A Doutrina Da Salvação

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Outubro 2015 Ano 22 IGREJA CASA DE ORAÇÃO CEHAB

CLASSE
A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
EBD - CASA DE ORAÇÃO CEHAB

Aluno: _________________________________________

Professor: ______________________________________
Aula 01
O GRANDE MILAGRE DA SALVAÇÃO
Introdução:
Antes de entrarmos, propriamente, nos profundos aspectos que
envolvem a Doutrina da Salvação, buscaremos entender um pouco da
definição de Soteriologia e mesmo que com limitações, procuraremos
responder aos questionamentos comuns acerca da Doutrina da Salva-
ção. Que esse módulo de estudos seja uma grande bênção de Deus em
nossas vidas.
Definindo Soteriologia
Soteriologia é uma palavra que deriva-se da junção de duas pala-
vras gregas: “Soteria” (Salvação) + “logia” que significa “estudo, trata-
do, discurso”. Afirmamos, então, que Soteriologia se define como, o
“estudo da Salvação”.
A origem da Salvação?
A Bíblia nos afirma que todos pecaram e destituídos estão da Gló-
ria de Deus. (Rm 3.23). Com a entrada do pecado no mundo através dos
nossos primeiros pais (Adão e Eva), Gn. 3 o homem perdeu a comu-
nhão com Deus e foi sentenciado à morte Eterna. Contudo, de forma
maravilhosa, Deus em seu infinito amor preparou um plano de resgate
para o homem perdido (Gn 3.15). A promessa da Salvação foi instaura-
da no Éden e se cumpriu de forma plena em Cristo Jesus, através de sua
encarnação, (Jo 1.14) morte (crucificação) (Lc 23) e ressurreição (Lc 24).
Através de Cristo Jesus, a dívida do pecado de todos os homens
foi quitada e pela Graça os que creem são justificados por Cristo e re-
conciliados com Deus. (Cl 2. 13-15; Rm 5.1)
Os passos para a salvação
1. Reconhecimento do pecado; (Rm 3.23)
A Bíblia nos afirma que todos pecaram. Não há ninguém que não
tenha pecado. Esse pecado teve início com os nossos primeiros pais
Adão e Eva, lá no jardim do Éden (Gn 3). Quando eles pecaram, esse
pecado passou para todos os homens, porque todos os homens são des-
cendentes de Adão e Eva.
2. Reconhecimento das consequências do pecado; (Rm 6.23)
A palavra salário quer dizer “pagamento”. Por causa do pecado o
pagamento que os homens passaram a receber foi a realidade de ter que
passar pela morte, sendo manifestada em dois aspectos:
a) Morte física: todos nós passaremos por ela um dia.
b) Morte espiritual: Além da morte física, toda pessoa que morre sem
aceitar a Jesus como Salvador, enfrenta também a morte espiritual que é a
separação de Deus na eternidade.
Você já imaginou uma pessoa ter de passar toda a eternidade longe
de Deus, nas trevas do inferno? Com certeza o sofrimento dos que mor-
rem sem Jesus é grande!
3. Reconhecimento de que Deus me ama; (Jo 3.16)
Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. E o amor Dele por nós
foi tão grande que o levou a dar o melhor que Ele tinha em favor de nos-
sas vidas. Ele nos deu o Seu Único Filho, Jesus Cristo, para nos salvar.
4. Aceitar a Cristo como único Senhor e Salvador; (Rm 10.9)
Após ter tomado conhecimento dessas verdades, é necessário con-
fessar a Jesus os pecados e reconhecer que só Ele tem Poder para salvar o
homem perdido. Esse é o momento precioso que se instaura as fases da
Salvação:
 Arrependimento (II Co 7.10)
 Fé (Rm 10.17),
 Conversão (metanoia), regeneração ou novo nascimento (grego pa-
liggenesia que significa novo nascimento ou nascer de novo (Jo 3.3-8;
Jo 5.24),
 Justificação - do grego dikaioo “tornar justo” temos também o dikaió-
sis que é o ato da graça divina pelo qual Deus declara justo aquele que
aceitou a Cristo como Salvador (Rm 5.1; Rm 8.1; Cl 2.14;
 Adoção - Esse é o ato da graça de Deus que abraça como filhos aque-
les que aceitaram a Cristo, dando-lhes os direitos e privilégios de Jesus
(Cl 1.13; Jo 1.12,13)
Salvação em três tempos

