aula 1

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COMÉRCIO

EXTERIOR
ROBERTA SILVA
AULA - 1
PRINIPAIS ASPECTOS DE
COMÉRCIO EXTERIOR
INTRODUÇÃO

Esta aula apresenta os conceitos introdutórios sobre Comércio Exterior,


evidenciando seu surgimento, bem como os principais aspectos pertinentes ao
assunto, tão forte e significativo para a economia mundial atualmente.

Trata de quesitos fundamentais como consumo e produção, divisão do


trabalho, da economia internacional, do advento da Internet e sua colaboração
para o desenvolvimento do comércio exterior.
CONSUMO E PRODUÇÃO

Para a sua sobrevivência, o ser humano precisa satisfazer certas necessidades


básicas e essenciais, tais como se alimentar, se vestir, ter um local para se
abrigar do frio, da chuva e das mais variadas situações cotidianas.

Sendo assim, há três necessidades primárias, que são os alimentos, o vestuário


e a habitação.

No tempo pré-histórico, essas eram as únicas necessidades, porém, com a


evolução do planeta, surgiram muitas outras.
CONSUMO E PRODUÇÃO

Essas novas necessidades são chamadas de progressivas, como, por exemplo, a


educação, o conforto, o lazer, entre outras.
Diante desse cenário e da limitação de alimentos e demais itens, o homem se
viu obrigado a adquirir conhecimento para produzir, e esse processo teve início
há bastante tempo, com o plantio, para que ele tenha como se alimentar, e a
construção de abrigos, para se proteger.

Assim, surgem dois importantes fatos econômicos: o consumo e a produção.


DIVISÃO DO TRABALHO

Não demorou muito para o homem perceber que era impossível produzir todos
os itens de que necessitava e, por este motivo, surgiu a divisão do trabalho.
Nela, cada indivíduo produzia um único tipo de objeto em quantidade superior
para suprir suas necessidades e trocava o restante.
Além do aumento de produtividade, a divisão de trabalho possibilitou também
a melhora na qualidade do que se produzia, contribuindo para a atividade de
trocas.
TROCAS

No período pré-histórico, a atividade de troca ocorria somente entre os


habitantes da mesma tribo e/ou região.

O mundo evoluiu e, com isso, também as relações humanas. Dessa forma,


ampliou-se o campo de ação da realização de trocas, expandido inclusive a
regionalidade entre cidades, nações e, posteriormente, entre o mundo todo.

Essa realidade é cada vez mais usual, visto o avanço da tecnologia.


COMÉRCIO INTERNACIONAL

O Comércio Internacional que se conhece atualmente nada mais é do que a


troca realizada devido ao ultrapassar das fronteiras.

As vendas se configuram pelas exportações, e as compras, pelas importações.

Há outros fatos além da divisão do trabalho que tornaram o Comércio


Internacional uma necessidade. Vejamos:
COMÉRCIO INTERNACIONAL

 A distribuição desigual das jazidas minerais no planeta, como, por exemplo,


o petróleo, que se faz abundante em certos lugares e é inexistente em outros;

 A diversificação agrícola dos países devido a suas diferenças de solo e


clima;

 Os diferentes estágios de desenvolvimento econômico dos países, de acordo


com os recursos que possuem e a capacidade produtiva individual.
COMÉRCIO INTERNACIONAL

Além dos motivos mencionados, há ainda a integração entre os países, quesito


esse que cresce constantemente, contribuindo para o crescimento do Comércio
Exterior.

É importante salientar que o comércio exterior não se restringe apenas a


produtos e mercadorias, mas também a transações de prestação de serviços,
conforme orienta a Organização Mundial do Comércio (OMC).
COMÉRCIO INTERNACIONAL

Para o consumidor, tais vertentes são interessantes pelos seguintes aspectos:


 Variedade de opções quanto aos produtos e fornecedores;
 Maior possibilidade de escolha quanto ao valor do frete;
 Melhores prazos de pagamento;
 Agilidade e segurança na entrega;
 Comodidade ao realizar a compra sem locomoção;
 Prazo de entrega satisfatório.
COMÉRCIO INTERNACIONAL

Segundo Vasquez (2015, p.1):

“A globalização internacional da economia faz com que os países intercambiem


bens e serviços com mais rapidez, num fluxo que tende a ser cada vez mais ágil
e interativo.
Formam-se os grupos regionais, as alianças, para que países, unidos nos
mesmos objetivos, possam disputar com maiores possibilidades de sucesso sua
fatia do bolo.”
COMÉRCIO INTERNACIONAL

Pressupõe-se que qualquer empresa que esteja disposta a desbravar esse âmbito
poderá fazê-lo, visto a amplitude de transações que crescem constantemente.

