REVISÃO 2 - TCC

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Geografia focada na Educação Inclusiva (Para Revisão 2)

Carlos Alexandre Soares Xavier

RESUMO

A Geografia com Foco em Educação Inclusiva é uma área de estudo que busca
identificar as relações entre os lugares e a inclusão de diferentes grupos e indivíduos na
sociedade. Seu principal objetivo é discutir o acesso igualitário à educação, garantindo a
participação de todos os alunos, independentemente de suas habilidades e características. Uma
das metodologias utilizadas é a análise e mapeamento dos Espaços Educacionais,
identificando as barreiras físicas, sociais e culturais que podem limitar a participação dos
alunos. Com base nessa análise, são propostas investigações sobre intervenções e adaptações
no ambiente escolar, visando torná-lo mais acessível e acolhedor para todos. Outra abordagem
importante é a valorização da diversidade cultural e geográfica, analisando trazer para o
Contexto Educacional as diferentes realidades e vivências dos alunos. Isso é feito por meio
de atividades que envolvam a exploração de diferentes lugares, culturas e paisagens, de modo
a identificar a compreensão e o respeito pela diversidade. Existe a necessidade de analisar a
participação ativa de todos os alunos no processo de aprendizagem, valorizando suas
habilidades e potenciais. Para isso, são adotadas Práticas Pedagógicas Diferenciais, que
levam em consideração as necessidades individuais de cada aluno. Além disso, investiga-se a
participação efetiva da família e da comunidade, visando a construção de uma rede de apoio
que estimule a inclusão escolar. A Geografia Inclusiva tem que investigar a igualdade de
oportunidades na educação, valorizando a diversidade e garantindo a participação de todos os
alunos. Para isso, utiliza-se de metodologias que buscam adaptar o ambiente escolar e
promover práticas pedagógicas diferenciadas. O trabalho em conjunto com a família e a
comunidade é essencial para garantir o sucesso da inclusão.
Palavras Chaves: Geografia Inclusiva, Educação Inclusiva, Práticas Pedagógicas
diferenciais, Contexto educacional, espaços educacionais.

INTRODUÇÃO

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O estudo e ensino da Geografia devem ser direcionados para identificar a inclusão de
todos os indivíduos, independentemente de suas diferenças ou limitações.
Permite diferenciar as interações entre os seres humanos e o meio ambiente. A Geografia ao
focar na Educação Inclusiva, é analisado que todos os alunos tenham igualdade de
oportunidades para aprender sobre seu ambiente e as relações sociais e espaciais que o
permeiam.

Além de lidar com a diversidade, seja ela cultural, étnica, socioeconômica, entre
outras, discute-se uma abordagem inclusiva, valoriza-se e respeita-se a diversidade de
experiências e perspectivas dos alunos, enriquecendo o ambiente de aprendizagem.
Assim, direciona-se a conscientização e sensibilização dos alunos em relação às questões
sociais e ambientais. Ao incluir estudantes com diferentes habilidades e necessidades, discute-
se uma educação mais aberta e sensível às desigualdades, preconceitos e discriminações
existentes na sociedade.

A Educação Inclusiva na Geografia pode ajudar na evidenciação ao desenvolvimento


de habilidades sócio emocionais dos alunos, como empatia, tolerância, respeito e colaboração,
com a natureza de cada aluno, com a forma como é levada as diretivas educacionais
inclusivas, elaboradas por Direção, Professores, familiares, visando a inclusão educacional em
ambiente escolar. Ao trabalhar com estudantes com diferentes habilidades, e estudando-se
esse tema, é possível criar um ambiente de aprendizagem mais inclusivo, promovendo a
interação e cooperação entre os alunos.

Ao incluir todos os alunos, independentemente de suas diferenças ou limitações,


capacita-se os estudantes para lidar com a diversidade, promover a justiça social e agir como
agentes de transformação em suas comunidades. É importante garantir a igualdade de
oportunidades, valorizar a diversidade, promover a conscientização e sensibilização,
desenvolver habilidades sócio emocionais e preparar os alunos para a cidadania ativa.

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Sendo assim analisou-se que Geografia e a Educação Inclusiva podem identificar a
construção de uma ambiente educacional inclusivo, mostrando as dificuldades a serem
evidenciadas dentro de sala de aula, para mostrar como estudar maneiras de identificar suas
diferenças. O intuito dessa investigação é a inclusão de todos os estudantes,
independentemente de suas habilidades físicas, intelectuais ou sócio emocionais, para
participar dessa nova gestão inclusiva. Nesse sentido, evidenciaremos como a Geografia
Inclusiva pode ser uma ferramenta importante para auxiliar na sensibilização e
conscientização dos estudantes para questões relacionadas à diversidade, igualdade e respeito.