Uma vez baseados na Palavra de Deus que nos revela a doutrina da


salvação sendo estendida até a perfeição final na Glória (Ef. 1.13,14), po-
demos então olhar para a Salvação em três aspectos reais que são: O pas-
sado, o presente e o futuro.

1. A Salvação e o passado;

Ao crer e confiar plenamente sua vida a Cristo, o crente foi salvo


de toda a sua culpa e penas do pecado. ( At. 4.12; II Co 5.17; Rm 8.1; Jo
5.24). Considero esse o momento mais importante na vida de uma pes-
soa, pois ao crer em Jesus, aquele que creu é completamente salvo de to-
da a condenação; nunca jamais entrará em juízo. Toda a dívida do pecado
é quitada no ato da conversão e pela graça de Cristo, Deus impetra a jus-
tificação na vida daquele que creu.

2. A Salvação e o presente;

No presente aquele que creu está sendo salvo do poder e do domí-


nio do pecado. (Jo 17.17; Rm 6. 1-14; I Jo 2.1; I Jo 1.9; I Jo 1.7)
Apesar de nunca ser livre como homens da presença do pecado, a
Bíblia nos afirma que o crente não vive na prática do pecado. (I Jo 5.18).
Isto, porque pelo poder do Espírito Santo, ele pode dominar sua velha
natureza pecaminosa. Uma vez crendo essa batalha (Carne x Espírito) é
instaurada e é contínua, mas, na dependência plena de Cristo, sob o do-
mínio do Espírito, a carne será vencida e a vitória instaurada na vida da-
quele que é de Cristo.
3. A Salvação e o futuro;

Aquele que creu em Cristo, vive na esperança da Glória de Cristo!


O crente vive na certeza de sua vida eterna com Deus! (Ef. 1.13,14; I Ts
4. 13-18; Rm 13.11; I Co 15.52; I Pe 1. 3-5; I Jo 3. 1-2)
É maravilhoso viver na certeza do cumprimento das promessas de
Deus. Pela Fé cremos. Pela Fé vivemos e esperamos a volta do Senhor
Jesus. Maranata! Ora vem Senhor Jesus.

Conclusão:
De forma linda e maravilhosa hoje pudemos aprender sobre o
grande milagre da Salvação. Deus nos Salvou de forma graciosa! Não
devemos nada ao passado. Somos guardados e salvos no presente e
aguardamos com alegrias a volta do nosso Amado Jesus para estarmos
para celebrarmos e adorarmos para sempre ao nosso Deus Trino de eter-
nidade a eternidade. Amém.

BIBLIOGRAFIA
————————————————————————————
http://pastorrenildo.blogspot.com.br/2008/12/os-trs-tempos-da-salvao.html
http://www.iprb.org.br/artigos/textos/art151_199/art151.htm
Aula 02
UM ALTO PREÇO FOI PAGO
“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades,
e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, fe-
rido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados.” (Is 53. 4,5)

Introdução
“ Sei que foi pago um alto preço. Para que contigo eu fosse
um meu irmão! Quando Jesus derramou Sua vida, Ele pensava em
Ti, Ele pensava em mim, pensava em nós.”
Esse hino que cantamos fala do alto preço que Cristo teve de pagar
para que nós fôssemos livres da pena do pecado. Na lição de hoje estare-
mos compreendendo as implicações do que Cristo teve de passar, dando
Sua vida para o resgate de muitos.

