planilhas de cálculo, tabelas estatísticas e gráficos.
65. (FGV / CGM Niterói – AMCI – Auditoria Governamental – 2018)
Em relação aos papéis de trabalho, assinale a afirmativa correta.
5. GABARITO
Planejamento da Auditoria
Gabarito: D
d) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos
trabalhos da Auditoria Interna;
e) o uso do trabalho de especialistas;
f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das transações e operações;
g) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores,
semelhantes ou relacionados;
h) as orientações e as expectativas externadas pela administração aos auditores internos; e
i) o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade.[grifo nosso]
Verificando-se os fatores enumerados nos itens da questão e na norma acima descrita,
concluímos que todos eles são relevantes no planejamento, segundo a NBC TI 01.
Gabarito: “E”.
9. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
O planejamento dos trabalhos da auditoria interna deve envolver a análise dos riscos, que, por
sua vez, estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo
dos trabalhos.
Comentários
O Planejamento é uma das fases mais importante do processo de auditoria, pois é o momento
de otimização dos trabalhos do auditor. Segundo a NBC TI 01 (norma que rege os trabalhos de
auditoria interna – explorada no detalhe em outras aulas de nossos cursos), nessa fase deve
ser avaliado o risco de não se atingir o objetivo dos trabalhos, mesmo seguindo todo o
planejamento e aplicando corretamente os procedimentos de auditoria. Veja:
12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento
dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o
objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes
aspectos:[...] [grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.
10. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
O planejamento para a realização de auditorias deve ser documentado e os programas de
trabalho formalmente preparados, sendo necessário constar nesse planejamento informações
suficientes para a compreensão dos procedimentos que deverão ser executados pelos
auditores.
Comentários
Segundo a NBC TI 01, o auditor deve documentar o planejamento com informações suficientes
para execução dos procedimentos de auditoria. Veja:
12.2.1.3 – O planejamento deve ser documentado e os programas de trabalho formalmente
preparados, detalhando-se o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão
aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e uso de
especialistas.
12.2.1.4 – Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir como guia e
meio de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e atualizados sempre que as
circunstâncias o exigirem. [grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.
11. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Na fase de planejamento, um dos aspectos a serem considerados na análise de risco é a
extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.
Comentários
Segundo a NBC TI 01, o auditor deve considerar diversos fatores na fase do planejamento, em
especial, a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de
especialistas atrelada ao risco de auditoria interna. Veja:
12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento
dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o
objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes
aspectos:
a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da
Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das transações
e das operações;
b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.
[grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.
12. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Os principais aspectos não atrelados aos riscos, mas que deverão ser observados na fase de
planejamento incluem a verificação e a comunicação de eventuais limitações relacionadas aos
procedimentos da auditoria interna, tendo em vista o volume ou a complexidade das
transações e das operações.
Comentários
b) Havendo incompatibilidade ou imprevisto, o plano de auditoria deve ser alterado, uma vez
que a estratégia global de auditoria é inalterável.
c) A supervisão dos membros da equipe deve ser realizada ao final dos trabalhos de
levantamento.
d) No caso de auditorias recorrentes, os procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após
— ou em conexão com — a conclusão da auditoria anterior.
e) O plano de auditoria deve ser definido antes das discussões a respeito da estratégia global
de auditoria.
Comentários
Questão aborda aspectos das atividades preliminares ao trabalho de auditoria das
demonstrações contábeis na fase de planejamento, segundo a NBC TA 300 (R1). Analisando
cada alternativa:
Letra A) ERRADA. Não existe previsão normativa dessa vedação. Do contrário, há essa previsão
(realização de auditoria por um único profissional – sócio do trabalho) no item A17 da NBC TA
300 (R1), especificamente para entidades de pequeno porte. Vejamos: “quando a auditoria é
realizada integralmente pelo sócio do trabalho, não se colocam questões de direção e
supervisão dos membros da equipe de trabalho e de revisão do seu trabalho. (...) Quando
existem assuntos particularmente complexos ou incomuns e a auditoria é realizada por um
único profissional, pode ser recomendável a consulta a outros auditores com experiência
adequada ou à entidade profissional dos auditores”.
Letra B) ERRADA. Tanto o plano quanto a estratégia global devem ser atualizados e alterados,
quando necessário, segundo inteligência do item 10 da NBC TA 300 (R1). Veja:
10. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria
sempre que necessário no curso da auditoria. [grifo nosso]
Letra C) ERRADA. Não existe tal previsão nas normas de auditoria. Entendemos que essa
supervisão deve ser realizada no início do planejamento, facilitando a direção dos membros da
equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho.
Letra D) CORRETA. A NBC TA 300 está escrita no contexto de auditorias recorrentes (e não
iniciais). A assertiva está em conformidade com a inteligência do item A7, da NBC TA 300 (R1).
