resumo

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 2

Consolidação das Leis do Trabalho e sua relação com a

hotelaria e a escala 6x1


A jornada de trabalho para a maior parte dos trabalhadores do comércio, turismo e da
hotelaria é a escala 6x1, normalmente esta escala de trabalho é mais utilizada em setores
que funcionam de final de semana, sendo assim, o trabalhador trabalha 6 dias consecutivos
e, em seguida tira 1 folga. O hotel é um setor que funciona os 7 dias por semana, e em
alguns casos funcionando por 24 horas, por conta disto, é muito comum em hotéis que os
funcionários trabalhem mesmo após o seu horário de trabalho, para que desta forma
consiga realizar toda a sua demanda do dia.
No artigo 59 da clt, diz “ a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 horas”, no entanto a CLT não normaliza
esta prática, já que se vê como abuso do tempo de trabalho do trabalhador em benefício da
empresa, sem contar que o pagamento das horas extras de trabalho é calculado
multiplicando o valor da hora normal de trabalho com um acréscimo de 50%. Ao longo
deste trabalho será observado que muitas das regras estabelecidas pela CLT são muito
desrespeitadas no ramo hoteleiro, fazendo com que os funcionários que trabalham para
garantir o lazer de terceiros, não conseguem sequer usufruir do mesmo.
Mas atualmente estamos acompanhando neste momento uma geração lutando por seus
direitos, não se sujeitando a exploração da mão de obra. Temos como o exemplo, o
Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), marcando então esta luta, por meio de sua
petição para o fim da escala 6x1 e projetos de lei que visam a extinção dessa escala. Por
meio da luta popular dos trabalhadores muitos hotéis já estão dispostos a mudar essa
jornada, aderindo então escalas diferentes como a escala 12x36.

Analise das Pesquisas


O empreendimento que será analisado agora é um hotel de luxo de uma família italiana que
imigrou ao Brasil em 1902, mas foi construido apenas em meados de 2003. Foi escolhido
este hotel como estudo para analisarmos como é a relação destes grandes hotéis com seus
funcionários.
Esta análise foi feita com a coleta de relatos de ex-funcionários obtidas pelo site Glassdoor.
O mais interessante deste hotel é em grande parte os elogios feito pelos ex-funcionários,
principalmente no quanto ao bom preparo e treinamento com o seus colaboradores e o
crescimento profissional que o empreendimento oferece.

O segundo empreendimento integra uma rede de hospedagem que conta com mais de 20
anos de história no Brasil. Neste hotel já fica mais visível reclamações como o salário
abaixo do mercado, o sentimento de desvalorização por parte dos trabalhadores e o
acúmulo de funções.

O terceiro empreendimento é um hotel de 5 estrelas, de uma rede reconhecida


mundialmente com mais de 60 anos no ramo hoteleiro, com presença em 73 países. O
empreendimento foi muito bem elogiado e qualificado pelo seus ex-colaboradores, o que
acaba entrando em contradição em algumas respostas, a maior reclamação por parte dos
ex-funcionários apontada é a falta de um gerenciamento mais assertivo, com a falta de um
plano de carreira, a carga horária pesada e o acúmulo de função em alguns casos.

Não há dúvidas que o um dos maiores motivos sobre a rotatividade no ramo hoteleiro é a
escala 6x1, contudo em nenhum momento esta escala é mencionada pelo ex-funcionários.
Acreditamos que também que a falta de oportunidades de crescimento, o baixo salário, a
falta de pagamento de horas extras e até mesmo a falta de reconhecimento por partes dos
gestores e supervisores ampliam ainda mais para que a evasão dos trabalhadores para
outros ramos que não sejam o hoteleiro. Apenas quem trabalha com o público 6 dias da
semana, 8h por dia entende o que se passa neste tipo de ambiente, onde não há benefícios
e remuneração que recupere a saúde mental do colaborador.

Você também pode gostar