METODOLOGIA

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A metodologia usada para construir o trabalho de Geografia focado na Educação
Inclusiva pode variar de acordo com o contexto e os objetivos específicos do trabalho. No
entanto, algumas abordagens podem ser consideradas:

1. Diagnóstico: Foi importante realizar um diagnóstico das necessidades e


habilidades dos estudantes com deficiência ou necessidades especiais na disciplina de
Geografia. Realizou-se observações, levantamento de informações sobre as necessidades
individuais dos alunos e avaliações em sala de aula, realização de grupos de trabalho para a
educação inclusiva e debates a respeito de assuntos de interesse que mesclaram teoria e
prática no que se refere a inclusão de alunos com necessidades especiais em turmas
experimentais, como na turma 1601 (do Ensino Fundamental 2 Experimental no CIEP
Presidente Tancredo Neves) .

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Grupo de Trabalho dentro de Sala de Aula com coleta, estudo feitos com
levantamento das necessidades dos alunos com necessidades especiais com
Professores, Diretores e Familiares responsáveis realizados nos dias 08 a 19 de abril
de 2024.

2. Adaptação do currículo: uma vez que as necessidades dos alunos foram


identificadas, o currículo de Geografia pode ser adaptado para atender a essas necessidades.

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Isso pode incluir a simplificação do conteúdo, o uso de materiais visuais ou táteis, a
incorporação de atividades práticas e a adoção de estratégias de ensino diferenciadas. Isso foi
analisado no dia 22 a 23 de Abril de 2024 através de grupos de discursão no CIEP Presidente
Tancredo Neves.

Adaptação do Currículo: Trabalho de Materiais Táteis, como mapas táteis para Deficientes
Visuais. Material sendo elaborado em sala de aula.

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Adaptação do Currículo: Trabalhos elaborados em Sala de Aula com
Professores e Diretores para Adaptar aula prática com aula teórica.

3. Uso de recursos e tecnologias acessíveis: para promover a inclusão na Geografia, é


importante utilizar recursos e tecnologias acessíveis, como mapas táteis, softwares de leitura
de tela, aplicativos de smartphone e outras ferramentas que possam auxiliar os alunos com
deficiência a acessar e compreender o conteúdo geográfico. Elaborou-se esse material
educacional, com a inclusão de recursos e tecnologias a serem enviados para a Secretaria de

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Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro nos dias 25 e 26 de Abril de 2024, para ser
discutido, analisado pela Secretaria de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Nas aulas Práticas, com intermédio de Diretoria, Professores e Familiares, o CIEP


Presidente Tancredo Neves pediu o uso de Celulares e Tablets, para poder educar e incluir,
na Geografia, anulos de deficiêcia visual e necessidades especiais.

4. Trabalho colaborativo: a construção do trabalho de Geografia focado na Educação


Inclusiva geralmente requer trabalho colaborativo entre professores regulares, profissionais de
apoio, especialistas em Educação Inclusiva e famílias. Essa colaboração pode envolver a troca
de informações, discussões sobre estratégias de ensino, compartilhamento de materiais e
trabalho conjunto na criação de atividades adaptadas. Isso foi estudado em Reunião da

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Direção do CIEP Presidente Tancredo Neves com Familiares, Professoras, Direção e
Especialistas em Educação Inclusiva nos dias 29 e 30 de abril de 2024.

O principal foco é incluir alunos sem que haja distinção dentro do ambiente escolar. A
geografia vem se empenhando em fazer isso, de maneira em que todos possam sair
ganhando, na elaboração de uma estratégia de inclusão acessível e democrática. Tudo
foi analisado para mostrar a melhor maneira de se conseguir a Educação Inclusiva, com
a Geografia, para que o ensino tenha a ganhar como vem acontecendo no CIEP
Presidente Tancredo Neves.

5. Avaliação contínua: Foi de fundamental acompanhar regularmente o progresso dos


alunos com deficiência e necessidades especiais em Geografia, a fim de identificar possíveis
dificuldades e ajustar as estratégias de ensino, se necessário. A avaliação contínua também
permitiu que o trabalho de Geografia focado na Educação Inclusiva seja aprimorado e
adaptado ao longo do tempo. Verificou-se com Avaliações da CIEP Presidente Tancredo
Neves, de 24 a 26 de Abril de 2024.

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Aplicação de Avaliações com Alunos, Professores, Diretores e Professores para
justificar dificuldades e entraves que possam não deixar transcorrer de maneira correta a
Educação, envolvendo Geografia com foco em Educação Inclusiva. Discussões e
problematizações foram incluídos nessa avaliação para o melhor educar.