E para tanto, Vasques (idem, idem) afirma que “e as empresas, como os


governos, devem estar preparadas para essa nova era, para enfrentar os novos
desafios que se apresentam no dia-a-dia de suas atividades”.
DESEMPENHO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Segundo a Agência Brasil (dezembro/2018):

“A balança comercial – diferença entre exportações e importações – registrou o


segundo melhor superávit para meses de novembro. Segundo o Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o país exportou US$ 4,062
bilhões mais do que importou no mês passado. O saldo só foi inferior ao de
novembro de 2016, quando o superávit tinha atingido US$ 4,8 bilhões”.
DESEMPENHO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

E afirma:

“As exportações somaram US$ 20,922 bilhões no mês passado, alta de 25,4%
em relação a novembro do ano passado pelo critério da média diária. As
importações totalizaram US$ 16,860 bilhões, aumento de 28,3% na mesma
comparação, também pela média diária.”

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018
ECONOMIA INTERNACIONAL

Além do comércio, outras ações humanas relacionadas com a atividade


econômica não respeitaram as fronteiras nacionais, elaborando, assim, um
conjunto das mais variadas operações e atividades que constituem a Economia
Internacional.

Nesse âmbito, é possível observar países que alcançaram grande


desenvolvimento, se destacando no cenário mundial, enquanto outras nações
não obtiveram o mesmo êxito mediante inúmeros fatores, na maioria dos casos,
internos.
ECONOMIA INTERNACIONAL

Por todos esses aspectos, atualmente a Economia Internacional tornou-se uma


área bastante estudada e acompanhada pelos mais diversos profissionais e áreas
correlacionadas.

Assim sendo, torna-se essencial o acompanhamento das flutuações de moedas


estrangeiras e mercados internacionais em busca da realização de bons
negócios empresariais que incluem, além das transações de compra e venda e
valores monetários, o bom relacionamento que existe entre as nações,
facilitando tais operações.
ECONOMIA INTERNACIONAL

A abrangência da Economia Internacional compreende:


 Importação;
 Exportação;
 Serviços (transportes, viagens, seguros e outros serviços);
 Transferência de rendas (rendas de investimentos, juros, lucros e vendas de
outros investimentos);
 Transferências unilaterais (donativos, remessas de imigrantes e emigrantes);
 Movimentos de capitais.
ECONOMIA INTERNACIONAL

O desenvolvimento e progresso quanto à vertente dos meios de transporte, ao


torná-los mais rápidos, econômicos e seguros, colaboram de forma significativa
para a economia internacional.

Junto a esse fato, houve a expansão da comunicação, com o advento da


Internet, o que tornou o mundo totalmente globalizado e conectado.
O BRASIL E A ECONOMIA INTERNACIONAL

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços –MDIC


(dezembro/2018):

“A Balança Comercial registra saldo positivo de US$ 4 bilhões em novembro,


pois o Brasil tem exportado mais do que importado no ano. Produtos básicos,
como soja, açúcar e carne, estão entre os mais vendidos.”

Fonte: http://brasil.gov.br/noticias/economia-e-financas
O BRASIL E A ECONOMIA INTERNACIONAL

E Ponte (2018) orienta que:

“O cenário internacional de incerteza na economia desafia o novo governo, pois


a possibilidade de desaceleração da economia global é ameaça para países
emergentes em 2019, segundo analistas”.

Nesse sentido, afirma ainda que o Brasil, para se prevenir, precisa fazer as
reformas que estão sendo discutidas desde o governo anterior (PONTE, 2018).
O BRASIL E A ECONOMIA INTERNACIONAL

Como um novo governo vem sendo elaborado, o país observa com atenção o
cenário internacional ainda incerto para os próximos anos. Analistas estão
receosos mediante dados apresentados pelo Fundo Monetário Internacional
(FMI) de uma desaceleração global em 2019, que, segundo estes, poderá, além
de atingir as principais economias, causar impactos ainda maiores em países
emergentes. Ressaltam, porém, que o Brasil poderá não ser tão impactado ao
implementar reformas estruturais com foco na área fiscal, objetivando o
enxugamento dos gastos públicos, a captação de novos investimentos e a
retomada de atividades.
INTERNET

A Economia Internacional teve, ao longo de sua história, dois grandes marcos:


a máquina a vapor e a Internet.