Veja:
A7. A avaliação pelo auditor da continuidade do relacionamento com o cliente e de requisitos
éticos, incluindo independência, ocorre ao longo do trabalho de auditoria à medida que mudam
as circunstâncias e as condições. A aplicação de procedimentos iniciais sobre a continuidade do
cliente e a avaliação de requisitos éticos (inclusive independência) no início do trabalho de
auditoria corrente significa que estes devem estar concluídos antes da realização de outras
atividades importantes para esse trabalho. No caso de trabalhos de auditoria recorrentes,
esses procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após (ou em conexão com) a conclusão
da auditoria anterior. [grifo nosso]
Gabarito: “D”.
19. (FCC/ TCE RS - Auditor Público Externo - Administração Pública - 2018)
O controle que funciona é o controle preventivo, o controle substantivo, que elege prioridades
e acompanha paripassu a execução de projetos. O controle que funciona é aquele que orienta,
esclarece e alerta, que concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é essencial,
mediante critérios de materialidade, relevância, risco e oportunidade. (LIMA, Luiz Henrique. O
Controle da Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os Tribunais de Contas em Tempos de
Crise. In: LIMA, Luiz Henrique; DE OLIVEIRA, Weder; CAMARGO, João Batista. Contas
Governamentais e Responsabilidade Fiscal: Desafios para o Controle Externo. Belo Horizonte:
Fórum, 2017, p.135)
Acerca da materialidade e planejamento em auditoria, assevera-se:
A) O planejamento, como etapa antecedente e isolada da auditoria, consiste primeiramente
na identificação dos riscos de distorções relevantes e subsequentemente na determinação da
materialidade.
[...]
Comentários
Assertiva ERRADA. O planejamento da auditoria NÃO é uma fase isolada, mas um processo
contínuo e interativo que vai da conclusão da auditoria anterior até o fechamento da auditoria
atual – item A2, NBC TA 300 (R1).
Gabarito: “ERRADA”.
20. (FCC/ SEFAZ MA – AFRE – 2016)
O documento que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a
serem realizados pelos membros da equipe de trabalho é denominado de
(A) roteiro de auditoria.
(B) plano de auditoria.
(C) papeis de trabalho.
(D) normas de auditoria.
(E) estratégia para execução dos trabalhos.
Comentários
De acordo com o item 9 da NBC TA 300 (R1), além da Estratégia Global, o auditor deve ainda
desenvolver o plano de auditoria, que inclui a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos PROCEDIMENTOS planejados de avaliação de risco;
(b) a natureza, a época e a extensão dos PROCEDIMENTOS adicionais de auditoria planejados
no nível de afirmação;
(c) outros PROCEDIMENTOS de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja
em conformidade com as normas de auditoria.
Vejam que, de maneira geral, o desenvolvimento do Plano de Auditoria está intimamente
relacionado à descrição da natureza, época e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
Gabarito: “B”.
21. (FCC/ CGM São Luís – Auditor de Controle Externo – 2015)
Considere os fatores abaixo.
I. Conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade.
II. Existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos
trabalhos de Auditoria Interna.
III. O conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos
anteriores, semelhantes e relacionados.
Esses fatores são relevantes na execução dos trabalhos de auditoria, especificamente para a
fase de
a) planejamento.
b) comunicação de resultados.
c) testes de auditoria.
d) especificação de resultados.
e) detalhamento de achados de auditoria.
Comentários
Questão acerca do planejamento da auditoria interna (explorado detalhadamente em outras
aulas de nossos cursos). Vejamos o que diz, na íntegra, a NBC TI 01 em relação ao planejamento
da auditoria interna:
12.2.1.1 – O planejamento do trabalho da Auditoria Interna compreende os exames
preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a amplitude e a época do
trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da
entidade.
12.2.1.2 – O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos,
especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade;
b) o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles
internos e seu grau de confiabilidade da entidade;
c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem
aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade;
d) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos
trabalhos da Auditoria Interna;
e) o uso do trabalho de especialistas;
f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das transações e operações;
Comentários
Questão cobra a literalidade do item 8 da NBC TA 300 (R1). Os itens II, III, IV e V estão previstos
no escopo da estratégia global. Veja:
8. Ao definir a estratégia global, o auditor deve:
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a
natureza das comunicações requeridas;
(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para
orientar os esforços da equipe do trabalho;
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando
aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do
trabalho para a entidade; e
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o
trabalho.
O item I menciona a elaboração do plano de auditoria (etapa que não se confunde com a
definição da estratégia global). Fácil, não é mesmo?!
Gabarito: “C”.
24. (FCC/ TCE PI – Auditor Fiscal de Controle Externo – 2014)
O planejamento da auditoria é a fase na qual são fixadas as ações a serem executadas no
trabalho de campo. Entre os principais conceitos sobre os quais está fundamentada esta
atividade figura a
a) legalidade.
b) relevância.
c) impessoalidade.
d) objetividade.
e) publicidade.