É importante ressaltar que a metodologia usada para construir o trabalho de


Geografia focado na Educação Inclusiva deve ser flexível e estar em constante evolução, de
forma a atender às necessidades específicas dos alunos e garantir a inclusão efetiva de todos
na disciplina.

Nos Grupos de Estudos e de trabalhos que foi realizado no CIEP Presidente


Tancredo Neves, foram realizadas o seguinte questionário:

1. Você considera que a geografia inclusiva é uma abordagem relevante e


necessária na educação geográfica? Por quê?

2. Você acredita que a geografia inclusiva pode contribuir para uma educação mais
equitativa e justa? Explique.

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3. Quais são os desafios que você enxerga na implementação da geografia inclusiva
no currículo escolar?

4. Quais estratégias você considera importantes para promover a inclusão na


educação geográfica?

5. Na sua opinião, quais são os principais aspectos da geografia que devem ser
abordados de forma inclusiva?

6. Como você acredita que a geografia inclusiva pode promover a valorização da


diversidade cultural e o respeito às diferenças?

7. Quais recursos e materiais didáticos você considera fundamentais para uma


geografia inclusiva?

8. Quais são os benefícios e impactos positivos que você espera da implementação da


geografia inclusiva na prática docente?

9. Você acredita que a formação dos professores em relação à geografia inclusiva é


essencial? Por quê?

10. Qual a sua opinião sobre a avaliação da aprendizagem na educação geográfica


inclusiva? Quais critérios devem ser considerados?

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Geografia Inclusiva é um tema de extrema relevância na atualidade, pois busca


compreender e analisar as desigualdades sociais e espaciais presentes em diferentes esferas da
sociedade. Ela se preocupa em promover a inclusão social e a equidade territorial, garantindo
que todos os indivíduos tenham acesso igualitário aos recursos e serviços necessários para
uma vida digna.

Foi observado nos estudos realizados, que a escola CIEP Presidente Tancredo Neves,
onde foram feitos os trabalhos de recolhimento de dados e questionamentos práticos e
teóricos, possui uma relevância na elaboração de Teorias e Artigos com referência a inclusão
social no ambiente onde a escola está inserida. Foi feito e está engatinhando o modelo de um

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trabalho bastante competente de levar ao meio ambiente escolar os problemas sociais que
podem influenciar o rendimento social, econômico, político e social dentro de sala de aula.

Para discutir os conceitos fundamentais da Geografia Inclusiva, é importante


compreender as perspectivas teóricas dos autores que abordam o assunto. Um dos principais
pontos abordados é a relação entre espaço, lugar e sociedade. Autores como Milton Santos,
Caledón, Ferreira Filho, Khater, Mantoan, Mazzotta e Sassaki, destacam a importância de
analisar as dinâmicas sociais, econômicas e políticas que ocorrem em determinadas áreas
geográficas, assim como as experiências subjetivas dos indivíduos que vivenciam esses
lugares. Analisando o citado, é importante saber as palavras de Darcy Ribeiro (2018):
“Alguns pretensos educadores nos dizem que se tem de esperar a prosperidade geral dos
brasileiros e a criação aqui de uma sociedade democrática participativa para que se possa
generalizar uma educação pública eficaz. Alguns desses idiotas acham até que estamos
fazendo no Rio escolas que só deveriam vir depois de implantado o socialismo. Afirmam
mais, que, com a implantação dos CIEPs, estaríamos onerando nosso povo ao edificar e pôr
em funcionamento escolas do Primeiro Mundo. Idiotice. Não é assim. O Brasil tem muito
mais riqueza, liberdade e modernidade do que tiveram as sociedades modernas, quando
empreenderam a escolarização de toda a sua população infantil, integrando-a na civilização
letrada.”

Tudo que foi estudado se fundamenta em uma visão crítica da sociedade, que
promove a participação de todos os grupos sociais na construção do espaço. Ela defende a
valorização das diferenças e a criação de políticas públicas que reduzam as disparidades
territoriais. Embora foi percebido, que em nosso país, não tenha uma grande vontade política
de socializar a Educação em si e a Educação Inclusiva, por que não existe vontade política.

Um exemplo claro e objetivo de aplicação da Geografia Inclusiva em minha


monografia seria a análise das políticas de acesso à moradia em uma determinada cidade.
Poderia discutir como as desigualdades socioeconômicas e as discriminações espaciais
impactam o acesso à moradia digna para diferentes grupos sociais, como os de baixa renda e
minorias étnico-raciais. Além disso, seria importante avaliar as iniciativas governamentais e
das organizações da sociedade civil voltadas para a promoção da inclusão habitacional.

Outro exemplo seria investigar a acessibilidade urbana em um determinado bairro ou


região, analisando como a infraestrutura urbana (calçadas, transporte público, ciclovias, etc.)

