1521716329WK eBook Custo Da Ociosidade

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Guia para entender

o custo da ociosidade
na indústria

Saiba como manter sob controle


todos os custos da sua empresa
Índice

Introdução 3

Capítulo 1 - Entenda o que é o custo da ociosidade 5

Capítulo 2 - Como calcular o custo da ociosidade na indústria 10

Capítulo 3 - A importância de manter o custo da ociosidade sob controle 13

Conclusão 16

Sobre a WK Sistemas 18

Referências 19

Guia para entender o custo da ociosidade na indústria 2


Introdução

Gerenciar adequadamente os custos é algo


essencial para qualquer indústria. Porém, esse
trabalho se concentra, muitas vezes, apenas
naquilo que é tangível, ou seja, facilmente
identificável. Mas existem outros custos que
devem ser observados pelos gestores.

Entre esses custos está o de ociosidade, que,


se não for controlado, pode colocar em risco
a competitividade da empresa. Quanto mais
ineficiente for o negócio, maior será a dificuldade
na disputa de espaço com os concorrentes.

Guia para entender o custo da ociosidade na indústria 3


Então, para ajudar você a controlar corretamente esse custo, elaboramos este e-book. Nele, explicamos o que é o custo de ociosidade e como
fazer o cálculo para chegar ao seu valor final.

Aproveite o conteúdo!

Guia para entender o custo da ociosidade na indústria 4


CAPÍTULO 1

Entenda o que é o custo


da ociosidade

Antes de chegarmos no custo de ociosidade e sua


representatividade nas atividades de uma empresa,
precisamos, primeiro, fazer uma parada em dois
conceitos fundamentais: capacidade produtiva e
capacidade ociosa. Eles representam o ponto de
partida para explorarmos o tema.

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Capacidade produtiva

Muitos autores definem de diferentes maneiras, mas, em linhas gerais, podemos entender capacidade produtiva como o volume máximo de
peças ou produtos que uma indústria consegue fabricar. Ou seja, é o potencial de trabalho que ela pode atingir e entregar em determinado
período. Em certa medida, também pode-se dizer que é o limite ou o teto produtivo a ser alcançado por uma empresa.

Antes de continuarmos, cabe aqui um adendo. Essa capacidade pode ser dividida em dois tipos: teórica e efetiva. A primeira considera a
produção durante todo o tempo, sem qualquer tipo de interrupção dos trabalhos. Trata-se, literalmente, do potencial máximo.

Já a capacidade efetiva é aquela em que a indústria “volta para a realidade” e passa a colocar na ponta do lápis as paradas inevitáveis no
processo produtivo, como uma manutenção preventiva e os finais de semana e feriados. Dessa forma, o potencial teórico sofre uma redução
e fica mais perto do que realmente acontece no dia a dia.

Existem diferentes formas de medir a capacidade produtiva efetiva de uma indústria. Uma delas utiliza a previsão da demanda aliada a
informações como números de dias a serem trabalhados, quantidade de funcionários e máquinas necessárias.

Também por isso, podemos considerar a capacidade produtiva como o potencial de resposta da empresa às demandas do mercado, o que,
consequentemente, reflete no nível de competitividade da indústria.

Por isso, a capacidade produtiva pode variar consideravelmente de um mês para outro, considerando, por exemplo, que em uns há mais
feriados que em outros. Além disso, a empresa também pode prever momentos de sazonalidade e trabalhar o quadro de funcionários,
aumentando e diminuindo de acordo com a demanda.

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Capacidade ociosa

A capacidade ociosa, então, é a diferença entre a capacidade produtiva e o que realmente foi produzido durante um período. Trata-se do
volume de peças ou produtos que a unidade deixou de fabricar por inúmeros motivos, como baixa demanda, quebra de maquinário, falta de
insumos, sazonalidade e perda de mão de obra.

Para entender melhor, vamos a um exemplo: se uma fábrica tem capacidade para produzir 10 mil peças, mas produz apenas 8 mil, as 2 mil
unidades que deixaram de ser fabricadas dentro do potencial representam a capacidade ociosa.

Custos da ociosidade

Se é interessante para a indústria identificar a capacidade produtiva e, depois, a capacidade ociosa, mais importante ainda é calcular os
custos da ociosidade, ou seja, quanto o tempo sem atividade representa financeiramente para o negócio.

