1521716329WK eBook Custo Da Ociosidade
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o custo da ociosidade
na indústria
Introdução 3
Conclusão 16
Sobre a WK Sistemas 18
Referências 19
Aproveite o conteúdo!
Muitos autores definem de diferentes maneiras, mas, em linhas gerais, podemos entender capacidade produtiva como o volume máximo de
peças ou produtos que uma indústria consegue fabricar. Ou seja, é o potencial de trabalho que ela pode atingir e entregar em determinado
período. Em certa medida, também pode-se dizer que é o limite ou o teto produtivo a ser alcançado por uma empresa.
Antes de continuarmos, cabe aqui um adendo. Essa capacidade pode ser dividida em dois tipos: teórica e efetiva. A primeira considera a
produção durante todo o tempo, sem qualquer tipo de interrupção dos trabalhos. Trata-se, literalmente, do potencial máximo.
Já a capacidade efetiva é aquela em que a indústria “volta para a realidade” e passa a colocar na ponta do lápis as paradas inevitáveis no
processo produtivo, como uma manutenção preventiva e os finais de semana e feriados. Dessa forma, o potencial teórico sofre uma redução
e fica mais perto do que realmente acontece no dia a dia.
Existem diferentes formas de medir a capacidade produtiva efetiva de uma indústria. Uma delas utiliza a previsão da demanda aliada a
informações como números de dias a serem trabalhados, quantidade de funcionários e máquinas necessárias.
Também por isso, podemos considerar a capacidade produtiva como o potencial de resposta da empresa às demandas do mercado, o que,
consequentemente, reflete no nível de competitividade da indústria.
Por isso, a capacidade produtiva pode variar consideravelmente de um mês para outro, considerando, por exemplo, que em uns há mais
feriados que em outros. Além disso, a empresa também pode prever momentos de sazonalidade e trabalhar o quadro de funcionários,
aumentando e diminuindo de acordo com a demanda.
A capacidade ociosa, então, é a diferença entre a capacidade produtiva e o que realmente foi produzido durante um período. Trata-se do
volume de peças ou produtos que a unidade deixou de fabricar por inúmeros motivos, como baixa demanda, quebra de maquinário, falta de
insumos, sazonalidade e perda de mão de obra.
Para entender melhor, vamos a um exemplo: se uma fábrica tem capacidade para produzir 10 mil peças, mas produz apenas 8 mil, as 2 mil
unidades que deixaram de ser fabricadas dentro do potencial representam a capacidade ociosa.
Custos da ociosidade
Se é interessante para a indústria identificar a capacidade produtiva e, depois, a capacidade ociosa, mais importante ainda é calcular os
custos da ociosidade, ou seja, quanto o tempo sem atividade representa financeiramente para o negócio.
Mais adiante, vamos explicar como é feito o cálculo do custo de ociosidade da indústria. Antes, porém, é importante destacarmos que ele é
feito em cima dos custos fixos do negócio, aqueles que oneram mensalmente o caixa, como aluguel, mão de obra e depreciação.
Mas por que não os custos variáveis, que estão mais ligados à produção? Porque esses valores podem ser mais facilmente trabalhados em
caso de paradas, diferentemente dos fixos, que são cobrados independentemente do que ocorrer no processo fabril. Se estragar uma máquina,
o aluguel e a mão de obra, por exemplo, ainda precisam ser pagos.
Diante da necessidade de as indústrias identificarem seus custos de ociosidade, passa a ser essencial que a perspectiva contábil absorva
também essa demanda. Isso porque os valores das paradas produtivas estão diretamente ligados à competitividade do negócio.
Os preços dos produtos, por exemplo, não podem ser sobrecarregados pelos custos de ociosidade. Então, é necessário que os profissionais
dessa área encontrem uma forma de lidar com essa questão de maneira que não comprometa o resultado final do empreendimento.
O custo referente à capacidade instalada deve ser transferido às unidades produzidas, integralmente, sempre que as instalações produtivas estiverem
sendo utilizadas em condições normais. A partir do ponto em que a ociosidade deixar de estar dentro dos limites da normalidade, o custo referente a
essa ociosidade em excesso deve ser levado diretamente à despesa não operacional, a título de item extraordinário, não se admitindo a sua transferência
para estoques, evitando-se, desta maneira, o risco de uma superavaliação destes e da não possibilidade de sua recuperação.