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pode ser pensada de forma inclusiva, considerando as necessidades de todas as pessoas,
incluindo idosos, pessoas com deficiência e demais grupos vulneráveis. Aqui, seria
importante discutir as políticas públicas de mobilidade urbana e a participação da sociedade
civil na construção de espaços mais inclusivos.

A Geografia Inclusiva busca entender e combater as desigualdades dos aspectos da


sociedade como um todo, promovendo a participação de todos os indivíduos na construção do
espaço geográfico. Ela se baseia em uma visão crítica da sociedade, que valoriza as diferenças
e busca a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Segundo E. Nogueira (2016):
“Para a construção de uma educação pautada em princípios inclusivos, há necessidade de a
escola inserir no seu projeto político pedagógico a inclusão, não como algo restrito à modalidade
da educação especial, mas como um princípio transversal e basilar desse projeto que abrange
todos os membros da comunidade escolar. Além disso, é fundamental superar modelos que
propõem estratégias generalizantes e “colocam” todas as pessoas com uma mesma deficiência
num mesmo lugar social, para avaliar a especificidade de recursos necessários a cada pessoa com
deficiência. Por meio do pressuposto, no qual os impedimentos de natureza física, sensorial e
intelectual são parte da variação funcional e corporal humana, é possível romper com o
histórico processo de redução desse grupo social à noção de desvio.

Os princípios do modelo social da deficiência trazem importantes contribuições para o


rompimento das barreiras atitudinais e implementação de práticas mais inclusivas às pessoas com
deficiência. Uma delas relaciona-se à importância de ouvir as pessoas com deficiência na construção
das ações pedagógicas voltadas para elas, tornando-as protagonistas do processo de ensino-
aprendizagem. Por meio da escuta desses sujeitos, podem-se identificar e eliminar as barreiras
obstaculizadoras do processo de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento do sujeito e,
consequentemente, rompendo com ideias preconcebidas que atribuem a elas o lugar social de
incapaz.” (Pag.23 e 24)

O resultado dos estudos feitos tem como objetivo estudar as relações entre o espaço
geográfico e as questões sociais e políticas, com ênfase na inclusão e na promoção da
equidade social. Algumas atividades comuns realizadas nessa área incluem:

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1. Estudo de políticas públicas: Análise de políticas governamentais e sua relação
com a inclusão social, como programas de combate à pobreza, políticas de cotas
e acessibilidade, entre outros.

2. Análise de movimentos sociais: Estudo dos movimentos sociais, como


movimentos feministas, LGBT, indígenas e outros, com o objetivo de
compreender suas demandas, conquistas e desafios.

3. Mapeamento de desigualdades: Identificação e análise das desigualdades sociais


e espaciais em áreas urbanas e rurais, como a concentração de renda, acesso a
serviços básicos (água, saneamento, saúde, educação), entre outros.

4. Estudo de migrações e refúgio: Análise dos processos migratórios internos e


internacionais, compreendendo os fatores que levam as pessoas a se deslocarem e
os desafios enfrentados pelas populações migrantes e refugiadas.

5. Pesquisa sobre territórios e identidades: Estudo das diferentes identidades e


territorialidades presentes em uma sociedade e como estas influenciam nas
dinâmicas sociais e políticas.

6. Todo o trabalho desenvolvido em Geografia Sócio-Política Inclusiva visa


compreender, questionar e propor soluções para as desigualdades e injustiças
presentes no espaço geográfico, buscando uma sociedade mais inclusiva e
equitativa.

A Geografia Político-Sócio-Inclusiva é um campo de estudo que busca analisar as


relações entre poder político, questões sociais e inclusão territorial. Diversos pesquisadores
têm contribuído para o avanço nessa área. Alguns exemplos do que já foi feito por outros
pesquisadores incluem diversas analises do contexto na qual a pesquisa foi feita.