Mais adiante, vamos explicar como é feito o cálculo do custo de ociosidade da indústria. Antes, porém, é importante destacarmos que ele é
feito em cima dos custos fixos do negócio, aqueles que oneram mensalmente o caixa, como aluguel, mão de obra e depreciação.

Mas por que não os custos variáveis, que estão mais ligados à produção? Porque esses valores podem ser mais facilmente trabalhados em
caso de paradas, diferentemente dos fixos, que são cobrados independentemente do que ocorrer no processo fabril. Se estragar uma máquina,
o aluguel e a mão de obra, por exemplo, ainda precisam ser pagos.

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Custo de ociosidade na perspectiva contábil

Diante da necessidade de as indústrias identificarem seus custos de ociosidade, passa a ser essencial que a perspectiva contábil absorva
também essa demanda. Isso porque os valores das paradas produtivas estão diretamente ligados à competitividade do negócio.

Os preços dos produtos, por exemplo, não podem ser sobrecarregados pelos custos de ociosidade. Então, é necessário que os profissionais
dessa área encontrem uma forma de lidar com essa questão de maneira que não comprometa o resultado final do empreendimento.

A Comissão de Valores Monetários (CVM) sugere o seguinte:

O custo referente à capacidade instalada deve ser transferido às unidades produzidas, integralmente, sempre que as instalações produtivas estiverem
sendo utilizadas em condições normais. A partir do ponto em que a ociosidade deixar de estar dentro dos limites da normalidade, o custo referente a
essa ociosidade em excesso deve ser levado diretamente à despesa não operacional, a título de item extraordinário, não se admitindo a sua transferência
para estoques, evitando-se, desta maneira, o risco de uma superavaliação destes e da não possibilidade de sua recuperação.

A ociosidade anormal é um fator não rotineiro ou não recorrente e pode acontecer em função de greve, recessão econômica acentuada no setor de
atuação da companhia ou outra razão econômica, interna ou externa, extemporânea.

São custos de capacidade instalada todos os de natureza fixa, como depreciação, aluguéis etc., inclusive os de supervisão incluídos nos gastos indiretos
de fabricação.

Na existência de capacidade ociosa, a companhia aberta elaborará nota explicativa para dar ciência da dimensão do fato aos interessados nas suas informações.

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Custo de ociosidade na perspectiva gerencial

Aqui estamos falando da parte prática do dia a dia da indústria, ou seja, das tomadas de decisões dos gestores. O custo de ociosidade
calculado deve servir para melhorar processos, eliminar gargalos e tornar a empresa mais eficiente. São informações preciosas e que podem
dizer muito sobre cada setor do negócio.

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CAPÍTULO 2

Como calcular o custo da


ociosidade na indústria

Agora vamos para a parte prática: calcular os


custos de ociosidade no contexto da indústria.
Como mencionamos anteriormente, essa conta
é feita em cima dos gastos fixos de produção,
calculando o quanto as paradas representam do
total desses recursos, que, invariavelmente, estão
comprometidos.

Guia para entender o custo da ociosidade na indústria 10


Sobre a capacidade produtiva, a empresa pode utilizar tanto a teórica quanto a efetiva. Essa escolha depende do contexto de cada negócio.
Se essas paradas inevitáveis são mais constantes, talvez seja mais interessante aplicar a capacidade máxima. Caso contrário, a opção ideal
pode ser a capacidade real ou efetiva.

Então vamos ao cálculo. Existem diferentes fórmulas, mas uma das mais utilizadas é esta:

Ociosidade Custos totais fixos


Custos da ociosidade = x
Capacidade Quantidade produzida

Vamos aplicar esta fórmula a um exemplo. Imagine uma indústria de peças para motor que tenha capacidade efetiva para produzir 2.000
peças por mês e tenha um custo fixo de R$ 120.000. Porém, no primeiro mês do ano, a produção ficou em 1.690 peças, totalizando uma
capacidade ociosa de 310 unidades.

Aplicando a fórmula, fica assim:

Custo de ociosidade = 310/2.000 x 120.000/1.690


Custo de ociosidade = 0.155 x 71
Custo de ociosidade unitário = R$ 11

Custo de ociosidade total do mês = 11 x 1.690


Custo de ociosidade total do mês = R$ 18.590

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Por meio desse cálculo, chegamos à conclusão de que dos R$ 120.000 de custos fixos totais, R$ 18.590 representam custos da ociosidade.
Para cada unidade produzida, o custo das paradas é de R$ 11.