A ociosidade anormal é um fator não rotineiro ou não recorrente e pode acontecer em função de greve, recessão econômica acentuada no setor de
atuação da companhia ou outra razão econômica, interna ou externa, extemporânea.
São custos de capacidade instalada todos os de natureza fixa, como depreciação, aluguéis etc., inclusive os de supervisão incluídos nos gastos indiretos
de fabricação.
Na existência de capacidade ociosa, a companhia aberta elaborará nota explicativa para dar ciência da dimensão do fato aos interessados nas suas informações.
Aqui estamos falando da parte prática do dia a dia da indústria, ou seja, das tomadas de decisões dos gestores. O custo de ociosidade
calculado deve servir para melhorar processos, eliminar gargalos e tornar a empresa mais eficiente. São informações preciosas e que podem
dizer muito sobre cada setor do negócio.
Então vamos ao cálculo. Existem diferentes fórmulas, mas uma das mais utilizadas é esta:
Vamos aplicar esta fórmula a um exemplo. Imagine uma indústria de peças para motor que tenha capacidade efetiva para produzir 2.000
peças por mês e tenha um custo fixo de R$ 120.000. Porém, no primeiro mês do ano, a produção ficou em 1.690 peças, totalizando uma
capacidade ociosa de 310 unidades.
Uma boa de forma de entender a dimensão desse valor para o caixa da empresa é compará-lo com o faturamento líquido. Digamos que o do
nosso exemplo tenha sido de R$ 260.000. Os R$ 18.590 representariam, então, algo em torno de 7%.
De que forma a indústria pode tornar esse cálculo ainda mais preciso? Alimentando-o com dados também confiáveis! Para isso, o uso da
tecnologia na coleta e no armazenamento dessas informações torna-se um grande diferencial.
Nesse sentido, um software de gestão integrada entra como uma ótima aposta. Essa solução conta com um conjunto de ferramentas e
tecnologias que permite às empresas saberem exatamente quais são os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis de todo o seu processo
produtivo.
Os gestores ainda podem ter em mãos as informações necessárias para avaliar os custos de produção, possibilitando identificar processos ou
insumos que gerem gargalos ao custo final de fabricação. Isso tudo sem contar o gerenciamento das demandas e dos processos produtivos
de forma facilitada. Com a preparação de ordens de produção (OPs) realizadas com base nas vendas ou necessidades internas é possível fazer
um acompanhamento e controle da produção em tempo real.
A importância de manter
o custo da ociosidade
sob controle
No fim das contas, tudo isso tem a ver com competitividade. As empresas que reduzem a ociosidade se tornam mais eficientes e reúnem
melhores condições para fazer frente aos concorrentes. Os recursos são melhor aproveitados, os custos podem acabar caindo e fica mais fácil
trabalhar com os preços.
Além disso, a informação do custo da ociosidade dá uma dimensão exata do que acontece no processo produtivo e fornece elementos para
que ações sejam tomadas no sentido de reduzir esse problema.
Quando a parada da produção acontece de forma totalmente inesperada, uma solução rápida que pode ser tomada é a realocação de
recursos. Os funcionários que trabalham na linha ou no setor afetado podem ser alocados temporariamente em outros, evitando a parada
total e fazendo com que essas pessoas continuem produzindo.
Já nos casos de crise financeira ou desaquecimento do setor, uma solução é alugar a capacidade produtiva para outras empresas, permitindo
que terceiros utilizem as instalações para montar ou fabricar seus produtos.
Os gestores podem decidir se vão esperar uma tendência se confirmar ou se já vão aumentando a capacidade produtiva com mais rapidez.
Tudo isso, claro, impacta em custos e em outros aspectos da indústria. Não é à toa que este é um assunto tão pertinente e que merece total
atenção dos gestores.
Converse com a gente! Nosso time de especialistas está pronto para atendê-lo e tirar todas as suas dúvidas.
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