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Estudos sobre a distribuição espacial do poder político: Pesquisadores têm mapeado
e analisado a localização e concentração do poder político em diferentes regiões, cidades e
países, identificando desigualdades e exclusões.
Análise de políticas públicas: também investiga como políticas públicas afetam a
inclusão territorial e social. Isso envolve a análise das políticas de urbanização, distribuição de
recursos, acesso a serviços básicos, entre outros. De acordo com Paulo Freire (2003), “...à
questão central que venho discutindo nesta parte do texto: a educação, especificidade humana,
como um ato de intervenção no mundo. É preciso deixar claro que o conceito de intervenção
não está sendo usada como restrição semântica. Quando falo em educação, como intervenção
me refiro tanto à que aspira a mudanças radicais na sociedade, no campo da economia, das
relações humanas, da propriedade, do direito de trabalho à terra, à educação, à saúde, quanto a
que, pelo contrário, reaccionariamente pretende imobilizar a História e manter a ordem
injusta.” (p. 109).
Identificação de grupos marginalizados: Muitas pesquisas têm sido realizadas para
identificar e compreender os grupos sociais marginalizados dentro de uma perspectiva
geográfica. Isso pode incluir populações indígenas, imigrantes, pessoas em situação de rua,
entre outros.
Participação política e inclusão: Pesquisadores também têm investigado o papel da
participação política na promoção da inclusão social e territorial. Isso envolve a análise de
movimentos sociais, associações comunitárias, entre outras formas de engajamento político. É
preciso que políticos se engajem também na educação inclusiva. De acordo com Rubens
Alves (2005) “Pensa-se comumente, que a tarefa de um político é administrar um país: pôr a
casa em ordem, construir coisas novas, consertar coisas velhas, cuidar das finanças, da saúde,
da segurança, da justiça, dos meios de comunicação, incluída, inclusive a administração dos
meios de escolarização existentes, coisa sob responsabilidade do Ministro da Educação.
Discordo. Existe uma diferença qualitativa entre aquilo que fazem ministérios administrativos
e aquilo que o ministro da educação deve fazer. A diferença entre eles é simples. Os
ministérios de administrativos cuidam do hardware do país. Eles lidam com a “musculatura”
nacional. O ministro da educação tem a seu cuidado o software do pais. Ele cuida da
“inteligência” nacional. Seu objetivo é fazer o povo pensar. Por que um país – ao contrário do
que me ensinaram na escola – não se faz com as coisas físicas que se encontram em seu
território, mas com os pensamentos do seu povo”. (p..24).

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Análise de conflitos territoriais: A Geografia Político-Sócio-Inclusiva também se
dedica a estudar os conflitos territoriais que podem surgir devido a disputas de poder político,
desigualdades sociais e exclusão territorial. Isso inclui análises de conflitos étnicos, de terras,
disputas de fronteiras, entre outros.
No entanto, vale ressaltar que a Geografia Político-Sócio-Inclusiva é um campo de
estudo em constante evolução, e há várias fronteiras do conhecimento que ainda precisam ser
exploradas e aprofundadas.
Algumas delas incluem:
Integração entre abordagens teóricas: Ainda há espaço para uma maior integração
entre diferentes abordagens teóricas na Geografia Político-Sócio-Inclusiva. Por exemplo, a
combinação de teorias feministas, pós-coloniais e críticas pode trazer novas perspectivas para
a compreensão das relações entre poder político e inclusão territorial.
Escalas espaciais e temporais: A análise das dinâmicas de poder político e inclusão
territorial em diferentes escalas espaciais e temporais é um campo de pesquisa em expansão.
Compreender como essas dinâmicas variam em diferentes níveis e períodos pode fornecer
insights valiosos.
Abordagens metodológicas inovadoras: A utilização de abordagens metodológicas
inovadoras, como a análise de dados espaciais, modelagem computacional e geotecnologias,
pode contribuir para uma melhor compreensão das relações entre geografia política, aspectos
sociais e inclusão territorial.
Políticas e práticas inclusivas: A ênfase no desenvolvimento de políticas e práticas
inclusivas ainda é um desafio significativo. Como promover uma inclusão territorial efetiva e
equitativa é uma questão que requer uma reflexão mais aprofundada e soluções práticas.
Essas são apenas algumas das muitas contribuições feitas por pesquisadores na área
da Geografia Político-Sócio-Inclusiva e das fronteiras do conhecimento nesse campo. É
importante ressaltar que esse campo de estudo continua a evoluir e se expandir à medida que
novas pesquisas são realizadas e novos desafios são identificados.
Isso envolve o planejamento e a adaptação das atividades de campo, levando em
consideração a acessibilidade dos locais visitados e o uso de recursos e tecnologias acessíveis.
No trabalho de campo é fundamental considerar as diferentes formas de comunicação
e acesso à informação das pessoas com deficiência. Isso pode incluir o uso de linguagem clara
e acessível, a disponibilização de materiais em formatos alternativos (como braille, áudio ou

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letras ampliadas) e o uso de recursos tecnológicos como aplicativos de tradução em Libras
(Língua Brasileira de Sinais) ou ferramentas de reconhecimento de voz. Além disso, é
importante garantir a participação ativa das pessoas com deficiência nas atividades de campo,
por meio do planejamento e adaptação das tarefas de acordo com suas habilidades e
necessidades. Isso pode incluir a definição de rotas acessíveis, a disponibilização de
equipamentos adaptados (como cadeiras de rodas, bengalas ou lupas) e a promoção de
dinâmicas de grupo inclusivas.
O objetivo final do trabalho de campo na Geografia inclusiva é proporcionar uma
experiência rica e inclusiva para todas as pessoas envolvidas. Isso contribui para uma melhor
compreensão das realidades locais, promove a valorização da diversidade e possibilita a
construção de conhecimentos geográficos de forma mais abrangente e igualitária.