Comentários
Questão tomou por base passagem da já revogada NBC T 11.07. Veja:
RELEVÂNCIA E PLANEJAMENTO
40. O auditor independente deve, no planejamento da auditoria, considerar a ocorrência de
fatos relevantes que possam afetar a entidade e a sua opinião sobre as demonstrações
contábeis.
Reparem que as outras assertivas trazem princípios gerais da administração pública (o famoso
mnemônico “LIMPE”), além do princípio da objetividade.
Gabarito: “B”.
25. (FCC/ TRT 13ª – An. Judiciário/Contabilidade – 2014)
A execução dos trabalhos de auditoria é dividida em fases. O conhecimento detalhado da
política e dos instrumentos de gestão de riscos do ente auditado é elemento que deve ser
verificado na fase de
a) testes de auditoria.
b) conclusão dos trabalhos de auditoria.
c) planejamento de auditoria.
d) triagem de achados de auditoria.
e) avaliação de resultados de auditoria.
Comentários
Essa questão é legal para atentarmos ao seguinte fato: o enunciado não menciona Auditoria
Interna, no entanto a base para resposta vem da literalidade da NBC TI 01 – Auditoria Interna.
Isso acontece com frequência em nossa disciplina. A NBC TI 01 traz diversos pontos que
coincidem com temas ligados à auditoria independente (como é o caso do planejamento,
documentação, relatório, etc.). É quase como se tivéssemos uma pequena amostra de tudo o
que estudamos na auditoria independente.
Pois bem, meus amigos. Vejamos o trecho da norma que fornece a base para resolvermos a
questão:
12.2.1.2 – O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos,
especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade
(...)
Pelo exposto, nosso gabarito é claramente a letra C.
Percebam que o conceito acima também está em linha com o que prevê diversos pontos da
NBC TA 300 (R1), especialmente o item A2 (abaixo transcrito):
A2. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo,
que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior,
continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Entretanto, o planejamento inclui
a consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser
concluídos antes da realização de procedimentos adicionais de auditoria. Por exemplo, o
planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação pelo
auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como:
(a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco;
b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à
entidade e como a entidade cumpre com os requerimentos dessa estrutura;
Comentários
De acordo com a NBC TA 300 (R1), além da Estratégia Global, o auditor deve ainda desenvolver
o plano de auditoria, que inclui a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos PROCEDIMENTOS planejados de avaliação de risco;
(b) a natureza, a época e a extensão dos PROCEDIMENTOS adicionais de auditoria planejados
no nível de afirmação;
(c) outros PROCEDIMENTOS de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja
em conformidade com as normas de auditoria.
Vejam que, de maneira geral, o desenvolvimento do Plano de Auditoria está intimamente
relacionado à descrição da natureza, época e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
Gabarito: “E”.
29. (FGV/ ISS Recife – Auditor Tesouro Municipal – 2014)
Nas atividades de planejamento da auditoria, deve-se estabelecer uma estratégia global que
defina seu alcance, sua época e sua direção, a fim de orientar o desenvolvimento do plano de
auditoria.
Os procedimentos a serem adotados estão listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.
b) Definir os objetivos do relatório do trabalho, de forma a planejar a época da auditoria e a
natureza das comunicações requeridas.
c) Considerar, para orientar os esforços da equipe do trabalho, os fatores que, no julgamento
profissional do auditor, são irrelevantes.
d) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria.
e) Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o
trabalho.
Comentários
Questão exige conhecimento sobre o que o auditor deve fazer ao definir a ESTRATÉGIA
GLOBAL. Como vimos, essa é a dimensão mais abrangente do planejamento, aquela que
fornece suas linhas gerais. Vejamos o que diz a norma:
8. Ao definir a estratégia global, o auditor deve:
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance – letra A correta;
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a
natureza das comunicações requeridas – letra B correta;
(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para
orientar os esforços da equipe do trabalho – letra C errada (deve-se considerar os fatores
significativos);
(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão. [grifo
nosso]
Portanto, alternativa correta é C.
Veja que as demais alternativas contêm informações irrelevantes (informações
pormenorizadas, dados descartados, notas que reflitam entendimento incompleto e data e
hora precisas) para o processo de auditoria, não havendo, portanto, a necessidade de que
sejam documentadas. Esse tipo de informação não contempla assuntos significativos que
possam, de alguma forma, influenciar na opinião do auditor.
Gabarito: “C”.
Em relação aos papéis de trabalho, tipos de auditoria no setor público e eventos subsequentes,
julgue o item que se segue.
Os papéis de trabalho obtidos nas auditorias internas são semelhantes em suas finalidades e
importância aos papéis elaborados diretamente pelos auditores internos.