As fronteiras foram cruzadas e as distâncias eliminadas com o surgimento e


avanço acelerado da Internet, tornando os mais variados mercados em um
único mercado, impondo essa nova realidade às empresas no sentido de se
tornarem transacionais na maneira como são administradas.
INTERNET

A atuação da Internet possibilitou certas vantagens para o comércio


internacional:
 Permitiu um maior controle de estoques de matéria-prima, gerando
economia;
 Estoques menores decorreram em almoxarifados reduzidos, reduzindo os
custos de produção;
 Possibilitou para médias e pequenas empresas a comparação de preços e
qualidade dos produtos em qualquer país de maneira bem simplista,
observando seus concorrentes.
INTERNET

A Internet participa de maneira ativa do mercado financeiro por meio do


sistema online da Bolsa de Valores, bem como do Tesouro Direto, permitindo
os mais variados tipos de investimento.

Outro exemplo dessa participação é a atuação dos bancos aliados à tecnologia e


a facilidade em realizar as transações bancárias pela internet nos aplicativos
instalados no celular, permitindo que tais operações sejam realizadas em
qualquer parte do mundo.
INTERNET

Outro benefício gerado pela Internet é a globalização e a possibilidade do


produtor conseguir entrar em contato com clientes e fornecedores de maneira
direta, sem a necessidade de intermediários.

Portanto, além de oferecer um atendimento personalizado, demonstra eficiência


e eficácia quanto à resolução de problemas, com maior rapidez e agilidade.
INTERNET

Do ponto de vista do consumidor, tal processo também traz aspectos positivos,


como, por exemplo, a grande variedade de opções de compra, permitindo,
assim, uma aquisição mais justa quanto ao preço, frete, prazo de pagamento e
de entrega.

Tal situação movimenta os mais diversos mercados ao atender as inúmeras


necessidades e condições financeiras, bem como permite otimização de tempo,
visto que o cliente não precisa se locomover até a loja física para realizar a
compra.
ECONOMIA INTERNACIONAL E AS CRISES
ECONÔMICAS
Segundo Levy (2018):

“Depois de dois anos de crescimento relativamente robusto, é provável que


ocorra uma desaceleração da economia mundial nos próximos anos. Essa
desaceleração não parece ser muito forte, conforme as previsões do Fundo
Monetário Internacional (FMI), mas preocupa diante de algumas características
da economia mundial, neste momento, associadas às políticas implementadas
após a crise financeira internacional de 2007-2008: um possível esgotamento
dos instrumentos de política econômica, que poderiam impedir que a
desaceleração se transforme em recessão, e o elevado nível de endividamento
do setor não financeiro em escala global”.
ECONOMIA INTERNACIONAL E AS CRISES
ECONÔMICAS
E Ponte (2018) orienta que:

“O cenário internacional de incerteza na economia desafia o novo governo, pois


a possibilidade de desaceleração da economia global é ameaça para países
emergentes em 2019, segundo analistas.”

Nesse sentido, afirma ainda que o Brasil, para se prevenir, precisa fazer as
reformas que estão sendo discutidas desde o governo anterior (PONTE, 2018).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta aula, foram apresentados os principais conceitos acerca do Comércio


Exterior, os fatores que o originaram e os que contribuíram para o seu avanço.

Tratou-se ainda de dados recentes sobre a economia mundial e a atuação do


Brasil nesse cenário.

Percebe-se que o comércio exterior impacta significativamente e de maneira


positiva na economia mundial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Que as operações de compra e venda entre nações resulta não só em valores


numéricos positivos, mas principalmente em desenvolvimento econômico,
possibilitando a ampliação dos negócios empresariais.

As empresas devem conhecer todos os aspectos pertinentes que envolvem suas


atividades/produtos em busca da idoneidade e segurança para a realização de
operações em outros países.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Balança comercial registra saldo positivo de US$ 4 bilhões em


novembro. Disponível em http://www.brasil.gov.br/noticias/economi-e-
fnancas/2018/12.

LEVY, Paulo Mansur. Economia mundial. Disponível em


http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura.

MAIA, Jayme de Mariz Maia. Economia internacional e comércio exterior. 13


ed. São Paulo: Atlas, 2010.
REFERÊNCIAS

MÁXIMO, Welton. Balança comercial tem segundo melhor superávit para


meses de novembro. Disponível em:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-12/.

PONTE, Gabriel. Cenário internacional de incerteza na economia desafia novo


governo. Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2018/11/18/.

VASQUEZ, José Lopes. Comércio exterior brasileiro. 11 ed. São Paulo: Atlas,
2015.

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