Foi estudado o ambiente de uma escola e isso envolveu várias etapas e métodos de
pesquisa. A fim de entender como a geografia pode ser tornar uma disciplina mais inclusiva,
os pesquisadores conduziram entrevistas com professores de geografia, alunos e seus pais.
Eles buscaram identificar as principais barreiras que impediam a inclusão de alunos com
necessidades especiais na disciplina.

Além disso, os pesquisadores observaram aulas de geografia e documentaram as


estratégias de ensino adotadas pelos professores. Eles analisaram também os materiais
didáticos utilizados pelos professores, buscando identificar quais recursos poderiam ser
usados para promover a inclusão.

Com base em todas essas informações coletadas, os pesquisadores desenvolveram


recomendações para tornar a geografia uma disciplina mais inclusiva. Essas recomendações
incluíam sugerir ajustes na estrutura física da sala de aula, adaptar os materiais didáticos e
propor estratégias de ensino mais adequadas para alunos com necessidades especiais.

Em seguida, os pesquisadores trabalharam em parceria com os professores de


geografia para implementar as recomendações e avaliar os resultados. Eles observaram como
a implementação das estratégias inclusivas afetava o engajamento e o desempenho dos alunos,
bem como sua percepção positiva em relação à disciplina.

Ao longo do estudo de caso, os pesquisadores também realizaram grupos focais com


os alunos, a fim de obter feedback direto sobre as mudanças implementadas. Essas

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informações foram fundamentais para aperfeiçoar as práticas inclusivas e garantir que
atendessem às necessidades identificadas.

Por fim, os pesquisadores analisaram os dados coletados e escreveram um relatório


final com as principais conclusões do estudo de caso. Esse relatório serviu como base para a
disseminação dos resultados e contribuiu para o avanço da prática da geografia inclusiva no
ambiente escolar.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo o trabalho elaborado, feito e aplicado, identificou-se chegar ao objetivo


geral, que era saber se o CIEP Presidente Tancredo Neves pode incluir a Geografia como
Matéria inclusiva. Por ser o primeiro CIEP inaugurado no estado do Rio de Janeiro, por ter 39
anos de existência, foi analisado que os professores da área de Geografia fazem dessa
disciplina uma matéria inclusiva. O que se percebeu é que existe muito pouco dessa inclusão
vindo do Governo. Neste caso, a iniciativa de estar correndo atrás para se tornar uma escola
inclusiva, o CIEP conta com ajuda dos pais, professores e a Secretaria Municipal de
Educação, e os parcos recursos oriundo do Governo (Federal e Estadual). Mesmo sofrendo
diversas adversidades, por exemplo, existe o “Colabora Tório” que, os Professores podem
fazer trabalhos com iniciativas de inclusão importantes, diminuindo a distância dos alunos
especiais com os alunos em geral. É visível que a escola e seus professores abraçam essa
causa com a seriedade que ela merece. E no que foi estudado, aqui, na escola citada, a
Geografia é uma dessas matérias que se tornam muito inclusivas.

Alguns dos materiais que podem ser utilizados para a Geografia Inclusiva verificadas

Mapas táteis: Mapas em relevo que podem ser tocados e explorados por pessoas com
deficiência visual. No CIEP Presidente Tancredo Neves não tem alunos com deficiência
visual, mas o material, dado por pais e responsáveis, está guardado caso futuramente a escola
tenha um aluno com essa deficiência.

Mapas sonoros: Mapas que emitem áudios para descrever lugares e características
geográficas, acessíveis para pessoas com deficiência auditiva. Também aqui a escola não tem
deficientes auditivos, mas a escola já se precaveu em referência a isso.

Mapas em braille: Mapas que possuem inscrições em braille, permitindo que pessoas
com deficiência visual possam ler as informações geográficas presentes.

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Linguagem acessível: Utilizar uma linguagem clara, simples e acessível para todos,
evitando jargões e termos complexos.

Gráficos e imagens inclusivas: Utilizar gráficos e imagens que sejam acessíveis para
pessoas com deficiência visual, como contraste adequado e tamanho de fonte adequado.

Tecnologia utilizando dispositivos e softwares que auxiliem pessoas com deficiência a


acessarem a informação geográfica de forma inclusiva, como softwares de leitura de tela, por
exemplo.

É importante lembrar que a Geografia Inclusiva não se limita apenas aos materiais
utilizados, mas também envolve uma abordagem inclusiva na própria prática de ensino,
levando em consideração as necessidades e habilidades de todos os alunos.