Comentários
Item certo. Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria
executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor
(usualmente também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”). Segue mapa com as
finalidades dos papéis de trabalhos, sejam eles obtidos nas auditorias, ou elaborados
diretamente pelos auditores. Veja:
Ressalte-se que não há norma de auditoria - interna ou externa - que faça distinção acerca das
finalidades e da importância entre os papéis de trabalho obtidos nas auditorias (ou seja,
fornecidos ao auditor pela própria entidade ou mesmo por terceiros) e aqueles elaborados
diretamente pelos auditores.
Gabarito: “CERTO”.
38. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP) / Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo à documentação de auditoria.
O término da montagem do arquivo final de auditoria, após a data do relatório do auditor, é
um processo administrativo que não envolve a realização de novos procedimentos de auditoria
nem novas conclusões.
Comentários
Item certo. Questão trata da montagem do arquivo final de auditoria. De acordo com a norma,
o auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e completar o processo
administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente após a data do
relatório. Reparem que a montagem do arquivo final é um processo quase que mecânico.
Nesse processo, não devem ser efetuados novos procedimentos e nem tampouco devem ser
extraídas novas conclusões. Há ressalvas quanto a modificações de natureza administrativa,
podendo essas serem feitas durante a montagem do arquivo final (exemplo: descarte de
documentação superada). Vejamos os itens correspondentes:
Montagem do arquivo final de auditoria
14. O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e completar o processo
administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente após a data do
relatório do auditor.
A22. A conclusão da montagem do arquivo final de auditoria após a data do relatório do
auditor é um processo administrativo que não envolve a execução de novos procedimentos
de auditoria nem novas conclusões. Contudo, novas modificações podem ser feitas na
documentação de auditoria durante o processo final de montagem se essas forem de natureza
administrativa. Exemplos de tais modificações incluem:
(a) apagar ou descartar documentação superada;
(b) selecionar, conferir e acrescentar referências cruzadas aos documentos de trabalho;
(c) conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido os passos relativos ao
processo de montagem do arquivo;
(d) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve, discutiu e com a qual concordou
junto aos membros relevantes da equipe de trabalho antes da data do relatório de auditoria.
[Grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.
39. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP) / Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo à documentação de auditoria.
A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria independem de fatores como
tamanho e complexidade da organização.
Comentários
Item errado. O item trata dos fatores que devem ser levados em consideração na preparação
da documentação de auditoria (sua forma, conteúdo e extensão). Segundo a NBC TA 230(R1):
A2. A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores
como:
(a) tamanho e complexidade da entidade;
Nesse tipo de questão devemos nos preocupar com a literalidade da norma. Dessa forma,
concluímos que a forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem
do tamanho e da complexidade da entidade.
Gabarito: “ERRADO”.
40. (CESPE - – TCE PR – ACE/Administração – 2016)
No que se refere à documentação de auditoria, assinale a opção correta.
a) Discussões entre auditor e administração devem ser mantidas em sigilo, devendo, portanto,
ser excluídas da documentação.
b) Procedimentos podem ser executados mesmo depois da conclusão do relatório de auditoria,
desde que sejam devidamente documentados.
c) A documentação de auditoria deve limitar-se aos registros elaborados pelo auditor, para fins
de confirmação da autenticidade.
d) De acordo com as normas em vigor, os termos arquivo de auditoria e documentação de
auditoria são sinônimos.
e) Por exigência da preservação probatória estabelecida nas normas de auditoria, a
documentação de auditoria deve incluir todos os documentos, inclusive versões superadas de
documentos e notas que reflitam entendimento incompleto.
Comentários
Vejamos a seguir os comentários de cada assertiva:
Letra A - Errada. De acordo com o item 10 da NBC TA 230 (R1), temos o contrário, ou seja, “O
auditor deve documentar discussões de assuntos significativos com a administração, os
responsáveis pela governança e outros, incluindo a natureza dos assuntos significativos
discutidos e quando e com quem as discussões ocorreram”.
Letra B – Correta (nosso gabarito). O item 13 da NBC TA 230 (R1) trata dos “assuntos surgidos
após a data do relatório do auditor”. Em seus termos, “se, em circunstâncias excepcionais, o
auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou chegar a outras conclusões após a data
do relatório, o auditor deve documentar: (a) as circunstâncias identificadas; (b) os
procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas
conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e (c) quando e por quem as
modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas e revisadas”.
Letra C - Errada. Nos termos do item A14 da NBC TA 230 (R1), “A documentação não se limita
aos registros elaborados pelo auditor, mas podem incluir outros registros apropriados, como
minutas de reuniões elaboradas pelo pessoal da entidade e acordadas com o auditor. O auditor
pode discutir assuntos significativos com outros empregados da entidade e terceiros, como
pessoas que prestam serviço de consultoria”.
