Derivada de Função

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CÁLCULO III – ENGENHARIAS – 2° SEM/2001 – AULA 3

DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NA FORMA PARAMÉTRICA

Função na forma paramétrica

x = x(t)
Sejam ( I ) duas funções da mesma variável t, com t  [ a, b ]; a
y = y(t)

cada valor de t, temos x e y definidos.

Caso as funções x = x(t) e y = y(t) sejam contínuas, quando t varia de a, b; o


ponto P ( x(t), y(t) ) decreve uma curva no plano, onde t é o parâmetro.
y
Exemplo :
y(t) P

▒▒▒▒▒▒▒▒
a b
t 0 x
x(t)

Suponhamos a função x = x(t) inversível, temos t = t(x) a inversa de x = x(t) e


podemos escrever y = y[t(x)] e y define-se como função de x na FORMA
PARAMÉTRICA.
Eliminamos t de ( I ) e obtemos y =y(x) na FORMA ANALÍTICA usual.

Exemplos :
t em função de x
x = 2t + 1 t=1.(x–1)
a) 2
y = 4t + 3

Aplicando t em y, temos : y = 4. 1 . ( x – 1 ) + 3  y = 2x – 2 + 3  y = 2x + 1
2
2

x = a.cost Equação da Circunferência


b) ; t  [ 0; 2  ] com centro ( 0, 0 )
y = a.sent e raio a

Elevando-se ambas as as equações ao quadrado e somando, temos :

x² + y² = a² cos²t + a²sen²t  x² + y² = a²( cos²t + sen²t )  x² + y² = a² . 1  x² + y² = a²

► Nota-se que a equação acima NÃO É UMA FUNÇÃO y(x) na forma paramétrica
( x = a.cost não é inversível em [ 0, 2  ] ). Daí vamos obter uma ou mais funções do
tipo y = y(x) na forma paramétrica ao restringirmos o domínio.

Logo, temos :

x = a.cost x = a.cost
; t  [ 0;  ] OU ; t  [ ; 2 ]
y = a.sent y = a.sent

y
y

0
x x
0

y  a2  x2 y   a2  x2
3

Derivada de uma função na forma paramétrica

Seja y uma função de x definida pelas equações paramétricas :

x = x(t) ♦ A fórmula que perrmite calcular a derivada


; t  [ a; b ] temos dy = y’(t) dy sem conhecer explicitamente y como
y = y(t) dx x’(t) dx
função de x.

Exemplos :

dy
1 ) Calcule da função y(x) definida na, forma paramétrica, pelas equações :
dx

 x  2t  1  x  3t  1
a)  b) 
 y  4t  3  y  9t  6t
2

Resolução :

dy y ' (t ) (4t  3)' 4


a) =  =  2
dx x ' (t ) (2t  1)' 2

dy y ' (t ) (9t 2  6t )' 18t  6 18t 6


b) =  =   = 6t – 2 ♣
dx x ' (t ) (3t  1)' 3 3 3

OBS : Note,no item b, que a resposta está em função de t, caso quisermos a derivada
dy
em função de x, devemos determinar t = t(x) e substituir em ♣, daí temos :
dx

( x  1)
x = 3t – 1  x + 1 = 3t  t = ; substituindo t em ♣ , obtemos a seguinte
3
( x  1) dy
expressão 6. - 2 = 2 ( x + 1 ) – 2 = 2x + 2 – 2 , portanto = 2x .
3 dx
4

 x  4 cos 3 t 
2 ) Idem para  ; 0t
 y  4 sen t
3
2

Resolução :

dy y ' (t ) (4 sen 3 t )' 12 sen 2 t. cos t sen t dy


=  =    - tg(t)
dx 3
x ' (t ) (4 cos t )'  12 cos t. sen t
2
cos t dx

OBS : Temos que tomar muita atenção quanto aos intervalos de validade das respostas
obtidas. Note que x’(t) deve ser diferente de zero, pois está operando como
denominador da expressão acima, portanto concluímos que para fazermos as
 
simplificações indicadas, temos que considerar t  0 e t  pois sen 0 = 0 e cos = 0,
2 2

note que apesar de t pertencer ao intervalo 0  t  , efetivamente estão excluídos os
2
valores de t já mencionados.

EXERCÍCIOS :

dy
◙ Calcular a derivada y’ = das seguintes funções definidas na forma paramétrica.
dx
◙ Para quais valores de t a derivada y’ está definida ?

x = t² x = cos³t

1) ; t  ] 0; +  [ 4) ; t]- ;0[
2
y = t³ y = sen³t

x = 3cost x = cos2t

2) ; t  [  ; 2 ] 5) ; t  [ 0; ]
2
y = 4sent y = sen2t

x = 2t – 1 x = 8cos³t
3) ; -  <t<+  6) ; t  [0;  ]
y = t³ + 5 y = 8sen³t

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