O preço da doação

Com a entrada do pecado no mundo, uma dívida impagável do ho-


mem para com Deus foi instaurada. (Gn 3.15). O pecado fez dos homens
inimigos de Deus. Com ele a morte foi gerada! (Rm 6.23); portanto, para
que o homem fosse livre da pena do pecado, um alto preço teria de ser
pago. Então Deus amou. Ele amou homens pecadores e perdidos. Vidas
que estavam mortas em seus delitos e pecados. Ele amou homens de to-
das as eras e tempos e esse amor o levou a dar o melhor que tinha em
resgate dos perdidos (Jo 3.16). Ele enviou a Jesus, seu único filho para
salvar os perdidos.
O preço da renúncia

Em Filipenses 2. 6,7 vemos que Cristo: “...sendo em forma de


Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a
si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens: (Fl 2.6,7) Cristo abre mão, Ele renuncia dos seus direitos divi-
nos na Glória, para nos prover a sua maravilhosa graça.
Como Rei eterno e soberano na glória, Jesus renunciou as riquezas,
pois nasceu numa manjedoura. Em seu ministério ele não tinha onde re-
clinar a cabeça (Lc 9.58). Ele também revelando sua pobreza, pediu em-
prestados uma casa para celebrar a última ceia na páscoa, (Mc 14. 13-15
um barquinho para pregar a Palavra, (Lc 5.3) um animal para cavalgar (Lc
19.30-32). Cristo também renunciou a Sua própria glória. Quando ora ao
Pai Ele diz: “... glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela gló-
ria que tinha contigo antes que o mundo existisse (Jo 17:5)”. Jesus renun-
cia abrindo mão da Sua autoridade. Em Filipenses 2.7 lemos: “Mas esva-
ziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se seme-
lhante aos homens;” Como servo, Cristo abriu mão da sua própria
vontade para fazer plenamente a vontade do Pai (Jo 5.30). Como homem,
Jesus abriu mão da sua realeza, para estar servindo a todos (Mt. 20.28). A
Graça sendo ministrada aos homens, foi muito cara para Cristo. Ela cus-
tou também a entrega voluntária do Senhor Jesus. Mesmo sendo tentado
a abandonar o plano de Salvação, (Mc 15.30; Mt 27.40) Cristo se manteve
firme e voluntariamente se deu em resgate do homem perdido.
O preço de ser o segundo Adão
A Bíblia nos mostra que o primeiro Adão falhou lá no Éden. (Gn
3), Mas o segundo Adão não falhou (I Co 15.45). Em Gênesis 3.15, a
promessa da vinda de Cristo para derrotar Satanás e todo o reino das tre-
vas foi instaurada. “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a
tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar.” Da semente da mulher nasceria um (o último Adão - Je-
sus) que esmagaria a cabeça da serpente. Ser o segundo Adão, trouxe a
Cristo o alto preço de vencer todas as lutas, tentações, pecados, confli-
tos... Jesus passou por tudo como homem e não pecou. (Hb 4. 15,16).
Através de Adão no Edén o pecado entrou na humanidade. O último
Adão do Getsêmani é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
(Jo 1.29). Ele venceu como homem e se tornou a Vitória na vida daqueles
que creem.
O preço da dor emocional
A dor emocional da traição de Judas, que vendeu o nosso amado
Senhor Jesus por trinta moedas de prata e num ato de extrema frieza o
beijou no Getsêmani para que os soldados o levassem preso.
Dor emocional profunda quando em oração antevendo o horror da
cruz, Ele ora dizendo “Pai se possível passa de mim esse cálice...” (Lc
22.42) e numa agonia profunda, de extremo pavor ele tem o seu suor sen-
do convertido em grandes gotas de sangue.
Dor profunda por ver Pedro negando-o três vezes, de ver a multi-
dão que foi alimentada, curada e pastoreada gritando: “Crucifica-o, cruci-
fica-o”.... Jesus pagou um alto preço de uma profunda dor emocional por
mim e por você.
O preço da dor física
Jesus enfrentou também a dor física, que ficou marcada pelos açoi-
tes que recebeu, a cana que quebraram em sua cabeça, a coroa de espi-
nhos, a cruz pesada que carregou machucando seus ombros, os cravos
que penetraram suas mãos e pés, a lança que furou o seu lado fazendo
sair sangue e água. A dor física a qual Jesus enfrentou ultrapassa a condi-
ção humana, mas Ele enfrentou tudo por amor a todos os homens.
O preço da dor moral
Ele vivenciou também a profunda dor moral e espiritual, quando
teve todos os pecados de todos os homens, de todas as eras e tempos,
sendo depositados sobre seus ombros. Jesus se fez literalmente pecado
por nós (Is 53.6)! A dor moral e espiritual por que Jesus passou foi tão
grande que Ele gritou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?”
- Mc 15.34. Ali, naquele momento, a Justiça de Deus está sendo ministra-
da de forma plena no julgamento do próprio filho. Deus, que é Santo e
Justo, virou as costas para o Filho, para que Ele fosse julgado em nosso
lugar! Essa, com certeza, foi a pior dor que Cristo enfrentou. Ele se fez
pecado no meu e seu lugar.
Conclusão:
De forma simples e objetiva pudemos apresentar à luz das Sagradas
Escrituras, alguns aspectos marcantes acerca do alto preço que Cristo pa-
gou, para nos trazer a salvação. Entretanto, sabemos que à luz de uma
análise profunda, encontraremos muito mais informações que tratam dos
valores da Salvação de Cristo a todos os homens.