Letra D - Errada. Vimos ao longo de nossa aula que isso não é verdade. Vamos relembrar:
-- Documentação de auditoria (papéis de trabalho): registro dos procedimentos, evidências e
conclusões.
-- Arquivo de auditoria: pasta que contém os registros que constituem a documentação de
auditoria.
Letra E - Errada. Nos termos do item A4 da NBC TA 230 (R1), “O auditor não precisa incluir na
documentação de auditoria versões superadas de papéis de trabalho e demonstrações
contábeis, notas que reflitam entendimento incompleto ou preliminar, cópias anteriores de
documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos ou de outro tipo de documentos
em duplicata”.
Gabarito: “B”.
41. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA) /Controle Externo - 2018)
Na documentação de auditoria, deve-se excluir
a) discussões da equipe de auditoria com a administração e com os responsáveis pela
governança.
b) informação que possa ser considerada inconsistente com a conclusão final da auditoria.
c) registro de procedimentos de auditoria diferentes dos requeridos pelas normas técnicas.
d) cópias anteriores de documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos.
Comentários
Questão aborda as finalidades da documentação de auditoria – principais e adicionais. Segundo
a NBC TA 230(R1):
Percebam que somente a “III” apresenta um erro sutil, pois a documentação de auditoria
permite que a equipe de trabalho possa responsabilizada (e não "exonerada de
responsabilidade").
Portanto, alternativa correta é D.
Gabarito: “D”.
45. (FCC - AUDITOR FISCAL / SEFAZ GO - 2018)
A documentação de auditoria:
I. Também é conhecida como “papéis de trabalho”.
II. Deve ser preparada de modo que um leigo possa entender a natureza, época e extensão dos
procedimentos de auditoria executados.
III. Deve ser sigilosa, ocultando, por exemplo, o nome do profissional que executou o trabalho
de auditoria.
IV. Trata-se de coleção de papéis para a elaboração do relatório final que pode,
excepcionalmente, conter documentos emitidos após a data desse relatório.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e IV.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) III e IV.
(E) II e IV.
Comentários
Questão aborda aspectos gerais de documentação de auditoria, segundo a NBC TA 230(R1).
13.
Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou
chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:
(a) as circunstâncias identificadas;
(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas
conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram
executadas e revisadas.
Reparem que a situação acima, ou seja, execução de procedimentos novos ou obtenção de
novas conclusões APÓS A DATA DO RELATÓRIO, só pode ocorrer EM CIRCUSNTÂNCIAS
Comentários
De acordo com a NBC TA 230:
2. A documentação de auditoria, que atende às exigências desta Norma e às exigências
específicas de documentação de outras normas de auditoria relevantes, fornece:
(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global
do audito; e
(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas
de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
Pelo exposto, o gabarito é letra B. Vejam que as demais assertivas trazem situações não
previstas em normas ou então “absurdas” no contexto da auditoria (“segurança absoluta”;
“risco foi eliminado”).
Gabarito: “B”.
49. (FCC - Analista (DPE RS) / Contabilidade - 2017)
Considere os itens abaixo.
I. Assistir à equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria.
II. Assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão.
III. Permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho.
IV. Manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras.
V. Permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.
Nos termos da NBC TA 230, esses itens representam as denominadas finalidades adicionais
a) dos papéis de trabalho.
b) da documentação de auditoria.
c) do planejamento da auditoria.
d) dos registros contábeis fidedignos.
e) do relatório de auditoria.
Comentários
Questão aborda as finalidades adicionais da documentação da auditoria, segundo a NBC TA
230(R1). Veja:
3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:
• assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
• assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em
III. O Auditor Interno deve documentar inconsistências em relação a sua conclusão final,
referentes a assuntos significativos.
Nos termos da NBC TA 230, está correto o que se afirma em
a) III, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III, apenas.
d) II, apenas.
e) I e III, apenas.
Comentários
I. CORRETO. O auditor até pode não atender um requisito relevante de uma norma. Nesse caso,
ele deve documentar como os procedimentos alternativos cumprem a finalidade desse
requisito, e as razões para o não atendimento.
12. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor julgar necessário não atender um requisito
relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos alternativos de
auditoria executados cumprem a finalidade desse requisito, e as razões para o não
atendimento.
Item II. CORRETO. Vimos que isso pode acontecer em circunstâncias excepcionais.
13. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais
ou chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:
(a) as circunstâncias identificadas;
(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas
conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram
executadas e revisadas.
Item III: CORRETO, nos termos do item 11 da NBC TA 230 (R1):
11. Se o auditor identificou informações referentes a um assunto significativo que são
inconsistentes com a sua conclusão final, ele deve documentar como tratou essa inconsistência.
Gabarito: “B”.