Uma boa de forma de entender a dimensão desse valor para o caixa da empresa é compará-lo com o faturamento líquido. Digamos que o do
nosso exemplo tenha sido de R$ 260.000. Os R$ 18.590 representariam, então, algo em torno de 7%.

A tecnologia como aliada

De que forma a indústria pode tornar esse cálculo ainda mais preciso? Alimentando-o com dados também confiáveis! Para isso, o uso da
tecnologia na coleta e no armazenamento dessas informações torna-se um grande diferencial.

Nesse sentido, um software de gestão integrada entra como uma ótima aposta. Essa solução conta com um conjunto de ferramentas e
tecnologias que permite às empresas saberem exatamente quais são os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis de todo o seu processo
produtivo.

Os gestores ainda podem ter em mãos as informações necessárias para avaliar os custos de produção, possibilitando identificar processos ou
insumos que gerem gargalos ao custo final de fabricação. Isso tudo sem contar o gerenciamento das demandas e dos processos produtivos
de forma facilitada. Com a preparação de ordens de produção (OPs) realizadas com base nas vendas ou necessidades internas é possível fazer
um acompanhamento e controle da produção em tempo real.

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CAPÍTULO 3

A importância de manter
o custo da ociosidade
sob controle

Se a capacidade ociosa é o potencial de uma


indústria que foi desperdiçado e, por sua vez, o
custo de ociosidade representa a parcela dos
custos fixos que foi aplicada sem retorno, podemos
concluir que esses dois números não agregam valor
algum, certo? Pior, eles acabam tornando o produto
mais caro do que o necessário, como no nosso
exemplo, em que as paradas custaram R$ 11 por
unidade.

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Fica claro, portanto, que é extremamente importante identificar os custos de ociosidade na indústria. Assim, os gestores conseguem tomar
decisões com base em informações mais precisas. Evita-se, dessa forma, que esses valores sejam incluídos nos custos totais de produção e,
assim, acabem prejudicando a receita.

No fim das contas, tudo isso tem a ver com competitividade. As empresas que reduzem a ociosidade se tornam mais eficientes e reúnem
melhores condições para fazer frente aos concorrentes. Os recursos são melhor aproveitados, os custos podem acabar caindo e fica mais fácil
trabalhar com os preços.

Além disso, a informação do custo da ociosidade dá uma dimensão exata do que acontece no processo produtivo e fornece elementos para
que ações sejam tomadas no sentido de reduzir esse problema.

Ações que podem reduzir a ociosidade

Quando a parada da produção acontece de forma totalmente inesperada, uma solução rápida que pode ser tomada é a realocação de
recursos. Os funcionários que trabalham na linha ou no setor afetado podem ser alocados temporariamente em outros, evitando a parada
total e fazendo com que essas pessoas continuem produzindo.

Já nos casos de crise financeira ou desaquecimento do setor, uma solução é alugar a capacidade produtiva para outras empresas, permitindo
que terceiros utilizem as instalações para montar ou fabricar seus produtos.

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Outra medida importante na redução da ociosidade é o planejamento da capacidade produtiva. As empresas que fazem isso lidam melhor
com as demandas, pois decidem antecipadamente como vão atendê-las, por exemplo. Cria-se, desse modo, uma estratégia mais clara para o
setor.

Os gestores podem decidir se vão esperar uma tendência se confirmar ou se já vão aumentando a capacidade produtiva com mais rapidez.
Tudo isso, claro, impacta em custos e em outros aspectos da indústria. Não é à toa que este é um assunto tão pertinente e que merece total
atenção dos gestores.

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Conclusão

As paradas na indústria podem representar muito


mais do que apenas um atraso na entrega de um
lote de produtos. Elas geram perdas monetárias e
até mesmo problemas de competitividade. Então,
além de fazer o cálculo que vimos no segundo
capítulo, é essencial pensar em ações que
amenizem a ociosidade.

Por isso, planeje sempre. Antecipe-se aos


problemas de produção da sua indústria. Evite
paradas desnecessárias e torne o seu negócio o
mais eficiente possível, com entregas pontuais e
que atendam as demandas.

Guia para entender o custo da ociosidade na indústria 16


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Referências

Exacta

Universidade de Caxias do Sul

IG

PWC

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