De acordo com a metodologia usada, podemos ver, que mesmo sem o apoio
governamental, com a iniciativa de Diretores, professores e responsáveis, muitas matérias se
tornaram inclusivas, além da Geografia, o principal do que foi estudado, teve um impacto
significativo na vida de um aluno com necessidades autistas e especiais. Aqui mostramos o
que podemos fazer para melhorar a vida desses alunos e como mais matérias, além da de
Geografia pode melhorar a vida de autistas, deficientes visuais e auditivos.

Buscou-se a adaptação do currículo para adaptar o currículo de acordo com as


necessidades e habilidades individuais dos alunos. Isso significa que o currículo de Geografia
pode ser modificado para atender às necessidades de aprendizagem de um aluno com autismo.
Assim como outras matérias. Por exemplo, pode-se usar materiais visuais, como mapas ou
gráficos, para apresentar conceitos geográficos, em vez de se basear apenas em aulas
expositivas.

Ambiente de aprendizagem valorizando a criação de um ambiente de aprendizagem


acolhedor e inclusivo, no qual todos os alunos se sintam bem-vindos e respeitados. Isso pode
ser especialmente benéfico para alunos com autismo, que podem ter dificuldades em se
ajustar a ambientes novos ou barulhentos. Adaptar o espaço físico da sala de aula, reduzindo
estímulos desnecessários, pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o desempenho
acadêmico.

Uso de recursos tecnológicos envolvendo o uso de recursos tecnológicos para


auxiliar alunos com necessidades especiais. Por exemplo, programas de computador ou

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aplicativos podem ser desenvolvidos para ajudar alunos autistas a compreender conceitos
geográficos, como mapas interativos ou jogos educativos que desenvolvam habilidades
espaciais.

Colaboração com profissionais especializados enfatizando a importância da


colaboração entre professores e profissionais especializados, como psicólogos, terapeutas
ocupacionais e fonoaudiólogos. Essa colaboração pode ajudar a identificar estratégias
específicas para auxiliar o aluno com autismo no processo de aprendizagem da Geografia,
levando em consideração suas necessidades individuais.

Em resumo, a implementação da metodologia inclusiva da Geografia pode mudar a


vida de um aluno com autismo ao oferecer um currículo adaptado, um ambiente de
aprendizagem acolhedor, o uso de recursos tecnológicos e a colaboração com profissionais
especializados. Isso contribui para promover a inclusão e o sucesso acadêmico desse aluno.

Podemos nos preocupar futuramente em adotar algumas medidas:

Adaptação dos materiais didáticos: Desenvolver materiais didáticos acessíveis, com


fontes claras, imagens adequadas e linguagem simples, que atendam às necessidades dos
alunos especiais e autistas. Utilizar recursos visuais, como desenhos, mapas e gráficos que
facilitem a compreensão.

Uso de tecnologias inclusivas: Utilizar recursos tecnológicos, como softwares,


aplicativos e jogos educativos, adaptados para atender às necessidades dos alunos especiais e
autistas. Essas tecnologias podem fornecer informações geográficas de forma interativa,
permitindo a participação ativa e engajamento dos alunos.

Valorização da aprendizagem prática: Proporcionar experiências práticas e reais de


aprendizagem da Geografia, como visitas a museus, parques, zoológicos, viagens geográficas,
entre outras atividades que envolvam a exploração do ambiente. Essas atividades facilitam a
compreensão e aplicação dos conceitos geográficos pelos alunos especiais e autistas.

Inclusão de atividades sensoriais: Considerar as necessidades sensoriais dos alunos


especiais e autistas ao planejar atividades relacionadas à Geografia. Utilizar objetos tangíveis,
estímulos visuais, auditivos e táteis, explorar diferentes texturas e materiais, e permitir a
interação e experimentação sensorial.

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Formação de professores: Capacitar os professores para trabalhar com alunos
especiais e autistas, proporcionando-lhes formação contínua em educação inclusiva e
estratégias pedagógicas adequadas. É importante que os professores tenham conhecimento
sobre as características dos alunos especiais e autistas, para poderem adaptar as atividades
geográficas de acordo com suas necessidades individuais.

Parceria com profissionais especializados: Estabelecer parcerias com profissionais


especializados em educação inclusiva e autismo, como psicólogos, terapeutas ocupacionais e
fonoaudiólogos, para orientar e oferecer suporte aos professores na inclusão dos alunos
especiais e autistas no ensino da Geografia

Promoção da empatia e respeito: Fomentar a empatia e o respeito pelos alunos


especiais e autistas entre os demais estudantes. É importante criar um ambiente escolar
acolhedor e inclusivo, onde todos os alunos se sintam valorizados e respeitados, independente
de suas diferenças.