59. (FCC/ TCE GO – Analista de Controle Externo – Contabilidade – 2014)
No decorrer dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis da empresa Distribuidora
de Aços Rígidos do Brasil S/A, o auditor independente constatou que o valor do saldo da conta
duplicatas a receber, em 31.12.2013, apresentava uma diferença de R$ 150.000,00, referente
a três duplicatas, de um mesmo cliente, pagas no mês de novembro de 2013, não baixadas do
saldo. Quanto à evidência de auditoria, nos termos da NBC TA 230, o auditor deve registrá-la
a) no relatório da auditoria, expressando uma opinião com ressalvas.
12.1.2.3 – Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para
propiciarem a compreensão do planejamento, da natureza, da oportunidade e da extensão dos
procedimentos de Auditoria Interna aplicados, bem como do julgamento exercido e do suporte
das conclusões alcançadas.
12.1.2.4 – Análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos devem ter sua integridade
verificada sempre que forem anexados aos papéis de trabalho.
Gabarito: “A”.
61. (FCC/ ALEPE – Contabilidade – 2014)
Os papéis de trabalho:
I. devem conter o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de
auditoria relevante obtida e das conclusões alcançadas pelo auditor.
II. devem ser preparados de forma suficiente para que sejam compreendidos por qualquer
usuário da informação contábil.
III. têm como objetivo auxiliar a execução dos exames, servir de suporte aos relatórios e como
prova em questões judiciais.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I.
B) II.
C) I e III.
D) I e II.
E) II e III.
Comentários
Questão traz umas “cascas de banana” nos itens II e III. Vejamos cada item a seguir:
Item I – Correto. Tenho até vergonha de trazer novamente esse conceito (rs). Já vimos
anteriormente que essa é exatamente a letra do item 6 da NBC TA 230.
Item II – Errado de acordo com o item 8 da NBC TA 230, a seguir descrito:
Item 8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir
que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com
as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida;
e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito
deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
Ora, a documentação de auditoria deve ser preparada de maneira que um auditor experiente
(e não um usuário qualquer – por isso a incorreção do item) entenda os procedimentos
executados, as evidências e as conclusões obtidas. Fiquem ligados ainda no termo “suficiente”,
que já foi objeto de cobrança em questões (da FCC inclusive).
Item III – Correto. Item bem difícil e, de certa forma, controverso. Vejamos cada parte do item
separadamente. Os papéis de trabalho têm como objetivo:
• Auxiliar a execução dos exames – correto, nos termos do item 5 da NBC TA 230, que trata
das finalidades adicionais dos papéis de trabalho. Consta no rol do item 5 o seguinte: “assistir
a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria”.
• Servir de suporte aos relatórios – igualmente correto (e óbvio, em certa medida). O item 5
da NBC TA 230 diz que o objetivo do auditor é preparar documentação de auditoria que
forneça registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor.
• Servir como prova em questões judiciais. Aqui reside a controvérsia da questão. Não há tal
previsão expressa nas normas de auditoria. Encontramos registros na doutrina que dizem
que os papéis de trabalho têm como objetivo “representar na justiça as evidências do
trabalho executado, acumular provas necessárias para suportar o parecer do auditor”.
Portanto a banca considerou o item como correto. Aliás, a banca já defendeu esse
argumento como correto em outras ocasiões.
Gabarito: “C”.
62. (FCC/ ALEPE – Contabilidade – 2014)
Os papéis de trabalho devem ter abrangência e detalhamento para propiciar a compreensão
do planejamento de auditoria em grau
a) suficiente.
b) adequado.
c) relevante.
d) exato.
e) relativo.
Comentários
Vimos os alertando para a expressão “suficiente” prevista no item 8 da NBC TA 230 (R1). Veja
mais uma vez:
8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que
um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda [...]
Gabarito: “A”.
63. (FCC/ TCE PR – Analista de Controle – Jurídica – 2011)
Sobre os papéis de trabalho é correto afirmar que são
I- Pasta permanente: inclui todos os papéis que são de importância de importância diária e
contínua, ano após ano para consulta, por conterem dados sobre o sistema, área ou objeto da
auditoria. Exemplos: histórico da empresa, estatuto, composição do capital social, informações
contábeis, dos sistemas contábeis e operacionais e ainda informações relativas a participação
da empresa no mercado.
II- Pasta corrente: é composta de todos os papéis do exercício em curso. Exemplos:
planejamento do trabalho, balancetes, demonstrações contábeis e análise de contas etc. [grifo
nosso].
Dessa maneira, o importante aqui é conhecer os conceitos de pasta permanente e corrente.
Nessa questão, a banca considerou como permanentes os papéis de trabalho presentes na
letra A. Parece-nos que os guias e as diagramações de rotina são de fato permanentes. Já os
questionários são bastante duvidosos (se pensarmos na resposta de um questionário seria mais
o caso de serem correntes; já quando pensamos num modelo de questionário padrão a ser
aplicada em determinadas situação, aí sim estaríamos no contexto da pasta permanente).