BIBLIOGRAFIA
_____________________________________________________________
http://www.pcamaral.com.br/2012/01/fomos-comprados-por-um-altissimo-
preco.html
Aula 03
A SALVAÇÃO E A JUSTIFICAÇÃO
Introdução:

No estudo de hoje, nosso foco abordará a justificação que é minis-


trada de Deus na vida daquele que crê em Cristo.
Justificação é uma palavra que também vem do termo judicial e que
significa absolver, declarar justo ou pronunciar sentença de aceitação.
Estávamos perdidos e sob o domínio do pecado, fadados a conde-
nação eterna. Vivíamos dominados pela injustiça, mas através de Cristo
Jesus, por meio de sua maravilhosa Graça, Deus nos tornou justos para a
vida eterna nos céus. Deus nos abençoe no estudo da Sua Palavra.
O termo
A palavra justificação é vista no Antigo Testamento de duas formas
diferentes do mesmo termo hebraico. ( hidsdik e tsiddek ). Sem nenhuma
margem de dúvidas, na linguagem hebraica no Antigo Testamento, ambas
expressam a justificação. Eles trazem-nos a ideia de que Deus, em sua
qualidade de juiz, declara o homem justo. Encontramos também no novo
testamento o termo dikaio-o , com o mesmo significado. A palavra
"justificar", também é termo judicial que significa absolver, declarar justo,
ou pronunciar sentença de aceitação. Justificação, é um ato de Deus, em
que Ele declara o pecador regenerado; não somente livre da condenação,
mas também restaurado à graça divina. Rm 3.28. a mesma é realizada
quando o homem crê em Jesus Cristo como Salvador.
Deus é quem declara
Através das justificação, Deus declara posicionalmente justa a pes-
soa que a Ele se chega através da Pessoa de Cristo. Através do mesmo é
cancelada a dívida do pecado na "conta" do pecador, e o lançamento da
justiça de Cristo em seu lugar.

