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DTR01. CF

(CESPE / CEBRASPE - 2022 - TJ-MA - Juiz Substituto de Entrância Inicial) Em relação ao exercício do poder de tributar, a
Constituição Federal de 1988 veda à União instituir isenções de taxas que sejam de competência dos municípios. (V)

Art. 151. É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Obs.: vedação à isenção heterônoma. A cláusula de vedação inscrita no art. 151, III, CF – que proíbe a concessão de isenções tributárias
heterônomas – é inoponível ao Estado Federal brasileiro (vale dizer, à República Federativa do Brasil), incidindo, unicamente, no plano das
relações institucionais domésticas que se estabelecem entre as pessoas políticas de direito público interno. (STF, RE 543.943 AgR, 2010).

Em que pese a doutrina e a jurisprudência não considerem como uma isenção heterônoma (uma vez que a exoneração tributária é concedida
pelo Estado Brasileiro - que não se confunde com a União), convém rememorar que o Brasil, enquanto Estado, pode celebrar tratados que
afastem a incidência de tributos estaduais e municipais (inclusive taxas).

(CESPE / CEBRASPE - 2022 - TJ-MA - Juiz Substituto de Entrância Inicial) Em relação ao exercício do poder de tributar, a
Constituição Federal de 1988 veda aos estados estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza em razão de seu
valor. (F)

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Pode ser estabelecida diferença tributária entre bens em razão do valor (princípio da progressividade).

(FGV - 2022 - TJ-SC - Juiz Substituto) O Estado Alfa, por meio de lei ordinária estadual, fixou a taxa dos juros de mora incidentes
sobre seus créditos tributários não pagos no vencimento, em valor inferior àquela aplicada por legislação federal para os créditos
tributários da União. Diante desse cenário, o Estado Alfa não poderia tratar do tema por lei ordinária, sendo exigível lei
complementar estadual. (F)

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Lei estadual sobre taxa de juros/correção de seu crédito fiscal - MAIOR que as da União: NÃO PODE
Lei estadual sobre taxa de juros/correção de seu crédito fiscal - IGUAL/MENOR que as da União: PODE.
Não é matéria reservada a lei complementar.

(FGV - 2022 - TJ-SC - Juiz Substituto) O Estado Alfa, por meio de lei ordinária estadual, fixou a taxa dos juros de mora incidentes
sobre seus créditos tributários não pagos no vencimento, em valor inferior àquela aplicada por legislação federal para os créditos
tributários da União. Diante desse cenário, o Estado Alfa poderia fixar tal taxa de juros de mora diferenciada por lei ordinária
estadual (V)

Tema 1062 STF

Os estados-membros e o Distrito Federal podem legislar sobre í**ndices de correção monetária e taxas de juros de mora** incidentes
sobre seus créditos fiscais, limitando-se, porém, aos percentuais estabelecidos pela União para os mesmos fins.

(FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de Direito Substituto) José recebeu carnê de pagamento de contribuição de melhoria do Município Alfa
referente à obra pública municipal que valorizou seu imóvel rural. Verificou que, no carnê, havia também a discriminação de
pequeno valor de cobrança de taxa relativa ao custo de expedição do carnê, nos termos de nova lei municipal criadora dessa taxa.
A respeito desse cenário e à luz do entendimento dominante do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que a expedição de
carnê de pagamento de tal tributo não pode ser remunerada por taxa. (V)

Mais um caso de RG:


EMENTA TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RATIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA. TAXA DE EXPEDIENTE. FATO GERADOR. EMISSÃO DE
GUIA PARA PAGAMENTO DE TRIBUTO. AUSÊNCIA DOS CRITÉRIOS EXIGIDOS PELO ART. 145, II, CF/88. INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A
emissão de guia de recolhimento de tributos é de interesse exclusivo da Administração, sendo mero instrumento de arrecadação, não
envolvendo a prestação de um serviço público ao contribuinte. 2. Possui repercussão geral a questão constitucional suscitada no apelo
extremo. Ratifica-se, no caso, a jurisprudência da Corte consolidada no sentido de ser inconstitucional a instituição e a cobrança de
taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos. Precedente do Plenário da Corte: Rp nº 903, Rel. Min.
Thompson Flores, DJ de 28/6/74. 3. Recurso extraordinário do qual se conhece, mas ao qual, no mérito, se nega provimento. (RE 789218 RG,
Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 17/04/2014, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-148
DIVULG 31-07-2014 PUBLIC 01-08-2014)

(FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) O registrador José, em agosto de 2021, exigiu do
adquirente de um imóvel que, para realizar o registro, apresentasse certidão de quitação da taxa estadual anual de segurança
contra incêndio, cobrada em razão da utilização, efetiva ou potencial, de serviço de combate a incêndios pelo Corpo de Bombeiros
Militar. O adquirente recusou-se, requerendo que o registrador, nos termos do Art. 198 da Lei nº 6.015/1973, suscitasse dúvida
perante o juiz competente, o qual decidiu dando razão ao registrador. Diante desse cenário, o juiz decidiu equivocadamente, uma
vez que o serviço de combate a incêndio não constitui fato gerador de taxa. (V)

Mais um caso de RG:


Inconstitucionalidade de taxa de combate a sinistros instituída por lei municipal É inconstitucional taxa de combate a sinistros instituída por
lei municipal. A prevenção e o combate a incêndios são atividades desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros, sendo consideradas atividades
de segurança pública, nos termos do art. 144, V e § 5º da CF/88. A segurança pública é atividade essencial do Estado e, por isso, é
sustentada por meio de impostos (e não por taxa). Desse modo, não é possível que, a pretexto de prevenir sinistro relativo a incêndio, o
Município venha a se substituir ao Estado, com a criação de tributo sob o rótulo de taxa. Tese fixada pelo STF: “A segurança pública,
presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço
essencial, tem como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim.” STF. Plenário. RE
643247/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871).

(FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção) Lei do Município Alfa de agosto de 2021 instituiu a
Taxa de Aprovação de Projetos de Construção, tendo por fato gerador a análise de projetos de sistemas de prevenção contra
incêndio e pânico, serviço prestado pelo Corpo de Bombeiros Estadual Militar. João, prestes a iniciar construção em terreno de sua
propriedade, foi informado pelo engenheiro responsável pela obra que teria de recolher o valor dessa taxa. Diante desse cenário, a
cobrança é indevida, pois o serviço público por ela financiado é de competência estadual. (V)

a questão não trata da taxa de prevenção (relacionada a um serviço indivisível, prestado pelo Estado), tratada nos julgados colacionados
pelos colegas.

É uma taxa relacionada a aprovação de um projeto de sistema de prevenção de incêndio. Portanto, é um serviço divisível, que poderia em
tese ser cobrado pelo Estado, mas não pelo município, dado que é um serviço prestado pelo Corpo de Bombeiros Estadual (taxa é

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sinalagmática)
A TAXA É DE POLÍCIA. Não é um serviço divisível não! Essa taxa é de polícia - e não de serviço. FISCALIZAÇÃO!

Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Competência tributária.

Para pontuarmos aqui, temos que ter cuidado com a seguinte jurisprudência do STF (RE 643.247/SP):

TAXA DE COMBATE A INCÊNDIO – INADEQUAÇÃO CONSTITUCIONAL. Descabe introduzir no cenário tributário, como obrigação do
contribuinte, taxa visando a prevenção e o combate a incêndios, sendo imprópria a atuação do Município em tal campo.

Logo, não cabe ao município lidar com tal tema, qual seja, taxa visando a prevenção e o combate a incêndios.

Além disso, temos ainda o seguinte julgado do STF (ADI 2908):

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TRIBUTÁRIO. LEI SERGIPANA N. 4.184/1999. INSTITUIÇÃO DE TAXAS
REMUNERATÓRIAS DE ATIVIDADES DE ÓRGÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR. TAXA ANUAL DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E DE APROVAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO. ANÁLISE DE SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E P
NICO. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. As taxas são tributos vinculados a atividade estatal dirigida a sujeito
identificado ou identificável, podendo decorrer do exercício do poder de polícia titularizado pelo ente arrecadador ou da utilização de serviço
público específico e divisível posto à disposição do contribuinte. 2. A instituição de taxa exige que os serviços públicos por ela
remunerados cumulem os requisitos de especificidade e divisibilidade. Os serviços autorizadores de cobrança de taxas não podem ser
prestados de forma geral e indistinta a toda a coletividade (uti universi), mas apenas à parcela específica que dele frui, efetiva ou
potencialmente, de modo individualizado e mensurável (uti singuli). 3. A taxa anual de segurança contra incêndio tem como fato gerador a
prestação de atividade essencial geral e indivisível pelo corpo de bombeiros, sendo de utilidade genérica, devendo ser custeada pela
receita dos impostos. 4. Taxa de aprovação de projetos de construção pelo exercício de poder de polícia. A análise de projetos de sistemas
de prevenção contra incêndio e pânico é serviço público antecedente e preparatório de prática do ato de polícia, concretizado na aprovação
ou não do projeto e, consequentemente, na autorização ou não de se obterem licenças e alvarás de construção. Serviços preparatórios
específicos e divisíveis, voltados diretamente ao contribuinte que pretende edificar em Sergipe, podendo ser custeados por taxas. 5. Ação
direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente.