Gabarito: “A”.
65. (FGV / CGM Niterói – AMCI – Auditoria Governamental – 2018)
Em relação aos papéis de trabalho, assinale a afirmativa correta.
a) São cópias de documentos utilizados anteriormente, que dão suporte ao trabalho
desenvolvido pelo auditor.
b) Devem permitir que um auditor experiente e sem envolvimento na auditoria verifique o
trabalho realizado para fundamentar as conclusões.
c) São classificados, segundo a natureza da informação, como correntes, quando utilizados por
mais de um período.
d) Devem ser preparados pelo auditor responsável pelo trabalho de auditoria.
Comentários
Conforme vimos ao longo da aula, o auditor deve preparar tempestivamente a documentação
de auditoria, que seja suficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhum
envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir
com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria
obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito
deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
Pelo exposto, todos os itens da questão estão corretos (literalidade da NBC TA 230 (R1) – Item
8).
Gabarito: “E”.
67. (FGV / TCM SP – Ag. Fiscalização –Bibl./Jur./TI – 2015)
De acordo com a NBC TA 230, que trata da documentação de auditoria, os papéis de trabalhos
fornecem evidências relativas ao cumprimento do objetivo global do auditor e da
conformidade do planejamento e execução da auditoria. No que tange aos papéis de trabalho,
é correto afirmar que:
a) os registros relativos ao planejamento da auditoria não são considerados papéis de trabalho,
mas apenas aqueles preparados pelo auditor durante a execução da auditoria;
b) não se recomenda a inclusão de resumos ou cópias de registros da entidade na
documentação de auditoria, pois esses documentos podem ser facilmente acessados;
c) o auditor não precisa manter na documentação de auditoria versões superadas de papéis de
trabalho e demonstrações contábeis;
d) quando apresentados de forma detalhada, os papéis de trabalho podem substituir alguns
registros contábeis da entidade;
e) a conclusão da montagem dos arquivos de auditoria deve ser tempestiva, admitindo-se uma
diferença máxima de 30 dias após a data do relatório do auditor.
Comentários
Letra A: ERRADA. Devem compor a documentação de auditoria os registros relativos a todas as
etapas da auditoria (planejamento, execução e relatório).
Letra B: ERRADA. Tal inclusão é plenamente possível, de acordo com a NBC TA 230. Vejamos o
que diz a norma:
“(...) O auditor pode incluir resumos ou cópias de registros da entidade (por exemplo, contratos
e acordos significativos e específicos) como parte da documentação de auditoria. A
documentação de auditoria, porém, não substitui os registros contábeis da entidade”.
Letra C: CORRETA. Nos termos do item A4 da NBC TA 230 (R1), “O auditor não precisa incluir
na documentação de auditoria versões superadas de papéis de trabalho e demonstrações
contábeis, notas que reflitam entendimento incompleto ou preliminar, cópias anteriores de
documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos ou de outro tipo de documentos
em duplicata”.
Letra D: ERRADA. Vimos que, apesar da documentação de auditoria poder incluir resumos ou
cópias dos registros da entidade, a recíproca não é verdadeira, ou seja, a documentação jamais
substitui registros contábeis da entidade.
Letra E: ERRADA. O prazo para conclusão da montagem do arquivo final, de acordo com a
norma, “não ultrapassa” 60 dias a contar da data do relatório. É comum questões considerarem
o prazo de 60 dias (“cravados”) como correto!
Gabarito: “C”.
68. (FGV / TJ PI – An. Judiciário – Apoio Esp. – Auditor – 2015)
Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este
na execução da auditoria; sua guarda é responsabilidade do (a):
a) auditor responsável;
b) auditoria interna;
c) administração da entidade auditada;
d) contador da entidade auditada;
e) conselho fiscal.
Comentários
Questão trata de um importante ponto previsto na NBC PA 01: a propriedade da documentação
de auditoria. A propriedade da documentação de trabalho é da firma de auditoria, e não da
entidade auditada! Vejamos o que diz o item A63 da NBC PA 01 – Controle de Qualidade para
Firmas de Auditores Independentes:
Item A63. A documentação do trabalho é de propriedade da firma. A firma pode, a seu critério,
disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde que essa
divulgação não prejudique a validade do trabalho realizado ou, no caso de trabalhos de
asseguração, a independência da firma ou do seu pessoal.
Firma, nesse contexto, pode ser entendida como um único profissional (auditor) ou ainda uma
sociedade de pessoas que atuam como auditor independente.
Gabarito: “A”.