É importante também nos atentarmos para o fato de que este ato


de declarar o homem justificado se difere do ato de Deus regenerando o
homem. Na regeneração, Deus efetua uma mudança radical no homem,
mas, na justificação, Ele declara, apenas, que não pode mais condená-lo e
o restaura à sua graça.
Deus não faz o homem justo por declará-lo justificado. Uma das
maiores glórias do evangelho é esta doutrina, que Deus, o justíssimo entre
todos, pode justificar o injusto sem praticar injustiça. ( Rm. 3.25,26 )

O fundamento da justificação
Um pergunta muito interessante com relação a justificação, seria:
Como pode Deus tratar o pecador como pessoa justa? Na verdade é
Deus quem provê esta justiça. Esta justiça é provida de Deus, através de
Seu Filho Jesus Cristo, que ganhou o título a favor do pecador, o qual é
declarado justo " mediante a redenção que há em Cristo Jesus". Que é a
completa libertação por preço pago. Jesus Cristo ganhou essa justiça a
favor do homem, através de sua morte expiatória na Cruz. (Is. 53.5,11; II
Cor. 5.21;Rm. 4.6; 5.18,19).
Como alcançar a justificação

Através da lei o homem não pode ser justificado. Diante de tal rea-
lidade a esperança do homem está num recebimento sem a lei. Contudo,
o homem dele próprio é incapaz de operar tal justiça. (Ef. 2.8-10).
Vemos então que é Deus quem concede esta justiça ao homem. Ela
é também um Dom de Deus. Vemos então neste contexto a Fé, que é a
causa instrumental da justificação. ( Rm 3.22; 4.11; 9.30; Hb 11.7; Fl 3.9).
Esta fé, é estabelecida por Deus e somente Ele a distribui. Este é o princí-
pio único que a graça de Deus usa para restaurar-nos à sua imagem e ao
seu favor. O Despertamento desta fé se dá no homem pela influência do
Espírito Santo, geralmente em conexão com a Palavra. A fé lança mão da
promessa divina e apropria-se das salvação.

Conclusão:

Como servos de Deus, sabemos definir diante de nossos inquisidores


o que é justificação? Temos entendido a profundidade da declaração de
Deus aos homens que estão perdidos, tornando-os através da fé justos?
Podemos expor com clareza seu fundamento? Sabemos como che-
gamos a esta maravilhosa realidade, e temos contribuído para que outros
que ainda não conhecem a Cristo também cheguem? Deus nos abençoe
para sermos proclamadores da Salvação em Cristo, que promove a justifi-
cação na vida daqueles que creem.
Aula 04
O CRENTE PODE PERDER A SALVAÇÃO?
"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e
elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer,
e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas
deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos
de meu Pai.” (Jo 10:27-29)
Introdução:
Hoje estaremos estudando um tema muito relevante no contexto
da Doutrina da Salvação, mas necessário. Afirmamos que nossa propos-
ta com esse estudo não é polemizar e criticar visões diferentes, mas à
luz da Palavra de Deus buscar o fortalecimento das bases na nossa Fé.
Precisamos de convicções e a Bíblia é o nosso aferidor para o que cre-
mos.
A Salvação de Cristo ministrada a um pecador
A conversão verdadeira é marcada por algumas realidades que
merecem ser apresentas na seguinte ordem:
 Ao ouvir a Palavra de Deus, fui impactado de forma profunda quan-
to a minha vida. Uma profunda angústia e dor veio sobre mim, pois
me vi pecador diante da justiça de Deus e que morrendo no meu
pecado estava condenado a uma eternidade longe de Deus nas trevas
eternas. (Rm 3.23)
 Ao ouvir a Palavra, vi que Cristo me amou a ponto de dar a sua vida
por mim! Ele morreu derramando o seu precioso sangue para me
Salvar e eu posso alcançar o meu perdão através de Cristo. (Jo 3.16)
 Entendi que através do arrependimento, poderia mudar completa-
mente o curso da minha vida. Eu poderia caminhar seguindo a Cris-
to e tendo Ele como gestor pleno da minha vida. Orei então ao Se-
nhor Jesus dizendo: “Senhor Jesus, sei que sou pecador e preciso da Tua Sal-
vação. Nesse momento, eu te peço: Perdoe Senhor os meus pecados; lava-me com o
teu sangue; De hoje em diante eu te confesso como o meu Senhor; Eu creio na
Tua morte e ressurreição que me deu vida. Eu te aceito como único Senhor e Sal-
vador da minha vida. Amém”. (Ef. 1.13,14; Rm 10.9)
Esse é o maravilhoso milagre que acontece na vida daquele que ver-
dadeiramente entrega a sua vida a Jesus aceitando-O como único Senhor
e Salvador. A Bíblia nos mostra que há festas nos céus por um pecador
que se arrepende. (Lc 15.7)
Garantias divinas ministradas a um pecador que foi salvo
 Aquele que verdadeiramente creu em Cristo, tem o Espírito Santo
como penhor da sua herança; (Ef. 1.13,14)
 Ninguém pode arrebatar um salvo das Mãos de Deus (Jo 10.28,29)
 Aquele que verdadeiramente creu em Cristo, de maneira nenhuma é
lançado fora Ele; (Jo 6.37)
 Aquele que verdadeiramente creu em Cristo, está selado pelo Espírito
Santo; (Ef. 4.30; Ef. 1.13,14). Vale lembrar que esse selo é inviolável e
irrevogável; (Es 8.8 e Dn 6.12)
 Aquele que verdadeiramente creu em Cristo, tem a presença Dele em
sua vida até a consumação dos séculos; (Mt. 28.20)
 Nenhuma condenação há para aquele que verdadeiramente creu em
Cristo; (Rm 8.1, 33-34)
 Nada poderá separar aquele que verdadeiramente creu em Cristo, do
amor de Deus; (Rm 8..35-39)
 O crente infiel será salvo como pelo fogo; (I Co 3.15; 5. 1-5; 11.29-32)
 Aquele que verdadeiramente creu em Cristo é nascido de Deus, e não
pode “desnascer”; (I Jo 5.1)
 Aquele que creu verdadeiramente em Cristo não pode pecar para a
morte eterna; (I Jo 5.16; 3.9; 5.18)
 Aquele que verdadeiramente creu em Cristo, foi resgatado para sem-
pre da maldição da lei; (Gl 3.13)
Os três tipos de crentes:
Nominal
Esse é aquele que tem apenas nome de crente. Ele apenas carrega o
nome de cristão, mas a sua vida não reflete os valores do cristianismo.
Ele conhece a Cristo apenas de nome, pois não foi regenerado, transfor-
mado pela graça de Cristo. O próprio Senhor Jesus fala sobre essa triste
realidade: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração
está distante de mim; em vão me adoram, ensinando doutrinas que
são preceitos humanos” (Mt 15.8,9)
Ele diz que creu em Cristo, se batizou, se tornou membro de uma
igreja, mas o seu viver anda na contramão da vontade de Deus. Sua for-
ma de pensar, falar, vestir, andar demonstram claramente que ele nunca
teve um encontro real com Cristo.Esse tipo de cristão precisa nascer de
novo! Ele precisa da salvação de Cristo (Jo 3. 1-3).
Carnal
Esse é dominado pela carne. Ele experimentou a salvação de Cris-
to, mas não a soberania de Deus. Ele sabe o caminho que deve ser trilha-
do, mas não o faz, porque a carne sempre o vence. No barco da vida des-
se cristão, ele é o timoneiro e não Cristo. Paulo em sua primeira carta aos
Coríntio 3.1, menciona os cristãos carnais que haviam na igreja e que
continuavam sendo crianças em Cristo.
Esse tipo de crente não cresce na graça e conhecimento de Cristo.
Como alguém que é dominado pela carne, ele se encontra cheio de si e
vazio do Espírito. (Ef. 5.18). Logo em sua vida o manifestar será das
obras da carne e não o Fruto do Espírito. (Gl 5. 19-21) - Na vida do
crente carnal é necessário uma mudança profunda, através da Santifica-
ção para ter de forma plena a sua comunhão restaurada com Deus. A
atitude de mudança precisa começar hoje diante de Deus.
Espiritual
Paulo nos fala sobre o crente espiritual em I Coríntios 2. 15,16 di-
zendo: “Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de nin-
guém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor,
para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” Que
coisa linda! Enquanto o crente carnal é dominado pela carne, o espiritual
tem Cristo como gestor supremo da sua vida.
Ele teve um encontro real com Cristo e submetido ao Seu senho-
rio, esse servo de Deus representa com excelência o nome de Cristo na
terra. Ele diz: Cristo vive em mim. (Gl 2.20)