(ADI 2908, Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-242 DIVULG 05-11-2019
PUBLIC 06-11-2019).

Assim, não cabe também aos estados-membros lidar com tal tema (taxa anual de segurança contra incêndio), via taxas.

Agora, temos que entender que se trata de um projeto, caso específico e divisível (esse é o ponto chave da questão, para afastar as
jurisprudências supracitadas), situação em que seria possível tal cobrança de taxa, via corpo de bombeiros estadual, sendo, por fim,
uma taxa estadual;. Afinal, extrai-se do enunciado: “(...)fato gerador a análise de projetos de sistemas de prevenção contra incêndio e
pânico, serviço prestado pelo Corpo de Bombeiros Estadual Militar."

(FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção) Projeto de lei complementar federal pretende
delegar a uma entidade privada integrante do chamado “sistema ” (serviços sociais autônomos) a fiscalização e cobrança de uma
contribuição já existente voltada para o custeio das atividades de tal entidade. Na Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania da Câmara dos Deputados, um dos membros da referida comissão sustenta a impossibilidade de tal delegação, por
transferir a uma entidade privada funções tributárias privativas do poder público. Diante desse cenário, é correto afirmar que a
fiscalização de tais contribuições pode ser delegada a pessoas jurídicas de direito privado, mas sua cobrança compete apenas a
pessoas jurídicas de direito público (F)

CTNA07p3

O CTN fala que:

1. é possível delegar a capacidade de fiscalizar e arrecadar APENAS para PJ PÚB (é a capacidade tributária ativa)
2. é possível delegar a capacidade de arrecadar tanto para PJ PÚB quanto para PJ PRIV
LITERALMENTE falando, são 2 coisas DIFERENTES.
PORÉM!!!!!! A FGV possui o entendimento de que são a mesma coisa. Guardem isso. Fez isso em 2021 e fez em 2022. A FGV está errada,
ok, mas é a tendência ilegal DELA. Não briguem, aceitem, acertem e tomem posse

(FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção) Projeto de lei complementar federal pretende
delegar a uma entidade privada integrante do chamado “sistema ” (serviços sociais autônomos) a fiscalização e cobrança de uma
contribuição já existente voltada para o custeio das atividades de tal entidade. Na Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania da Câmara dos Deputados, um dos membros da referida comissão sustenta a impossibilidade de tal delegação, por
transferir a uma entidade privada funções tributárias privativas do poder público. Diante desse cenário, é correto afirmar que a
capacidade para fiscalizar e cobrar tais contribuições pode ser delegada a pessoas jurídicas de direito privado. (V)

O RE 633782 fala de PJ de direito privado integrante da AP indireta. No caso específico era uma SEM prestadora de SERVIÇO PÚBLICO em
regime não concorrencial.

Já a entidade do sistema S é uma entidade paraestatal, não integra a AP direta nem indireta.

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Outra pessoa argumentou: "A questão é interpretação. “Diante daquele cenário”."

NÃO tem interpretação.

O CTN fala o quê?

"Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis,
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra [...]"

O CTN só autoriza a delegação dessas funções a PJ de direito público. Isso é a literalidade do texto. E o professor do QC teve a coragem de
usar esse trecho como justificativa do gabarito. kkkkk

Tem jurisprudência sobre esse assunto?

A jurisprudência supracitada fala sobre PJ de direito privado integrante da AP indireta, não é o caso.

Se tem algum outro julgamento que aborde esse assunto, eu desconheço.

Já no EREsp 1.619.954/SC de 2019 em meio a votos confusos, o Ministro Gurgel de Faria decidiu:

"O Tribunal de origem atuou em conformidade com a recente orientação jurisprudencial da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no
sentido de que, com a entrada em vigor da Lei n. 11.457/2007, por força das disposições contidas especialmente em seus arts. 2º e 3º, e por
ostentarem os serviços sociais autônomos integrantes do denominado Sistema “S” natureza de pessoa jurídica de direito privado e não
integrarem a Administração Pública, cabe tão somente à Secretaria de Receita Federal do Brasil proceder às atividades de tributação,
fiscalização, arrecadação e cobrança das contribuições de terceiros.