Com a implementação dessas medidas, poderemos garantir uma Geografia inclusiva


e promover uma melhor qualidade de vida para os alunos especiais e autistas, oferecendo a
eles uma educação mais equitativa e acessível. Pelas palavras de Flavia Gabriela Domingos
Silva e David de Abreu Alves (2023): “Entendemos que a Geografia possui características
essenciais e importantes no contexto inclusivo e constitutivo de identidade, a exemplo do
entendimento dos fenômenos espaciais a partir da diferença nas formas de percepção,
significação e vivência desses fenômenos. Essas características correspondem a um conjunto
de possibilidades que a Geografia e seu ensino podem oportunizar, por meio de elementos
materiais e imateriais, e à construção de significados atribuídos aos fenômenos desencadeados
e construídos socialmente no espaço. É um processo que leva ao pensar, ao refletir, e às
possibilidades de intervir, e não somente à memorização e descrição. O que está apontado no
parágrafo anterior, insere-se no viés da educação geográfica, que hodiernamente não admite
mais modelos apenas decorativos e descritivos dos fenômenos espaciais. Tal perspectiva
educacional da Geografia busca mediar para todos os sujeitos sociais conhecimentos conexos
com o cotidiano para um posicionamento crítico acerca da espacialidade de objetos e
fenômenos.” (p.16)

Existem várias soluções para tornar a Geografia Inclusiva melhor, como:

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Ensinar uma Geografia mais diversificada: É importante que o currículo de
Geografia inclua diferentes perspectivas, experiências e vozes, representando uma variedade
de culturas, identidades e contextos. Isso pode ser feito através da incorporação de exemplos e
estudos de caso de diferentes regiões do mundo, bem como a inclusão de grupos
marginalizados e minorias étnicas.

Promover a interdisciplinaridade: A Geografia pode se beneficiar de uma abordagem


interdisciplinar, em que é combinada com outras disciplinas, como História, Sociologia,
Antropologia, entre outras. Isso pode ajudar a fornecer uma compreensão mais abrangente e
complexa das questões geográficas, além de permitir uma análise mais inclusiva e
multidisciplinar.

Incorporar tecnologias e recursos digitais: A utilização de tecnologias e recursos


digitais pode tornar a Geografia mais acessível e inclusiva. Por exemplo, o uso de aplicativos
de mapeamento digital e realidade aumentada pode ajudar a tornar o aprendizado mais
interessante e atraente para estudantes com diferentes habilidades e estilos de aprendizagem.

Incluir educação para a cidadania global: A Geografia Inclusiva deve englobar a


educação para a cidadania global, que promove a compreensão e o respeito pela diversidade
cultural e a responsabilidade por questões globais, como mudanças climáticas, desigualdades
socioeconômicas e questões ambientais. Isso pode ser feito através de atividades e projetos
que incentivem a participação ativa dos estudantes e promovam a conscientização sobre essas
questões.

Fomentar espaços de diálogo e discussão: A Geografia Inclusiva deve fornecer


espaços seguros e inclusivos para que os estudantes possam compartilhar suas experiências,
opiniões e perspectivas. Isso pode ser feito através de discussões em sala de aula, debates,
projetos em grupo e outras atividades interativas que incentivem a participação de todos os
estudantes.)

Capacitar os professores: Os educadores desempenham um papel fundamental na


promoção de uma Geografia Inclusiva. Portanto, é importante fornecer treinamento e
capacitação para que os professores possam abordar questões de diversidade, inclusão e
equidade de maneira sensível e eficaz.

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Essas soluções podem ajudar a tornar a Geografia Inclusiva mais relevante,
envolvente e significativa para todos os estudantes, permitindo que eles desenvolvam uma
compreensão abrangente do mundo em que vivem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Rubens. Entre a Ciência e a Sapiência: O dilema da educação. 13.ed.Sâo


Paulo: Edições Loyola, 2005. 141p.

DOMINGOS SILVA, F. G.; ALVES, D. A. (Orgs.). Inclusão e Ensino de


Geografia: propostas didáticas para a elaboração do pensamento geográfico.
1.ed. Porto Alegre: Totalbooks, 2023. 181p.

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.
27.ed. São Paulo: Paz e Terra S/A, 2003. 148p.

FREIRE, Paulo. Professora Sim Tia Não: cartas para quem ousa ensinar. 3.ed.São
Paulo: Olho Dágua, 1993. 127p.

MAURÍCIO. Lúcia V. (Org.) Darcy Ribeiro: Educação como Prioridade. 1. ed. São
Paulo: Global, 2018. 311p.

NOGUEIRA. Ruth E. (Org.). Geografia e Inclusão Social: Teoria e Prática.


3. ed. Florianópolis: Bosques/CFH/UFSC, 2016.

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