Refutando algumas interpretações erradas


Mateus 24. 11-13
(Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo).
Quando olhamos para o contexto do texto citado, vemos que se trata
da grande tribulação. O contexto não se aplica ao tempo de Graça que
estamos vivendo. Vale a pena ver o contexto do texto no versículo 22.
I Timóteo 4.16
(A salvação depende de guardar a doutrina).
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas
coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos
que te ouvem.”
Claramente vemos que aqui não se trata da salvação eterna. O sal-
var aqui é se salvar dos falsos mestres e falsos ensinamentos. É só ler o
contexto no início do capítulo para entender o real sentido do texto.
I Timóteo 6.10
(Alguns se desviaram da fé)
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e
nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mes-
mos com muitas dores.”
Aqui não lemos que eles perderam a salvação, mas que tiveram
grande sofrimento por causa do amor ao dinheiro. Creio que esse
“desviar da fé” seja no sentido de abandonar a comunhão por amor ao
dinheiro. Contudo, fica uma pergunta: Eles de fato haviam crido em
Cristo?
Hb 6.4
(É impossível renovar os que, uma vez iluminados e alcançados
pelo dom celestial, de forma deliberada caírem).
Obs. A carta aos Hebreus foi escrita aos hebreus, ex-judeus que
confessavam o cristianismo. Lembrando que muitos ainda não haviam
crido em Cristo. Esse texto é um alerta para revelando a eles tudo o que
tinham visto e participado.
“Porque é impossível que os que já uma vez foram ilumina-
dos, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Es-
pírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do
século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrepen-
dimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de
Deus, e o expõem ao vitupério. (Hb 6. 4-6)”
Note que que o texto se encaixa perfeitamente aos judeus que vive-
ram no tempo de Cristo. Iluminado (Jesus a luz do mundo na terra), pro-
varam o dom celestial (Jesus o presente de Deus dado aos homens), Se
tornaram participante do Espírito Santo (Não afirma que recebeu, mas
desfrutou dele), provou a palavra de deus e as virtudes (poderes) do sécu-
lo futuro. (Milagres de Cristo) e recaíram... Aqui não diz que creram, mas
sim privilegiados por todas essas maravilhas. De fato é impossível que
alguém que participe de tudo isso, seja salvo se simplesmente renegar tu-
do e não crer no Salvador. (Exercer Fé)
Ap 2.10
(A fidelidade deve ser contínua até a morte).
Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo
lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis
uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa
da vida.”
Aqui o texto está falando de galardão e não Salvação. A Bíblia men-
cio sete “coroas” que serão galardões que Deus tem preparado para os
salvos na glória.

Conclusão:
Para concluirmos esse estudo, quero citar dois textos que precisam
estar sempre presentes em nossas mentes:
“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha
palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não en-
trará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24)
“Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos;
porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco;
todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles
é dos nossos.” (1 Jo 2. 19).
Pr. Waldyr do Carmo
BIBLIOGRAFIA
__________________________________________________________________
http://www.respondi.com.br/2012/02/15-passagens-que-dizem-que-podemos.html
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