[...]

Desse modo, impõe-se a manutenção do acórdão recorrido, segundo o qual é nulo o ato de fiscalização conduzido pelo SENAI, na vigência
da Lei n. 11.457/2007, que culminou na lavratura de auto de infração impugnado, destinado à exigência de contribuição adicional."

Ao meu ver a FGV erra ao afirmar que elas podem cobrar e fiscalizar.

Mas o comentário mais sensato foi o de Mário Diego: "Não briguem, aceitem, acertem e tomem posse."

Esse é o entendimento pacificado da FGV, como é possível perceber na questão Q1825016_I:

(FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto) Pessoas jurídicas de direito privado, integrantes ou não da Administração Pública,
podem receber delegação para fiscalizar e arrecadar tributos. (V)

(Instituto Consulplan - 2021 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção) Trata-se de exação cuja
materialidade do fato gerador ou de sua hipótese de incidência é sempre e necessariamente um fato produzido pelo Estado, na
esfera jurídica do próprio Estado, em referibilidade ao administrado ou uma atuação estatal diretamente referida ao contribuinte. A
assertiva anterior diz respeito a taxa. (V)

A materialidade do fato gerador da taxa, ou de sua hipótese de incidência, é, "sempre e necessariamente um fato produzido pelo Estado,
na esfera jurídica do próprio Estado, em referibilidade ao administrado" (Geraldo Ataliba, . Sistema tributário na Constituição de 1988.
Revista de Direito Tributário, 51/140), ou "uma atuação estatal diretamente referida ao contribuinte", que "pode consistir ou num serviço
público ou num ato de polícia" (Roque Antônio Carraza. Curso de direito constitucional tributário. 2. ed. RT, 1991. p. 243).

(VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz Substituto) No que diz respeito a taxas, o princípio da capacidade contributiva também é de
aplicação obrigatória na instituição das taxas. (F)

CFA145p1; "O STF entende que, apesar de previsto como de observância obrigatória apenas na criação dos IMPOSTOS (sempre que
possível), nada impede que o princípio da capacidade contributiva seja levado em consideração na criação das taxas." (Retirado do livro do
Ricardo Alexandre, ed. 2020, p. 60)

-Taxas – STF: Se o valor da taxa, no entanto, ultrapassar o custo do serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte, dando causa,
assim, a uma situação de onerosidade excessiva, que descaracterize essa relação de equivalência entre os fatores referidos, configurar-se,a,
então, quanto a essa modalidade de tributo, hipótese de ofensa à cláusula vedatória inscrita no art. 150, IV, CF.

-STF: A taxa é tributo contraprestacional (vinculado), usado na remuneração de atividade específica, seja serviço ou exercício do poder de
polícia e, por isso, não pode fixar a base de cálculo usando como critério os sinais presuntivos de riqueza do contribuinte. O valor das taxas
deve estar relacionado com o custo do serviço que as motiva, ou com a atividade de polícia desenvolvida.

-STF tem presumido o exercício do poder de polícia quando existente o órgão fiscalizador, mesmo que este não comprove haver
realizado fiscalizações individualizadas no estabelecimento de cada contribuinte.

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-STF tem considerado legítimas: taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários; taxa de fiscalização e controle dos
serviços públicos delegados; taxa de fiscalização de anúncios – todos fundamentados no exercício do poder de polícia.

(VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz Substituto) No que diz respeito a taxas, o simples exercício do poder de polícia não enseja a
cobrança da taxa de polícia, mas sim o desempenho efetivo da atividade dirigida ao administrado. Assim, por exemplo, não é
jurídico cobrar taxa de fiscalização se a pessoa política não mantém órgão fiscalizatório ou não desenvolve tal atividade. (V)

(FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto) A delegação das funções de fiscalizar e arrecadar em favor da Companhia Municipal de
Limpeza Urbana é tradicionalmente chamada de delegação de capacidade tributária ativa. (V)

Pensei que era passiva, mas é ativa. A Capacidade Tributária Ativa é atribuída ao sujeito ativo do tributo, ou seja, para aquele que possui o
direito subjetivo de cobrar o tributo. Logo, a delegação das funções de fiscalizar e arrecadar tributos são chamadas, normalmente, de
“delegação da capacidade tributária ativa”.

(FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto) Marcos, domiciliado em imóvel próprio localizado no Município Alfa (Estado Beta), recebeu
notificação em 2021 referente ao pagamento de taxa municipal de combate a incêndio quanto a esse imóvel, bem como outra
notificação do Estado Beta cobrando taxa estadual de combate a incêndio. À luz do conceito de taxa presente na Constituição da
República de 1988 e no Código Tributário Nacional, bem como do entendimento do Supremo Tribunal Federal, tal taxa de combate
a incêndio não poderia ser cobrada nem pelo Município Alfa nem pelo Estado Beta.

A taxa não pode ser cobrada nem pelo Município nem pelo Estado.

Com relação ao Município, temos que o STF já decidiu, em sede de repercussão geral, que “a segurança pública, presentes a prevenção e o
combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-
la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim.” (Tema 16).

Com relação ao Estado, é inconstitucional porque a taxa de incêndio é questão de segurança pública. Assim, não pode ser cobrada mediante
taxa, sendo financiada através dos impostos.

O STF afastou a possibilidade de os Municípios cobrarem taxa de combate a incêndio, na medida em que a tarefa de fiscalizar
adequadamente os estabelecimentos, de modo que a tarefa de evitar a ocorrência de incêndios caberia aos Estados, através da polícia
militar e do corpo de bombeiros militares (STF, RE 643.247).

O Supremo consignou que a prevenção e o combate a incêndios se fazem mediante a atuação da polícia retratada no corpo de bombeiros,
sendo atividade essencial do Estado e, por isso, remunerada por meio de impostos. Desse modo, entendeu ser inconcebível que, a
pretexto de prevenir sinistro relativo a incêndio, venha o Município a substituir-se ao Estado, com a criação de tributo sob o rótulo de taxa.

TAXA DE COMBATE A INCÊNDIO – INADEQUAÇÃO CONSTITUCIONAL. Descabe introduzir no cenário tributário, como obrigação do
contribuinte, taxa visando a prevenção e o combate a incêndios, sendo imprópria a atuação do Município em tal campo. STF. RE 643247,
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2017, DJe 19/12/2017 (Repercussão Geral) (Info 866).

Portanto, a taxa de combate a incêndio não poderia ser cobrada pelo Município Alfa, pois não tem competência tributária para instituí-la.
Com relação ao Estado, o combate a incêndios é serviço público geral e indivisível, razão pela qual deve ser remunerado mediante impostos.
Sobre o tema, o STF pacificou que a cobrança da taxa de incêndio inclusive por Estado-membro é inconstitucional:

(...) 1. As taxas são tributos vinculados a atividade estatal dirigida a sujeito identificado ou identificável, podendo decorrer do
exercício do poder de polícia titularizado pelo ente arrecadador ou da utilização de serviço público específico e divisível posto à
disposição do contribuinte. 2. A instituição de taxa exige que os serviços públicos por ela remunerados cumulem os requisitos
de especificidade e divisibilidade. Os serviços autorizadores de cobrança de taxas não podem ser prestados de forma geral e
indistinta a toda a coletividade (uti universi), mas apenas à parcela específica que dele frui, efetiva ou potencialmente, de modo
individualizado e mensurável (uti singuli). 3. A taxa anual de segurança contra incêndio tem como fato gerador a prestação de
atividade essencial geral e indivisível pelo corpo de bombeiros, sendo de utilidade genérica, devendo ser custeada pela receita dos
impostos. (...) STF. Plenário. ADI 2908, Rel. Cármen Lúcia, julgado em 11/10/2019.

(VUNESP - 2019 - TJ-AL - Notário e Registrador - Remoção) Em conformidade com a Constituição Federal, com relação ao
Imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, assinale a afirmativa correta. No caso de o de
cujus ter seu inventario processado no exterior, a competência para a sua Instituição deve ser regulada por lei complementar. V

CFA155IIIb

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(VUNESP - 2019 - TJ-AL - Notário e Registrador - Remoção) Em conformidade com a Constituição Federal, com relação ao
Imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, assinale a afirmativa correta. Terá suas alíquotas
mínimas fixadas pelo Senado Federal. (F)

CFA155p1IV É máxima

(CONSULPLAN - 2019 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) A União, por meio de lei ordinária,
poderá instituir impostos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou
base de cálculo próprios dos nela já discriminados. (F)

É por LC. CFA154I

(CONSULPLAN - 2019 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) Para atender a despesas
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, a União pode instituir empréstimo compulsório, mediante lei complementar.
(V)

CFA148I

(CONSULPLAN - 2019 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção) O lançamento da contribuição de
melhoria sobre determinados imóveis deve ser realizado quando já executada a obra em sua totalidade ou em parte suficiente
para justificar a exigência. (V)

CTNA09

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