69. (FGV / TJ PI – An. Judiciário – Apoio Esp. – Auditor – 2015)
Os papéis de trabalho devem ser organizados conforme sua finalidade. São consideradas
comuns:
I. Pasta permanente;
I- Pasta permanente: inclui todos os papéis que são de importância de importância diária e
contínua, ano após ano para consulta, por conterem dados sobre o sistema, área ou objeto da
auditoria. Exemplos: histórico da empresa, estatuto, composição do capital social, informações
contábeis, dos sistemas contábeis e operacionais e ainda informações relativas a participação
da empresa no mercado.
II- Pasta corrente: é composta de todos os papéis do exercício em curso. Exemplos:
planejamento do trabalho, balancetes, demonstrações contábeis e análise de contas etc. [grifo
nosso].
Pelo exposto, o planejamento dos trabalhos é exemplo de documentação do tipo corrente. As
demais assertivas referem-se a exemplos de documentação do tipo permanente.
Gabarito: “E”.
70. (FGV / CGE MA – Auditor do Estado – 2014)
Assinale a alternativa que indica a finalidade para a qual é usada a documentação de auditoria.
a) Assistir a equipe de trabalho na aplicação dos procedimentos de elaboração do plano de
auditoria e para conhecimento da entidade auditada.
b) Permitir que a equipe de trabalho não possa ser responsabilizada por seu trabalho, em
possíveis questionamentos da auditoria.
c) Manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras, quando
não houver a aceitação da empresa auditada.
d) Permitir a condução de inspeções internas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.
e) Assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria no cumprimento de suas responsabilidades de revisão.
Comentários
Questão aborda as finalidades adicionais da documentação da auditoria, segundo a NBC TA
230 (R1). Para facilitar o entendimento, podemos imaginar que as finalidades adicionais são de
3 tipos: assistência (assistir a equipe no planejamento e execução dos trabalhos; manter
registro de assuntos com importância recorrente), responsabilização (permitir que a equipe
possa ser responsabilizada) e revisão (permitir a revisão dos trabalhos, o controle de qualidade
e ainda inspeções externas). Vejamos o que diz a norma:
3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:
• assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
• assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão;
• permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
• manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;
• permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em conformidade com
a NBC PA 01;
• permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis. [Grifos nosso]
Assim, a única assertiva que encontra respaldo no trecho acima destacado é a letra E. As
demais assertivas deturpam, em alguma medida, o que prevê a norma.
Gabarito: “E”.
71. (FGV / DPE RJ – Técnico Superior Especializado – Ciências Contábeis – 2014)
Analise as seguintes afirmativas sobre os papeis de trabalho de auditoria:
I. Devem ser arquivados com relação ao seu tipo: permanente, confidencial e corrente.
II. Tem como uma de suas finalidades evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas.
III. Os papeis de trabalho que não contenham inconformidades nos testes ou que não sejam
conclusivos devem ser removidos e arquivados à parte dos demais papéis de trabalho.
Assinale se
Em situações normais, o auditor não executa novos testes, ou tampouco chega a novas
conclusões, após a data de seu relatório. Em circunstâncias excepcionais, no entanto, isso é
possível. Nesse caso, deve-se documentar as circunstâncias identificadas; os novos
procedimentos, evidências e conclusões alcançadas; e ainda quando e por quem as mudanças
foram executadas e revisadas. Vejamos o que diz a NBC TA 230 (R1):
13. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais
ou chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:
(a) as circunstâncias identificadas;
(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas
conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram
executadas e revisadas.
Pelo exposto, a única assertiva que não está de acordo com a norma é a letra B.
Gabarito: “B”.
2) Quais as atividades que devem ser realizadas pelo auditor no início do trabalho de auditoria
corrente?
Resposta: o auditor deve realizar as seguintes atividades no início do trabalho de auditoria corrente:
a) realizar procedimentos de Controle de Qualidade;
b) avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive independência;
c) estabelecer entendimento dos termos do trabalho.
10) Cite aspectos que o planejamento deve considerar antes da identificação e avaliação pelo
auditor dos riscos de distorções relevantes?
a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco;
13) Como (em que contexto) o auditor deve preparar a documentação de auditoria?
Resposta: o auditor deve preparar tempestivamente documentação de auditoria que seja suficiente
para permitir que um auditor experiente*, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria,
entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e
os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
*Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência
prática de auditoria e conhecimento razoável de: (i) processos de auditoria; (ii) normas de auditoria
e exigências legais e regulamentares aplicáveis; (iii) ambiente de negócios em que opera a entidade;
e (iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.
17) Qual o limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria?
Resposta: Um limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria
geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor.
2.
3.
4.
Finalidades do planejamento:
5.
6.
7.
8.
A área da auditoria
9.
10.
11.
12.
13.
9. BIBLIOGRAFIA
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CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2016.
CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na administração pública. 2. Ed. São
Paulo: Atlas, 2009.